O ENSINO DO SISTEMA SOLAR ATRAVÉS DE

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O ENSINO DO SISTEMA SOLAR ATRAVÉS DE MATERIAIS
DE POUCOS RECURSOS.
O ENSINO DO SISTEMA SOLAR ATRAVÉS DE
MATERIAIS DE POUCOS RECURSOS
Iara Anerswald Bordinoski Buratto¹
Bertoldo Schneider Júnior²
¹Professora PDE
²Orientador da UTFPR
Resumo
Astronomia é a mais antiga de todas as ciências e uma
precursora das demais, além de ser de suma importância para a vida
de todos por estar relacionada com nossa origem, de nosso planeta e
do Universo.
Os conteúdos astronômicos estão ao nosso redor, mesmo que
nem sempre percebamos, causando influências em nossas vidas.
O ensino de Astronomia é um legado aos professores de
Ciências que se sentem desconfortáveis em trabalhar com um
conteúdo que não estão preparados, pois não tiveram Astronomia em
sua grade curricular enquanto acadêmicos. Tal fato faz com que os
professores trabalhem superficialmente ou no trabalhem com o tema.
Palavras-chave:
Ensino. Astronomia.
Materiais didáticos.
Poucos recursos.
Abstract
Astronomy is oldest of all sciences and a precursor of
excessively, beyond being of utmost importance for the life of all
for being related with our origin, of our planet and the Universe.
The astronomical contents are to our redor, exactly that
nor always let us perceive, causing influences in our lives.
The education of Astronomy is a legacy to the professors of
Sciences that if feel discomforted in working with a content that
they are not prepared, therefore had not had Astronomy in its
curricular grating while academics. Such fact makes with that
the professors work superficially or they work in it with the
subject.
Iara A. B. Buratto
[email protected]
O ENSINO DO SISTEMA SOLAR ATRAVÉS DE MATERIAIS
DE POUCOS RECURSOS.
Keywords: Education. Astronomy. Didactic materials. Few
resources.
Metodologia
A implementação da proposta de intervenção refere-se à
aplicação do material didático produzido durante o Programa de
Desenvolvimento Educacional – PDE e foi desenvolvida durante o
primeiro semestre de 2008 com três turmas de 5ª série do Colégio
Estadual Juscelino K. de Oliveira, em São José dos Pinhais – PR.
Ao se propor um experimento, o professor deve ter em mente
quais os objetivos que pretende alcançar. Os que serão descritos a
seguir foram elaborados com a preocupação de serem realizados com
a utilização de materiais simples e de baixo custo, garantindo deste
modo a participação de todos os alunos, uma vez que existe uma
heterogeneidade muito grande quanto ao poder aquisitivo dos alunos.
Outra preocupação também foi a segurança dos alunos,
evitando situações perigosas. Quando os alunos precisaram utilizar
eletricidade, foram orientados dos cuidados adicionais que deveriam
ser tomados.
Acredita-se que os experimentos devam ser uma prática
constante nas aulas de Ciências, proporcionado um momento de
dúvida, de pesquisa e de curiosidade de descobrir mais coisas sobre
determinado conteúdo. Tem a intenção de produzir dados para uma
posterior análise e uma correlação com fatos do seu cotidiano.
Alguns modelos abstrato, sugeridos na literatura didática, têm
escalas geralmente distorcidas e desvinculadas da realidade dos
alunos, fazendo com que estes não se situem como integrantes da
natureza e assim, o conteúdo não lhes seja significativo. Ao mostrar
os diferentes ângulos de insolação de uma casa ao longo de um ano,
por exemplo, demonstramos de forma prática tanto a Teoria
Heliocêntrica quanto os movimentos de translação e precessão da
Terra, desta forma, estamos trazendo a Ciência para o seu cotidiano.
Uma vez se sintam inseridos no processo científico, a aprendizagem
se efetiva significativamente e não apenas de forma mecânica. Os
modelos devem ajudar o aluno a perceber-se integrante de uma
coletividade diante da qual deve posicionar-se de modo responsável.
As etapas da proposta de implementação do material didático
serão enumeradas e os detalhes serão especificados na seqüência.
