Quarta-feira, 16 de novembro de 2011

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Quarta-feira, 16 de novembro de 2011
33ª Semana do Tempo Comum, Ano IMPAR, 1ª Semana do Saltério (Livro III) cor litúrgica verde
Hoje: Memórias Facultativas de Santa Margarida e Santa Gertrudes
Santos: Adelaide (imperatriz da Alemanha, viúva), Ageu (profeta bíblico do Antigo Testamento), Aitala e Apseu
(mártires), Albina de Formies (virgem, mártir), Ananias, Azarias e Misael (jovens do Antigo Testamento, citados
em Dn 3, 88), Beano de Aberdeen (bispo), Elias de Al-Muharraq (bispo), Irenião de Gaza (bispo), Jacó
(patriarca bíblico do Antigo Testamento), Memnon de Éfeso (bispo), Nicolau Crisoberge (patriarca de
Constantinopla), Valentim, Concórdio, Nadal e Agrícola (mártires), Bartolomeu de Florença (bem-aventurado),
Guillerme de Fenol (monge, bem-aventurado), José Manyanet (presbítero, bem-aventurado), Maria dos Anjos
(virgem, bem-aventurada), Reinaldo de Cîteaux (abade, bem-aventurado), Sebastião Maggi (presbítero, bemaventurado).
Antífona: Meus pensamentos são de paz e não de aflição, diz o Senhor. Vós me invocareis, e hei de escutar-vos, e
vos trarei de vosso cativeiro, de onde estiverdes. (J. 29, 11.12.14)
Oração: Senhor nosso Deus, fazei que a nossa alegria consista em vos servir de todo o coração, pois só
teremos felicidade completa servindo a vós, o criador de todas as coisas. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso
Filho, na unidade do Espírito Santo.
I Leitura: II Macabeus (2Mc 7, 1.20-31)
O testemunho de Deus diante do rei Antíoco IV
Naqueles dias, 1aconteceu também que foram presos sete irmãos, juntamente com sua mãe, e
o rei quis obrigá-los a comer carne de porco, proibida pela Lei, fustigando-os com golpes de
azorrague e de nervos de boi.
20
Mas especialmente admirável e digna de abençoada memória foi a mãe, a qual, vendo
morrer seus sete filhos no espaço de um só dia, tudo suportou valorosamente, por causa das
esperanças que no Senhor depositava. 21Cheia de nobres sentimentos, exortava a cada um
deles na língua de seus pais. Revestindo de coragem varonil sua alma feminina, dizia-lhes:
22
"Não sei como aparecestes em minhas entranhas; não fui eu que vos dei o espírito e a vida,
não fui eu que dispus organicamente os elementos de vosso corpo. 23Por isso, é o Criador do
mundo, que organizou o nascimento dos homens e preside à geração de todas as coisas, ele
mesmo é quem, na sua misericórdia, vos dará de novo o espírito e a vida, pois agora
desprezais a vós mesmos, por amor às suas leis".
24
Antíoco julgou que ela o insultava e supôs que houvesse ultraje em suas palavras. Como
estivesse em vida ainda o mais novo, não somente lhe dirigiu exortações, mas lhe prometeu,
com juramento, torná-lo rico e feliz, se abandonasse as leis de seus pais. Torná-lo-ia seu
amigo e lhe confiaria altas funções. 25Vendo que o jovem não lhe prestava nenhuma atenção,
o rei chamou a mãe e exortou-a a dar conselhos ao adolescente para que se salvasse. 26Depois
de a exortar por muito tempo, ela concordou em persuadir o filho. 27Inclinou-se para ele e,
zombando do cruel tirano, assim falou na língua de seus pais: "Filho, tem compaixão de mim,
que durante nove meses te trouxe em meu seio e por três anos te amamentei, que te nutri e
eduquei até a idade que tens, provendo sempre ao teu sustento. 28Conjuro-te, filho, contempla
o céu e a terra e observa tudo que neles existe. Reconhece que não foi de coisas existentes
que Deus os fez, e que também o gênero humano surgiu da mesma forma. 29Não temas este
carrasco. Pelo contrário, sê digno de teus irmãos e aceita a morte, a fim de que eu torne a
receber-te com eles na Misericórdia".
