ATIVIDADES LÚDICAS E ENSINO DE ASTRONOMIA: UMA PROPOSTA ENVOLVENDO JOGO DE TABULEIRO (Ludic activities and teaching of astronomy: an application involving game board) Raquel Araújo Victor1 Roseline Beatriz Strieder2 1 Curso de Física – Universidade Católica de Brasília (UCB) 2 Instituto de Física – Universidade de Brasília (UnB) Resumo Os métodos de ensino baseados no processo mecânico de aprendizagem vêm sendo bastante discutidos em cursos de formação de professores, com a finalidade de superá-los. Para a maioria dos alunos, a Física é vista como uma disciplina fora de seu contexto social e até mesmo considerada uma derivação da Matemática, predominando apenas o uso de equações, sem nenhum encantamento ou motivação. Diante dessas circunstâncias, este trabalho propõe a utilização de métodos lúdicos como estratégia para o ensino de Física, mais especificamente o jogo de tabuleiro. Dessa forma, a partir de uma revisão teórica sobre o assunto e da análise de livros didáticos de Física, foi elaborado um jogo de tabuleiro sobre o conteúdo Astronomia. Palavras-chave: Astronomia, Ensino Médio, Jogo de tabuleiro. Abstract The teaching methods based on mechanical process of learning have been widely discussed in training courses for teachers, in order to overcome them. For most students, physics is seen as a discipline outside of their social context and even considered a branch of mathematics, mostly just using equations without any motivation. Given these circumstances, this paper proposes the use of playful methods as a strategy for teaching Physics, specifically the board game. Thus, from a theoretical review on the subject and analysis of Physics textbooks, we designed a board game about Astronomy. Keywords: Astronomy, Secondary Education , Board game. INTRODUÇÃO No processo de ensino-aprendizagem atual, os professores, muitas vezes, não conseguem conquistar o interesse dos alunos (PEREIRA, et al, 2009). Associado a essa ausência de interesse por parte dos alunos, tem recebido destaque a busca por mudanças nos métodos de ensino. Em especial, porque os métodos de ensino tradicionais têm sido cada vez menos atrativos e eficazes, não facilitando o processo de ensino-aprendizagem. A 1 análise de teorias educacionais e a reflexão sobre a atuação pedagógica é um bom começo para a conquista de um ensino mais eficaz. São discutidos em alguns cursos de formação de professores os modelos pedagógicos baseados apenas na transmissão do saber do professor ao aluno, com a intenção de superá-los (RAHAL, 2009). De acordo com estes modelos, o aluno recebe o conhecimento do professor e repete o que lhe foi passado. Portanto, a base do método de ensino mecânico pode ser resumida como: o aluno não é induzido a pensar e, consequentemente, não desenvolve um pensamento autônomo. Uma informação preocupante é que apesar de ser considerado problemático e ultrapassado, este método continua sendo utilizado em muitas escolas. A Física, para a maioria dos alunos, é uma matéria confusa e inacessível, apesar de ser por eles considerada de grande importância (LOPES, et al, 2003). Ela é uma disciplina que requer na maioria das vezes competências como: concentração, reflexão, criatividade, raciocínio, dentre outras, tornando-a complicada, pois algumas dessas habilidades geralmente não são desenvolvidas no processo de formação desses alunos. O ensino de Física é então prejudicado, pois com tamanha exigência, a disciplina torna-se um verdadeiro tabu nas escolas. Outros problemas podem ser destacados, como: aulas totalmente expositivas (ensino por transmissão), problemas com a Matemática e carga horária reduzida, induzindo o professor a selecionar os conteúdos considerados, para ele, mais importantes. Alguns alunos têm a concepção errônea de que a Física é um derivado da Matemática ou mais uma matéria de cálculos e equações para se decorar. Nas escolas é comum a valorização da ordem e da disciplina, e não estão erradas neste ponto, mas algumas vezes a diversão é permitida apenas no horário do intervalo ou atividades como feiras, passeios e festas, esta alegria nunca está associada ao ambiente da sala de aula. Todavia, conforme destaca Borges (1997), é um equívoco comum confundir atividades práticas com a necessidade de um ambiente com equipamentos especiais para a realização de trabalhos experimentais. Geralmente, as aulas nos laboratórios não relacionam a prática aos conceitos e não desafiam os alunos à exploração e avaliação das ideias. O problema e os procedimentos já estão previamente 2 determinados, passando a falsa ideia de que encontrar o resultado correto é a finalidade dos experimentos no laboratório (BORGES, 1997). Diante dessa realidade, podemos nos perguntar: é mesmo necessário que o ensino seja algo tão rígido e desinteressante? Como transformar o aprender em um prazer? Para responder estas questões, muitos trabalhos já foram desenvolvidos contendo soluções com comprovada eficácia, tais como: Rahal (2009); Pereira, Fusinato e Neves (2009) e Lopes e Viana (2003). Os três artigos citados acima defendem a introdução do método lúdico no ensino, considerado por tais um instrumento pedagógico facilitador no processo ensino-aprendizagem. Diante dessa situação, a proposta deste trabalho é elaboração de um jogo de tabuleiro para a Física no Ensino Médio. Este jogo terá como foco o sexto tema estruturador proposto para o ensino de Física de acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais - PCN+ (BRASIL, 2002): Universo, Terra e Vida. Este tema foi escolhido, pois é o que raramente é estudado em sala de aula, e o principal motivo é a falta de tempo, devido à carga horária reduzida, e a ausência de material didático sobre o assunto (LANGUI; NARDI, 2009). REVISÃO TEÓRICA O lúdico tem sua origem na palavra latina “ludus”, que significa “jogo” (www.origemdapalavra.com.br). Se nos prendermos à sua origem, o termo lúdico estaria relacionado apenas ao brincar, jogar, ao movimento espontâneo. Mas, ele está além do apenas brincar. O lúdico é essencial para a dinâmica humana, sendo um ato satisfatório e espontâneo funcional. O caráter de integração e interação presente nos jogos permite a associação do conhecimento com a prática, o jogo auxilia a construção de novas descobertas e o desenvolvimento da personalidade. A motivação é um dos fatores principais deste método que causa entusiasmo sobre o conteúdo a ser trabalhado. Como destaca Ramos (1988), O aprendizado é inerente à natureza humana e os comportamentos lúdicos e exploratórios são igualmente naturais às espécies humanas. Entende-se que, numa situação não tão opressiva, o aprendizado é resultante de um processo interno ao sujeito. Sabe-se que os jogos e os brinquedos são fontes naturais 3 de atração e, por sua natureza livre, são atividades voluntárias do ser humano (RAMOS,1998 apud LOPES,2003,p.01). O lúdico é normalmente utilizado porque decorre dele o prazer e, por esta razão, é bem recebido pelas crianças, jovens e, em geral, pelos próprios adultos. Por exemplo, ao envolver a Física em um jogo de tabuleiro, criamos um ambiente favorável para a aprendizagem dos conceitos, pois causa a sensação de se estar em oposição a uma situação formal do ensino. A sensação de prazer, alegria e tensão colaboram para o processo educacional porque coloca o aluno em situação de potencial receptividade, pois se ele faz o que gosta, há pouca dispersão e concentrado, ele compreende melhor os conteúdos. Aqueles alunos com dificuldade de aprendizagem podem, progressivamente, modificar sua visão negativa do ato de conhecer. Usando os jogos como uma prática pedagógica alternativa, o professor pode estimular o agir e o pensar com lógica, consequentemente, o aluno melhora seu desempenho escolar. De acordo com Miranda (2001), os jogos acabam contribuindo para