museu Museu do Coração estréia no congresso brasileiro Antes mesmo da inauguração, o Museu do Coração terá sua primeira mostra na cidade sede do 63º Congresso Brasileiro de Cardiologia. A iniciativa faz parte do projeto Museu Itinerante, que estará presente em cada edição dos eventos anuais da SBC, e adiantará a proposta do acervo que ficará exposto definitivamente no Rio de Janeiro. À frente da idéia, o diretor de Qualidade Assistencial, Emilio Cesar Zilli, conta que, em Curitiba, a primeira-dama do estado, Maristela Quarenghi de Mello e Silva, ofereceu gratuitamente o Museu Oscar Niemeyer, mais conhecido como Museu do Olho, para abrigar a exposição. “Em setembro, o Museu do Olho será também do Coração”, compara. A mostra está sendo preparada com assessoria de empresa especializada em museologia. Além da história da cardiologia, com área reservada para a trajetória da especialidade no Paraná, que depois integrará o acervo do Museu do Coração, terá seção reservada à fisiologia e ao funcionamento Museu Oscar Niemeyer que abrigará a exposição do Museu do Coração: o que os olhos vêem, o coração sente. do sistema cardiovascular, tudo apresentado de forma didática. “A exposição será muito interativa”, adianta o organizador, que destaca a área destinada à prevenção e à divulgação de hábitos cardiologicamente saudáveis. Seguindo a proposta da interatividade, apresentará, ainda, o conceito “o que os olhos vêem, o coração sente”. Parafraseando o ditado popular, a exposição lançará mão de elementos simbólicos, seja uma poesia, seja uma música, que evoquem algum tipo de sentimento. A proposta é tocar o coração dos expectadores. O projeto do Museu do Coração, para o presidente da entidade, Antonio Carlos Palandri Chagas, é uma iniciativa determinante para manter viva a história da cardiologia brasileira, já que destaca os mais importantes avanços e revela a alta qualidade que essa área da medicina tem no país. “É uma importante conquista para os especialistas e também para toda a população”, resume Chagas. “Museu cumpre função social de divulgar hábitos saudáveis” A sede do Museu do Coração ficará no Rio de Janeiro, na Praça da República, em imóvel pertencente à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que será oficialmente cedido para uso da SBC. O diretor de Qualidade Assistencial explica que, evidentemente, o museu terá as relíquias cardiológicas, como os primeiros eletrocardiógrafos e os instrumentos usados pelos cardiologistas do passado, mas a parte mais importante será a dedicada ao ensino de hábitos saudáveis. “Queremos ter um museu que divulgue a qualidade de vida e leve o visitante a se tornar mais saudável, fazendo uma prevenção cardíaca adequada”. Segundo Zilli, esse é um importante investimento da atual diretoria da SBC, não só para o resgate da memória da especialidade, mas principalmente pela função social de disseminar hábitos saudáveis. 14 Jornal SBC 88 - Jul/Ago 2008