Unidade 4 - Livro Texto

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FUNDAMENTOS DE SISTEMAS OPERACIONAIS
Unidade IV
8 ESTUDO DE CASOS: ANÁLISE E
CARACTERÍSTICAS
8.1 Caso 1: análise de TCO Windows vs Linux1
(custo de propriedade)
Windows versus Linux: mesmo custo de propriedade em
países emergentes, segundo a Microsoft.
O Linux pode ser mais barato num primeiro momento, mas
Windows e Linux oferecem basicamente o mesmo custo de
propriedade (TCO) ao longo do tempo, quando usados em um
grande número de micros nas escolas dos países emergentes.
5 Essa é a conclusão de um estudo, publicado recentemente, que
foi feito pela empresa Vital Wave Consulting e foi patrocinado
pela Microsoft.
A análise feita pela Microsoft sobre o estudo chegou alguns
dias depois de a empresa anunciar que o Peru tinha se tornado o
10 primeiro país a receber um lote do One Laptop Per Child (OLPD),
aquele notebook de 100 dólares que tentaram implantar no
Brasil. No caso do Peru, o OLPD não vinha com Linux, mas com
uma versão especialmente modificada do Windows XP.
15
Essa análise foi publicada no blog de James Utzschneider,
gerente-geral de marketing e comunicações, sob o título “The
Real Problem With Windows AND Linux In Emerging Market
Education”, ou seja, “O verdadeiro problema com Windows e
Linux na educação nos mercados emergentes”.
1
Fonte: http://www.revistapnp.com.br/conteudo.php?Tipo=9&Cod=192
57
Unidade IV
Uma frase do blog: “Devemos entender que o Linux tem
a vantagem do custo inicial em relação ao Windows quando
se trata de instalar um grande número de PCs nas escolas dos
mercados emergentes. O estudo da Vital Wave indica que ambos
5 os sistemas operacionais têm aproximadamente o mesmo TCO
nesses cenários. Os sistemas Windows têm um preço mais alto
de aquisição, mas isso acaba se diluindo ao se constatar os
salários (mais altos) cobrados pelos especialistas em Linux em
locais como China e América do Sul. Assim, em um período de
10 cinco anos, o custo total de um sistema escolar para implantar
e manter um grande números de máquinas Windows ou Linux
torna-se basicamente o mesmo”.
Outra frase interessante: “Para mim, o que chamou a
atenção neste trabalho não é o fato de que o Windows e o Linux
15 acabam tendo praticamente o mesmo TCO quando os micros
são colocados nas escolas de países pobres, mas que o custo
total para cada unidade é de US$ 2.700.”
Utzschneider diz que o custo de eletricidade, treinamento,
reparos e problemas de infraestrutura levam a esse valor
20 inaceitável. O estudo da Vital Wave oferece algumas soluções
para ajudar a controlar esse caos, incluindo o aumento da
automação para instalação e manutenção com a introdução de
servidores.
Há tempos a Microsoft vem concentrando-se em levar o
25 Windows para PCs e dispositivos móveis em mercados emergentes.
Recentemente, Bill Laing, vice-presidente corporativo do
Windows Server e Solutions, mencionou que a Microsoft estava
avaliando a possibilidade de introduzir algum tipo de solução
– usando configurações do Windows Server – especificamente
30 para os países emergentes, a exemplo do que já acontece com
o Windows Starter Edition. Segundo essa proposta, poderíamos
ter algo como o OSPS, ou seja, One Server Per School, algo como
Um Servidor por Escola, como já acontece com o OLPD.
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FUNDAMENTOS DE SISTEMAS OPERACIONAIS
Conteúdo do estudo: o trabalho fala sobre as vantagens e
necessidades de aumentar a quantidade de computadores nas
escolas dos países mais pobres e faz uma análise de quanto
custaria.
5
O Custo de Propriedade (TCO) foi avaliado levando em conta
os seguintes fatores:
• custo inicial: capital para aquisição e instalação dos
equipamentos;
10
• custos recorrentes: despesas que ocorrem ao longo da
vida útil do equipamento;
• custos ocultos: despesas não previstas ou avaliadas
incorretamente durante a compra inicial.
No final, o estudo chega à conclusão de que o custo de
propriedade de um micro escolar usado durante cinco anos fica
15 em torno de 2 a 3 mil dólares, dependendo do tipo de micro, ou
seja, do mais simples ao mais poderoso.
Sobre o preço do Linux: falta de qualificação profissional
aumenta o custo do sistema operacional.
Profissionais de TI treinados são raros em muitos países em
20 desenvolvimento. Isso é verdadeiro especialmente para quem
procura técnicos treinados no sistema operacional Linux. Essa
raridade acaba se traduzindo em maiores salários.
Os dados disponíveis sobre os custos de empregar profissionais
treinados em Linux e em Microsoft indicam que tanto nos
25 países emergentes quanto nos desenvolvidos os profissionais
especializados em Linux recebem os salários mais altos.
Pesquisas salariais feitas nos Estados Unidos, Inglaterra e
Austrália pela payscale.com e pela IT Jobs Watch mostram que
os profissionais certificados em Linux ganham de 10% a 20%
30 mais do que seus parceiros especializados em Microsoft. O site
59
Unidade IV
da Red Hat Linux, na Índia, enfatiza, inclusive, o fato de que os
profissionais certificados em Red Hat ganham até 30% mais do
que seus colegas certificados em Windows.
A International Telecommunications Union e a Unesco
5 notam que há falta de profissionais treinados em Linux e/
ou com familiaridade com esse sistema. E essa falta estaria
inibindo ou retardando o uso produtivo do Linux nos países em
desenvolvimento.
Em suma... a briga Linux versus Windows está longe de
10 acabar. Apesar da sedução oferecida pelo Windows, o Linux
avança a passos firmes. Quem começa a usar o Linux em suas
empresas ou organizações dificilmente o abandona, abrindo uma
excelente oportunidade profissional para a juventude brasileira.
Os planos do governo Lula para enfatizar o uso do Linux foram,
15 aparentemente, um fracasso. Hoje, nos concursos públicos
só se exige conhecimento do sistema Office da Microsoft; só
alguns órgãos exigem algum (pouco) conhecimento do Linux.
Nas empresas brasileiras, entretanto, o Linux é uma realidade
concreta e oferece um excelente campo de trabalho.
8.2 Caso 2: análise de características Windows
e Linux1
20
É bastante comum encontrarmos comparações entre Linux
e Windows. Algumas apontam pontos fortes e fracos de cada
um, outras apenas atacam o rival. São poucas, porém, as que
realmente tiram as dúvidas dos usuários.
1. Acesso completo vs. Sem acesso
Fonte: http://www.guiadopc.com.br/artigos/3394/as-10-principaisdiferencas-entre-o-windows-e-o-linux.html
1
60
FUNDAMENTOS DE SISTEMAS OPERACIONAIS
Provavelmente, a maior diferença entre o Windows e o Linux
é que no Linux você tem acesso completo ao código-fonte. Isso
ocorre porque o Linux está sob a GNU Public License (GPL), e
todos os usuários, de todos os tipos, podem acessar (e alterar)
5 o código do kernel do sistema. Você quer fazer o mesmo com o
Windows? Boa sorte. A menos que você faça parte de um seleto
grupo de pessoas, você nunca irá botar os olhos no código do
Windows.
2. Liberdade de licença vs. Restrições de licença
Com um sistema Linux, licenciado sob a GPL, você é livre
para modificar, lançar novamente e até vender os aplicativos que
você usa (desde que mantenha o código-fonte disponível). Além
disso, com a GPL você pode baixar uma simples cópia de uma
distribuição Linux e instalar em quantas máquinas quiser. Com
15 a licença Microsoft você não pode fazer nenhum dos dois. Você
é obrigado a usar apenas o número de licenças compradas. Se
comprou 10 licenças do Windows para sua empresa, por exemplo,
só pode instalar o Windows legalmente em 10 máquinas.
10
3. Suporte on-line comunitário vs. Suporte via help-desk pago
20
Isso pode até ser um empecilho para que empresas usem
o pinguim, mas com o Linux você tem suporte de um grande
61
Unidade IV
número de fóruns (como o Fórum Guia do PC), busca on-line
e uma gama de sites dedicados ao assunto. E, claro, é possível
comprar contratos de suporte com algumas grandes companhias
de Linux, como a Novell e a Red Hat.