o desenvolvimento de outros aspectos: (...) mediante o jogo didático, vários objetivos podem ser atingidos, relacionados à cognição (desenvolvimento da inteligência e da personalidade, fundamentais para a construção dos conhecimentos); afeição (desenvolvimento da sensibilidade e da estima e atuação no sentido de estreitar laços de amizade e afetividade); socialização (simulação de vida em grupo); motivação (envolvimento da ação, do desafio e mobilização da curiosidade) e a criatividade. (MIRANDA, 2001 apud RAHAL, 2009, p.02) Os jogos educativos podem ser trabalhados de diversas maneiras no Ensino Médio: em sala de aula, tanto para abordar um conteúdo, quanto em uma avaliação ou como forma de revisão de conteúdo; em monitorias, o estagiário ou o próprio professor da disciplina podem trabalhar o conteúdo em um horário extraclasse; os alunos podem também jogar em equipes no horário do intervalo e até mesmo em casa. Com a intenção de buscar subsídios para a elaboração dos jogos e melhor delimitar a atividade a ser elaborada, cabe uma revisão de alguns 4 autores preocupados com o processo de ensino-aprendizagem, a exemplo de Piaget e Vygotsky, os quais são brevemente discutidos a seguir. Conforme Lira-da-Silva (2008), ao longo de sua vida, Jean Piaget, sempre pesquisou sobre a inteligência humana; alguns questionamentos estavam sempre presentes em seu trabalho, a exemplo de: Como se dá o conhecimento? Como se constrói, no ser humano, o processo do conhecer? Sua constante resposta foi: por meio das atividades que possibilitem a aprendizagem, a utilização de jogos é um grande exemplo. Ainda de acordo com Lira-da-Silva (2008), o ser humano é um ser ativo e aprende através de sua ação. Podemos concluir, a partir dessas rápidas noções de Piaget, que para este autor, os jogos, como atividades lúdicas, são recursos para o autodesenvolvimento. Sendo assim, podemos e devemos usar as atividades lúdicas para obtermos resultados significativos na formação de nossos alunos. Se conhecermos a teoria e suas possibilidades práticas, temos em nossas mãos instrumentos fundamentais para a direção de nossa prática, dando assim uma oportunidade para nossos educandos construírem seu próprio conhecimento. Segundo a perspectiva de Vygotsky (1991a) apud Mariani, et al. (2005), o conhecimento é adquirido através de uma ação partilhada, pois é por meio dos outros que as relações entre sujeito e objeto são estabelecidas, sendo assim, as condições necessárias para a produção do conhecimento nos alunos são as relações sociais. As relações entre alunos e professores, segundo Vygotsky, não estão mais baseadas na transmissão de conhecimentos, mas, principalmente, na troca de experiências. Na escola deve ocorrer um enriquecimento das ideias dos alunos e não a substituição das mesmas. O aluno precisa desenvolver um pensamento independente e criativo, dentre outras habilidades. Sendo assim, com estes novos rumos dos métodos de ensino, o professor precisa de novas ferramentas que auxiliem no processo de ensino-aprendizagem. Uma dessas pode ser a utilização do lúdico, mais especificamente dos jogos didáticos. Apesar de serem métodos já comprovados com excelentes resultados, de acordo com Lopes (2003), o uso de jogos na educação sofre resistência por parte de educadores que ainda não estão prontos para substituir antigos métodos como a utilização de quadro e giz e livros didáticos. Os métodos 5 tradicionais proporcionam a esses professores total autonomia da turma enquanto que na prática do lúdico esse precisa interagir com os alunos e não apenas expor o conteúdo. Às vezes é a própria escola que possui uma tradição de ensino formal, e esta não vê com simpatia a utilização do lúdico na prática pedagógica. Desenvolver um jogo didático requer alguns cuidados, como encontrar o equilíbrio entre diversão e aprendizado, buscando evitar que um prejudique o outro. Neste caso, é importante não confundir a satisfação e a alegria da ação lúdica com atitudes de pouca seriedade, assim como também não podemos associar o aprendizado ao descontentamento, neste caso as consequências podem ser desagradáveis e contínuas, como medo da escola, aversão pelo estudo, insegurança, dentre outras. O professor tem o papel de agente mediador na tarefa de fazer com que a sala de aula seja conhecida como um lugar agradável para o aprendizado, o progresso de qualquer atividade lúdica está diretamente proporcionado ao encaminhamento dado pelo professor. Na ótica de alguns professores de Física, quando este busca algo novo para enriquecer suas aulas, recorre geralmente aos experimentos, mas estes nem sempre resolvem o problema de participação dos alunos. Como também, em relação à questão lúdica, se o professor procurar algum jogo que envolva a Física, pouco encontrará. Uma solução para este problema é a elaboração do jogo pelo próprio professor, um dos objetivos deste trabalho. Conforme Pereira (2009) pode-se pensar que o desenvolvimento de jogos, principalmente os de tabuleiro é tarefa para um profissional qualificado para tal fim, mas na realidade não o é. O professor apresenta condições perfeitas para a confecção e a aplicação de um jogo, pois para isso é necessário o conhecimento dos referenciais teóricos do conteúdo abordado no jogo e saber relacioná-los com situações atuais, além de pesquisar recursos didáticos que sejam favoráveis às situações de ensino-aprendizagem. Todo jogo deve ter suas regras e para serem usados em sala de aula, ele deve ser dividido em três segmentos principais, de acordo com Lopes (2003): 1. Papel do aluno: neste deverá conter os objetivos lúdicos do jogo, suas regras básicas, seus componentes e explicações de como jogá-lo. 6 2. Papel do professor: é necessário o desenvolvimento de um roteiro com a função didática do jogo, orientações e sugestões de discussões que podem ser abordadas durante o jogo, através de situações criadas pelos alunos. É importante conter também quais são os valores agregados ao jogo. 3. Roteiro ilustrado de montagem: este deve conter o passo a passo de como construir o jogo, explicar seu desenvolvimento e dar dicas de execução e segurança na confecção. A elaboração e aplicação de jogos podem ter seus problemas; por exemplo, se o jogo apresentar uma coleção de enigmas sem ligação nenhuma, ele não será interessante. A Física já causa uma dificuldade maior no aprendizado por ser uma ciência bem subjetiva, se o jogo for desconexo ele falhará em seus objetivos, adverte Pereira (2009). As atividades lúdicas podem gerar resultados imprevisíveis e o temor de perder o controle da sala da aula pode ser um empecilho. Para que isso não ocorra, os resultados deverão ser influenciados pela conduta do professor, o mediador em toda a atividade. Sabe-se que todo jogo tem seu desafio, para alguns alunos o mais importante em uma atividade como esta é o perder ou ganhar, em geral os jovens têm medo do fracasso. A derrota não deve ser encarada como um aspecto negativo e sim um obstáculo que necessita de superação, força de vontade. Tanto para o processo de aprendizagem como para o processo psicológico é importante que se trabalhe o medo de errar nos jovens, pois vencendo este medo os jogadores tornam-se pessoas mais participativas na escola e mais preparados para os desafios da vida real. Por fim, com a intenção de buscar subsídios de natureza prática para a elaboração do jogo, são apresentados quatro exemplos de propostas já desenvolvidas, que fazem uso do lúdico para a aprendizagem da Física. 