Infecções cutâneas

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Infecções supurativas
Infecções cutâneas
O revestimento cutâneo é uma barreira contra as bactérias do meio ambiente
Flora residente
- nas camadas superficiais da epiderme
- na parte superior dos folículos pilosos
- nas condutas das glândulas sebáceas
Origem das infecções cutâneas
Implantação de bactérias patogénicas
Aderem às células da epiderme e invadem os tecidos subjacentes
Staphylococcus aureus
Streptococcus pyogenes
Desencadeadas por traumatismos
A flora residente ou a oportunista é posta em contacto directamente com os tecidos subcutâneos
Bactérias de origem sanguínea
Após uma infecção generalizada - septicémia
Aida Duarte
FFUL
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Infecções supurativas
Furúnculos
são abcessos da pele, habitualmente devido a infecção dos folículos pilosos.
Staphylococcus aureus
Impétigo
pústulas múltiplas e pequenas nas áreas expostas da pele. É mais frequente em crianças
Streptococcus pyogenes
Staphylococcus aureus
Erisipela
infecção cutânea estreptocócica que ocorre normalmente quando os organismos penetram na
pele através de uma fissura (por exemplo, fissura do dedo do pé). A pele torna-se eritematosa,
edemaciada e em tensão, podendo evoluir para celulite
Celulite
infecção da derme e do tecido subcutâneo que se apresenta como uma área edemaciada,
eritematosa, em tensão, e em rápida extensão. Sintomas febris sistémicos. A celulite é uma
infecção perigosa porque pode causar septicémia
Clostridium tetani
Patologia
Responsável pelo tétano. A bactéria permanece localizada na porta de entrada, veiculada por
um objecto aguçado, liberta uma exotoxina (neurotoxina) que actua no sistema nervoso central
Diagnóstico
O diagnóstico do tétano é feito pelos dados clínicos
Pesquisa de esporos no material que possa ter sido a fonte de contaminação
Morfologia
Bacilo de Gram positivo esporulado (esporos terminais)
Meio de cultura gelose com tioglicolato de sódio, incubar em anaerobiose
Epidemiologia
Tubo digestivo dos herbívoros e homem
Os esporos encontram-se largamente difundidos na natureza
Aida Duarte
FFUL
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Infecções supurativas
Clostridium perfringens
Patologia
Responsável pela gangrena gasosa. A bactéria produz uma exotoxina (citolítica) que destroe as
células, favorecendo a difusão e multiplicação da bactéria nos tecidos
Diagnóstico
Punção do pus com seringa ou biopsia dos tecidos
Morfologia
Bacilo de Gram positivo, de bordos arredondados, capsulado, imóvel, anaeróbio
Meio de cultura gelose com tioglicolato de sódio, incubar em anaerobiose
Epidemiologia
Tubo digestivo dos herbívoros e homem.
Os esporos encontram-se largamente difundidos na natureza
Aida Duarte
FFUL
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Infecções supurativas
Infecções oftalmológicas
Blefarites
Infecções da pálpebra, na maior parte dos casos benigna
Staphylococcus aureus
Staphylococcus epidermidis
Infecções do sistema lacrimal
Glândula lacrimal
Staphylococcus aureus
Streptococcus pyogenes
Neisseria gonorrhoeae
Canal lacrimal
Bactérias anaeróbias
Actinomyces
Fusobacterium
Propionibacterium
Saco lacrimal
Obstrução mecânica sobre-infectada com bactérias da orofaringe
Streptococcus pneumoniae
Conjuntivites
Inflamação da fase interna da pálpebra
Bactérias da mucosa ou da pele
Chlamydea trachomatis
Keratites
Infecções que se podem estabelecer após uma conjuntivite, traumatismo ou na presença de um
corpo estranho ao nível da córnea
Aida Duarte
FFUL
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Infecções supurativas
Análise bacteriológica de supurações
Toda a secreção (pus) proveniente de supurações superficiais, abcessos ou de líquidos serosos é
heterogénea tanto pela natureza dos agentes bacterianos como pela fisiopatologia da infecção
As supurações classificam-se de acordo com a sua localização
Classe I - zonas profundas fechadas, normalmente estéreis (liquido pleural, liquido articular)
Classe II - zonas profundas comunicando com superfícies contaminadas por uma flora
comensal
Classe III - zonas superficiais sempre contaminadas (queimaduras, escaras)
Colheitas
- Nos abcessos e serosidades internas colheita por punção com seringa de modo a recuperar
o liquido interno.
- Nas lesões superficiais, úlceras e líquidos de drenagem colheita com zaragatoa após
cuidadosa desinfecção da zona externa.
- Quando o produto é em pequena quantidade deve ser imerso em soro fisiológico ou meio
líquido de transporte
- Nas amostras que podem conter bactérias anaeróbias é necessário utilizar um meio de
transporte específico (Meio de Amies) que permite a sobrevivência das bactérias (42-72
horas).
Exame directo
Pode constituir elemento de diagnóstico importante
A coloração de Gram permite um diagnóstico presuntivo em 30 a 40% dos casos
Exame cultural
As culturas devem ser praticadas segundo as indicações clínicas, a natureza e origem da
colheita.
Meios sólidos
- gelose de sangue
- gelose de chocolate
- meios selectivos
Meios líquidos
- BHI
- Rosenow
Aida Duarte
FFUL
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