O Setor Externo - Professores FACCAT

Propaganda
Mundo interligado
Fluxos
comerciais
Fluxos
financeiros

O que leva os países comercializarem
entre si?

Diversidade de condições de produção.

Possibilidade de redução de custos.
Princípio
das vantagens
comparativas:

Cada país deva especializar-se na
produção daquela mercadoria em que
é relativamente mais eficiente.
 Desse
modo
explica-se
a
especialização dos países na
produção de bens diferentes,
com base no qual se concretiza o
processo de trocas entre eles.

Em 1987 foi formulada
Ricardo a Teoria das
Comparativas.
por David
Vantagens

No exemplo construído por ele temos
dois países (Inglaterra e Portugal), dois
produtos ( tecido e vinho) e apenas um
fator de produção (mão de obra).
Teoria das Vantagens Comparativas
Quantidade de homens/hora para a
produção de uma unidade de
mercadoria.
Tecido Vinho
Inglaterra
100
120
Portugal
90
80

Os benefícios da especialização e do
comercio podem ser observados ao se
comparar a situação com e sem comercio
internacional:

Na Inglaterra são necessárias 100hs de
trabalho para produzir 1 unidade de tecido
e 120 para 1 vinho, 1 unidade de vinho
custa (120/100) 1,2 de tecido, com o
comercio a Inglaterra poderá importar de
Portugal 1 unidade de vinho por um preço
inferior a 1,2 unidade de tecido.

Conclui-se que dada certa quantidade
de recursos um país poderá obter
ganhos
por
meio
do
comercio
internacional produzindo aqueles bens
que gerarem comparativamente mais
vantagens relativas.

Obs: deve-se destacar que essa teoria
apresenta limitação de ser relativamente
estática, não levando em consideração a
evolução das estruturas da oferta e da
demanda, bem como das relações de
preços entre os produtos negociados no
mercado, a medida que as economias se
desenvolvem e seu nível de renda cresce.
 Taxa
de câmbio:
É
o preço da moeda (divisa)
estrangeira, em termos da moeda
nacional:
 Cotação
preço do dólar: 3,50 reais.
(o que cada dólar vale em real)
Preço de compra
(R$)
Preço de venda
(R$)
Dólar
3,5274
3,5281
Euro
3,9948
3,9970
Libra
5,0720
5,0745
Pesos Argentinos
0,2482
0,2489
Franco Suíço
3,6145
3,6134
Dólar Australiano
2,5718
2,5741
Taxa de Câmbio – FONTE: Economia.uol.com.br Data: 16/05/2016

A oferta das divisa depende do volume
de exportação e da entrada de turistas
e capitais externos.

A demanda das divisas depende do
volume das importações e da saída de
turistas e capitais externos.

Valorização cambial ou apreciação
cambial:

Aumento do poder de compra da
moeda nacional, perante outras
moedas.

Desvalorização Cambial:

Representa uma perda do poder de
compra da moeda nacional, o que
corresponde a um aumento na taxa de
câmbio.

Regimes Cambiais:

Taxas
fixas
de
câmbio:
o
BC
fixa
antecipadamente a taxa de câmbio, e
compromete-se a comprar as divisas a taxa
fixada. O que se ajusta é a oferta e a
demanda das divisas ao valor fixado.

Taxas de câmbio flutuantes: varia de acordo
com a demanda e oferta de divisas, o que se
ajusta é a taxa de câmbio, e o BC não tem
compromisso de comprar divisas de mercado.

Flutuação suja: é adotado o câmbio flutuante
com o mercado determinando a taxa, mas com
intervenções do BC.

Bandas cambiais: se admite flutuação dentro
dos limites fixados pelo BC, enquadra-se na
regra de câmbio fixo, permanecendo a
obrigação do BC.