1. “Desenvolvendo um jogo de tabuleiro para o ensino de Física”, PEREIRA, R.F, FUSINATO, P.A, NEVES, M.C.D. (2009) Neste trabalho os autores desenvolveram um jogo de tabuleiro de perguntas e respostas chamado: “Conhecendo a Física”. O conteúdo das perguntas foram as matérias vistas no Ensino Médio: Mecânica, Termodinâmica, Óptica, Hidrostática, Ondulatória e Eletromagnetismo. O jogo 7 foi muito testado até a versão final, mas de forma informal, ou seja, por grupos diferentes: alunos no Ensino Médio, alunos da graduação em Física, Biologia e Matemática, professores de Física de Ensino Médio e alunos de pós-graduação em Educação para a Ciência e a Matemática. Alguns dos participantes entregaram relatos por escrito relacionados ao jogo testado e os resultados apresentaram muitos pontos positivos e promissores a respeito da prática pedagógica com jogos e o aperfeiçoamento do próprio jogo. Dentre as conclusões dessa investigação destaca-se que, como apontam os autores, para um jogo causar uma primeira impressão marcante nos participantes, é necessário que ele tenha um visual bonito, que chame a atenção. Os autores também destacam que a análise do professor é deveras importante e essencial sobre a melhor maneira de se utilizar jogos educativos no processo de ensinoaprendizagem dos conteúdos. Por fim, os autores apontam que os jogos mostraram grande potencial para atrair a atenção dos alunos. Demonstrando interesse, os alunos interagem com a atividade e, por consequência, com o conteúdo implícito nela. Ao se interessar mais pelo conteúdo, eles podem sentir-se motivados também durante as aulas tradicionais, o que pode aumentar seu desempenho na disciplina. 2. “Utilização de jogos para a prática de física no ensino fundamental”, LOPES, L.A.A, VIANNA, D.M, (2003) Os autores desenvolveram três jogos originais para o desenvolvimento de Física nas primeiras séries do ensino fundamental, com utilização de materiais de baixo custo. O primeiro jogo, “Equilíbrio”, tem por finalidade abordar conceitos básicos de Momento. Neste jogo o aluno é envolvido em uma competição que lhe fará raciocinar sobre as possibilidades de ganhar de seu adversário, sem se dar conta que está desenvolvendo um conceito físico muito importante e que no futuro será mais bem trabalhado pelos professores do Ensino Médio: o equilíbrio. Através deste jogo o professor poderá discutir com os alunos as primeiras noções qualitativas de “Momento e Equilíbrio de corpos extensos”. O segundo jogo, “Atração”, foi desenvolvido baseado no fascínio que os fenômenos magnéticos provocam nas crianças. A proposta desse é mostrar 8 algumas propriedades dos ímãs naturais e discutir noções de peso, tração, força magnética e a relação entre as mesmas. O objetivo é colocar o maior número de peças em um esqueleto sem que o mesmo se desprenda. O professor poderá desenvolver um estudo sobre o magnetismo e as forças (peso, exercidas por cabos, fios, e cordas e a força de atração magnética). Uma característica desse jogo é a interdisciplinaridade, pois além do conhecimento das forças e magnetismo, o aluno adquire informações sobre o esqueleto humano. O terceiro jogo, “Curto-circuito”, tem por objetivo passar aos alunos as primeiras noções de materiais isolantes, condutores e circuito. Durante o jogo os participantes interferem diretamente no circuito, passando da teoria à prática. Os participantes têm por objetivo atravessar o maior número de varetas possíveis sem encostar-se à vareta do adversário. O professor deve apresentar aos alunos a propriedade dos materiais: condutores e isolantes, mostrar a propriedade que alguns elementos possuem de conduzir ou não eletricidade. As varetas são de materiais diferentes, dependendo da vara que se encosta, o alarme tocará ou não. Já no estudo sobre eletricidade, o professor deve identificar os componentes de um circuito simples e seu funcionamento. Intrínseco ao jogo existe também o desafio de ver quem tem maior concentração, firmeza e calma para não “tremer”, encostando sua vareta na do adversário, o que se torna um atrativo extra. O artigo não comenta sobre a aplicação desses jogos e por este motivo não apresenta resultados. 3. “Jogos didáticos no ensino de Física: um exemplo na Termodinâmica”, RAHAL, F.A.S. (2009) O autor desenvolveu um jogo com o conteúdo de Termodinâmica no Ensino Médio, devido à necessidade de material no momento. O jogo “Trilha Termodinâmica” é um jogo de tabuleiro com uma trilha de casinhas e um baralho com perguntas e respostas. O jogo foi aplicado num colégio da rede privada de ensino, em uma turma do Ensino Médio composta por 36 alunos. Após a aplicação do jogo foram feitas entrevistas com a professora e com os alunos sobre os resultados do jogo. 9 A professora apresentou o jogo aos alunos como forma de retomar o conteúdo visto, separou a sala em equipes e entregou os materiais. Ela percebeu que 100% dos alunos participaram e ficaram bastante envolvidos no jogo. Alguns alunos desenvolveram regras como o uso do livro didático ou não. Em geral os alunos gostaram muito da atividade e ficaram bem entretidos com o jogo. Os alunos também comentaram sobre o jogo, alguns disseram que as perguntam foram bem elaboradas, que os desenhos eram “bonitinhos” e “fofinhos”, outros que o jogo ajudou a relembrar os conteúdos e reforçá-los. Um grupo achou as questões com gráficos difíceis e que decorar fórmulas para transformações “não é legal”. Em geral, o autor revela que atingiu seus objetivos, relacionados a despertar o interesse dos alunos e melhorar seu desempenho no processo de aprendizagem de determinados conteúdos. Comenta ainda que a aplicação de jogos didáticos auxilia na cognição, afeição, socialização, motivação e criatividade dos alunos. 4. “O lúdico no ensino de Física: elaboração e desenvolvimento de um minicongresso com temas de Física Moderna”. FILGUEIRA, S.S. SOARES, M.H.F.B (2008) Este trabalho propõe a realização de um minicongresso sobre Física Moderna e mostra os resultados obtidos através da aplicação desta atividade numa escola pública de Goiânia. De acordo com o autor, a análise global dos resultados da pesquisa nos mostra que trabalhar com temas da Física Moderna e Contemporânea no Ensino Médio utilizando como ferramenta o lúdico, é uma alternativa viável. Os temas sobre Física Moderna foram divididos em equipes e o professor atuou como mediador e orientador. O autor relata que houve muito interesse pela atividade, os alunos se envolveram muito com o trabalho e o ambiente lúdico foi bastante favorável para a aprendizagem dos conceitos. Em síntese, a revisão desses artigos mostra que há diferentes possibilidades de trabalho com jogos no contexto do Ensino de Física, todas com importantes contribuições para o processo de ensino e aprendizagem. Contudo, na revisão realizada, não foram encontradas propostas centradas no 10 tema “Universo, Terra e Vida”, o que reitera a relevância do presente Trabalho de Conclusão de Curso. METODOLOGIA Este trabalho tem por objetivo a elaboração de um jogo de tabuleiro sobre conteúdos relacionados ao tema “Universo, Terra e Vida”. Para tanto, num primeiro momento, com a intenção de melhor delimitar os conteúdos que serão abordados no jogo, foi realizada uma análise de livros didáticos de Física no Ensino Médio. Como parâmetros de análise foram utilizados os seguintes critérios: verificação dos conteúdos relacionados ao tema “Universo, Terra e Vida”, a presença de uma unidade exclusiva para o assunto, os temas abordados, o aprofundamento dado aos conteúdos e a presença de contextos históricos. Foram selecionados quatro livros, aprovados no Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) do ano de 2012, os quais estão descritos no quadro a seguir: Item 01 Título do livro Física, Ciência e Tecnologia 02 Quanta Física 03 Física em Contextos 04 Curso de Física Autores Carlos M. A. Torres, Nicolau G. Ferraro e Paulo A.T. Soares. Carlos A. Kantor, Lilio A. Paolilelo Jr., Luis Carlos de Menezes, Marcelo de C. Bonetti, Osvaldo Canato Jr. e Viviane M. Alves Maurício Pietrocola, Alexander Pogibin, Renata de Andrade e Talita Raquel