Economia Questões para prova intermediária 1. Caracterize em linhas gerais o plano de metas do Governo JK. No começo do governo, JK apresentou o seu Plano de Metas, cujo lema era “cinqüenta anos em cinco”. Pretendia desenvolver o país cinqüenta anos em apenas cinco de governo. O plano consistia no investimento em áreas prioritárias para o desenvolvimento econômico, principalmente, infra-estrutura (rodovias, hidrelétricas, aeroportos) e indústria. Foi na área do desenvolvimento industrial que JK teve maior êxito. Abrindo a economia para o capital internacional, atraiu o investimento de grandes empresas. Foi no governo JK que entraram no país grandes montadoras de automóveis como, por exemplo, Ford, Volkswagen, GM (General Motors). Estas indústrias instalaram suas filiais na região sudeste do Brasil. Foi o responsável pela construção da nova capital federal, Brasília, executando assim o antigo projeto da mudança da capital para promover o desenvolvimento do interior e a integração do País 2. Pode-se afirmar que a implementação de plano de metas foi bem sucedido? Por que? O Plano de Metas foi um caso bem-sucedido na formulação e implementação de planejamento. A grande parte das metas estipuladas foi cumprida, a taxa média de crescimento do PIB foi de 8,2% no período de 1957-1961, o que resultou em um aumento de 5,1 % ao ano na renda per capita, superando o objetivo do plano de metas. 3. Qual foi a importância do capital estrangeiro no Brasil a partir do plano de metas? E do capital estatal? Foi um suporte para o plano de metas, porque financiava os gastos públicos e privados com expansão dos meios de pagamentos do credito via empréstimos. 4. Discutir crescimento X desenvolvimento Crescimento é quando renda per capita cresce continuamente ao longo do tempo Desenvolvimento estuda estratégias que levem à elevação do padrão de vida da coletividade. Indicadores de bem estar social econômico e social (pobreza, desemprego, desigualdade, condições de saúde, nutrição, educação e moradia). 5. Crescimento X inflação X salários do gov. JK. Foi criado um plano de metas do governo JK, onde foram feitos vários investimentos. A inflação doméstica manteve-se em alta, como forma de financiamento das empresas (sistema oligopolizado) e aumentando a participação da renda nacional, assim causando um impacto de redistribuição na economia, e os salários aumentavam em ritmo menor do que os índices de preços.No período de 1957-1961 o PIB cresceu mais de 8% a.a, assim aumentando em mais de 5% a.a a renda per - capita e superando o plano de metas. 6. Quais as causas do rompimento do gov. JK com FMI e Banco Mundial? Por causa de prazos curtos de vencimentos dos empréstimos externos, não aprovação pelos organismos internacionais dos pilares do PSI. Crescimento desenvolvimento A teoria do crescimento e desenvolvimento concentra-se na discussão de estratégias de longo prazo (medidas para um crescimento econômico equilibrado e auto-sustentado) Crescimento – é o crescimento continuo da renda per capita ao longo do tempo. Renda Per Capita – é o produto nacional bruto de um pais dividido pela população total. É freqüentemente usada como indicador econômico dos níveis da vida e desenvolvimento. Ela pode no entanto, ser um índice “tendencioso” porque não leva em conta a distribuição de renda e a propriedade dos ativos que são empregados para gerar parte desta renda. Produto Nacional Bruto: renda que pertence efetivamente aos nacionais. É o PIB mais renda liquida dos fatores externos (dada pela diferença entre a renda recebida e a renda enviada na forma de juros, lucros, royalities e assistência técnica) PIB: Produto interno bruto, renda devida à produção dentro dos limites territoriais do pais. Desenvolvimento econômico: estuda a estratégia de desenvolvimento que levem à elevação do padrão de vida da coletividade. Indicadores de bem estar econômico e social (pobreza, desemprego, desigualdade, condições de saúde, nutrição, educação e moradia). Fontes de crescimento Aumento na força de trabalho (quantidade de mão de obra ), derivado do crescimento demográfico e da imigração; Aumento do estoque de capital, ou de capacidade produtiva Melhoria na qualidade da mão de obra por meio de programa de educação, treinamento e especialização. Melhoria tecnológica que aumenta a eficiência na utilização do estoque de capital Eficiência organizacional, ou seja, eficiência na forma com os insumos interagem. Capital Humano e Capital Físico Capital humano – é o valor do ganho de renda potencial incorporado nos indivíduos. O capital humano é as habilidades adquiridas. O trabalho médio com paises industrializados é muito mais produtivo do que o trabalhador médio em paises em desenvolvimento. Em parte isso se explica porque ele trabalha com mais capital físico, no entanto também se explica pelo fato de ele ser mais qualificado. Circulo vicioso da probreza Nos paises em desenvolvimento é extremamente difícil acumular fatores de produção, capital humano ou capital físico com baixos níveis de renda. O mínimo que sobra após provisão de sobrevivência, não permitido investir muito em educação em capital físico. Decidir se a criança deve começar a trabalhar ou ir para escola é critico para as famílias com níveis de renda muito baixo. Da mesma forma é difícil para o governo decidir como usar os recursos muito limitados que ele tem sob comando. Capital físico Centro das explicações para o progresso econômico, simplesmente por causa da presença notável de maquinário e de equipamentos sofisticados