1. Filme Cosmos.
Iara A. B. Buratto
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DE POUCOS RECURSOS.
Nosso planeta teve uma origem com passado, presente e terá
um futuro que depende de nossas ações hoje. Além disso,
provavelmente não estamos sozinhos no Universo.
A Terra é um dos planetas do Sistema Solar e este
possivelmente é um dos sistemas da nossa galáxia, que é uma das
muitas do Universo.
Acreditamos que o Universo tenha surgido de uma explosão, o
Big Bang, que originou o Sol, os planetas, satélites e asteróides.
Devido à massa solar, ele se posicionou no centro, fazendo com que
os demais astros orbitassem ao seu redor e os atraíssem pela força
gravitacional.
Nem sempre se pensou assim. As idéias que temos hoje em dia
como a forma, localização, movimentos, constituição da Terra e sua
relação com os demais astros se devem a muita pesquisa e evolução
tecnológica, que desvendaram muitos mistérios e obrigaram a
reformulação de muitos conceitos considerados sólidos, mas que se
mostraram equivocados. As pessoas não aceitavam passivamente
essas mudanças e principalmente os órgãos envolvidos, que na
época, era a igreja, fez tudo que lhe foi possível para que tais
mudanças fossem ignoradas.
Como as idéias sobre o tema são complexas e polêmicas, para
que os alunos compreendessem a estrutura da Terra e do Sistema
Solar, sua organização e os outros astros que o compõem, foi
apresentada aos alunos uma aula expositiva sobre o assunto e a
seguir, assistiram ao filme Cosmos, de Carl Sagan.
Esta atividade proporcionou aos alunos uma noção do Universo
em que estamos inseridos, sua composição, características e também
puderam ver imagens de outras galáxias e nebulosas. O filme é muito
rico em conteúdo e imagens e chamou a atenção dos alunos para
questões que despertam o fascínio de todos. Posteriormente foi
solicitado aos alunos trabalhos de pesquisa envolvendo astros que
eles haviam visualizado no filme e que eles apresentaram aos demais
colegas.
2. Elaboração de uma tabela de Observação da Lua.
Dia após dia a Lua está mudando seu formato no céu. Há uma
série de dias em que ela se apresenta totalmente no céu. Em outros
dias, ela se apresenta parcialmente iluminada e em outros dias não
conseguimos vê-la.
Como forma de fazer com que os alunos percebessem tais
mudanças na forma com que a Lua nos é apresentada, sugeriu-se que
eles preenchessem uma tabela de observação da Lua.
Cada um dos alunos que estavam participando da proposta de
implementação ganhou uma tabela dividida em seis colunas e seis
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linhas onde deveria colocar a data, o horário e fazer um desenho de
como estava a Lua naquele momento.
Esta atividade deveria ser feita todos os dias até que ele
completasse a tabela. Após o seu preenchimento, os alunos
trouxeram as tabelas que estas foram analisadas e comentadas.
Com esta atividade, os alunos compreenderam que a Lua está
presente no céu durante o dia (muitos haviam afirmado que ela só
aparecia à noite) e notaram que havia uma repetição de fases ao
longo do tempo. Perceberam que a divisão do tempo em meses se
devia ao fato do ciclo lunar, pois a cada 28 – 30 dias as fases se
repetiam e foi este o princípio utilizado para a construção dos
calendários, instrumento muito útil para a demarcação do tempo e
para a organização principalmente de compromissos e também dos
acontecimentos históricos.
3. Observação da Lua através de telescópios.
A observação do céu sempre fascinou os homens. Foi através
de sua análise que tentamos descobrir nossa origem, a de nosso
planeta, dos planetas vizinhos, dos sistemas e Universo. O
desenvolvimento da Astronomia se deve à observação celestial como
modo de descobrir nossa história.
Os povos sempre criaram histórias para tentar compreender os
astros. Para os gregos antigos, a Lua era chamada de Selene ou
Ártemis, deusas ligadas à fertilidade feminina e da terra. Já os
romanos a conheciam por Diana, a deusa dos animais e floretas. Os
indígenas a denominavam Jaci, irmã do Sol e deusa das Plantas.