30
Mal acabara de falar, o jovem declarou: "Que esperais de mim? Não obedeço às ordens do
rei. Às ordens da Lei, porém, que foi dada por Moisés a nossos pais, a elas eu obedeço. 31E tu,
que imaginaste toda a espécie de maldade contra os hebreus, não escaparás às mãos de
Deus.” Palavra do Senhor!
Comentando a I Leitura
O criador vos dará de novo o espírito e a vida
Todo o episódio põe em foco o problema sempre atual da relação entre pessoa e poder. É fácil
fazer do poder um instrumento de arbítrio, de opressão, para sujeitar os homens ao próprio
querer. No pensamento cristão a autoridade, que aliás é insubstituível numa sociedade bem
organizada, tem uma função de “serviço”, que deve visar à defesa e promoção das pessoas.
Ela é exercitada à luz de Cristo que veio “para servir não para ser servido”, renunciando a
qualquer forma de despotismo, utilitarismo e oportunismo, no mais absoluto respeito aos
direitos de cada homem. Outra lição que brota do testemunho dessa família é a coragem de
resistir a quem quer que tente violentar a consciência, impondo condutas contrárias aos
princípios que nos devem guiar na vida. Na escolha entre a obediência ao homem ou a Deus e
à sua lei, Deus deve ser sempre a preferência. [MISSAL COTIDIANO, ©Paulus, 1997]
Salmo: 16(17), 1.5-6.8b e 15 (+ 15b)
Ao despertar me saciará vossa presença, ó Senhor!
Ó Senhor, ouvi a minha justa causa, escutai-me e atendei o meu clamor! Inclinai o vosso
ouvido à minha prece, pois não existe falsidade nos meus lábios!
Os meus passos eu firmei na vossa estrada, e por isso os meus pés não vacilaram. Eu vos
chamo, ó meu Deus, porque me ouvis, inclinai o vosso ouvido e escutai-me!
Protegei-me qual dos olhos a pupila e guardai-me à proteção de vossas asas. E verei,
justificado, a vossa face e, ao despertar, me saciará vossa presença.
Evangelho: Lucas (Lc 19, 11-28)
Parábola dos empregados
11
Naquele tempo, Jesus acrescentou uma parábola, porque estava perto de Jerusalém e eles
pensavam que o Reino de Deus ia chegar logo. 12Então Jesus disse: "Um homem nobre partiu
para um pais distante, a fim de ser coroado rei e depois voltar. 13Chamou então dez dos seus
empregados, entregou cem moedas de prata a cada um e disse: 'Procurai negociar até que eu
volte'. 14Seus concidadãos, porém, o odiavam, e enviaram uma embaixada atrás dele,
dizendo: 'Nós não queremos que esse homem reine sobre nós'. 15Mas o homem foi coroado rei
e voltou. Mandou chamar os empregados, aos quais havia dado o dinheiro, a fim de saber
quanto cada um havia lucrado. 16O primeiro chegou e disse: 'Senhor, as cem moedas
renderam dez vezes mais'. 17O homem disse: 'Muito bem, servo bom. Como foste fiel em
coisas pequenas, recebe o governo de dez cidades'. 18O segundo chegou e disse: 'Senhor, as
cem moedas renderam cinco vezes mais'. 19O homem disse também a este: 'Recebe tu
também o governo de cinco cidades'.
20
Chegou o outro empregado e disse: 'Senhor, aqui estão as tuas cem moedas que guardei
num lenço, 21pois eu tinha medo de ti, porque és um homem severo. Recebes o que não deste
e colhes o que não semeaste'. 22O homem disse: 'Servo mau, eu te julgo pela tua própria
boca. Tu sabias que eu sou um homem severo, que recebo o que não dei e colho o que não
semeei. 23Então, por que tu não depositaste meu dinheiro no banco? Ao chegar, eu o retiraria
com juros'. 24Depois disse aos que estavam aí presentes: 'Tirai dele as cem moedas e dai-as
àquele que tem mil'. 25Os presentes disseram: 'Senhor, esse já tem mil moedas!' 26Ele
respondeu: 'Eu vos digo: a todo aquele que já possui, será dado mais ainda; mas àquele que
nada tem, será tirado até mesmo o que tem.
27
E quanto a esses inimigos, que não queriam que eu reinasse sobre eles, trazei-os aqui e
matai-os na minha frente"'. 28Jesus caminhava à frente dos discípulos, subindo para
Jerusalém. Palavra da Salvação!