No entanto, se você quer suporte gratuito para o Linux
não pode ter pressa. Isso porque quando você reporta uma
dúvida em um fórum de discussão, por exemplo, é possível que
espere 10 minutos para que ela seja respondida, como também
pode demorar horas ou dias, ou até mesmo nunca chegar a
10 resposta. Os principais problemas no Linux são, geralmente,
documentados, e as chances de você conseguir uma resposta
rápida são grandes.
5
Do outro lado da moeda está o Windows. Sim, você tem o
mesmo suporte de usuários Windows em fóruns que abordam
15 o sistema e pode contatar o suporte da Microsoft também.
Entre as pessoas que contrataram o suporte pago do Linux ou o
suporte pago da Microsoft, não dá pra dizer quais delas ficaram
mais satisfeitas. Resta a dúvida: Por que todo mundo insiste que
o suporte da Microsoft é melhor que o do Linux?
20
4. Suporte completo de hardware vs. Suporte parcial
Um problema que aos poucos está sendo sanado é o
suporte a hardware. Anos atrás, se você pretendia instalar o
Linux, teria que escolher a dedo todo o equipamento do seu
computador ou não teria uma instalação 100% funcional.
25 Hoje essa teoria caiu por terra. Você pode pegar tanto um
PC ou um laptop (ou até mesmo um Mac) e a maioria das
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FUNDAMENTOS DE SISTEMAS OPERACIONAIS
distribuições instaladas terão muitas chances de funcionar
100%. Claro, ainda existem algumas exceções, mas elas são
cada vez mais raras.
Com o Windows você sabe que cada parte do hardware
5 irá funcionar no seu sistema. Claro, há uns e outros que,
eventualmente, demandarão mais tempo na caça a drivers
cujo CD de instalação você não possua. Você, então, pode
descansar tranquilo sabendo que aquela placa de vídeo de
última geração provavelmente irá funcionar no máximo de
10 sua capacidade.
5. Linha de comando vs. Sem linha de comando
Não importa aonde a evolução do Linux chegue, ou quão
fantástico o ambiente desktop possa se tornar, a linha de
comando será sempre uma ferramenta imprescindível para
15 propósitos administrativos. É difícil imaginar uma máquina com
Linux e sem a linha de comando. Entretanto, para o usuário final
já é algo bastante próximo da realidade. Você pode usar o Linux
por anos sem jamais tocar na linha de comando, assim como
você faz no Windows. E, embora você possa utilizar a linha de
20 comando no Windows, ela não será tão poderosa quanto é no
Linux. A Microsoft tende a esconder o prompt de comando do
usuário. A menos que o usuário acesse o “executar” e entre com
“cmd”, ele provavelmente nem saberá que a linha de comando
existe no Windows. E mesmo que ele consiga acessá-la, qual é a
25 sua real utilidade?
63
Unidade IV
6. Instalação centralizada de aplicativos vs. Instalação
descentralizada
Com qualquer distribuição Linux atual, você tem um local
onde é possível procurar, adicionar ou remover softwares. São os
5 gerenciadores de pacotes, como o Synaptic. Com ele, você pode
abrir uma única ferramenta, procurar por uma aplicação (ou um
grupo de aplicações) e instalá-la sem fazer qualquer busca na
Internet.
O Windows não tem nada parecido com isso. No Windows,
10 você precisa saber onde encontrar o software que você pretende
instalar, baixá-lo (ou colocar o CD no drive) e executar setup.exe
ou install.exe. Por muitos anos pensamos que instalar aplicativos
no Windows era mais fácil que no Linux, e por muitos anos
estávamos certos. Não agora. Instalar aplicativos no Linux é
15 simples, indolor e centralizado.
7. Flexibilidade vs. Rigidez
É comum compararmos Linux e Windows a outros hábitos do
cotidiano. Carros e motos, casas e apartamentos…, mas vamos
tentar nos ater ao desktop em si. A não ser que você pretenda
64
FUNDAMENTOS DE SISTEMAS OPERACIONAIS
pagar para instalar um aplicativo de terceiros, para alterar a
aparência, por exemplo, no Windows você terá que se contentar
com o que a Microsoft decidiu que é bom pra você. No Linux,
você pode confortavelmente fazer seu desktop ter o “look and
5 feel” que é a sua cara. Você pode ter exatamente o que você
quer. Desde um ambiente gráfico simples, como o Fluxbox, até
uma experiência 3D completa com o Compiz.
8. Fanboys vs. Corporativismo
Quisemos adicionar este tópico, pois mesmo o Linux tendo
10 atingido um nível superior ao de projeto escolar, os usuários
tendem a ser fanáticos e apelam para os mais diversos tipos
de medidas para fazer você escolher o Linux e não o Windows.
Muitos dos ditos fanboys ainda tentam recrutar novos usuários
para o bando, e isso é realmente muito ruim. Muitos acham que
15 isso não é profissional.
Mas por que algo que é digno de um trabalho de grandes
empresas precisa de “animadores de torcida”? O programa não
deveria fazer sucesso sozinho? O problema é que, por causa
de sua natureza livre, o Linux tende a ter uma diferença de
20 marketing em relação ao milionário orçamento da Microsoft.
Por isso existe a necessidade de haver milhares de fãs ao redor
do mundo para espalhar o sistema. E o boca a boca é o melhor
amigo do Linux.
Muita gente imagina que a imagem do Linux como sistema
25 operacional possa ser prejudicada pelos fanboys do sistema.
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Unidade IV
Preferimos discordar. Outra companhia, graças ao fenômeno
de seu simples tocador de música e telefone, sofreu do mesmo
problema e até agora a imagem dela não foi prejudicada por
isso. O Windows não tem esses mesmos fãs. Em vez disso,o
5 Windows tem uma equipe de engenheiros certificados e
gabaritados que acredita nas emoções momentâneas de
quando são apresentados dados mal interpretados de market
share, fazendo-os acreditar que terão emprego garantido para
o resto da vida.
10
9. Montagem automática de mídia removível vs. Montagem
não automática
Estão frescos na memória os velhos tempos em que
tínhamos de montar o disquete para usá-lo e desmontar
para removê-lo. Pois bem, isso está prestes a chegar ao fim
15 – mas não completamente. Uma questão frequente de novos
usuários Linux é o modo como a mídia removível é usada. A
ideia de ter que “montar” manualmente uma unidade de CD
para acessar seu conteúdo é totalmente estranha para novos
usuários. Há uma razão para isso ser assim. O Linux sempre foi
20 uma plataforma multiusuário, por isso, pensava-se que forçar
um usuário a montar uma mídia para usá-la ajudaria a salvar os
arquivos desse usuário de serem substituídos por outra pessoa.
Pense nisto: em um sistema multiusuário, se todos tivessem
acesso instantâneo a um disco que foi inserido, o que impediria
25 de excluir ou sobrescrever um arquivo que tinha acabado de
ser adicionado à mídia? Agora as coisas têm evoluído, a ponto
de que subsistemas sejam criados e configurados no Linux de
66
FUNDAMENTOS DE SISTEMAS OPERACIONAIS
maneira que você possa utilizar um dispositivo removível da
mesma forma que utilizaria no Windows. Mas essa não é a regra.
Sempre tem quem goste de editar o arquivo/etc/fstab, não é
mesmo?
5
10. Run levels multicamadas vs. r3un level único
O Linux possui a habilidade de funcionar em diferentes run
levels. Dessa forma dá para usá-lo pela linha de comando (run
level 3) ou via interface gráfica (run level 5). Assim, se algo
ocorrer com o servidor gráfico X.org, você pode “logar” como
10 superusuário (root) pela linha de comando e assim resolver o
problema.
Com o Windows você terá a sorte de usar a linha de comando
em modo seguro – e poderá (ou não) ter as ferramentas
necessárias para resolver o problema. No Linux, mesmo no
15 run level 3, você pode obter e instalar uma ferramenta para
ajudá-lo. Ter diferentes run levels também é positivo de outras
maneiras. Digamos que a máquina em questão seja um servidor
web ou de e-mail. Você quer disponibilizar a ele toda a memória
instalada, portanto não poderá iniciar a máquina no run level
20 5. Entretanto, em certos momentos você precisará da interface
gráfica para administrar o sistema (embora isso também seja
possível por linha de comando). Graças ao comando startx, a
partir da linha de comando no run level 3, você terá acesso
à interface gráfica também. No Windows você ficará preso
25 ao run level gráfico, exceto quando enfrentar um problema
realmente sério.
