Estudo In Vitro da Bioatividade do Sangue em Superfície de Titânio

9° Congresso Latino-Americano de Orgãos Artificiais e Biomateriais
13° Congresso da Sociedade Latino Americana de Biomateriais, Orgãos Artificiais e Engenharia de Tecidos - SLABO
24 a 27 de Agosto de 2016 - Foz do Iguaçu -PR
Estudo In Vitro da Bioatividade do Sangue em Superfície de Titânio Modificado
a Plasma para Endotelizar DAV’s.
de Sá, R.C.L.(1); Furlanetto, G.(1); Cruz, N.(2); Drigo, E.(1); Leão, T.(1); Utiyama, B.(1); Fonseca, J.(1);
Leal, E.(1); Andrade, A.(1); Bock, E.P.(3);
(1) IDPC; (2) Unesp; (3) IFSP;
Palavra chave: Dispositivo de Assistência Ventricular, Biomateriais, Modificação de Superfícies,
Epitelização.
Resumo:
O Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia desenvolve Dispositivos de Assistência Ventricular (DAV) para
estabilizar a hemodinâmica de pacientes com insuficiência cardíaca grave. O titânio grau II é utilizado na
confecção de DAV’s devido à altas resistências mecânica e à corrosão e às baixas densidade e toxicidade,
mas, se mantido em fluídos corporais por muito tempo, desencadeia reações eletroquímicas que
comprometem a homeostase imunológica. A biocompatibilidade é considerada ótima quando há
epitelização; uma superfície rugosa permite aderência e proliferação celular de forma vascularizada.
Implantes em titânio foram polidos e modificados a plasma eletrolítico, apresentando superfície rugosa, com
poros e arcabouços. Dois ensaios In Vitro foram realizados, um com implante polido e hidrofóbico e o outro
com implante rugoso e hidrofílico para avaliar de forma comparativa os efeitos metabólicos das células do
sangue em curto prazo. O circuito de teste utilizado seguiu o perfil adotado para avaliar os danos às células
do sangue por trauma mecânico em DAV’s, ensaio de hemólise. O implante foi fixado no interior de um
tubo de PVC na saída de uma bomba de sangue para circulação extracorpórea, em fluxo contínuo de sangue
(5L/min) por 3 horas. Foram realizadas coletas de amostras de sangue a cada 60 minutos para análise
bioquímica por gasometria. Foi utilizado um microscópio digital para visualização das superfícies dos
implantes antes e após o ensaio; que revelou células sanguíneas bem ancoradas à superfície rugosa e apenas
a deposição celular sobre a superfície lisa. A gasometria apontou melhor bioatividade do sangue com o
implante modificado a plasma, com estabilização do Ph e maior concentração de oxigênio. A biocicatrização
de um músculo cardíaco é diferente de um tecido arterial devido às condições hemodinâmicas locais; assim,
experimentos In Vivo serão realizados para analisar o crescimento de tecido fibroso e/ou a espessura de
neointima.