Leituras paralelas: Mt 25, 14-30; Jo 19, 15-21; Mt 13, 12; Mc 4, 25; Lc 8, 18.
Comentário o Evangelho
Prestação de contas
O discípulo do Reino deve manter viva a consciência de que, um dia, será chamado para
prestar contas ao Senhor. Cada um prestará contas dos dons e talentos recebidos, que
deveriam ter sido postos para frutificar, através da vivência do amor misericordioso, em
relação ao próximo. Ninguém escolhe os dons que recebeu. Eles são fruto da benevolência
divina. É como o nobre da parábola evangélica que escolheu dez de seus empregados e, sem
que estes tivessem pedido ou querido, pôs-lhes nas mãos sua riqueza para que a
multiplicassem, enquanto ele fazia uma longa viagem ao exterior.
O nobre era um indivíduo odiado e rejeitado. É possível imaginar o sentimento de
responsabilidade que se apoderou dos que receberam as moedas de outro para fazê-las
frutificar. Era necessário agir com prudência e rapidez. O tempo urgia.
Todavia, houve um que, imaginando a severidade de seu patrão, ficou bloqueado e não fez o
dinheiro render. Como a ordem era bem clara, não seria possível justificar a atitude de quem
não se preparou para o acerto de contas com o Senhor.
A sorte do discípulo preguiçoso e infiel é fácil de ser deduzida. Não se conquista a salvação de
braços cruzados. Ela supõe empenho fundado num relacionamento de amor com Jesus, cujo
projeto deve ser assumido e levado adiante, com seriedade e criatividade [O EVANGELHO DO
DIA. Jaldemir Vitório. ©Paulinas, 1998]
Oração da Assembleia (Liturgia Diária)
 Senhor, protegei dos perigos vossa Igreja espalhada pelo mundo: Senhor, ouvi-nos e
atendei-nos.
 Congregai na unidade a todos os que praticam a caridade fraterna.
 Fortalecei-nos na tarefa de trabalhar os dons recebidos.
 Consolai os enfermos e os que se dedicam a eles.
 (outras intenções)
Oração sobre as Oferendas:
Concedei, Senhor nosso Deus, que a oferenda colocada sob o vosso olhar nos alcance a graça
de vos servir e a recompensa de uma eternidade feliz. Por Cristo, nosso Senhor.
Antífona da comunhão:
Em verdade eu vos digo: o que pedirdes em oração, crede que o recebereis, e vos será
concedido, diz o Senhor. (Mc 11, 23.24)
Oração Depois da Comunhão:
Tendo recebido em comunhão o Corpo e o Sangue do vosso Filho, concedei, ó Deus, possa
esta Eucaristia que ele mandou celebrar em sua memória fazer-nos crescer em caridade. Por
Cristo, nosso Senhor.
Para Sua Reflexão:
É uma montagem hábil de duas peças: a do pretendente a rei e a do dinheiro a juros. A
primeira se inspira provavelmente em algum fato histórico, quando os romanos depunham e
nomeavam reis locais, embora possa recordar antecedentes bíblicos (1Sm 10,27; 11.12). A
segunda é uma exortação a trabalhar com os dons recebidos. [Bíblia do Peregrino]
Santa Margarida da Escócia
Santa Margarida, a princípio, era costumeiramente olhada com certo olhar de
desentendimento, pois contava ao confessor, o monge Teodorico, muitas passagens místicas
que lhe ocorrera, como um livro que caiu no rio e foi retirado somente após muitas horas sem
se ter deteriorado o mínimo. Mas o milagre real de santa Margarida foi ter se santificado como
esposa do rei Malcom, como mãe e como rainha. Caridosa, alimentava e servia com suas
próprias mãos, mais de cem pobres e diariamente, chegando a lavar-lhes os pés e a beijar-lhe
as úlceras. Vendia suas joias para socorrer os mais necessitados. Os últimos dias de sua vida
foram muito sofridos, pois o esposo e seu filho vieram a falecer durante um assalto ao castelo
de Aluwick. Mesmo diante de tanto sofrimento, exclamou: "Graças Vos dou, Senhor, porque
me concedeis paciência para suportar tantas desgraças juntas".
A fome mais terrível é a falta de amor e a sede mais ardente é a falta de carinho e de respeito. (Frei Anselmo Fracasso)
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