A célula em divisão Meiose

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A célula em divisão
Meiose
A meiose é a divisão celular que ocorre na formação dos gametas, nos animais, e dos esporos, nos
vegetais, reduzindo o número de cromossomos à metade. Assim, a célula-mãe diploide gera duas célulasfilhas haploides.
A meiose ocorre por meio de duas divisões celulares sucessivas, dando origem a quatro células.
Essas divisões são reunidas em duas etapas, denominadas primeira divisão meiótica e segunda divisão
meiótica, ou meiose I e meiose II, respectivamente. A meiose I é reducional (reduz ao meio o número de
cromossomos), e a meiose II é equacional (o número de cromossomos das células que se dividem se
mantem o mesmo nas células que se formam).
As fases das duas etapas da meiose são: meiose I – prófase I, metáfase I, anáfase I, telófase I, e
meiose II – prófase II, metáfase II, anáfase II, telófase II. Entre meiose I e meiose II ocorre breve
intercinese, sem duplicação de DNA.
A prófase I da meiose é dividida em cinco subfases: leptóteno, zigóteno, paquíteno, diplóteno e
diacinese.
MEIOSE I
•
Leptóteno – (leptos = fino; tainos = fita) os cromossomos longos
e finos iniciam sua espiralização e individualização apresentando
áreas mais condensadas, chamadas cromômeros, que têm a
mesma distribuição ao longo de cromossomos homólogos,
sendo encontrados em números iguais.
•
Zigóteno – (zigos = par) a condensação dos cromossomos
aumenta, e os homólogos formam pares, num processo
chamado sinapse. A imagem de cada par é uma díade.
•
Paquíteno – (pakhis = grosso) os cromossomos homólogos
emparelhados se tornam mais curtos e grossos, mostrando um
conjunto de quatro cromátides, constituindo uma tétrade ou
bivalente, formada por: cromátides-irmãs (de um mesmo
cromossomo) e cromátides homólogas (de cromossomos
homólogos). Duas cromátides homólogas podem sofrer uma
ruptura no mesmo ponto e trocar pedaços entre si, o que se
chama de permutação ou crossing-over. Como os
cromossomos possuem genes, em virtude do crossing-over
ocorre recombinação gênica, importante processo de aumento
da variabilidade gênica da espécie.
•
Diplóteno – (diplos = duplo) os cromossomos homólogos se
afastam, mas se mantem ligados pelas regiões em que ocorreu
o crossing. Essas regiões de dupla troca constituem os
quiasmas (khiasma = cruzamento) e indicam o número de
permutações ocorridas.
•
Diacinese – (dia = através de ; kinesis = movimento) com a
continuidade do movimento de afastamento dos cromossomos,
os quiasmas escorregam para as pontas das cromátides, num
processo chamado de terminalização dos quiasmas.
No citoplasma, durante a prófase I, ocorre duplicação do centro celular e se inicia a formação do
fuso acromático. Os centríolos atingem os polos da célula na diacinese.
Na metáfase I os cromossomos duplicados e pareados se distribuem pelas fibras do fuso, um par
por fibra, compondo a placa equatorial. Na anáfase I cada cromossomo de um par de homólogos migra
para um diferente polo da célula. Isso ocorre porque as fibras que partem do cinetócoro se dirigem para
lados opostos. É importante lembrar que não ocorre divisão do centrômero, como na anáfase da mitose. Na
telófase I os cromossomos desespiralizam e desindividualizam, a carioteca e o nucléolo reaparecem e
ocorre a citocinese.
MEIOSE II
A meiose II é extremamente semelhante à mitose. A formação de células haploides a partir de
outras haploides só é possível porque ocorre, durante a meiose II, a separação das cromátides que formam
as díades. Cada cromátide de uma díade se dirige para um polo diferente e já pode ser chamada
cromossomo-irmão. As fases da meiose II estão representadas a seguir:
Obs.: A meiose pode ser gamética, quando origina gametas (nos animais em geral), espórica, quando
produz esporos (nos vegetais em geral) e zigótica, quando ocorre no zigoto (em protozoários haploides).
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