No passado, a atividade de observação do céu era mais comum
que nos dias de hoje. O principal fator que prejudica a observação é a
poluição luminosa.
Estão presentes no céu cerca de seis milhões de estrelas,
destas são visíveis aproximadamente quinhentas mil. Isso se deve a
iluminação inadequada das vias públicas, onde a luz além de ser
direcionada para baixo, também é direcionada para cima, gerando
desperdício de energia, de dinheiro público e principalmente, poluição
luminosa. Outro motivo é o fato de as pessoas viverem nos grandes
centros, onde a correria da vida moderna lhes deixa pouco tempo
para parar e observar detalhadamente como o céu nos está sendo
apresentado no decorrer do dia e da noite.
Iara A. B. Buratto
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Para uma observação mais minuciosa, o ideal seria fazê-la de
um local pouco iluminado, como um campo. As luzes da cidade
atrapalham a visualização de muitos astros, mas nada impede que
ocorra em qualquer horário do dia ou da noite. Dependo do horário,
poderemos visualizar determinados astros.
Entre os astros observados no céu, a Lua é o que mais chama a
atenção dos habitantes da Terra por ser o astro mais próximo.
Com a intenção de difundir a Astronomia para os alunos e toda
a comunidade do entorno, pensou-se em levar telescópios para o
Colégio.
Observação da Lua através de telescópios, em 1º de junho de
2008.
(Foto: Iara A. B. Buratto)
Graças à gentileza do Prof. Bertoldo Schneider Júnior, do
CAUTEC, UTFPR, que levou os telescópios (CELESTRON 20 cm e outro
CELESTRON 13 cm motorizado), instalou-os e passou uma tarde
inteira demonstrando o seu funcionamento, foi possível aos alunos,
professores e funcionários do colégio visualizar a Lua através de um
equipamento de altíssima qualidade,
proporcionando uma observação nítida. Para a grande maioria
dos presentes, foi a primeira vez que olharam um astro através de
um instrumento.
Com o auxílio do telescópio, foi possível aos alunos a
visualização da Lua na sua fase crescente, assim como as crateras e
manchas lunares, denominadas “Mares”.
Iara A. B. Buratto
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Posteriormente a todo processo de implementação da proposta,
quando questionados sobre qual teria sido o momento mais marcante
do ensino de Astronomia, a maioria dos alunos citou a observação da
Lua como a melhor experiência que eles vivenciaram.
4. Visita ao Parque Newton Freire Maia.
As aulas de campo sempre são muito produtivas ao processo de
ensino por chamarem mais a atenção dos alunos do que quando
estes estão em sala de aula. Uma vez motivados, é mais fácil a
assimilação de novos conceitos ou o aprofundamento de
conhecimentos já adquiridos.
No Parque Newton Freire Maia, os alunos foram divididos em
pequenos grupos e, com a orientação de monitores do próprio
Parque, fizeram uma excursão pelos vários projetos lá expostos, com
uma explanação sobre cada um deles. Um dos projetos que mais
chamou a atenção dos alunos foi um modelo que representava o
Movimento de Rotação e de Translação da Terra e as Fases da Lua.
Outro projeto bastante interessante foi o painel que
demonstrava a Teoria da Big Bang, de como o Universo estaria
concentrado numa pequena massa e, após a explosão, como teriam
surgido os astros, com suas órbitas, movimentos, composição e
movimentos. Através do painel, também possível a “visualização” da
expansão do Universo, já que ele apresentava os acontecimentos em
ordem cronológica dos fatos.
Durante a visita ao Parque, os alunos interagiram com os
monitores que demonstraram o funcionamento de cada um dos
projetos, assim como seus benefícios e prejuízos, fazendo com que
houvesse uma conscientização do uso racional de vários recursos
hídricos e energéticos, como também dos bens de consumo, tais
como eletrodomésticos, eletrônicos e utilidades em geral.
Sobre o uso consciente dos bens renováveis e não-renováveis,
os alunos também assistiram ao documentário “A História das
Coisas”, que promoveu uma mudança de atitude nos presentes,
mostrando a origem dos produtos que compramos e o destino das
coisas que descartamos.