Romero Antônio Máximo e Beatriz Alvarenga 11 Com base nessa análise e nos referenciais teóricos anteriormente apresentados foi elaborado o jogo de tabuleiro sobre o conteúdo em questão. RESULTADOS Os resultados deste trabalho estão divididos em dois grupos. Primeiramente é apresentada a análise dos Livros Didáticos e, num segundo momento, o jogo elaborado. Análise dos livros didáticos Primeiramente, apresenta-se uma síntese dos resultados por livro analisado. Ao final, apresenta-se uma discussão geral. O livro 01 apresenta os seguintes conteúdos relacionados à astronomia: Teoria do Big Bang; Formação do Sistema Solar; Astronomia (evolução no tempo); Filósofos da Grécia Antiga; Modelo de Ptolomeu; Modelo de Copérnico; Contribuições de Galileu; O trabalho de Johannes Kepler; Leis de Kepler; Leis da Gravitação Universal; Satélites; Tipos de Satélites e Satélites de Comunicação. Os mesmos estão presentes no capítulo 7 (Gravitação Universal) do volume 1, totalizam 37 páginas de 320. O livro traz textos complementares sobre o que diz a mídia e aplicação tecnológica, propõe também experimentos, atividades de pesquisa, exercícios e sugestões de leitura. O livro 02 traz uma unidade inteira sobre astronomia que se divide em quatro capítulos, neles encontramos os seguintes conteúdos: Capítulo 1 (Visões do céu): A astronomia da pré-história à antiguidade; Heliocentrismo e Geocentrismo; O céu hoje; A esfera celeste; O movimento das estrelas; As constelações; Os planetas; Lua, Sol, Fases, Eclipses e Estações; As fases da lua; O movimento do Sol; A construção dos calendários e o calendário gregoriano. Capítulo 2 (A visão moderna do sistema solar): Ptolomeu, Copérnico, Tycho Brahe, Kepler, Galileu, Newton; A gravitação Universal (as leis de Newton); As marés; Satélites Geostacionários; A amplitude das idéias de Newton; O que se sabe hoje sobre o Sistema Solar; As características de cada planeta; A formação do Sistema Solar. Capítulo 3 (Via-Láctea: nascimento, vida e morte das estrelas): Nosso lugar no espaço: nem centro nem periferia; As descobertas dos colecionadores de estrelas; Átomos, 12 Espectros de Luz e Composição química das estrelas; Diagrama H-R; O combustível das estrelas: a formação dos elementos. Capítulo 4 (Evolução do Universo): Distantes no espaço, distantes no tempo; Um universo que se expande; A infância do Universo, a “bola de fogo”, a radiação de fundo e o BigBang. Os mesmos estão presentes no volume 1 (2º ano) e totalizam 92 páginas de 232. O livro traz sugestões de experimento, atividades lúdicas, pesquisas sobre as diferentes visões de mundo, observações do céu, exercícios, textos complementares, tabelas com informações sobre constelações e dados dos planetas. Ele contém ainda dicas e sugestões de aplicativos na internet e revistas de divulgação científica, livros, filmes e sites de observatórios e planetários. O livro 03, assim como no livro 02, traz uma unidade inteira sobre astronomia e está dividida em dois capítulos. Os conteúdos neles encontrados são: Capítulo 10 (História da Cosmologia): O universo geocêntrico dos gregos: o culto aos círculos; A “física” aristotélica; As leis físicas no céu e na Terra; A relação entre “força” e movimento para Aristóteles; A Física e a Cosmologia na Idade Média; A simbiose entre ciência grega e a fé católica; Luzes na Idade Média: críticas à “física” de Aristóteles; Copérnico e o sistema heliocêntrico; A consolidação do Heliocentrismo; Galileu Galilei; Johannes Kepler. Capítulo 11 (Gravitação Universal): As leis de Kepler; A descoberta dos planetas Urano e Netuno; Newton e a consolidação do sistema heliocêntrico; Satélites naturais e artificiais; Campo Gravitacional e aceleração da gravidade; A vida das estrelas. Os mesmos estão presentes no volume 1 e totalizam 71 páginas de 400. O livro traz ainda exercícios, propostas de aprofundamento, textos complementares e textos com aprofundamento histórico e tabelas com dados sobre planetas. Contém também sugestões de atividades experimentais, pesquisa, investigação e debate, sugestões de livros, filmes e problemas abertos. O livro 04 apresenta os seguintes conteúdos relacionados à astronomia: Introdução (Modelo dos gregos, O sistema de Ptolomeu e O sistema heliocêntrico de Copérnico); As leis de Kepler (Kepler e as observações de Tycho Brahe, 1ª, 2ª e 3ª lei de Kepler); Gravitação Universal (Introdução, Força de atração entre o Sol e um planeta, Gravitação universal, Verificação experimental da lei da gravitação universal); Movimento de satélites (Como é 13 possível colocar um satélite em órbita, Cálculo da velocidade do satélite, Período do satélite, O satélite estacionário); Variações da aceleração da gravidade (Expressão matemática da aceleração da gravidade, Aceleração da gravidade na superfície de outros corpos celestes); O triunfo da Gravitação Universal (As marés são causadas pelas atrações gravitacionais do Sol e da Lua, O eixo da Terra muda de direção contínua e lentamente, Os planetas sobrem pequenas perturbações em suas órbitas elípticas, A descoberta do planeta Netuno). Os mesmos estão presentes no capítulo 06 (Gravitação Universal) do volume 1 e totalizam 32 páginas de 391. Este livro traz textos de aprofundamento histórico, exercícios, textos complementares e propostas de experimentos simples. Foi verificado que o tema estruturador: “Universo, Terra e Vida” não está distribuído de uma forma padronizada pelos autores. Alguns dão uma atenção maior ao contexto histórico, outros usam o tema apenas para introdução da Gravitação Universal, outro ainda, o utilizam como um exemplo de movimento. Contudo, o fato de haver uma presença maior deste conteúdo nos livros atuais é um grande avanço, considerando que livros usados anteriormente pelas escolas sequer tocavam no assunto. É importante também ressaltar a presença de atividades extras, como propostas de leitura de livros, filmes, atividades lúdicas e experimentos para aprofundamento do conteúdo. De posse dos resultados desta análise, portanto, foi selecionado o conteúdo de Astronomia, baseado nos quatro livros analisados. O jogo abrangerá temas relacionados à evolução histórica dos conceitos astronômicos, características dos planetas do Sistema Solar, Gravitação Universal, Personalidades, Fenômenos astronômicos, instrumentos, dentre outras. Dito de outra forma, a análise dos livros contribuiu para melhor delimitar o conteúdo do jogo. Entende-se que estabelecer essa relação com os livros é importante, pois pode facilitar a utilização do jogo por parte dos professores. O jogo “Corrida Espacial”: 14 O tabuleiro: Centro do Buraco Negro. Tente a sorte e veja seu destino. destino Exemplo de cartas: Saturno 1) O planeta dos anéis. 2) O 6º planeta do Sistema Solar. 3) O 2º maior planeta do Sistema Solar. 4) Titã é seu satélite. 5) Planeta gasoso do Sistema Solar. Calendário 1) Usamos o gregoriano. 2) Marca a passagem do tempo. 3) O ano bissexto o corrigiu. 4) Sua confecção foi uma das mais importantes conquistas da humanidade. 5) Ciclos astronômicos orientam sua elaboração. Galileu Galilei 1) Desenhou seu próprio telescópio. 2) Descobriu 4 satélites de Júpiter e manchas no Sol. 3) Acusado de heresia pelo Santo Ofício. 4) Cria no heliocentrismo. 5) Forçado, pela Igreja, a abjurar a teoria heliocêntrica. Primavera 1) Seu nome significa “Primeira Estação”. 2) Inicia num período em que a noite e o dia têm a mesma duração. 3) Começa quando os dois hemisférios da Terra são iluminados igualmente. 4) Acaba no solstício de verão. 5) Inicia quando o Sol passa a pino no céu do Equador. Carta “Einstein” Eclipse Solar 1) Ocorre quando o Sol, Lua e a Terra de alinham. 2) Ocorre durante a Lua Nova. 3) Na antiguidade era relacionado à má sorte. 4) Não é visível de qualquer ponto da Terra. 