EXPECTATIVAS ECONÔMICAS - 2016 PREFÁCIO Fazer qualquer previsão sobre o cenário econômico é uma tarefa um tanto quanto ingrata, sobretudo no momento atual em que a cada semana surge uma informação nova que vai de encontro a tudo que os analistas disseram na semana anterior. Como dizia Peter Drucker, há apenas duas coisas que sabemos sobre o futuro, uma é que não podemos prevê-lo e a segunda é que ele será diferente de agora e do que esperamos. Por isso, Drucker afirmava que diante das incertezas a melhor maneira de predizer o futuro é criá-lo. Deste modo, após ler estas páginas, não fique aguardando o ano passar para verificar se as expectativas dos analistas se confirmaram. Aproveite as oportunidades e crie, faça valer. As chances de realizar aquilo que você está fazendo são maiores do que as chances de acontecer o que você apenas prevê. ECONOMIA O cenário econômico apresenta grandes incertezas. Com exceção do ano de 2009, quando o país sentiu os impactos da crise internacional do subprime, os analistas nunca tiveram que rever tanto suas expectativas sobre a economia quanto em 2015. No início do ano a esperava-se crescimento econômico de 0,5%, 12 meses depois os analistas encerram o ano prevendo uma retração do PIB de aproximadamente 3,7%. As expectativas para o crescimento econômico em 2016 também foram fortemente revisadas para baixo. No início deste ano acreditava-se no crescimento de 1,8% em 2016, e em dezembro estima-se que o PIB de 2016 deva retrair aproximadamente 2,8%. www.crivah.com.br | O aumento da volatilidade das expectativas aumenta ainda mais a incerteza do investidor em relação à economia, que por sua vez se torna mais reticente na aplicação dos seus recursos, contribuindo para inibir o crescimento econômico. Nos próximos 12 meses as perspectivas dos analistas para 2016 ainda devem sofrer algumas revisões, sobretudo em função das incertezas políticas. A exemplo do ocorrido em 2015, a indefinição do cenário político deverá refletir em um maior pessimismo nas revisões do crescimento econômico em 2016. A eventual saída da presidente da República divide os cenários e resulta em diferentes expectativas dos analistas. Aqueles que arriscam publicar suas considerações apontam para um cenário ainda pior com a manutenção da atual presidente no cargo, projetando a extensão da recessão econômica até 2017. Ainda que, de acordo com o Banco Central, o mercado aponte para uma retomada do crescimento econômico em 2017 com incremento de 1% no PIB. Enquanto que para a Indústria e o setor de Serviços é aguardado retração de 3,76% Av. Andrômeda, 885 22º andar Cj 2217 Alphaville – Barueri - SP CEP 06473 000 | +55 11 4195 1539 EXPECTATIVAS ECONÔMICAS - 2016 e 2,2%, respectivamente, o setor agropecuário deverá impulsionar o crescimento pelo quarto ano consecutivo com incremento esperado de 1,81% em 2016, sobretudo em função do provável aumento da produtividade na safra 2015/2016 e dos preços dos grãos em moeda nacional por conta da desvalorização cambial. INFLAÇÃO Após encerrar o ano de 2015 em 10,7%, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve recuar em 2016 para 6,87%, mantendose acima do teto da meta estabelecida pelo Banco Central que é de 6,5%. Parte do mercado aposta que, para controlar a inflação, o Banco Central deverá elevar a taxa básica de juros (SELIC) para além dos atuais 14,25%, aumentando ainda mais os gastos do Tesouro com a remuneração da dívida. Para manter o equilíbrio das contas públicas, deverá voltar à pauta a redução dos gastos públicos e o aumento dos impostos. DESEMPREGO Os três primeiros trimestres de 2015 apresentaram um aumento da taxa de desemprego de 2,4 pontos percentuais atingindo 8,9%. Proporcionalmente a faixa etária mais atingida foi a população entre 40 e 59 anos que viu a taxa de desemprego aumentar 42% no período. Com a perspectiva de retração da economia para o próximo ano em 2,8% e a tendência de queda do Índice de confiança do Empresário Industrial, observada entre Janeiro de 2010 e Novembro de 2015, a taxa de desemprego deve aumentar ainda mais em 2016. Este relatório se baseia em pesquisa secundária de mercado, em análise de informações financeiras disponibilizadas por terceiros bem como opinião de profissionais do setor. A Crívah Consultoria deixa claro que não verificou de forma independente, qualquer informação fornecida ou à sua disposição e por isso não garante, expressa ou implicitamente, que tais dados sejam corretos ou completos. 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