5. Construção de maquete representando o Sistema
Terra – Lua.
Com o uso de duas bolas de isopor, os alunos representaram a
Terra por uma bola de 20 cm de diâmetro oca, onde foi acoplado um
Iara A. B. Buratto
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eixo e enrolado 6 metros de barbante e uma bola de 4 cm de
diâmetro, representando a Lua.
O barbante que estava enrolado no eixo no interior da bola
grande de isopor era ligado à bola pequena.
Durante o desenvolvimento desta atividade, um aluno segurava
a bola pequena e o outro a bola grande, que inicialmente estavam
encostadas. Quando questionados sobre a distancia que separava a
Terra da Lua, os alunos iam dando seus palpites se seria mais
próximo ou mais longe, enquanto os alunos que seguravam os
modelos iam se afastando e o barbante se desenrolando.
O professor conclui que, naquelas proporções, a distância entre
os dois astros seria de 6 metros, desenrolando completamente o
barbante.
6. Construção de maquete representando os eclipses
solar e lunar.
Representação dos eclipses solar e lunar.
(Foto: Iara A. B. Buratto)
Através do uso da lâmpada do retroprojetor representando o
Sol, do globo terrestre representando a Terra e de bola de isopor
representando a Lua, os alunos demonstraram que dependendo do
alinhamento dos astros se formam os eclipses solares ou lunares.
Uma aluna segura a Terra em frente ao Sol e outra aluna segura
Lua, que faz seu movimento de translação.
Iara A. B. Buratto
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Quando a Lua se interpõe à Terra e ao Sol, ocorre o eclipse
solar, onde, por alguns minutos, a sombra da Lua é projetada sobre
determinada região da Terra. Nesta região, o eclipse é denominado
total. A região próxima que está na penumbra tem um eclipse parcial
do Sol.
Quando a Terra se interpõe à Lua e ao Sol, ocorre o eclipse
lunar, onde a sombra da Terra é projetada sobre a Lua.
7. Construção de maquete representando as Fases
da Lua.
Os alunos usaram bolas de isopor para representar a Terra e a
Lua e de uma lâmpada para representar o Sol. Cada aluno segurou
um “astro” e simulava o movimento da Lua em torno da Terra e da
Terra em torno do Sol.
Conforme a incidência dos raios do Sol chegava à Lua, ela era
visualizada de uma forma pelas pessoas da Terra. Com o movimento
da Lua em torno da Terra, ela é iluminada de diferentes modos e isso
faz com que pareça ter diferentes formas.
Demonstração das fases da Lua.
(Foto: Iara A. B. Buratto)
Iara A. B. Buratto
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DE POUCOS RECURSOS.
Os alunos apresentaram suas pesquisas sobre as fases da Lua,
as influências que ela causa na vida na Terra e a mitologia que
sempre esteve relacionada a ela.
Com relação às influências da Lua no nosso cotidiano, há uma
crença muito grande, principalmente dos familiares dos alunos, de
que a Lua está diretamente ligada a muitos fatores, como por
exemplo:
•
•
•
•
Muitas mães de alunos afirmaram que se depilam
apenas na Lua minguante porque assim os pêlos
demoram mais a crescer novamente.
As pessoas que praticam jardinagem afirmaram que
escolhem a Lua minguante para realizar as podas de
suas plantas porque a seiva estaria nas raízes e assim,
não haveria prejuízo para as plantas. Na época da
semeadura, acreditam que exista uma fase da Lua
própria para a germinação de cada tipo de vegetal.
Os adeptos a pesca escolhem a fase da Lua propícia
para a pesca de cada tipo de peixe. A explicação é que
dependendo da luminosidade, alguns peixes são mais
ativos, o que facilita a sua captura.
Muitas pessoas escolhem a Lua cheia para cortar seus
cabelos quando querem que os mesmos aumentem em
quantidade ou a Lua crescente quando querem que eles
cresçam.
Existe uma antiga história relacionando serpentes e a Lua,
tanto que ambos fazem parte de muitos brasões. A serpente é
considerada como um exemplo de renascimento, por sair de sua
casca e abandoná-la (por ocasião de seu crescimento), muitos
acreditaram que ela deixava o corpo antigo e renascia. Com a Lua,
acreditavam que ocorria a mesma coisa: crescia, atingia o seu ápice,
ia ficando fraca e morria, até se fortalecer novamente e renascer.
