CALOR INTERNO DA TERRA: Fontes de calor no interior da Terra; Fluxo de calor interno e Distribuição de temperatura no interior da Terra. Prof. George Sand L. A. De França Introdução Fontes de calor do sistema solar • A energia cinética do impacto dos fragmentos acretados acabou se transformando em calor. • Corpos do sistema solar formados pela agregação de • condensados do material original, pelo processo de acresção. Emissões de átomos radioativos que constituíram a matéria prima original. – Energia das partículas ou fótons também se transforma em calor. • Isótopos radioativos (p.e: urânio, rádio e potássio) com meias vidas da mesma ordem do sistema solar, que contribuem para manter funcionando as máquinas térmicas responsáveis pela dinâmica interna dos planetas. 2 Introdução O calor gerado depende do volume do corpo • Parte do calor do interior do corpo, chegando à superfície, pode ser irradiada para o espaço • Corpos maiores, como os planetas, devem ter gerado maior quantidade de calor. Calor produzido proporcional ao volume do corpo do Sistema Solar. Essa perda é proporcional à superfície do corpo. Logo, a perda de calor por irradiação é proporcional a superfície do volume. Outro fator importante na diferenciação dos planetas Grau de oxidação que variou com a distância do Sol 3 4 Fluxo de calor do interior da Terra O aumento de temperatura em direção ao interior da terra é devido o FLUXO DE CALOR no interior da terra. O fluxo geotérmico total corresponde uma energia de 1,4x1021 Joules por ano. • Energia para processos como a movimentação essencialmente horizontal da litosfera por sobre astenosfera e a geração do campo geomagnético deve provir do calor da Terra. 5 Fluxo de calor do interior da Terra Fluxo geotérmico é o produto da variação da temperatura com a profundidade (gradiente térmico), pela condutividade térmica das rochas das camadas. Variações de Temperaturas com a profundidade? • Os valores para maiores profundidades acabam sendo inferidos a partir de outras propriedades físicas obtidas principalmente da sismologia. 6 7 8 Transporte de Calor e as temperaturas no interior da Terra. Transporte de Calor: Condução ou Convecção Condução é mais lento, com transferência de energia de uma molécula para as vizinhas. (sólidos) Convecção é um processo mais rápido e eficiente, com movimento de massa, que ocorre nos fluídos, quando o gradiente térmico, chamado gradiente adiabático. • • A convecção acontece no núcleo externo e também no manto. No núcleo externo, é a convecção que provoca movimentos radiais do fluido condutor, permitindo ações da força de Coriolis, essenciais para geração do Campo Magnético Terrestre. 9 Temperaturas no interior da Terra. Informações Diretas • Em furos de sondagem na crosta, variação de Temperatura com a profundidade alcança de 30 a 40ºC por km. Informações Indiretas • Reunindo dados sobre densidade, parâmetros elásticos e limites entre diferentes fases, através da sismologia, variações do CMT e informações sobre mecanismo de geração do geomagnetismo, a distribuição de densidade, a variação da pressão e a massa total da Terra e a possível distribuição de materiais radioativos, com valores de fluxo térmico, elaboraram-se modelos de variação da temperatura no interior da Terra. 10 Ainda há dúvidas? • • Temperatura entre a base do manto inferior e o topo do núcleo externo pode ficar entre 800 e ~ 1500ºC. Camada D” Temperatura dentro do núcleo externo pode ser de ordem de 6000ºC, de 1000 a 1500ºC mais quente. 11 Temperatura no interior da Terra. Acredita-se que o núcleo esteja se resfriando, com consequentemente aumento de volume do núcleo interno. O aumento é da ordem de 25m3/s, poderá liberar 2x1011 Watts, na forma de calor latente de solidificação, que seria suficiente para manter o dínamo que gera o campo geomagnético. Através da tomografia sísmica (sismológica), obtém-se a distribuição de velocidade com a profundidade. • • A interpretação relaciona as zonas com velocidade sísmicas maiores que a normal com zonas mais densas e mais frias, enquanto as zonas com velocidades sísmicas menores são zonas com rochas menos densas e mais quentes. Regiões instáveis : Denso afundar e menos denso boiar. 12 13 Temperatura A modelagem numérica demonstra que o material mais frio pode constituir avalanches muito lentas dentro do manto, que afundam desde o nível crustal até o manto transicional ou até a descontinuidade de Gutenberg. Além disso, deve haver ressurgências de material quente e menos denso, ascendendo desde a descontinuidade de Gutenberg até a superfície. O interior da Terra contém células de convecção em que o material está em movimento vertical. 14 Referencias Bibliografia 1. TELFORD, W. M., L. P. GELDART, & R. E. SHERIFF, Applied Geophysics, 2a Edição. Cambridge University Press, 1990. 2. TEIXEIRA W., et. al , Decifrando a Terra. São Paulo: Oficina de Textos, 2003. 3. KEAREY P. & M. BROOKS. An Introduction to Geophysical Exploration. 2ª. Edição. Blackwell Science Ltd Editorial. 15