Currency Board: além do câmbio fixado, a
quantidade de moeda varia em função a
entrada e saída de divisas.
Câmbio Fixo
Características
Câmbio Flutuante
 Banco Central fixa a taxa  O mercado (oferta e
de câmbio.
demanda de divisas)
 Banco Central é
determina a taxa de câmbio
obrigado a disponibilizar  Banco Central não é
as reservas cambiais.
obrigado s disponibilizar as
reservas cambiais.
Vantagens
 Maior controle de
inflação. (custo de
importação)
 Política monetária mais
independente do câmbio.
 Reservas cambiais mais
protegidas de ataques
especulativos.
Desvantagens
 Reservas cambiais
vulneráveis a ataques
especulativos.
 A política monetária
(taxa de juros) fica
dependendo do volume
de reservas cambiais.
 Taxa de câmbio fica muito
dependente da
volatibilidade do mercado
financeiro nacional e
internacional.
 Maior dificuldade de
controle das pressões
inflacionárias,
desvalorizações cambiais.

Desvalorização
cambial
tende
a
desestimular importação e estimular e
exportação. Os estrangeiros com a
mesma quantidade de dólar compram
mais produtos brasileiros.

Já a valorização cambial torna a
moeda nacional mais forte o que
estimulara a compra de produtos
importados.

Âncora cambial:

Valorização da taxa de cambio e
abertura comercial, com o objetivo de
aumenta as importações, que, ao
concorrer com os produtos nacionais,
permitem estabilizar os preços internos.

Ela tem impactos negativos, tanto para o
setor exportador que perde mercado pelo
maior valor relativo de seu produto, quanto
para os setores que eram mais protegidos e
passaram a sofrer a concorrência dos
importados.

Tende a aumentar a dependência do país
de
financiamentos
externos,
o
que
representa
restrição
externa
ao
crescimento, constituindo uma verdadeira
armadilha cambial

O nível da taxa de câmbio deve ser
relativamente alto para estimular as
exportações e relativamente baixo para
não encarecer demasiado as
importações e impressionar a inflação.

Variação Nominal e Variação Real do
Câmbio.

Uma desvalorização cambial de 10%, se a
taxa da inflação for também 10%, na
verdade
não
ocorreu
uma
desvalorização em termos reais. Ou seja,
a desvalorização nominal foi de 10% e a
real nula.

Desvalorização ou valorização em
termos reais é muito utilizado para
verificar a competitividade dos produtos
nacionais em face dos estrangeiros.

Se a desvalorização nominal superar a
variação da inflação, sinal que a
competitividade de nossos produtos
aumentou.

A variação real da taxa de câmbio
depende de 3 variáveis:
Taxa de câmbio nominal.
II. Inflação interna (preços domésticos)
III. Inflação externa (preços internacionais)
I.

Outra medida comumente utilizada
para avaliar o grau de competitividade
é a relação câmbio-salários, compara a
variação cambial com a variação dos
salários.

Uma valorização cambial diminui o valor
da divida em reais de imediato, mais
pode aumentar no futuro, ao estimular
as
importações,
relativamente
as
exportações,
e
levando
a
desvalorização cambial, elevando a
divida em reais.

Uma desvalorização cambial, aumenta
o estoque da divida externa em reais,
não afetando seu saldo em dólares.
Estimula
exportação,
desestimula
importação, aumenta a oferta de
dólares, e leva a uma queda de divida
externa.

Quando as taxas de juros internas
aumentam, há uma tendência um
aumento no fluxo de capitais financeiros
internacionais para o país.

Quando diminuem tem uma queda na
oferta e um aumento da demanda de
divisas provocando desvalorização da
moeda nacional.
 Variáveis
que
afetam
as
exportações e as importações.
Exportações:

Preços externos em dólares.

Preços internos em reais.

Taxa de câmbio.

Renda mundial.

Subsídios e incentivos a exportações.
Importações:

Preços externos em dólares.

Preços internos em reais.

Taxa de câmbio.

Renda e produto nacional.