8. Construção de maquete representando o Sistema
Solar.
A utilização de materiais didáticos de apoio é uma ferramenta
muito útil no ensino, pois os conteúdos deixam de ser tão abstratos e
passam a fazer algum sentido para os estudantes.
Em se tratando de Sistema Solar, é um tanto quanto
complicado fazer com que compreendam as dimensões do Universo
em que estamos inseridos. Muitos alunos ainda não têm noções
básicas de tamanho ou distância.
Antes da proposição desta atividade, foi comentado sobre as
características de cada um dos planetas do Sistema Solar, com
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curiosidades e dimensões. As dimensões foram comparadas com
objetos do cotidiano dos alunos proporcionais aos tamanhos reais,
para que assim, estas dimensões
e distâncias pudessem ser
melhores assimiladas.
Respeitadas essas proporções, o Sol foi representado por uma
bexiga grande de 80 cm. Mercúrio por uma pedrinha de areia de 2,8
mm localizado a 33 m do Sol. Comentamos que esta distância
correspondia a distancia da sala até a biblioteca e as outras eram
comparadas com pontos conhecidos pelos alunos. Vênus teria o
tamanho de um grão de ervilha de 7 mm localizada a 62 m do Sol, a
Terra também seria um grão de ervilha de 7,2 mm e a 86 cm do Sol,
Marte teria o tamanho de uma bolinha de isopor de fazer enchimento
com 3,9 mm e estaria a 130 m do Sol, Júpiter seria uma bola de
isopor de 8,2 cm e estaria a 450 m do Sol, Saturno seria um limão de
6,9 cm localizado a 820 m do Sol, Urano seria uma bolinha de pingpong a 1640 m do Sol e Netuno estaria a 2600 m do Sol.
Maquete do Sistema Solar. (Cores, tamanhos e distâncias
fantasiosas).
(Foto: Iara A. B. Buratto)
9. Demonstração
Universo.
da
Teoria
Iara A. B. Buratto
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da
Expansão
do
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DE POUCOS RECURSOS.
A teoria de que o Universo tenha surgido de uma explosão,
chamada de Big Bang e tenha se expandido, afastando os astros uns
dos outros é o fato mais concreto de que temos conhecimento até o
presente momento. Tal expansão ainda ocorre. Sabemos inclusive a
velocidade com que nos afastamos dos demais astros.
Entre os pensadores, existe uma vertente que afirma que esta
expansão ocorrerá indefinidamente. Uma outra, acredita que ela
ocorrerá até certo ponto e depois retrocederá.
Para representar a Big Bang, os alunos colocaram várias
bolinhas de diferentes tamanhos feitas com papel amassado em um
pacotinho de papel. A seguir, o encheram até que ele estourasse.
Com a explosão do pacotinho, as bolinhas de papel caíram em
diferentes direções. Esse modelo explicaria porque alguns astros
estão mais próximos ou mais afastados de um determinado ponto.
Para demonstrar esta expansão, os alunos colaram bolinhas de
papel de tamanhos variados representando os astros na parte
externa de uma bexiga vazia e a inflaram. Conforme a bexiga era
inflada, os astros eram afastados uns dos outros.
10.Participação
na
Astronomia – OBA.
Olimpíada
Brasileira
de
A Olimpíada Brasileira de Astronomia – OBA tem o objetivo de
difundir a Astronomia a todos os alunos.
Para que a escola participe, é necessário que ela se inscreva
através da home page <http://www.oba.org.br >
No ato da inscrição, o professor representante da OBA na escola
informa quais os níveis de ensino ofertados pela sua escola e se
pertence ao sistema publico de ensino ou ao privado.
As demais informações e instruções sobre a OBA são enviadas
via correio para o professor, que providenciará a inscrição dos alunos
participantes, sala para a realização das provas, recursos para a
reprodução das provas, e construção do experimento que lhes for
indicada.