5) Durante este evento é possível ver a coroa do Sol. 15 Neste jogo os participantes identificarão diferentes conceitos relacionados à Astronomia. O tabuleiro contém casas de diferentes cores, com os seguintes temas: • Vermelha: Universo; • Amarela: Personalidade; • Azul: Instrumento; • Verde: Intervalo de tempo; • Branca: Fenômeno Astronômico. Participantes: De 02 a 05 jogadores/equipes. Objetivo do jogo: Percorrer todo o tabuleiro antes dos demais jogadores. Componentes do jogo: • 01 tabuleiro. • 05 pinos coloridos. • 01 conjunto com 100 cartas, sendo: 20 vermelhas, 20 azuis, 20 amarelas, 15 verdes, 15 brancas e 10 cartas “Einstein” (02 vermelhas, 02 azuis, 02 amarelas, 02 verdes e 02 brancas). • 01 dado de 06 lados. As cartas: Cada uma das 100 cartas apresenta 05 pistas ou características relacionadas aos temas de suas respectivas cores e as respostas. As pistas/ características estarão distribuídas por ordem de dificuldade (mais fácil para mais difícil). As cartas “Einstein” deverão estar distribuídas entre as pilhas de cartas (duas para cada cor). A carta “Einstein”: Esta funciona como uma carta “curinga” que permite ao jogador que a retirar responder uma questão mesmo quando não for sua vez, se este acertar 16 ele andará a quantidade de casas do respectivo número da dica/característica, caso não acerte permanece no mesmo lugar. A carta após ser usada seguirá para o fim da pilha de cartas de sua referida cor. A casa “buraco negro”: Todos os jogadores deverão passar pelo caminho do buraco negro do tabuleiro. Chegando ao centro do buraco negro, o jogador terá sua sorte decidida no dado e assim saberá seu destino. Em todo o tabuleiro estão distribuídas casas pretas numeradas de 1 a 6, o jogador lança o dado e o número que sair será sua “casa destino” e seguirá jogando desta nova casa, a partir da próxima rodada. As casas “direções”: • Casa : todos deverão passar por ela na primeira rodada, se por acaso um jogador cair novamente nesta casa, nas demais rodadas, ele passará outra vez pelo caminho do buraco negro; • Casa : todos os que passarem pela casa deverão entrar nesta obrigatoriamente e passar pelo centro do buraco negro. Como jogar: Separe as cartas pelas cores e as embaralhe, não esqueça as cartas “Einstein”. Abra o tabuleiro e organize os pinos com a quantidade de jogadores ou equipes. Decidam a ordem dos jogadores. O primeiro jogador lança o dado, o número que sair será a quantidade de casas que ele andará. O jogador de sua direita retirará uma carta da cor da casa e lerá a dica ou característica que o jogador que está na casa pedir. Se a resposta for correta ele andará mais casas, de acordo com o número da dica que pediu. Exemplo: se o jogador pedir a dica 4 e a acertar ele andará quatro casas e esperará a próxima jogada para novamente jogar o dado e responder outras questões. Caso o jogador erre a resposta, ele permanece na mesma casa, aguardando a próxima rodada. A carta seguirá para o fim da pilha de sua cor e a resposta não deverá ser revelada. 17 O jogo segue com o próximo jogador. O de sua direita retira a carta, lê a dica escolhida e o jogador da vez responde a que se refere a carta, e assim por diante. Se alguém cair na casa “destino” do buraco negro em sua rodada, deverá seguir para a próxima casa e responder a questão da carta de sua respectiva cor. O jogo termina quando um dos jogadores ou equipe completar o percurso. O jogo completo encontra-se em anexo. Destaca-se que para montagem do tabuleiro foi utilizado um recurso do Excel e para as cartas o próprio Word, os livros didáticos foram utilizados para a seleção dos temas e perguntas das cartas, os demais materiais como os pinos e o dado podem ser encontrados facilmente em lojas de brinquedos. CONSIDERAÇÕES FINAIS A elaboração de um jogo de tabuleiro para o ensino de Astronomia não foi uma experiência difícil, ainda que tenha sido necessária dedicação, tempo e pesquisa, principalmente para a escolha de temas para expor nas cartas e suas características. O professor, ao criar um jogo, deverá pensar nas regras, na dinâmica, no tema e selecionar perguntas. Ele deverá pensar também como incluir toda a turma; uma sugestão é pedir aos alunos que elaborem uma carta “pergunta” ou proponham novas regras. Os referenciais teóricos foram de extrema importância, considerando a ênfase dada ao uso de jogos no ensino, como se dá a aprendizagem e a necessidade de inovações em sala de aula. Os livros didáticos serviram como base fundamental para a escolha de temas e seleção de conteúdos para o jogo. Fica a recomendação da aplicação do jogo elaborado, o que, possivelmente, resultará em ajustes e adaptações. AGRADECIMENTOS Agradeço a Deus pela vida e por renovar minhas forças a cada manhã, meus amados pais, Marcos e Sônia, que com muito esforço e carinho não 18 pouparam esforços para me mostrar o caminho dos estudos e da ciência, devo isso a vocês! Ao meu esposo Lincoln, sua presença, suas palavras, seu amor me levam além. À minha irmã e melhor amiga Priscilla, não conseguiria sem você! E em especial à minha orientadora, Roseline Beatriz Strieder, sem seus ensinamentos, este trabalho e principalmente a minha formação não seriam os mesmos. Enfim, o meu obrigado a todos os professores do curso de Física da UCB e aos colegas, pelo conhecimento e companheirismo. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS FILGUEIRA, Sérgio Silva, SOARES, Márlon Herbert Flora Barbosa. O Lúdico no ensino de Física: Elaboração e desenvolvimento de um minicongresso com temas de Física Moderna. XVIII Simpósio Nacional de Ensino de Física, VitóriaES, 2008. KANTOR, Carlos, et al. Coleção Quanta Física. Volume 2, 1ª. Edição, Editora PD, São Paulo-SP, 2010. LANGHI, Rodolfo; NARDI, Roberto. Ensino da astronomia no Brasil: educação formal, informal, não formal e divulgação científica. Rev. Bras. Ensino Fís. [online]. vol.31, n.4, pp. 4402-4412, 2009,. LIRA-DA-SILVA, Rejane Maria. Ciência lúdica: brincando e aprendendo com jogos sobre ciências. Edufba, Salvador-BA, 2008. LOPES, Luis Antônio A. VIANNA, Deise M. Utilização de jogos para a prática de física no ensino fundamental. Universidade do Rio de Janeiro. 2003. Disponível no site: nutes2.nutes.ufrj.br/interage/download2.php?file=../arquivos/... MARIANI, Janete Marmontel, GIARDINETTO, José Roberto Boettger. O Lúdico no ensino da Matemática, na perspectiva Vigotskyana do desenvolvimento infantil. V Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências, Associação Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências, Atas do V Enpec – N.5.2005 – ISSN 1809-5100. MÁXIMO, Antônio, ALVARENGA, Beatriz. Curso de Física. Volume 1, 5ª. Edição, Editora Scipione, São Paulo-SP, 2000. NOVELLO, M. Universo oscilante e a cosmologia no Brasil. [Editorial]. Scientific American Brasil, Edição especial 34, n.1, p. 06-15, 2009. PEREIRA, Ricardo Francisco, FUSINATO, Polônia Altoé, NEVES, Marcos Cesar Danhoni. Desenvolvendo um jogo de tabuleiro para o ensino de Física. VIIEnpec, Florianópolis-SC, 2009. PETER, P. Nova Cosmologia, antigas questões. [Editorial]. Scientific American Brasil, Edição especial 34, n.1, p. 62-69, 2009. 19 PIETROCOLA, Maurício, et al. Física em Contextos. Volume 1, 1ª. Edição, Editora FTD, São Paulo-SP, 2010. RAHAL, Fábio Adhemar da Silva. Jogos didáticos no ensino de Física: um exemplo na Termodinâmica. XVIII SNEF, Vitória-ES, 2009. ROCHA, José Fernando (org.). Origens e Evolução das Idéias da Física. Salvador: EDUFBA, 2002. TORRES, Carlos M, et al. Física, Ciência e Tecnologia. Volume 1, 2ª. Edição, Editora Moderna, São Paulo-SP, 2010. Universo/ obra concebida e realizada pelo Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da Sangari Brasil. – 10. ed. – São Paulo: Sangari Brasil, 2007. – (CTC: Ciência e Tecnologia com Criatividade). 20 ANEXOS Cartas Vermelhas: Universo Saturno Sol Antares 1) O planeta dos anéis. 