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Unidade IV
8.2.1 Características do sistema operacional Linux2
5
10
• É livre e desenvolvido voluntariamente por programadores
experientes, hackers e contribuidores espalhados ao
redor do mundo. Eles têm por objetivo contribuir para
a melhoria e o crescimento desse sistema operacional.
Muitos deles estavam cansados do excesso de propaganda
(marketing) e baixa qualidade de sistemas comerciais
existentes.
• Convivem sem nenhum tipo de conflito com outros
sistemas operacionais (com o DOS,o Windows, o OS/2) no
mesmo computador.
• Multitarefa real.
• Multiusuário.
• Suporte a nomes extensos de arquivos e diretórios (255
caracteres).
15
• Conectividade com outros tipos de plataformas como
Apple, Sun, Macintosh, Sparc, Alpha, PowerPc, ARM, Unix,
Windows, DOS, etc.
• Proteção entre processos executados na memória RAM.
• Suporte a mais de 63 terminais virtuais (consoles).
20
25
• Modularização - O GNU/Linux somente carrega para
a memória o que é usado durante o processamento,
liberando totalmente a memória assim que o programa/
dispositivo é finalizado.
• Por causa da modularização, os drivers dos periféricos e
recursos do sistema podem ser carregados e removidos
completamente da memória RAM a qualquer momento.
Os drivers (módulos) ocupam pouco espaço quando
carregados na memória RAM (cerca de 6Kb para a placa
de rede NE 2000, por exemplo)
2
68
Fonte do texto: http://focalinux.cipsga.org.br/
FUNDAMENTOS DE SISTEMAS OPERACIONAIS
5
• Não há a necessidade de se reiniciar o sistema após
modificar a configuração de qualquer periférico ou
parâmetros de rede. Somente é necessário reiniciar o
sistema no caso de uma instalação interna de um novo
periférico, de falha em algum hardware (queima do
processador, placa-mãe, etc.).
• Não é requerida uma licença para seu uso. O GNU/Linux é
licenciado de acordo com os termos da GPL.
10
• Acessa corretamente discos formatados pelo DOS,
Windows, Novell, OS/2, NTFS, SunOS, Amiga, Atari, Mac,
etc.
• Utiliza permissões de acesso a arquivos, diretórios e
programas em execução na memória RAM.
15
20
25
30
• O LINUX NÃO É VULNERÁVEL A VÍRUS! Em razão da
separação de privilégios entre processos e respeitadas as
recomendações-padrão de política de segurança e uso de
contas privilegiadas (como a de root), programas como
vírus tornam-se inúteis, pois têm sua ação limitada pelas
restrições de acesso do sistema de arquivos e execução.
Frequentemente são criados exploits que tentam se
aproveitar de falhas existentes em sistemas desatualizados
e usá-las para danificar o sistema. Erroneamente, esse
tipo de ataque é classificado como vírus por pessoas mal
informadas e é resolvido com sistemas bem mantidos. Em
geral, usando uma boa distribuição que tenha um bom
sistema de atualização resolve-se 99,9% dos problemas
com exploits. Qualquer programa (nocivo ou não) poderá
alterar partes do sistema que possui permissões (será
abordado como alterar permissões e tornar seu sistema
mais restrito no decorrer do guia foca Linux).
• Rede TCP/IP mais rápida que no Windows e tem sua
pilha constantemente melhorada. O GNU/Linux tem
suporte nativo a redes TCP/IP e não depende de uma
camada intermediária como o WinSock. Em acessos via
69
Unidade IV
modem à Internet, a velocidade de transmissão é 10%
maior.
5
• Roda aplicações DOS através do DOSEMU, QEMU, BOCHS.
Para se ter uma ideéia, é possível dar o boot em um
sistema DOS qualquer, dentro dele, e ao mesmo tempo
usar a multitarefa desse sistema.
• Roda aplicações Windows através do WINE.
• Suporte a dispositivos infravermelho.
• Suporte à rede via radioamador.
10
• Suporte a dispositivos Plug-and-Play.
• Suporte a dispositivos USB
• Suporte a Fireware.
• Dispositivos Wireless.
15
• Vários tipos de firewalls de alta qualidade e com grande
poder de segurança de graça.
• Roteamento estático e dinâmico de pacotes.
• Ponte entre redes.
• Proxy tradicional e transparente.
20
25
• Possui recursos para atender a mais de um endereço IP na
mesma placa de rede, sendo muito útil para situações de
manutenção em servidores de redes ou para a emulação
de “mais computadores” virtualmente.
Os servidores WEB e FTP podem estar localizados no
mesmo computador, mas o usuário que se conecta tem a
impressão que a rede possui servidores diferentes.
• Os sistemas de arquivos usados pelo GNU/Linux (Ext3)
(ReiserFS) organizam os arquivos de forma inteligente,
evitando a fragmentação e fazendo-o um poderoso
70
FUNDAMENTOS DE SISTEMAS OPERACIONAIS
sistema para aplicações multiusuárias exigentes e
gravações intensivas.
5
10
15
• Permite a montagem de um servidor web, e-mail, news,
etc. com um baixo custo e alta performance. O melhor
servidor web do mercado, o Apache, é distribuído
gratuitamente com a maioria das distribuições Linux. O
mesmo acontece com o Sendmail.
• Por ser um sistema operacional de código aberto, você
pode ver o que o código-fonte (instruções digitadas pelo
programador) faz e adaptá-lo a suas necessidades ou às de
sua empresa. Essa característica é uma segurança a mais
para empresas sérias e outros que não querem ter seus
dados roubados (você não sabe o que um sistema sem
código-fonte faz na realidade enquanto está processando
o programa).
• Suporte a diversos dispositivos e periféricos disponíveis
no mercado, tanto novos como obsoletos.
• Pode ser executado em 10 arquiteturas diferentes (Intel,
Macintosh, Alpha, Arm, etc.).
20
• Consultores técnicos, especializados no suporte ao sistema,
espalhados por todo o mundo.
• Entre muitas outras características que você descobrirá
durante o uso do sistema.
8.2.2 Características do sistema operacional Windows3
8.2.2.1 Conceitos
Conforme conceitua Cardoso (24/12/2007), Microsoft
25 Windows é uma popular família de sistemas operacionais
criados pela Microsoft, empresa fundada por Bill Gates e Paul
Allen, desde 1983. O MS-Windows é um produto comercial, com
preços diferenciados para cada uma de suas versões, embora
Fonte: http://www.scribd.com/doc/8551974/O-Sistema-OperacionalMicrosoft-Windows
3
71
Unidade IV
haja uma enorme quantidade de cópias ilegais instaladas, ele é
o sistema operacional mais usado do mundo.
Apesar de o sistema ser conhecido pelas suas falhas críticas
na segurança e como plataforma de vírus de computador
5 e programas-espiões (spywares), o impacto desse sistema
no mundo atual é simplesmente incalculável por causa do
enorme número de cópias instaladas. Conhecimentos mínimos
desse sistema, do seu funcionamento, da sua história e do seu
contexto são, na visão de muitos, indispensáveis, mesmo para os
10 leigos em informática. Possui ambiente multitarefa e interface
gráfica com o usuário. É um sistema operacional multitarefa,
com interface gráfica, conclui Cardoso.
8.2.2.2 Características
Dourado (9/4/2008), enumerando as principais
características do sistema operacional Windows, afirma que
15 para entendê-lo é preciso saber que este foi desenvolvido
pela Microsoft tendo como características técnicas a
principal linguagem de programação usada para escrever o
código-fonte das várias versões do Windows, a qual é uma
linguagem de programação de alto nível, ou seja, linguagens
20 de programação com um nível de abstração relativamente
elevado, longe do código de máquina e mais próximo da
linguagem humana, com facilidades para o uso em baixo
nível (linguagem da programação mais próxima ao código de
máquina, menos abstrata), vários tipos (multiparadigma) de
25 programação e de uso geral.
Na versão 3.11, o sistema rodava em 16 bits, daí em diante,
em 32 bits. As últimas versões (como o XP, o 2003 Server e o
Windows Vista) estão preparadas para a tecnologia 64 bits. O
Windows é atualmente um sistema operacional monousuário,
30 monoprocessado, com recursos de multiprogramação e,
consequentemente, multitarefa conforme afirma Dourado.