A OBA de 2008 ocorreu dia 09 de maio. Em abril, cada escola
participante recebeu o informativo sobre quais procedimentos
deveriam ser tomados para a realização da olimpíada, um exemplar
da prova de cada nível de escolaridade que a escola declarou ter no
cadastro.
Antes da realização da prova, os alunos deveriam construir um
relógio estelar, seguindo as orientações que vieram juntamente com
uma folha que deveria ser reproduzida e instruções de como ver as
horas com o relógio, que é muito parecido com um planisfério.
No dia da prova, houve algumas questões referentes ao relógio
estelar. A prova consistia em três partes: Astronomia, Energia e
Astronáutica.
As dúvidas poderiam ser sanadas pelo e-mail ([email protected]).
Iara A. B. Buratto
[email protected]
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Os gabaritos estavam na Internet no dia 12 de maio e depois de
corrigidas todas as provas, o professor representante enviou uma
lista com os dados de todos os alunos em uma tabela que lhe foi
disponibilizada junto com as provas, e também as provas dos 10
alunos que obtiveram os melhores resultados.
Tabela de inscrição dos alunos na OBA.
Nome completo Sexo Data
Nível: Nota
do aluno
(M/F) do
1,2,3 de
nascim Ou 4 Astro
ento
DD/M
nomi
M/AA
a
Nome do aluno
um
Nome do aluno
dois
Nota
de
Astronáutic
a
Nota
de
Ener
gia
Not
a
Fina
l
A escola participou com 151 alunos do ensino fundamental,
nível 3 e obteve o melhor desempenho de todo o município, tendo a
aluna Lidiane Alves ganho medalha de prata e Jeferson Rafael de
Lima, medalha de bronze. Todos os alunos participantes, assim como
o professor representante e os colaboradores receberam certificado
de participação.
Além das medalhas e dos certificados, a escola recebeu
também alguns brindes como livros e revistas que estão disponíveis
na biblioteca da escola.
RESULTADOS
Para avaliar se a implementação obteve êxito, foi aplicada uma
prova aos alunos que dela participaram e também a outras duas
turmas de alunos também de 5ª. Série da mesma escola que não
participaram da proposta.
AVALIAÇÃO DE CIÊNCIAS
1.
Da relação de astros abaixo, assinale os que são
Planetas do Sistema Solar:
( ) Sol
( ) Terra
( ) Lua
( )
Asteróide
Iara A. B. Buratto
[email protected]
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(
) Mercúrio
Júpiter
(
) Saturno
Plutão
(
) Galáxia
Meteoro
2.
(
) Vênus
(
) Marte
(
)
(
) Netuno
(
) Urano
(
)
(
) Ganimedes
(
) Satélite
(
)
Complete as lacunas:
A.
O
eclipse
solar
ocorre
quando
a
.................................................fica
entre
a ..................................................e ...................................................
B.
O
eclipse
lunar
ocorre
quando
.........................................................fica
entre
.............................................................e................................................
......
3.
(
(
(
(
(
Relacione as colunas:
a ) Estrela
b ) Planetas externos
c ) Lua
d ) Planetas internos
e ) Meteoritos
(
) Pequenos corpos vindos pó espaço interplanetário que
tornam-se incandescentes devido ao atrito com as camadas
superiores da atmosfera, conhecidos como “estrelas-cadenes”.
(
) Astro que possui luz e calor próprios.
(
) Estão localizados entre o Sol e o Cinturão de Asteróides.
(
) Astro que gira em torno da Terra.
4.
Responda:
a. Como se formam as fases da Lua?
b. Explique as estações do ano.
c. Explique como ocorre o dia e a noite.
Iara A. B. Buratto
[email protected]
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DE POUCOS RECURSOS.
d. Se a Terra parasse de girar em torno do seu eixo, mas
continuasse a girando ao redor do Sol, como faz hoje, quantos
dias teria um ano?
e. Coloque os seguintes astros em ordem de grandeza, do menor
para o maior ( Terra, Lua, Sol, Júpiter, Galáxia, Sistema Solar,
Mercúrio Meteorito).
f. A Lua é conhecida por ser o Astro da noite. Isso é verdade?
g. Você acha a Astronomia uma ciência importante? Por quê?
h. Por que é importante sabermos as estações, meses, dias e
horas?
i. Você já teve algum contato com a Astronomia? Quais foram os
momentos mais agradáveis? E os mais desagradáveis?