2) O 6º planeta do Sistema Solar. 3) O 2º maior planeta do Sistema Solar. 4) Titã é seu satélite. 5) Planeta gasoso do Sistema Solar. 1) A estrela mais próxima da Terra. 2) Em torno dele giram planetas e satélites. 3) O maior objeto do Sistema Solar. 4) A vida na Terra depende dele. 5) Sua fonte de energia são reações termonucleares. 1) Estrela mais brilhante da Constelação de Escorpião. 2) Supergigante vermelha. 3) 16ª estrela mais brilhante do céu noturno. 4) Representa o estado do Piauí na bandeira brasileira. 5) “Rival de Marte” significa seu nome. Vênus Terra Marte 1) O segundo planeta do Sistema Solar. 2) Conhecido como estrela-d´alva. 3) Gira em sentido retrógrado. 4) Sua superfície é coberta de densas nuvens. 5) Planeta mais quente do Sistema Solar. 1) Ate agora, o único planeta que sustenta vida. 2) Antigamente era considerado o centro do Universo. 3) 70% de sua superfície é coberta de água. 4) Possui um satélite natural. 5) O maior planeta telúrico do Sistema Solar. 1) O planeta vermelho. 2) Destino atual de missões espaciais. 3) Seu nome significa “Deus da guerra”. 4) Seus dois satélites são: Fobos e Deimos. 5) Possui a maior montanha do Sistema Solar: o monte Olimpo. Júpiter Urano Nebulosa de Órion 1) O maior planeta do Sistema Solar. 2) Sua atmosfera é repleta de nuvens que formam faixas. 3) 04 de suas luas foram descobertas por Galileu. 4) Possui “A grande mancha vermelha”. 5) Seu diâmetro é 11 vezes maior que o da Terra. 1) 3º maior planeta do Sistema Solar. 2) Seu eixo de rotação é inclinado. 3) Seu nome significa “Deus do céu”. 4) O 1º planeta descoberto por um telescópio. 5) Descoberto em 1781 por William Herschell. 1) Fica na constelação de Órion. 2) Nebulosa que pode ser vista a olho nu. 3) Nebulosa de emissão da Via-Láctea. 4) A mais ativa formação de estrelas em nossa galáxia. 5) Fica a 1300 anos-luz da Terra. 21 Plutão Cinturão de Asteróides Lua 1) Deixou de ser planeta em 2006. 2) Um planeta-anão. 3) Era antigamente conhecido como o último planeta do Sistema Solar. 4) Orbita o Sol, mas não é planeta. 5) O maior membro do Cinturão de Kuiper. 1) Localizado entre as órbitas de Marte e Júpiter. 2) Região de concentração de asteróides do Sistema Solar. 3) Localização de Ceres. 4) Acredita-se que são resíduos da formação do Sistema Solar. 5) Possui regiões vazias conhecidas como falhas de Kirkwood. 1) Único satélite natural da Terra. 2) Responsável pelas marés. 3) Sua superfície é coberta de crateras. 4) Nova e Cheia são duas de suas fases. 5) Exerce força gravitacional sobre a Terra. Via-Láctea Júpiter Cometa Halley 1) Galáxia abriga 6) O maior que planeta do o Sistema Solar. Sistema Solar. 7) Seu Sua atmosfera é repleta de 2) nome significa nuvens quedeformam “caminho leite”. faixas. 8) Galáxia 04 de suas 3) do luas tipoforam espiral. descobertas por Galileu. 4) Tem mais de 100 mil 9) Possuide “Adistância. grande mancha anos-luz vermelha”. 5) Galileu descobriu que ela 10) Seu diâmetro 11 vezesde consistia de umaécoleção maior que o da Terra. estrelas. 1) Um dos mais cometas mais famosos. 2) O 1º cometa a ser reconhecido como periódico. 3) Seu retorno está previsto para 2061. 4) Seu nome é uma homenagem ao cientista que calculou sua órbita. 5) Sua última aparição foi em 1986. Grande Nuvem de Magalhães Io Alnitak Cruzeiro do Sul 1) Um dos satélies de Júpiter. 2) Apresenta atividade vulcânica. 3) Descoberta por Galileu. 4) Os efeitos gravitacionais de Júpiter perturbam seu interior. 5) Alguns autores defendem que sua descoberta se deveu a Simon Marius. 1) Estela localizada no Cinturão de Órion. 2) É 20 vezes maior que o Sol. 3) Seu brilho é 1300 maior que o do Sol. 4) Uma gigante azul. 5) Localizada na popularmente conhecida “As três Marias”. 1) Vista da Terra seu formato é de uma cruz. 2) Tem posição de destaque na bandeira brasileira. 3) Constelação muito popular no nosso hemisfério. 4) A menor das 88 constelações. 5) Possui um notável aglomerado de estrelas, a “caixa de jóias”. 1) Galáxia anã que orbita a Via-Láctea. 2) Foi batizada em homenagem ao seu descobridor. 3) Galáxia visível a olho nu. 4) A “casa” da nebulosa da tarântula. 5) Fonte de estudos para questões como a matéria escura. 22 Andrômeda Nebulosa Helix 1) Faz parte de nosso Conjunto Local de galáxias. 2) Uma galáxia do mesmo porte da nossa. 3) Está a cerca de 2 milhões de anos-luz de distância. 4) O objeto mais distante que se pode ver a olho nu. 5) Tem mais que o dobro do diâmetro da Via-Láctea. 1) Conhecida também como “olho de Deus”. 2) Está entre as nebulosas mais próximas da Terra. 3) Está a aproximadamente 450 anos-luz de distância. 4) Sua foto feita pelo telescópio Hubble é uma das mais detalhadas. 5) Na parte central vêem-se traços de galáxias distantes. Amarelas: Personalidades Claudius Ptolomeu Aristóteles 1) Usou o epiciclo e o deferente para explicar o movimento dos planetas. 2) Astrônomo, matemático e cartógrafo (83 – 121 a.C). 3) Publicou suas teorias na obra chamada Almagesto. 4) Cria no universo geocêntrico. 5) Cria no modelo geoestático (a Terra não se movia). 1) Imagina a natureza composta por 4 elementos: terra, fogo, ar e água. 2) Estudou na escola de Platão. 3) Suas idéias dominaram até o fim da Idade Média. 4) Para ele o céu era perfeito e feito de éter. 5) A Terra para ele era imperfeita. Isaac Newton Albert Einstein Tycho Brahe 1) Formulou as 3 Leis fundamentais da Mecânica. 2) Com ele, o fim das idéias aristotélicas sobre o Universo. 3) Unificou em uma só lei corpos celestes e terrestres. 4) Usou dados de Copérnico, Kepler e Galileu. 5) Um dos maiores pensadores da história da humanidade. 1) Autor da Teoria da Relatividade. 2) Introduziu novas concepções sobre espaço e tempo. 3) Autor da equação: E= mc² 4) Defendeu a teoria corpuscular e ondulatória da luz. 5) Ganhou o Prêmio Nobel da Física em 1921. 1) Kepler herdou seus dados. 2) Físico experimental que trabalhada para um rei. 3) Melhorou e desenvolveu vários instrumentos astronômicos. 4) Exímio observador do céu que tabelou cuidadosamente seus dados. 5) Perdeu o nariz numa luta de espadas. Galileu Galilei 1) Desenhou seu próprio telescópio. 2) Descobriu 4 satélites de Júpiter e manchas no Sol. 3) Acusado de heresia pelo Santo Ofício. 4) Cria no heliocentrismo. 5) Forçado, pela Igreja, a abjurar a teoria heliocêntrica. 23 Johannes Kepler Duília Fernandes de Melo Nicolau Copérnico 1) Astrônoma e astrofísica brasileira. 2) Descobriu a supernova SN 1997D em 1997. 3) Publicou o livro “Vivendo com as Estrelas”. 4) Mora e trabalha atualmente nos EUA. 5) É atualmente pesquisadora associada da NASA. 1) Introduziu o heliocentrismo. 2) Seu livro sobre o heliocentrismo foi proibido pela Igreja Católica. 3) Para ele o Sol estava em repouso. 4) Um dos seus problemas foi como mostrar que a Terra se move. 5) Era influenciado pelas idéias platônicas sobre a beleza e perfeição do mundo. Edwin Hubble Henry Cavendish Carl Sagan 1) O 1º telescópio posto em órbita levou seu nome. 2) Descobriu outras galáxias além da nossa. 3) Interessou-se pelo que estava além da Via-Láctea. 4) Astrônomo norteamericano do século XX. 5) Revolucionou o conceito de Universo que até então era estático e limitado. 1) Realizou a 1ª determinação experimental da força gravitacional. 2) Por meio de suas medidas foi possível determinar a constante gravitacional “g”. 3) É reconhecido pelo seu experimento com a balança de torção. 4) Físico e químico britânico. 5) Seu trabalho ajudou na medida da massa da Terra. 1) Publicou livros que influenciaram gerações como o “Cosmos”. 2) Participou do Projeto Apollo e do Programa Voyager. 3) Trouxe uma nova visão para a Astronomia, algo profundo de experiência humana. 4) Astrônomo e biólogo norte americano. 5) Consultor e conselheiro da NASA. Erastóstenes Neil Armstrong Cadela Laika 1) Encontrou uma forma de medir a circunferência da Terra. 