72
FUNDAMENTOS DE SISTEMAS OPERACIONAIS
Pacheco (19/9/2007) destaca que as versões do Windows
são voltadas para perfis de usuário específicos e não para
tarefas específicas. O Windows Vista, por exemplo, foi lançado
nas versões Home Basic, Home Premium, Business e Ultimate.
5 A gradação, neste caso, é respectivamente da mais barata e
leve, que traz em si as funcionalidades mais básicas do sistema,
à mais cara e pesada, própria para quem precisa de recursos
mais avançados do sistema. Isso não quer dizer que qualquer
das versões seja voltada a uma tarefa específica, mas que as
10 mais avançadas incorporam mais funcionalidades que as mais
básicas. Ou seja: todas as versões são capazes de administrar
uma pequena rede, por exemplo, mas se o uso for para uma
grande rede, em uma empresa de grande porte, apenas os
recursos da versão mais avançada serão capazes de administrar
15 adequadamente o trabalho.
8.2.2.3 Histórico
É importante destacar que o Windows nem sempre foi
um sistema operacional. Conforme aduz Brandão (7/4/2008),
o Windows surgiu inicialmente como uma interface gráfica
para o sistema operacional MS-DOS, a fim de torná-lo mais
20 amigável, permitindo rodar programas em modo gráfico e,
consecutivamente, a utilização de mouse (Win 3.11/ Win95 /
Win98). Com o lançamento do Windows 2000, que marcou o
começo da era NT (Nova Tecnologia) para usuários comuns, o
Windows deixa de ser apenas um software e passa a ocupar
25 posição de sistema operacional. Todos os lançamentos após o
Windows 2000 são sistemas operacionais efetivos, como o XP
e o Vista.
Dourado (9/4/2008) explica que o Windows só começa a
ser tecnicamente considerado como um sistema operacional a
30 partir da versão Windows NT, lançada em agosto de 1993, em
que Windows NT é o nome da família de sistemas operativos
da Microsoft voltados para o meio corporativo (grandes
empresas). A Nova Tecnologia trazia a funcionalidade de
73
Unidade IV
trabalhar como um servidor de arquivos. As versões Windows
3.11, Windows 95 e Windows 98 não são sistemas operacionais
de fato. O sistema operacional desses programas era o MSDOS. Em 2000, a Microsoft desenvolveu o Windows 2000 a
5 partir do Windows NT. Assim, todas as versões posteriores
são sistemas operacionais, como o Windows XP e o Windows
Vista.
8.2.2.4 Evolução
Simões (23/4/2008) explica a evolução do Windows
abordando suas versões. Segundo ele, o Windows 3.0, lançado
10 em 1985, só explodiu no mercado em 1990. Sepultou as telas
em que era preciso digitar comandos. O usuário passou a acessar
janelas, o que inspirou o nome windows. Abriu caminho para
outra grande novidade: o mouse.
Windows 3.1: lançado em 1991 nos Estados Unidos e em
15 1992 no Brasil, recauchutou os menus de acesso.
Windows 3.11: mais adaptado a micros em rede, chegou em
1993. Permitiu interação entre softwares como Word e Excel.
Windows 95: trouxe para os Windows o conceito de desktop,
que permite arrastar arquivos usando o mouse. Introduziu o
20 plug and play, promessa nem sempre cumprida de tornar mais
fácil para o leigo pilotar o micro.
Windows 98: o primeiro filhote do Windows integrado à
Internet facilitou o acesso à rede com o navegador Explorer.
Permitiu também a conexão do micro com novidades como
25 câmaras digitais.
Windows 98 segunda edição: compatível com arquivos de
vídeo e áudio disponíveis na Internet, como músicas em MP3.
Abriu caminho para games mais sofisticados.
74
FUNDAMENTOS DE SISTEMAS OPERACIONAIS
Windows Millennium: voltado para o usuário doméstico,
aposta no entretenimento e na segurança do sistema, com
recursos para evitar, por exemplo, que a instalação desastrada
de um software trave a máquina. Facilita a criação de uma rede
5 doméstica e conecta o micro com o suporte e com as atualizações
do sistema.
Windows XP: como um digno herdeiro da linhagem NT/2000,
o Windows XP traz toda aquela confiabilidade já conhecida
e mais as inovações que visam torná-lo ainda mais robusto.
10 A ferramenta Restauração do Sistema permite retornar a
qualquer configuração passada do computador para consertar
problemas. O processo de fotografar o estado e a configuração
do computador é automático, mas pode ser propositadamente
acionado pelo usuário caso seja preciso instalar um programa
15 considerado suspeito.
Toda vez que um novo periférico é instalado, o XP faz um
novo ponto de restauração automaticamente, pois se os drivers
daquele periférico forem ruins ou defeituosos, a saúde do sistema
poderá ser restaurada. A evolução do Windows Update presente
20 no XP permite que aquelas atualizações críticas do sistema, ou
novos drivers de dispositivos, sejam instaladas automaticamente
sem requerer qualquer interação do usuário, desde que haja
conexão com a Internet. Se for mais conveniente para o usuário,
as atualizações podem ser apenas notificadas ou adiadas.
25
Se mesmo assim houver algum problema, a Microsoft
disponibilizou um excelente instrumento de suporte, o Assistente
Remoto. Com esse recurso, o usuário pode solicitar suporte
on-line, por e-mail ou Messenger, e um técnico da empresa
toma conta do computador para ajudar a sanar os problemas. A
30 versão Profissional conta ainda com a Área de Trabalho Remota.
O recurso utiliza a tecnologia do Windows Terminal Services e
permite ao usuário acessar o PC remotamente, de casa ou do
trabalho, ganhando acesso à sua tela e a arquivos e programas,
com recursos para transferência de dados e trabalho on-line.
75
Unidade IV
É ótimo para quem quer trabalhar em casa no computador do
escritório ou vice-versa.
Windows Vista: desde 8 de novembro de 2006, o seu
desenvolvimento estava completo. Foi lançado inicialmente para
5 fabricantes de computadores em 30 de novembro desse ano, e
para usuários finais (simultaneamente em todo o mundo) no
dia 30 de janeiro de 2007. Essas datas de lançamento ocorreram
mais de cinco anos após o lançamento do Windows XP, a versão
anterior do sistema operacional desktop da Microsoft, fazendo
10 desse período o mais longo entre lançamentos consecutivos de
versões do Windows.
O Windows Vista possui centenas de novos recursos e
funções, como uma nova interface gráfica do usuário, funções
de busca aprimoradas, novas ferramentas de criação multimídia
15 – como o Windows DVD Maker – e aplicações completamente
renovadas para redes de comunicação, áudio, impressão e
subsistema de exibição. O Windows Vista também tem como
alvo aumentar o nível de comunicação entre máquinas em uma
rede doméstica usando a tecnologia peer-to-peer, facilitando
20 o compartilhamento de arquivos e mídia digital entre
computadores e dispositivos.
8.2.2.5 O Windows Vista
Considerando esta grande diversidade de versões do
Windows, é natural que se questione se uma versão se sobrepõe
às outras. Como bem destaca Cortial (7/11/2007), não existe
25 uma versão melhor do Windows, apenas a que se adapta melhor
às necessidades do usuário. Por ser mais novo, é claro que o
Vista possui recursos e tecnologias superiores ao XP. Contudo,
seu custo, aliado a alguns erros e incompatibilidade com alguns
programas, criam-lhe desvantagem contra o XP, além de ser ainda
30 pouco difundido. Cada um tem suas vantagens e desvantagens,
mas é o usuário e suas necessidades que definirão qual dessas
versões é a mais adequada.
76
FUNDAMENTOS DE SISTEMAS OPERACIONAIS
Conforme destaca Lima (10/4/2008), o Windows Vista
possui centenas de novos recursos e funções, como uma nova
interface gráfica do usuário, funções de busca aprimoradas, novas
ferramentas de criação multimídia, como o Windows DVD Maker, e
5 completamente renovadas aplicações para redes de comunicação,
áudio, impressão e subsistema de exibição. Com tudo isso ele se
torna muito pesado, necessitando para ser instalado uma máquina
com alguns requisitos, como 1GB de memória RAM no mínimo e
placa de vídeo (GPU) compatível com o DirectX 9.0 ou superior
10 com tecnologia Pixel Shader 2.0 ou superior, pois ele absorve
muito espaço na memória RAM do PC, tornando-o o sistema
operacional mais pesado desenvolvido pela Microsoft.