e abundantes em paises ricos e de sua escasez e ausência em paises pobres. v = ∆y/∆k v = relação produto capital(ou relação marginal ou incremental) ∆y = variação do produto nacional ∆k = variação da capacidade produtiva (ou estoque de capital) xv = 0,33 (aproximadamente da brasileira) para aumentar o produto (y) em 33 bilhões de reais, os investimentos (k) precisam aumentar em 100 bilhões de reais. Inflação = é o aumento constante ou generalizado dos níveis dos preços. Selic = elimina liquidez (muito dinheiro em circulação) O investimento tem dois componentes básicos: Maquinas e equipamentos Imóveis investimento em bens de capital - Ibk → Variações de estoques (produtos acabados e intermediários, ∆E) I = Ibk+∆E No Brasil o investimento em bens de capital é chamado formação bruta de capital fixo (FBKF) Crescimento e desenvolvimento no governo JK O planejamento estatal consubstancia no plano de metas de JK é considerada em caso bem sucedido de formulação e implementação de planejamento. Amplos projetos estatais de infra-estrutura ; Articulação de grandes somas de investimentos privados de origem externa e interna destinadas as seguintes áreas: Industria automobilística Construção naval e construção aeronáutica O plano de metas proposto por JK 1956-1960 31 metas incluída a meta síntese: a construção de Brasília. Os setores de energia , transporte, siderurgia e refino de petróleo receberam a maior parte dos investimentos do governo; Subsídios para expansão e diversificação do setor secundário, produtor de equipamento e insumos com alta intensidade de capital; No setor privado foram criados grupos executivos colegiados que congregavam representantes públicos e privados para a formulação conjunta de política aplicáveis às atividades industriais; Tratamento especial e preferencial ao capital estrangeiro que financiava os gastos públicos e privados com expansão dos meios de pagamentos do crédito via empréstimo do BNDE e por meio de avais para tornada de empréstimos no exterior; Capital de giro das empresas foi estimulado com repasses do Banco do Brasil, o que causou pressão adicional sobre o déficit publico; O setor publico na FBKF aumentou; Inflação domesticas manteve-se em taxas elevadas durante o JK como forma de financiamento das empresas como estruturas econômica oligopolizadas (poder de fixar o preço) e aumentando a participação na renda nacional. Dessa forma, houve impacto redistributivo na economia, pois os salários aumentavam em ritmo menor de que os índices de preço; No período 1957-1961 o PIB cresceu a taxa anual de 8,2% o que resultou em um aumento de 5,1% ao ano na renda per capita superando o objetivo do plano de metas. Plano de metas – Previsão e resultados Metas Energia elétrica (1000kw) Carvão (1000 ton) Petróleo produção (1000 barris/dia) Petróleo refino (1000 barris/dia) Ferroviários (1000kw) Rodovias – construção (1000kw) Rodovias – pavimentação (1000kw) Aço (1000 ton) Cimento (1000 ton) Carros e caminhões (1000 ton) Previsão 2000 Realizado 1650 % 82 1000 96 230 75 23 76 200 52 26 3 1 32 13 17 138 5 - - 1100 1400 170 650 870 133 60 62 78 Nacionalização (carros %) Nacionalização (caminhões %) 190 75 - 95 74 - Fonte: Banco do Brasil O desenvolvimento industrial durante o plano de metas foi liderado pelo crescimento do departamento produtor de bem e capital e do departamento de bens de consumo duráveis. Suas taxas anuais de crescimento médio no período 1955-1962 atingiram 26,4% e 23,9% respectivamente. O investimento na industria de transformação cresceu a taxa media anual de 22% no período 1955-1959. O crescimento industrial que ocorreu a partir do governo JK, estava estruturado em um tripé formado pelas empresas estatais, pelo capital privado estrangeiro e, como sócio menor pelo capital privado nacional. A consolidação da estrutura industrial brasileira Um plano de metas estimulou exclusivamente o PSI ( processo de substituição de importação), especialmente num setor de bens de consumos duráveis e mesmo em importantes áreas do setor de bens de capital, como ramos de maquinas e ferramentas e de equipamentos sob encomenda, particularmente no setor elétrico pesado. PSI avançou mais no Brasil do que na américa latina e no conjunto dos paises não industrializados. Os bens de capital e intermediários cresceram significativamente, não se chegou porem a completar a criação de um departamento, um que possibilitasse a autonomia do processo de acumulação (tecnologia avançada – bens de alta tecnologia). Assim a industria se dedicava a produção de produtos mais leves deixando-os mais pesados e especializados por conta das importações. Situação que reflete desequilíbrios no balanço de pagamentos do pais e os saldos comerciais tornam-se negativos a partir de 1958, com o novo ciclo de deterioração das relações da troca de crescimento das despesas com o serviço do capital estrangeiro a partir de 1957, conseqüência dos investimentos e empréstimos externos nessa terra. É 1959 rompimento do governo JK com o FMI e o banco mundial devido: Prazos curtos de vencimentos dos empréstimos externos, não aprovação pelos organismos internacionais dos pilares do PSI. Porque não aprovavam condição de política macro economia com grandes déficits fiscais e política monetária expancionistas, que não se preocupava com crescentes taxas de inflação de período. Esses conjuntos de contribuições se manifestaram na queda do ritmo do crescimento industrial a partir de 1962, confirmada a 1ª crise econômica brasileira, motivada por causas internas.