2) Concluiu que a Terra deveria ser esférica. 3) Precisava saber a distância entre Alexandria e Siena. 4) Viveu no Egito dois séculos antes de Cristo. 5) Sabia que o Sol iluminava o fundo de um poço em Siena no dia 21 de junho. 1) O 1º homem a pisar na Lua. 2) Participou da missão Apollo 11. 3) Autor da frase “Um pequeno passo para um homem, um grande salto para a humanidade”. 4) Ex-piloto de testes que se tornou astronauta. 5) Faleceu aos 82 anos de idade em 2012. 1) O 1º ser vivo a deixar a Terra numa sonda espacial. 2) Não é humana. 3) Viajou a bordo da sonda espacial Sputinik II. 4) Morreu durante a missão. 5) Criada na Rússia. 1) As 03 Leis da Gravitação Universal levam seu nome. 2) Herdou os dados de Tycho Brahe. 3) Acreditava no modelo heliocêntrico. 4) Dedicou quase 10 anos estudando a trajetória de Marte. 5) Introduziu órbitas elípticas aos planetas do Sistema Solar. 24 Giordano Bruno 1) Considerado herege por suas idéias sobre o heliocentrismo. 2) Foi perseguido e preso pela Inquisição. 3) Morreu, mas não negou seus pontos de vista. 4) Cria num Universo infinito. 5) Acreditava na existência de outros Sistemas Solares além do nosso. Christian Huygens 1) O descobridor dos anéis de Saturno. 2) Descobriu uma das luas de Saturno, Titã. 3) Inventou técnicas para melhorar os telescópios. 4) Em 1656 patenteou o primeiro relógio de pêndulo. 5) Publicou suas descobertas em 1659 na obra Systema Saturnium. Stephen Hawking Marcelo Gleiser 1) Vive imobilizado numa cadeira e se comunica através de um sintetizador de voz. 2) Físico inglês respeitado por seus estudos sobre a origem do Universo. 3) Autor do livro “O Universo numa casca de noz”. 4) Responsável pelos estudos sobre buracos negros. 5) Ocupa a cadeira de Isaac Newton na Universidade de Cambrigde. 1) Físico brasileiro conhecido por seus documentários. 2) Escreveu e apresentou a série “Poeira das estrelas” na televisão. 3) Viaja pelo mundo dando palestras sobre cosmologia e origem da vida. 4) Autor do best seller “Harmonia no mundo”. 5) Recebeu em 1994 um prêmio dado para apenas 15 cientistas em todo o mundo. César Lattes 1) O descobridor da partícula “méson pi”. 2) Físico brasileiro nascido em Curitiba-PR. 3) Chegou por duas vezes perto do Prêmio Nobel da Física. 4) Considerado herói da “era nuclear”. 5) Físico respeitado internacionalmente que faleceu em 2005. Azuis: Instrumentos Calendário Astrolábio Telescópio 1) Usamos o gregoriano. 2) Marca a passagem do tempo. 3) O ano bissexto o corrigiu. 4) Sua confecção foi uma das mais importantes conquistas da humanidade. 5) Ciclos astronômicos orientam sua elaboração. 1) Instrumento usado para medir a altura dos astros. 2) Usado na Idade Média para fins astrológicos e astronômicos. 3) O manejo deste instrumento exigia a participação de duas pessoas. 4) Usado em viagens marítimas. 5) Útil na medição da altura de prédios. 1) Usado até os dias atuais para estudar os astros. 2) Galileu inventou o refrator. 3) Newton inventou o refletor. 4) Sua origem foi provavelmente militar. 5) O maior do Brasil encontra-se em MG. 25 Relógio Solar Ampulheta Satélites Artificiais 1) Só funciona durante o dia. 2) Também conhecido como gnômon. 3) Usa a posição do Sol para mostrar as horas. 4) Pode ser encontrado em algumas praças e parques. 5) O mais simples é composto de uma simples vareta espetada no chão. 1) Um dos instrumentos que o home criou para medir o tempo. 2) Conhecido também como relógio de areia. 3) Consiste de duas peças de vidro, um orifício e areia. 4) A vida a bordo era regulada por este instrumento. 5) O astrolábio era utilizado para seu acerto. 1) São importantes para a comunicação. 2) Os desativados virão lixo espacial 3) O sistema GPS utiliza vários deles ao redor da Terra. 4) Ficam em órbita ao redor da Terra. 5) O SCD-1 foi o 1º construído no Brasil. Relógio Lunar Diagrama H-R Telescópio Hubble 1) Representa o brilho das estralas em função de sua temperatura superficial. 2) Nele cada estrela representa um ponto. 3) Construído na segunda década do século XX. 4) Nele, as estrelas na parte inferior, são de pequena dimensão. 5) Nele, as estrelas na parte superior são enormes. 1) Revolucionou a Astronomia com suas imagens do Universo. 2) É um satélite artificial astronômico não tripulado. 3) Colocado em órbita em abril de 1990. 4) Um de seus objetivos era determinar a taxa de expansão do Universo. 5) Capaz de “dissecar” em detalhes a luz que vem dos corpos celestes. 1) Indica as horas de acordo com a posição da lua no céu. 2) Funciona durante a noite. 3) Marca 18 horas, aproximadamente, quando a Lua Cheia está nascendo. 4) Marca as horas de acordo com as fases da Lua. 5) Não leva em conta o horário de verão. Bússola Tabela periódica Planetário 1) Indica as direções nortesul. 2) Constituída por uma caixa cilíndrica, pontos cardeais e agulha magnética. 3) Serve para orientação de pessoas em caminhadas. 4) Um instrumento antigo, muito usado no dias atuais. 5) Orienta viagens marítimas e aéreas. 1) Sua 1ª divisão foi a de metais e não metais. 2) A descoberta dos elementos químicos foi o 1º passo para sua construção. 3) Em 1906 Medeleyev recebeu o Prêmio Nobel através dela. 4) Surgiu da necessidade de agrupar elementos com propriedades físicas e químicas semelhantes. 5) Usada no trabalho com espectrômetros. 1) Reproduz o movimento das estrelas. 2) Projeta um céu artificial num anteparo. 3) Faz parte das brincadeiras noturnas, desde civilizações mais antigas. 4) Pode ser feito com materiais simples. 5) Existem modelos espalhados por todo o mundo. 26 Radiotelescópio Sonda espacial 1) São basicamente grandes antenas. 2) Usado em projetos de investigação de vida extraterrestre. 3) Captam ondas eletromagnéticas. 4) Muito utilizado no Projeto Fênix do Instituto Seti. 5) O maior do mundo encontra-se em Porto Rico. 1) Nave espacial não tripulada. 2) A Voyager II está além da órbita de Plutão. 3) Suas trajetórias são variadas. 4) Estuda objetos como planetas, cometas, dentre outros. 5) Explora ou monitora objetos no espaço. Sputnik I 1) O 1º satélite artificial colocado em órbita. 2) Lançada em 1957 pela exUnião Soviética. 3) Sua função emitir um sinal de rádio para a Terra. 4) Tratava-se de uma esfera de aproximadamente 58 cm de diâmetro e 83 quilos. 5) Seu sinal foi emitido por 22 dias quando esgotaram suas baterias. Aquecedor Solar Foguete Bússola Solar 1) Usa a luz do Sol para aquecer a água. 2) Ajuda na redução do consumo da eletricidade. 3) São geralmente instalados no telhado das casas. 4) Aproveitam melhor a luz do Sol em seus painéis de cor preta. 5) Suas partes principais são: reservatório, coletor e misturador. 1) Sem ele, o homem não teria chegado à Lua. 2) São responsáveis pelos lançamentos de sondas e telescópios. 3) Já foi usado para fins militares. 4) Está ente a invenções mais espetaculares do século XX. 5) A história da Astronáutica começa com o desenvolvimento dele. 1) Não funciona em dias nublados. 2) Indica a direção norte-sul. 3) Tem um mostrador semelhante ao de um relógio. 4) Funciona projetando uma sombra sobe o mostrador. 5) Seu mostrador pode ter os números ordenados no sentido horário ou antihorário. GPS Luneta 1) Serve para se localizar sobre a Terra. 2) Seu funcionamento depende de satélites artificiais. 3) Inicialmente usado somente como sistema de navegação militar. 4) Em Geofísica é usado para prevenir terremotos. 5) Em Meteorologia, é usado para previsões do tempo. 1) Galileu construiu a mais potente da época. 2) Através dela Galileu identificou manchas na Lua. 3) Com este instrumento, Galileu trouxe grandes contribuições para a Astronomia. 4) Galileu foi o primeiro a apontá-la para o céu. 5) As primeiras surgiram na Holanda, por volta de 1600. 