Smith (10/4/2008) detalha os requisitos para utilização do
Windows Vista Home Basic destacando o quanto ele exige de
15 capacidade do computador: um processador de 800 MHz ou
superior, memória de 512MB, hardware gráfico compatível com
resolução SVGA (800 x 600 pixels), disco rígido de 20GB, com pelo
menos 15GB livres e um drive de CD-ROM (será preciso solicitar
um conjunto de CDs de instalação para a Microsoft se o seu PC
20 não tiver drive de DVD). Quem desejar a interface Abro (e você
certamente vai querer), precisará de uma placa de vídeo que
tenha suporte para o DirectX 9.0, as antigas (não compatíveis
com o DirectX 9.0) não suportam o Pixel Shader 2.0, e a Microsoft
recomenda que você só instale o Vista caso possua uma placa
25 de vídeo compatível. Será necessário também um driver para
o Windows Vista Display Driver Model (WDDM) e pelo menos
128MB de memória gráfica e com suporte para 32 bits por pixel.
8.2.2.6 Razões do sucesso
São diversos os motivos que levaram o Windows a se tornar
o sistema operacional mais utilizado em todo o mundo. Pereira
30 (27/11/2006) aponta alguns desses motivos: a interface amigável,
o alto número de programas compatíveis, a facilidade em se
aprender a usá-lo, além de ser um sistema operacional aberto
a todo tipo de programa. Além disso, é um sistema facilmente
copiado e pirateado, contribuindo para sua difusão.
77
Unidade IV
Também no ambiente empresarial o Windows é o mais
utilizado. Conforme demonstra Cortial (1º/11/2007), o principal
motivo de as empresas utilizarem o MS-Windows é sua ampla
difusão. Qualquer funcionário com mínimos conhecimentos de
5 informática sabe ao menos as operações básicas do Windows.
Além disso, o mercado de aplicações voltadas para ele é maior.
Investir em treinamento para outros sistemas operacionais ou
procurar soluções específicas para eles pode se tornar muitas
vezes uma tarefa difícil.
Apesar de muito criticado, o Windows Vista vem
conquistando seu espaço e contribuído para a perpetuação da
família Windows. Segundo Machado (10/9/2008), tal versão
tem centenas de novas funções, como uma nova interface
gráfica do usuário, funções de busca aprimoradas, novas
15 ferramentas de criação multimídia, como o Windows DVD
Maker, e completamente replanejadas redes de comunicação,
áudio, impressão e subsistema de exibição. O Vista também tem
como alvo aumentar o nível de comunicação entre máquinas
em uma rede doméstica usando a tecnologia peer-to-peer,
20 facilitando o compartilhamento de arquivos e mídia digital
entre computadores e dispositivos. Para os desenvolvedores de
software, o MS-Vista introduz a versão 3.0 do NET Framework,
o qual tem como alvo tornar significantemente mais fácil para
desenvolvedores escrever aplicativos de alta qualidade do que
25 com a tradicional Windows API.
10
8.3 Caso 3: características VMware e Xen4
Nos últimos anos, com a evolução da informática, o
poder de processamento dos computadores aumentou
drasticamente. Entretanto, existem casos em que todo esse
processamento não está sendo utilizado pelas máquinas,
30 fazendo com que exista uma subutilização dos recursos
computacionais.
4
78
Fonte: http://www.guiadohardware.net/artigos/ferramentas-virtualizacao/
FUNDAMENTOS DE SISTEMAS OPERACIONAIS
Preocupados em procurar soluções que visam à diminuição
dessa ociosidade de processamento, os administradores
de redes têm utilizado a técnica da virtualização. O uso da
virtualização representa a ilusão de várias máquinas virtuais
5 (VMs) independentes, cada uma rodando uma instância de um
sistema operacional virtualizado (Smith; Nair, 2005).
Essa técnica não é nova, iniciou-se pela IBM nos mainframes,
na década de 1960, mas seu uso foi difundido nos anos
1980, tendo em vista a resolução de problemas a um custo
10 relativamente baixo.
O sucesso da virtualização baseou-se em alguns princípios.
Primeiramente, a camada de virtualização deve isolar uma
máquina virtual da outra, de modo que não haja interferência
entre elas. Não é aceitável que o funcionamento de uma
15 máquina virtual afete o desempenho de outra máquina virtual
(Garfinkel et al., 2003). Segundo, é necessário suportar uma
variedade diferente de sistemas operacionais para acomodar os
diferentes aplicativos populares existentes. Terceiro, o overhead
introduzido pela camada de virtualização deve ser pequeno
20 (Garfinkel et al., 2003).
Atualmente, os sistemas virtualizados estão com seu espaço
em ascensão por resolverem alguns pontos que hoje são
críticos em diversas empresas, como pode ser exemplificado:
incompatibilidade entre hardware e software no que diz respeito
25 a suas modificações com o decorrer do tempo; subutilização dos
recursos computacionais pelos programas, ou seja, programas
que não conseguem explorar a totalidade da capacidade dos
hardwares atuais; entre outros.
Virtualização é a palavra que faz brilhar os olhos dos
30 executivos de TI de grandes empresas. Ela lidera o ranking das
tecnologias, divulgado pelo Garther Consulting.
79
Unidade IV
8.3.1 Razões do sucesso
8.3.1.1 Justificativa de uso
A administração dos desktops em qualquer organização
sempre foi um desafio. Sempre preocupados em procurar meios
para melhorar os processos, reduzir os custos, aumentar o
desempenho e simplificar o gerenciamento, os administradores
5 de redes vêm procurando novas soluções para atender esses
problemas.
Essa complexidade de gerenciamento deve-se ao aumento
dos números de usuários – inclusive remotos e móveis
– e às atividades de gerenciamento associadas, envolvendo
10 manutenção, reparos e upgrades de computadores, bem como,
cada vez mais, ameaças à segurança.
O gerenciamento de áreas de trabalho está passando por
uma transformação necessária em direção à virtualização. A
virtualização de desktops (VDI) está sendo uma solução que
15 proporciona uma capacidade de gerenciamento e controle de
nível corporativo com uma experiência familiar ao usuário.
A virtualização de desktops segue os mesmos princípios
básicos das virtualização de servidores - que permitem executar
múltiplos sistemas operacionais em uma única máquina (PC).
20 Mas há diferenças bastante significativas, já que cada usuário
conta com seu próprio sistema operacional, como se fizesse uso
de uma estação de trabalho convencional. (Filadoro, Adriano,
2007).
A VDI permite que as aplicações dos usuários finais rodem em
25 máquinas virtuais isoladas e, ao mesmo tempo, compartilhem
recursos de hardware, como CPU, memória, disco e rede. Cada
usuário roda sua aplicação em seu próprio sistema operacional,
reduzindo as chances de que outro usuário possa interferir na
sua execução. A tecnologia de virtualização de desktops separa
80
FUNDAMENTOS DE SISTEMAS OPERACIONAIS
o hardware do software, e o hypervisor encapsula a aplicação e
o sistema operacional em uma máquina virtual que roda em um
servidor.
A figura abaixo representa o que é a virtualização de
5 desktops.
1
2
3
4
5
6
...
60
VDI
Windows
Servidor
Representação da virtualização de desktop
A VDI é, de fato, um avanço em relação a soluções de terminal
server, principalmente no aspecto referente à isolação do usuário
final e à independência de desempenho. Entretanto, usuários
que utilizam aplicações gráficas intensivas ou aplicações com
10 requisitos de streaming de vídeo e áudio têm boas chances de
não utilizar a VDI.
A ideia de utilização de VDI é para terminais onde existe
uma grande ociosidade de processamento, e onde não há o total
aproveitamento dos recursos computacionais.
15
Hoje, o principal fator para o encarecimento dos desktops é
o operacional (manutenção, atualizações, suporte). Com isso, o
retorno do investimento (ROI) – cálculo que quantifica os custos
e os benefícios esperados de um projeto específico em um prazo
determinado – pode ter seu prazo estendido.
9 FERRAMENTAS
20
Atualmente, as ferramentas para esse tipo de trabalho
são inúmeras. Entre as mais comuns, para a virtualização de
desktops, podemos citar as mais conhecidas, como o Microsoft
81
Unidade IV
Virtual PC, programa gratuito e de fácil uso, e o Virtual Box,
programa de uso extremamente fácil e também gratuito, com
sua licença GNU.