Tarifas e barreiras as importações.
Políticas Externas:

Atuação da economia no setor externo
pode se dar por:
1) Regime de taxas fixas de câmbio: BC
fixa antecipadamente a taxa de câmbio,
com a qual o mercado deve operar.
2) Regime de taxas flutuantes ou flexíveis
de câmbio: a taxa de câmbio é
determinado pelo mercado, pela oferta e
pela demanda de moeda estrangeira.
3) Regime de bandas cambiais: BC fixa os
limites superior e inferior (uma banda)
dentro dos quais a taxa de cambio pode
flutuar.

Políticas comerciais externas:
1) Tarifas sobre importações: se a politica
adotada visar proteger a produção
interna,
elevando
o
Imposto
de
Importação e de outros tributos e taxas
sobre os produtos importados.
2) Regulamentação do comercio exterior:
entraves burocráticos, dificultando as
transações com o exterior, bem como o
estabelecimento de cotas ou proibições
ás importações de determinados produtos
representam barreiras qualitativas as
importações.
3) Subsídios fiscais e/ou monetários: para
exportações.
Organização Mundial do Comercio: órgão
que tenta coibir politicas protecionistas e
praticas de dumping, ou seja, que um país
venda a preços de mercado inferiores a
seus custos de produção, que é uma
forma de aumentar a participação nos
mercados mundiais.

Dumping social: praticado principalmente
por países do Sudeste Asiático, onde o
custo de mão-de-obra é extremamente
baixo, dando-lhes vantagem competitiva
no mercado internacional.
Balanço de Pagamentos:

É o registro cambial de todas as
transações de um país com o resto do
mundo. Envolve tanto transações com
bens e serviços como transações com
capitais físicos e financeiros.

O registro é o mesmo da contabilidade
privada, quando há ingresso de dinheiro
na empresa, debitamos na conta Caixa.
Na contabilização do Balanço de
Pagamentos, quando isso acontece,
debitamos na conta “Haveres e
Obrigações no Exterior” (HOE). Quando
há saída de dinheiro creditamos no HOE.
As transações contabilizadas na HOE
(Haveres e Obrigações Exterior) são as
seguintes:
Divisas (moedas estrangeiras);
 Ouro monetário;
 Direitos especiais de saque: moeda
escritural;
 Posição de reservas junto ao FMI.


Quando HOE aparece no balanço com
sinal positivo, é com saldo credor
diminuição dos haveres monetários do
país, o sinal negativo é o inverso.

As contas do balanço referem-se
apenas ao fluxo de um período, não
incluindo o total do endividamento
externo, que é um estoque.
O Balanço de Pagamentos esta dividido
em quatro grupos de contas:
Balança Comercial;
 Balanço de Serviços;
 Transferências Unilaterais;
 Balanço de Transações Correntes;

Movimento de Capitais ou Balanço de
Capitais;
 Na Conta de Capital, aparecem as
transações que produzem variações no
ativo e no passivo externos do país, e que,
portanto, modificam sua posição devedora
ou credora, perante o resto do mundo. São
registradas: contrapartidas financeiras de
importação e exportação de bens e
serviços, e das transações financeiras puras.

A conta de capitais se subdivide-se em duas:
1) Movimentos autônomos de capital: na
forma de investimentos diretos de empresas
multinacionais,
de
empréstimos,
e
financiamentos
para
projetos
de
desenvolvimento do país e de capitais
financeiro de curto prazo, aplicados no
mercado financeiro nacional.
2) Movimentos induzidos de capital: para
financiar o saldo do balanço de
pagamentos. Inclui as contas de HOE,
Atrasados Comerciais e Empréstimos de
Regularização do FMI. São as formas pelas
quais é financiado o saldo do balanço.
Este item é denominado financiamento do
resultado, correspondente ao saldo do
Balanço de Pagamentos, com o sinal
trocado.
Erros e omissões:
É a diferença entre o saldo do balanço de
pagamentos
e
financiamento
do
resultado, que surge quando se tenta
compatibilizar
transações
físicas
financeiras, e as varias fontes de
informações.

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