27 Verdes: Intervalos de tempo Primavera Verão Outono 1) Seu nome significa “Primeira Estação”. 2) Inicia num período em que a noite e o dia têm a mesma duração. 3) Começa quando os dois hemisférios da Terra são iluminados igualmente. 4) Acaba no solstício de verão. 5) Inicia quando o Sol passa a pino no céu do Equador. 1) O período claro dos dias é mais longo. 2) Acontece quando o hemisfério sul recebe mais luz. 3) O solstício de outono marca seu fim. 4) Estação em que acontece o Sol da meia-noite. 5) No hemisfério sul começa dia 23 de dezembro. 1) Estação que sucede o verão. 2) Começa quando o dia a noite têm a mesma duração. 3) Nele os dois hemisférios da Terra são igualmente iluminados. 4) Termina no solstício de inverno. 5) Nele o Sol passa a pino no céu para quem está no equador. Inverno Solstícios Equinócios 1) Termina no equinócio da primavera. 2) Começa quando a parte mais clara do dia é a mais curta do ano 3) Quando acontece no hemisfério sul é verão no hemisfério norte. 4) As sombras são mais longas neste período. 5) Sua existência está relacionada à inclinação do eixo de rotação terrestre. 1) Instantes em que o Sol, em seu movimento aparente, está mais longe do equador. 2) Ocorrem nos dias 22 e 23 de junho quando está ao norte do equador. 3) Ocorrem nos dias 22 e 23 de dezembro quando está ao sul do equador. 4) O de outono marca o fim do verão. 5) O de inverno marca o fim do verão. 1) Correspondem a passagem do Sol pelo Equador. 2) Nestes períodos a duração do dia é igual à da noite. 3) Ocorrem nos dias 20 e 21 de março. 4) Significa "igualdade" no latim. 5) Ocorrem nos dias 22 e 23 de setembro. Ano Dia Ano-Luz 1) Alguns são bissextos. 2) Período em que a Terra completa uma translação. 3) Tem 365 dias pelo calendário gregoriano. 4) Período em que ocorrem quatro estações diferentes. 5) Unidade de tempo composta de 52 semanas. 1) 365 completam um ano. 2) O ano bissexto tem um a mais. 3) O solar é dividido em 12 horas. 4) Está relacionado à rotação da Terra. 5) Pode ser definido como o período dos nasceres do Sol. 1) Distância percorrida pela luz, no vácuo, em um ano. 2) Medida de distância dos corpos celestes. 3) Unidade de medida usada na Astronomia. 4) Equivale a 9,46 trilhões de quilômetros. 5) Usado para medir o diâmetro das galáxias. 28 Estações do ano Fases da Lua Translação 1) Existem quatro por ano. 2) Tem haver com o movimento anual do Sol. 3) Relacionado ao movimento de translação. 4) Produzem alterações no clima. 5) Começam quando o Sol se encontra nos equinócios e solstícios. 1) Fenômenos vistos da Terra mensalmente. 2) Quarto crescente e Quarto minguante são exemplos. 3) Quando cheias são relacionadas à lenda do lobisomem. 4) Quando nova não é possível observar. 5) Fenômeno compreendido desde a Antiguidade. 1) A da Terra leva cerca de 365,25 dias para completar. 2) É um dos movimentos da Terra. 3) Relacionado às estações do ano. 4) Está relacionado aos eclipses. 5) A da Lua tem a mesma duração da rotação. Ano bissexto Pré-história 1) Surgiu para corrigir o calendário. 2) Tem um dia a mais. 3) Ano com 366 dias. 4) Surgiu para corrigir um erro. 5) Instituído em 45 a.C. 1) Período que durou até 3500 a.C. 2) Nele o homem dominou o fogo. 3) Período marcado pela fabricação dos primeiros utensílios de pedra. 4) Marca o aparecimento da agricultura. 5) Neste período a roda foi inventada. Idade Antiga 1) Fogo,terra, ar e água eram considerados os 4 elementos fundamentais do Universo. 2) Marca a invenção do astrolábio, ampulheta e relógio solar. 3) Primeiro relato do aparecimento do Cometa Halley. 4) Período em que viveu Platão, Aristóteles e Ptolomeu. 5) Período entre 3500 a.C a 476 d.C. Brancas: Fenômenos Astronômicos Eclipse Solar Nebulosas Anã Branca 1) Ocorre quando o Sol, Lua e a Terra de alinham. 2) Ocorre durante a Lua Nova. 3) Na antiguidade era relacionado à má sorte. 4) Não é visível de qualquer ponto da Terra. 5) Durante este evento é possível ver a coroa do Sol. 1) É a partir delas que se formam novas estrelas. 2) Existem as de emissão, planetária, de reflexão e escura. 3) A cabeça de cavalo é um exemplo delas. 4) O telescópio Hubble fotografou muitas delas. 5) Existem mais de 10.000 em nossa galáxia. 1) Surge da morte de uma estrela. 2) Representará no futuro o estágio final do Sol. 3) A primeira descoberta foi Sirius α da Cão Maior. 4) Hoje em dia, mais de 15.000 são conhecidas. 5) Termo proposto em 1922 por William Luyten. 29 Supernovas Gigante vermelha Galáxias 1) Morte violenta de estrelas. 2) Na sua explosão emite tanta energia quanto uma galáxia inteira. 3) Os elementos mais pesados que o ferro são formados a parti delas. 4) Grande parte de sua matéria é ejetada ao espaço. 5) Tycho Brahe em 1752 observou este evento na constelação de Cassiopeia. 1) Aldebaran (constelação de Touro) é um exemplo. 2) Fenômeno que faz parte da evolução de estrelas como o Sol. 3) Sua temperatura superficial é baixa. 4) Estrela próxima do fim da vida. 5) O Sol ao se tornar uma, será uma ameaça à vida na Terra. 1) A nossa se chama ViaLáctea. 2) Hubble descobriu as primeiras no século XX. 3) Formadas por estrelas, poeira, gás e corpos celestes maiores. 4) Podem ser elípticas, espirais e irregulares. 5) Cão Maior e Andrômeda são exemplos. Buraco negro Campo magnético da Terra Big Bang 1) Não podemos enxergá-los. 2) Toda a luz é capturada pela sua imensa atração gravitacional. 3) Surge de um colapso gravitacional intenso. 4) Objeto de estudo de muitos astrônomos, como Stephen Hawking. 5) Podemos estudar as alterações que provocam, mesmo sem vê-los. 1) Orienta bússolas magnéticas. 2) Seu polo sul fica próximo ao polo norte geográfico. 3) Funciona como escudo contra as partículas emitidas pelo Sol. 4) Sua origem se deve a existência de um núcleo líquido no interior da Terra. 5) Está relacionado com a ocorrência da Aurora Boreal. 1) Teoria que explica a origem do Universo. 2) Pode ter ocorrido há 15 bilhões de anos. 3) Conhecido também como "Grande Explosão". 4) Para esta teoria toda matéria estava comprimida num ponto. 5) Num dado instante, explodiu dando origem ao Cosmos. Estrela cadente Aurora Boreal Marés 1) Alguns quando a vêem fazem um pedido. 2) Alguns se desintegram ao entrar em nossa atmosfera. 3) São meteoritos vindos do espaço e invadem nossa atmosfera. 4) Alvo de superstições desde a Antiguidade. 5) Vistas nas noites escuras e sem nuvens, 1) Um espetáculo luminoso apreciado pelos habitantes da Terra. 2) Acontece geralmente no Polo norte. 3) Pode ser reproduzida artificialmente. 4) Proveniente de tempestades solares. 5) Ocorrem também em outros planetas. 1) Elevação diária do nível do mar. 2) Provocadas pela força gravitacional do Sol e da Lua. 3) Newton foi o primeiro a explicá-las de forma coerente. 4) Fenômeno natural do planeta Terra. 5) O conhecimento sobre elas é importante para a navegação. 30 Eclipse Lunar 1) Ocorre somente na Lua Cheia. 2) Pode ser total ou parcial. 3) Foi usado como prova da forma esférica da Terra. 4) Pode ser visto por metade do planeta. 5) Durante sua totalidade, a Lua fica vermelha. Tempestades solares 1) Causadas por reações no núcleo do Sol. 2) O campo magnético da Terra nos protege delas. 3) Provocam a Aurora Boreal. 4) Podem destruir satélites e provocar queda de energia. 5) Em 1859 danificaram telégrafos na Europa e EUA. Estrelas 1) São astros que emitem luz própria. 2) Nosso Sol é a mais próxima de nós. 3) Os homens, desde a Antiguidade, colocam nomes e as catalogam. 4) Nasce das nebulosas. 5) Estima-se que hajam mais de 100 bilhões em todo o Universo. Cartas Einstein Carta “Einstein” Carta “Einstein” Carta “Einstein” Carta “Einstein” Carta “Einstein” Carta “Einstein” 31 Carta “Einstein” Carta “Einstein” Carta “Einstein” Carta “Einstein” Molde para dado de seis lados 32 O Tabuleiro Centro do Buraco Negro. Tente a sorte e veja seu destino. 33