Existe também o VMware, que usa o conceito da virtualização
5 completa. Uma característica do VMware é que ele tenta, sempre
que possível, converter os comandos usados pelo sistema, dentro
da VM, em comandos que o Host entenda e execute diretamente.
Ou seja, se dentro de uma VM o Windows tenta executar algum
arquivo de som, o VMware captura esses dados e os executa na
10 placa de som do micro hospedeiro, como se fosse um programa
qualquer.
As empresas vêm utilizando várias ferramentas de
virtualização até para solucionar problemas idênticos. Isso
se deve às características de cada ferramenta, como o modo
15 de trabalho com o hardware, arquivos. Segundo pesquisas de
levantamento feitas pela revista EMA, o uso do VMware está em
80% dos casos de virtualização.
9.1 VMware
O VMware é, hoje, o software de virtualização para a
plataforma x86 mais conhecido, com uma implementação
20 completa de interface ao sistema convidado. O VMware é útil
em diversas aplicações como:
• ambientes de desenvolvimento;
• ambientes de suporte;
• migração e consolidação;
25
• simulação de instalações de rede;
• balanceamento de carga.
A forma de trabalho do VMware não é complexa, ele utiliza
uma técnica batizada de “reescrita binária”, que examina as
82
FUNDAMENTOS DE SISTEMAS OPERACIONAIS
instruções antes de serem executadas. É utilizada uma abordagem
híbrida para implementar a interface do monitor com máquinas
virtuais, tudo isso por razões de desempenho.
O controle de exceção e gerenciamento de memória é
5 realizado pela manipulação direta do hardware, simplificando
através do sistema anfitrião. A gerência de memória é feita
diretamente pelo sistema convidado. Para assegurar que não
ocorra nenhuma colisão de memória entre o sistema hospedeiro
e o hospedado, o VMware aloca uma parte da memória para
10 uso exclusivo, assim o sistema convidado utiliza essa memória
previamente alocada.
Usando os serviços de interrupção, IRQ, o VMware controla
o sistema convidado. Sempre que uma exceção é causada no
convidado, é examinada antes pelo monitor. As interrupções
15 são enviadas para o sistema anfitrião, as geradas pelo sistema
convidado são remetidas para o sistema convidado.
Aplicativo
Aplicativo
Aplicativo
Aplicativo
Windows
Linux
Windows
Linux
Máquina virtual
Máquina virtual
Máquina virtual
Máquina virtual
VMware Server
Sistema operacional Windows ou Linux
Hardware
Figura: VMware Server
Fonte : VMware Papers
O VMware Server é comercializado em três versões distintas:
VMware Workstation e VMware Player: versões mais
simples da máquina virtual. Indicadas para ambientes de
20 desenvolvimento compatível com as arquiteturas Intel e AMD
32 e 64 bits. Apesar de serem as versões mais simples, ambas
têm suas particularidades. O VMware Workstation é adquirido
83
Unidade IV
através de licença, já o VMware Player é de uso gratuito, sendo
possível somente emular os sistemas e não criar.
Figura: VMware Workstation
Fonte: Hammersley, Eric, Professional VMware Server, 2007
WMware Server GSX ou WMware Server: versão mais robusta,
indicada para aplicações profissionais em pequena escala. Conta
5 com boa parte dos recursos da versão Workstation e adiciona
recursos úteis ao seu uso em servidores, como o gerenciamento
remoto (usando uma versão modificada do VNC). Isso resulta em
perda de desempenho na interface gráfica.
Aplicativo
Aplicativo
Aplicativo
Aplicativo
Windows
Linux
Windows
Linux
Máquina virtual
Máquina virtual
Máquina virtual
Máquina virtual
VMware Server
Sistema operacional Windows ou Linux
Hardware
Figura: Sistema de Trabalho VMware GSX
Fonte: Hammersley, Eric, Professional VMware Server, 2007
VMware Server ESX: versão robusta, usada em servidores
10 de grande porte. É um sistema operacional dedicado, kernel
proprietário baseado no SimOS. Ou seja ele roda diretamente
84
FUNDAMENTOS DE SISTEMAS OPERACIONAIS
sobre o hardware. Suas características principais são: uma forte
camada entre o hardware e o sistema operacional, partimento
do servidor físico em várias máquinas virtuais e controle total
dos recursos do servidor.
Aplicativo
Aplicativo
Sistema operacional
Sistema operacional
ESX Server
Hardware
CPU
Memória
NIC
Disco
Figura: Sistema de trabalho VMware ESX
Fonte : VMware
9.2 Xen (focado para Linux)
Patrocinado pela Universidade de Cambridge, Inglaterra,
vem se tornando uma das principais soluções de virtualização
para Linux, atualmente na versão Xen 3. O ambiente Xen faz
implementação entre o hardware e o software para plataforma
X86, versão antiga do Xen. Com suporte a múltiplos sistemas
10 convidados, simultaneamente, com excelente desempenho e
isolamento. Graças a seu baixo custo, o Xen é o que especialistas
esperavam para melhorar a virtualização no Linux.
5
Usando a virtualização completa, que envolve o mapeamento
de chips de computador como o processador e o controlador
15 do teclado, torna a máquina virtual independente de sua
infraestrutura física e por isso tem grande flexibilidade.
85
Unidade IV
Mgmnt
code
Application
Application
Application
Application
Application
Application
Application
Application
CPU,
Memory,
Network,
Disk
(Virtual)
CPU,
Memory,
Network,
Disk
(Virtual)
CPU,
Memory,
Network,
Disk
(Virtual)
CPU,
Memory,
Network,
Disk
(Virtual)
Mgmnt API
Device
Driver
MicroKernel
Binary Translation (High Overhead)
Device
Driver
Device
Driver
Device
Driver
Device
Driver
Physical Host Hardware
CPU, Memory, Network, Disk
Figura: Arquitetura do Xen
Fonte: Garcia, Juan; Willians, E. David, Virtualization with Xen, 2007
O Xen é um sistema popular de virtualização que usa o
modelo de paravirtualização. Apesar de as versões 1.x utilizarem
seus próprios drivers de dispositivos, a versão 2 concentrouse em manter o hypervisor com o menor tamanho possível.
5 (Garloff, Kurt, 2006).
Com a nova versão do Xen, alguns recursos foram incluídos:
Suporte a máquina SMP (Symmetric Multi-Processor)
virtuais: apesar de oferecer suporte a múltiplos processadores,
era preso a uma única CPU. Na versão atual já é possível mudar
10 isso, existe a possibilidade de mudar o número de CPUs virtuais
em tempo de execução.
Suporte a ACPI: nas versões anteriores o suporte era
rudimentar.
Melhor suporte a hardware: correção com relação ao suporte
15 a AGP e DRM (gráficos 3D).
86
FUNDAMENTOS DE SISTEMAS OPERACIONAIS
Suporte a arquitetura X86-64: a variante de 64 bits da
arquitetura x86 elimina todas as restrições associadas ao espaço
de endereçamento de 32 bits.
O Xen encontra-se em um acentuado grau de maturidade e
5 pode ser utilizado em sistemas de produção. O seu código-fonte
está liberado sob a licença GNU. Atualmente o Xen suporta os
sistemas Windows XP, Linux e Unix.
9.3 Qemu
O Qemu é um emulador de sistema muito poderoso, gratuito
e livre. Com uma interface de extrema facilidade, o emulador
10 de sistema tem crescido muito dentro dos ambientes Windows.
Utilizando comandos simples para tarefas que podem ser
complicadas em outros emuladores.
Com a utilização da tradução dinâmica, o emulador converte
partes do código para que o processador execute o conjunto de
15 instruções, como técnica, o QEMU utiliza um grande poder de
processamento.
O QEMU pode trabalhar com a emulação total do sistema ou
a emulação no modo usuário.
Emulação total do sistema: possibilidade da emulação de
20 um sistema completo, processador e periféricos. Utilizando-se a
emulação total, o emulador pode ser empregado para rodar os
diversos sistemas operacionais.