Depois de corrigidas as provas e analisados os resultados,
elaborou-se uma tabela e um gráfico com o desempenho dos alunos.
Os alunos participantes da proposta são das 5ª. Series B, C e D.
Os alunos das 5ª. Series A e E são alunos de uma outra
professora e ainda não tinham participado da proposta na ocasião da
provas.
Tabela da avaliação dos alunos.
(Turmas B, C e D participantes.
participantes).
MÉDIA
5ª A
1
2
3
4
5
6
7
8
5ª B
4,1
4,8
4,8
5ª C
5ª D
4
4,8
2,9
4,6
7
5,6
9,2
7,8
3,4
7,7
5,1
3,6
4,7
6,7
Turmas
5ª E
4,9
7
10
6,9
7,4
6,87
3
3,1
Iara A. B. Buratto
[email protected]
4,9
3,2
2,1
6,2
6,2
A
e
D
não-
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DE POUCOS RECURSOS.
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
MÉDIA
6,8
6,6
2,4
5,1
8,2
7,2
2,6
3,8
5,5
2,6
5,7
3,5
4,7
0,9
3,8
7,1
5,6
3,8
6,2
6,6
5
5,1
4,9
7,6
6,6
3,5
3,9
5
5
5
5
5,5
5
2,9
4,68
8,8
4,8
6,2
7,2
5,7
8,9
6,6
7,6
5,4
3,5
3,5
8,3
7,7
5,2
5,7
4,5
2,8
5,85
9,8
3
8,2
8,6
4,3
9,8
8,7
5,8
7,1
6,8
7,6
4,1
6,1
6,4
5,4
5,6
4,7
2,6
4,8
4,5
5,8
3,8
5,2
7,2
5
6
9,5
5,2
8,2
3,6
7,5
6,9
4,7
5,98
5,7
5,5
4,2
7,7
5,8
3,3
3,9
5
6,7
5,8
7,7
3
4,8
9,5
4,7
3,4
2,6
7,9
4,3
5,7
5,6
5
4,1
2,4
4,4
3,9
4
8,4
2,4
4,4
6,4
7,8
9,4
5,2
6,6
10
3,9
5,6
4,9
6,5
3,5
2,1
1,6
6,091666
67
6,201785 4,4166666
71
7
Gráfico das médias da avaliação dos alunos.
Iara A. B. Buratto
[email protected]
O ENSINO DO SISTEMA SOLAR ATRAVÉS DE MATERIAIS
DE POUCOS RECURSOS.
CONCLUSÃO
O envolvimento dos alunos nas atividades propostas e entre si
no desenvolvimento dos trabalhos é bem mais significante que as
aulas tradicionais, proporcionando uma aula mais produtiva.
Notou-se um aumento de interesse dos fenômenos
astronômicos depois da execução do projeto de implementação da
proposta.
A proposta foi aplicada com alunos do período vespertino. Os
alunos dos outros períodos, reivindicaram que também gostariam de
participar, se propondo a ir ao colégio no contra-turno para a
realização de algumas atividades.
O tempo desprendido na aplicação do projeto foi bem superior
do que se tinha planejado.
REFERÊNCIAS:
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2006. Editora do Brasil.
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Iara A. B. Buratto
[email protected]
O ENSINO DO SISTEMA SOLAR ATRAVÉS DE MATERIAIS
DE POUCOS RECURSOS.
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http://www.cdcc.sc.usp.br >. Acesso em 24 de julho de 2007, às
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Curitiba, 2003. p.729 a 734.
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de Física. Curitiba, 2003. XV SNEF, Curitiba, 2003. p.1153 a
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TREVISAN, Rute Helena. et al. O Aprendizado dos Conceitos de
Astronomia no Ensino Fundamental. In: Simpósio Nacional de
Ensino de Física. Curitiba, 2003. XV SNEF, Curitiba, 2003.
p.1877 a 1884.
Iara A. B. Buratto
[email protected]
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