A economia travada

Propaganda
Pronunciamento do Deputado
AROLDE DE OLIVEIRA
Em /06/2013
A ECONOMIA TRAVADA
Os números do desempenho da economia no primeiro
trimestre do ano não são animadores.
Os resultados já obtidos e as projeções para o próximo
trimestre sinalizam para um quadro ainda mais desanimador.
É preocupante percebermos que as metas da equipe
econômica, tanto em 2011, primeiro ano do governo, quanto em
2012, ficaram muito piores que a previsão, segundo dados
divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE):
- PIB 2011: crescimento previsto de 5% e ocorrido de 2,7%
- PIB 2012: crescimento previsto de 4,5% e ocorrido de
0,9%
- Inflação 2011: prevista de 5% e ocorrida de 6,5%
- Inflação 2012: prevista de 4,5% e ocorrida de 5,84%
(IPCA)
- Investimento: muito aquém das metas
No primeiro trimestre, o crescimento do PIB ficou, apenas,
em 0,6%. Isso graças à agricultura, que cresceu 9,7%, ou, então, o
“pibinho” seria de somente 0,2%.
O setor industrial estagnado e o consumo interno em queda,
não dão esperança de que a situação vai melhorar, e os
especialistas já projetam um PIB entre 1,5% e 2% em 2013,
contrariando a meta da equipe econômica de 5,5%. Otimismo
exagerado.
Para complicar o enredo, o câmbio defasado começou a
apresentar a conta, aumentando a metástase inflacionária, apesar
da prioridade no combate, dada pelo Banco Central, conforme
indicou a taxa CELIC de 8%.
Fazer o quê? Se a pressão eleitoral exige medidas paliativas
de efeito imediato para preservar a imagem do governo até a
eleição, independentemente de eventuais e trágicas consequências
para a Nação Brasileira.
Parece que o reaquecimento da economia exige um
horizonte mais longo, com desvalorização do real, investimentos
a médio e longo prazos, na infraestrutura logística, na exploração
de petróleo e em outras jazidas mineiras, além da recuperação da
competitividade da indústria e do poder de compra das famílias.
Mas isso não dá para fazer, o Brasil que assuma o risco, o que
interessa é a reeleição.
Download