Aplicação
Aplicação
Aplicação
Linux
QEMU
Windows
x86
Figura : Exemplificação do Qemu
Fonte : Laureano, Mauro, Máquinas virtuais e emuladores, 2008
87
Unidade IV
Emulação no modo de usuário: opção disponível somente
para o sistema Linux. Nesse modo, o emulador pode executar
processos do Linux compilados para uma plataforma em outra,
um programa compilador em uma arquitetura x86 pode ser
5 executado em um PowerPC:
Aplicação Linux Power PC
Aplicação Linux x86
QEMU
QEMU
Linux
Linux
x86
Power PC
Figura: Emulação no modo de usuário |
Fonte : Laureano, Mauro, Máquinas virtuais e emuladores, 2008
O Qemu tem grandes características que o tornam peculiar
dentro das quais podemos citar: ele não requer alterações ou
otimizações no sistema hospedeiro (anfitrião), é facilmente
utilizado e tem suporte a autoemulação – é possível chamar o
10 QEMU de dentro de outro QEMU.
9.4 Outras ferramentas
Além das ferramentas citadas em itens anteriores, existem
outras que estão crescendo, não só no mundo acadêmico mas
em indústrias. Entre elas temos: Bochs, Microsoft Virtual PC .
9.4.1 Bochs
Simula totalmente a arquitetura x86. Configurado para
15 funcionar com CPU simples como 386 e até a arquitetura
AMD64. O Bosh tem como característica a interpretação de
todas as instruções, desde o processo de boot. A desvantagem
do Bosh é que não existe uma técnica para a aceleração da
emulação, o que resulta em um sistema convidado lento, pois as
20 instruções x86 são executadas em software. Escrito em C++, é
88
FUNDAMENTOS DE SISTEMAS OPERACIONAIS
um dos mais versáteis emuladores disponíveis, mas com a falta
de performance sua utilização para fins profissionais acabou
limitada.
9.4.2 Microsoft Virtual Server e Virtual PC
São as ferramentas da Microsoft para máquinas virtuais.
5 O Virtual PC é uma ferramenta que suporta o Windows sobre
computadores Macintosh. Ambos precisam de um sistema
anfitrião.
9.5 Comparativos de custo
Conforme tabela abaixo, divulgada pela revista PCWorld
de novembro de 2006, veremos o custo de implementação de
10 algumas das principais ferramentas utilizadas pelas empresas
(tomando como base um ambiente de 50 desktops virtuais):
Fornecedor
Citrix
Produto
Preço
Xen Desktop Stantard
US$ 5,05 mil
Acess Essentials
US$ 15,5 mil
Xen Server
Gratuito
Xen Desktop
Gratuito
Microsoft
Virtual PC
Gratuito
VMware
Microsoft Application Virtual US$ 10 (por desktop)
VMware Server(servidores)
Gratuito
VMware Player(desktop)
Gratuito
Tabela : Custos de implementação da virtualização
Fonte: Revista PC World, novembro de 2006, p. 47
9.6 Operações eficazes: visão geral5
Os ambientes de computação de rede distribuídos exigem
manutenção constante, bem como a aplicação de inúmeros
patches e correções. A necessidade de aplicar patches não é
15 obrigatoriamente uma consequência de falhas e deficiências
5
Fonte: http://technet.microsoft.com/pt-br/library/dd569836.aspx
89
Unidade IV
em sistemas operacionais ou aplicações. Os patches são,
provavelmente, imprescindíveis à manutenção de um ambiente
de TI viável em relação a atualizações de software, à obstrução
de oportunidades de estender a utilização de tecnologias e à
5 neutralização de novas ameaças à segurança. Esses fatores
estão presentes em todos os ambientes de desenvolvimento e
produção, independentemente do fornecedor em questão.
A questão decisiva com a qual os gerentes de TI se
defrontam é saber até que ponto sua organização gerenciará
10 adequadamente o inevitável processo de gerenciamento de
patches.
O gerenciamento de patches, usando o acelerador
de soluções Microsoft Systems Management Server, foi
desenvolvido para ajudar consultores, organizações parceiras
15 e equipes internas de suporte de TI a desenvolver uma
abrangente solução de gerenciamento de patches para
sua organização. Esse documento oferece uma visão geral
das tecnologias e dos processos operacionais essenciais ao
sucesso dessa solução.
20
O Microsoft Operations Framework (MOF) e suas SMFs
(funções de gerenciamento de serviços) oferecem orientação
para operações de TI eficazes. Os guias das SMFs foram
desenvolvidos para proporcionar orientação operacional
a organizações que implantaram ou planejam implantar
25 tecnologias Microsoft em um centro de dados ou em outros tipos
de ambiente de computação empresarial. Esses guias fornecem
também informações conceituais, práticas recomendadas e
procedimentos detalhados relacionados aos inúmeros processos
de SMF. Informações adicionais estão disponíveis em http://
30 www.microsoft.com/technet/itsolutions/msm/smf/default.asp
(site em inglês).
Essas práticas operacionais recomendadas são essenciais ao
gerenciamento eficaz de patches. Se por acaso uma determinada
90
FUNDAMENTOS DE SISTEMAS OPERACIONAIS
organização não tiver certeza de que seu ambiente operacional
está suficientemente preparado para esse processo, deve cogitar
uma avaliação das operações para identificar qualquer área de
interesse em potencial. A ferramenta de autoavaliação do MOF
5 pode ser um guia conveniente e está disponível em http://www.
microsoft.com/solutions/msm/evaluation/moftool.asp (site em
inglês).
Dica: Para obter mais informações e detalhes sobre como
providenciar uma avaliação completa das operações, entre em
10 contato com o representante da Microsoft de sua região ou com
um parceiro autorizado Microsoft.
9.6.1 SMFs essenciais
Embora todas as SMFs do MOF desempenhem um papel
fundamental na confiabilidade e eficácia do ambiente de
produção de uma organização, algumas são particularmente
15 essenciais para o sucesso do gerenciamento de patches. As SMFs
são descritas a seguir.
9.6.2 Gerenciamento de alterações
Por meio do gerenciamento de alterações é possível
rastrear e controlar alterações no ambiente de TI de produção.
Alterações incontroláveis nos componentes e serviços de TI
20 podem complicar e impedir a solução de problemas e também
causar um impacto significativo em outros sistemas dentro do
ambiente de produção.
9.6.3 Gerenciamento de configuração
É fundamental compreender totalmente as relações entre os
componentes de TI dentro do ambiente de produção. Sem essas
25 informações, talvez seja difícil determinar o possível impacto
de uma alteração nos sistemas de produção ou identificar
que componente de TI será envolvido na simplificação de
91
Unidade IV
uma solicitação de alteração em particular. Uma provável
consequência seria a perda de produtividade nos negócios e de
disponibilidade do sistema.
9.6.4 Gerenciamento de versão
As organizações devem saber implantar fisicamente uma
5 alteração no ambiente de produção e deveriam se empenhar
para automatizar esse processo tanto quanto possível. Esse
procedimento garante que um processo de implantação bemsucedido possa se repetir. Sem um processo de gerenciamento
de versão formal e um método consistente de efetuar alterações
10 em componentes e serviços de TI, a implementação de alterações
individuais pode ser morosa e dispendiosa e aumentar a
probabilidade de erros.
9.6.5 Gerenciamento de segurança
O gerenciamento eficaz de patches pode evitar possíveis
violações de segurança e deveria fazer parte da política de
15 segurança das organizações. Será necessário, por exemplo,
monitorar proativamente sites e outras fontes de informações
para avaliar a ameaça em potencial à organização e assegurar
que — se um patch for relevante para a organização — ele seja
aplicado a todos os sistemas apropriados.
9.6.6 Monitoramento e controle de serviço
Um método proativo para monitorar sistemas de produção
permite que os administradores sejam alertados e reajam
aos problemas antes que eles se tornem graves e afetem a
confiabilidade e disponibilidade do sistema. Uma ferramenta
automatizada como o Microsoft Operations Manager (MOM) deve
25 ser usada para coletar eventos e permitir que os administradores
monitorem se a instalação de patches em servidores críticos foi
bem ou malsucedida.
20
92
FUNDAMENTOS DE SISTEMAS OPERACIONAIS
Detalhes sobre monitoramento e controle de serviço
usando o acelerador de soluções Microsoft Operations
Manager, que ajuda os clientes a projetar e implantar soluções
de monitoramento eficazes para tecnologias como o serviço
5 de diretório Microsoft Active Directory®, Exchange e SQL
Server™, podem ser encontrados em: http://www.microsoft.
com/solutions/msm/evaluation/overview/servicemontcontr.
asp (site em inglês).
9.6.7 Administração de sistema
Para garantir consistência, alta confiabilidade,
10 disponibilidade e desempenho, é possível estabelecer
uma programação eficaz de manutenção proativa. Os
administradores de sistema precisam identificar e priorizar
um conjunto de tarefas e atividades de manutenção
para cada sistema e serviço implantado no ambiente de
15 produção. Eles deveriam alocar essas tarefas e atividades a
grupos ou indivíduos específicos e verificar se estão sendo
concluídas.
Os guias de operações do produto foram criados em
conjunto por grupos de produtos e parceiros comerciais da
20 Microsoft e oferecem detalhes sobre as tarefas de manutenção
recomendadas para os produtos mencionados neste documento.
Eles estão disponíveis em http://www.microsoft.com/solutions/
msm/techinfo/default.asp (site em inglês).
9.6.8 Gerenciamento de incidentes
Os problemas existentes no ambiente de produção deveriam
25 ser informados por meio de um processo de gerenciamento
de incidentes. Esse processo rastreia problemas e, quando
necessário, oferece informações detalhadas com o objetivo de
auxiliar atividades de gerenciamento de problemas.
93
Unidade IV
9.6.9 Gerenciamento de problemas
A função do gerenciamento de problemas é investigar e
analisar a origem dos incidentes. Normalmente é usado para
introduzir alterações em processos e procedimentos ou na
infraestrutura, e, desse modo, solucionar o problema subjacente
5 ou oferecer uma solução temporária. Esse processo de suporte
é essencial ao gerenciamento de patches. Sem ele, pode ser
difícil identificar a causa original dos incidentes e evitar sua
ocorrência.
9.6.10 Gerenciamento de disponibilidade
O gerenciamento de disponibilidade, cuja meta é evitar
10 a ocorrência de incidentes que afetam os serviços ou tomar
medidas oportunas e eficazes na eventualidade de algum
incidente, concentra-se na confiabilidade e facilidade de
manutenção da solução. A falta de disponibilidade da solução
exerce uma influência sensível sobre a satisfação do cliente e
15 pode prejudicar rapidamente a reputação e o sucesso geral da
organização de TI.
Observe que a disponibilidade pode ser prejudicada não
apenas por problemas físicos, mas também pela falta de eficácia
do gerenciamento de incidentes e problemas e pela falta de
20 precisão das informações dentro do CMDB (banco de dados de
gerenciamento de configuração).
9.6.11 Microsoft Systems Management Server
O Microsoft® Systems Management Server (SMS) é o
mecanismo preferido de implantação e gerenciamento de
distribuição de atualizações e patches da QFE (Quick Fix
25 Engineering) em qualquer organização de médio a grande
porte. O SMS oferece as seguintes funções, essenciais a uma
implantação bem-sucedida:
94
FUNDAMENTOS DE SISTEMAS OPERACIONAIS
• funções de inventário, para determinar quantos
computadores foram implantados, o respectivo local e
função e os aplicativos de software e patches instalados;
5
10
• funções de programação, que permitem que uma
organização programe a implantação de atualizações e
patches de QFE fora do expediente de trabalho ou em um
horário em que o impacto sobre as operações comerciais
seja o menor possível;
• relatório de status, que permite aos administradores
monitorar o progresso da instalação;
• funções-alvo, com base no inventário do sistema,
na posição de um computador no Microsoft Active
Directory® ou em grupos de computadores criados
manualmente;
15
• replicação corporativa, para mover arquivos pela rede de
forma fácil e eficaz;
• suporte a outros sistemas operacionais além do Microsoft
Windows® 2000 e Windows XP.
Para obter mais informações sobre o Microsoft Systems
20 Management Server, consulte http://www.microsoft.com/
smserver/default.asp (site em inglês).
9.6.12 Software Update Services Feature Pack do SMS
O Software Update Services Feature Pack do SMS foi
especialmente desenvolvido para aplicar e implantar de maneira
rápida e eficaz atualizações críticas. Com esse software é possível
25 contar com recursos essenciais para determinar quando os
computadores estão precisando de atualizações críticas, facilitar
a rápida implantação dessas atualizações e oferecer um relatório
de status completo para confirmar se todas as entregas foram
bem-sucedidas.
95
Unidade IV
Mais informações sobre o Software Update Services Feature
Pack podem ser encontradas em http://www.microsoft.com/
smserver/default.asp (site em inglês).
9.6.13 Microsoft Operations Manager
O Microsoft Operations Manager (MOM) oferece um
5 abrangente gerenciamento de eventos, monitoração e alerta
proativos, relatórios e análise de tendências de servidores
Windows 2000 e Windows Server™ 2003 no ambiente de
produção. Além disso, pode ser configurado para monitorar
e informar o andamento de tarefas e atividades dentro do
10 gerenciamento de patches, verificando se existem mensagens
específicas dentro do log de eventos do Windows Server
2003.
Referências bibliográficas
BARKAKATI, Naba. Red Hat Linux – dicas e segredos. Rio de
Janeiro: Ciência Moderna,1999.
DAHMKE, M. Sistemas operacionais para microcomputadores.
Rio de Janeiro: Campus, 1983.
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and Alto Applications. Disponível em http://www.digibarn.com/
collections/software/alto/index.html Acessado em: 6 jan. 2009.
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operacionais. 2. ed. São Paulo: Thomson, 2002.
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em http://www-03.ibm.com/ibm/history/exhibits/mainframe/
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JONES, D. W. Punched cards: a brief illustrated technical
history. The University of Iowa. Department of Computer
Science. Disponível em <http://www.cs.uiowa.edu/ ~jones/
cards/history.html>. Acessado em: 5 jan. 2009.
MACHADO, F. M.; MAIA, L. P. Arquitetura de sistemas
operacionais, 4. ed., Rio de Janeiro: LTC, 2007.
SILBERSCHATZ, Abraham; GAGNE, Greg; GALVIN, Peter,
Sistemas operacionais: conceitos e aplicações. 6. ed. São Paulo:
LTC, 2004.
SILBERSCHATZ, A.; PETERSON, J. L.; GAVIN, P. Operating system
concepts. 3. ed. [S.l]. United States: Addison-Wesley, 1992.
SIQUEIRA, E. 2015: como viveremos. São Paulo: Saraiva, 2004.
TANENBAUM, A. S. Operating systems: design and
implementation. Amsterdã: Prentice-Hall International, 1987.
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Pearson, 2003.
TORTELLO, J. E.; DANESH, Arman. Dominando o Linux –a bíblia.
2. ed. São Paulo: Makron Books, 2000.
TOSCANI, S.; OLIVEIRA, R. S. de; CARISSIMI, A. S. Sistemas
operacionais. 3. ed. Rio Grande do Sul: Sagra-Luzzatto, 2004.
Sites consultados
Características do sistema operacional Windows
http://www.scribd.com/doc/8551974/O-Sistema-OperacionalMicrosoft-Windows
Caso 1: análise de TCO Windows vs. Linux (custo de
propriedade) http://www.revistapnp.com.br/conteudo.
php?Tipo=9&Cod=192
97
Unidade IV
Caso 2: análise de características Windows e Linux
http://www.guiadopc.com.br/artigos/3394/as-10-principaisdiferencas-entre-o-windows-e-o-linux.html
Fonte do texto: http://focalinux.cipsga.org.br/
Caso 3: características VMware e Xen
http://www.guiadohardware.net/artigos/ferramentasvirtualizacao/
Compatibilidades
http://www.webartigos.com/articles/12639/1/Motherboardse-Processadores-O-Corpo-e-o-Cerebro-de-um-Computador/
pagina1.html
http://www.gdhpress.com.br/blog/resumo-soquetes/
Máquinas virtuais
http://pt.wikipedia.org/wiki/Máquina_virtual
Modo operacional de processadores; 32 bits, 64 bits e além...
http://www.infowester.com/64bitsx32bits.php
Produtividade e reatividade administrativas http://download.
microsoft.com/download/e/3/8/e387f15b-65d8-42c5-8e6fe089f28b3791/2_virtualizacao.pdf
http://www.guiadopc.com.br/artigos/3394/as-10-principaisdiferencas-entre-o-windows-e-o-linux.html
Velocidade do núcleo
http://www2.ufpa.br/dicas/mic/mic-proc.htm
98
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