Os 10 vulcões mais destruidores da história Publicado em 25.10.2011 A ciência melhorou com os anos, sim, e muito, mas ainda assim, não dá para arriscar morar em áreas de atividade vulcânica. Tanto criaturas pré-históricas quanto seres humanos modernos nem sempre tiveram tempo suficiente de alerta para escapar antes de um vulcão explodir, às vezes destruindo praticamente tudo à sua volta. Confira algumas das maiores e mais destrutivas erupções vulcânicas que já ocorreram na Terra: 1 – Planalto de Deccan, Índia Foto aérea da cratera Lonar na Índia, que repousa no interior do Planalto de Deccan, a planície vulcânica de basalto maciço de rocha que sobrou da erupção. Deccan Traps são um conjunto de campos de lava na região do Planalto de Deccan, no que hoje é a Índia. Os campos de lava cobrem uma área de cerca de 1,5 milhões de quilômetros quadrados, e estiveram envolvidos numa série de erupções vulcânicas colossais que ocorreram entre 63 e 67 milhões de anos atrás. O momento das erupções coincide sensivelmente com o desaparecimento dos dinossauros, a extinção em massa do período Cretáceo-Terciário. Evidências vulcânicas para a extinção dos dinossauros formaram-se nos últimos anos, embora muitos cientistas ainda apoiem a ideia de que um impacto de um asteroide foi o que os exterminou. 2 – Parque Nacional de Yellowstone, EUA Vulcão Yellowstone. A história do Parque Nacional de Yellowstone é marcada por muitas erupções enormes, sendo a mais recente ocorrida há cerca de 640.000 anos. Quando este supervulcão gigantesco explodiu, enviou cerca de mil quilômetros cúbicos de material para o ar. As erupções deixaram para trás campos de lava endurecidos e caldeiras, depressões que se formam no chão quando o material abaixo irrompe à superfície. As câmaras de magma do Yellowstone também fornecem ao parque um dos seus símbolos duradouros, geiseres, conforme a água aquecida pelo magma quente flui debaixo da terra. Alguns pesquisadores previram que o supervulcão vai explodir mais uma vez, um evento que iria cobrir até metade do país em cinzas de até 1 metro de profundidade. O vulcão parece entrar em atividade uma vez a cada 600.000 anos, embora seja impossível saber ao certo se ele vai explodir novamente. Recentemente, porém, tremores foram registrados na área de Yellowstone. 3 – Thera, Santorini, Grécia Ilha vulcânica de Santorini, atualmente. Embora a data da erupção do vulcão Thera não seja conhecida com certeza, os geólogos pensam que ele explodiu com a energia de várias centenas de bombas atômicas em uma fração de segundo. Não existem registos escritos da erupção, mas os geólogos acreditam que pode ter sido a mais forte explosão já vista na Terra. A ilha que acolheu o vulcão, Santorini (parte de um arquipélago de ilhas vulcânicas), tinha sido o lar de membros da civilização minóica, embora haja algumas indicações de que os habitantes da ilha do vulcão suspeitavam que ele iria explodir e evacuaram. Mas, apesar dos moradores poderem ter escapado, há motivos para especular que o vulcão perturbou fortemente a cultura, com tsunamis e declínios de temperatura causados pela enorme quantidade de dióxido de enxofre que expeliu na atmosfera e alterou o clima. 4 – Monte Vesúvio, Itália O Monte Vesúvio é um estratovulcão que se encontra a leste de Nápoles, Itália. Estratovulcões são estruturas cónicas altas e íngremes que, periodicamente, explodem e são comumente encontradas onde uma placa tectônica da Terra está submergindo abaixo de outra, produzindo magma ao longo de uma zona particular. A erupção mais famosa do Vesúvio é aquela que enterrou as cidades romanas de Pompeia e Herculano em rocha e poeiras no ano de 1979, matando milhares de pessoas. As cinzas preservaram algumas estruturas da cidade, bem como esqueletos e artefatos que têm ajudado os arqueólogos a entender melhor a cultura romana antiga. O Vesúvio é também considerado por alguns como o vulcão mais perigoso do mundo hoje, com uma erupção massiva que ameaçaria mais de 3 milhões de pessoas que vivem na área. A última erupção do vulcão foi em 1944. 5 – Laki, Islândia Ilha Laki, atualmente. A Islândia tem muitos vulcões que surgiram ao longo da história. Uma explosão notável foi a erupção do vulcão Laki, em 1783. A erupção de 1783 libertou gases vulcânicos que foram levados pela corrente do Golfo para a Europa. Nas ilhas britânicas, muitos morreram de intoxicação por gás. O material vulcânico enviado para o ar também criou pôr dos sóis ardentes, registrados por pintores do século 18. Danos às culturas e perda de gado lançou a fome na Islândia, que resultou na morte de um quinto da população. A erupção vulcânica, como muitas outras, também influenciou o clima do mundo, conforme as partículas que enviou para a atmosfera bloquearam alguns dos raios do sol. 6 – Monte Tambora, Indonésia A enorme caldeira formada pela erupção de Tambora, com 6 quilômetros e 1.100 metros de profundidade. A explosão do Monte Tambora é a maior já registada por seres humanos, qualificada como 7 (ou “super colossal”) no Índice de Explosividade Vulcânica, a segunda colocação mais alta no índice. O vulcão, que ainda está ativo, está localizado na ilha de Sumbawa e é um dos picos mais altos do arquipélago indonésio. A erupção atingiu o seu pico em abril de 1815, quando explodiu tão alto que foi ouvida na ilha de Sumatra, mais de 1.930 quilômetros de distância. O número de mortos da erupção foi estimado em 71.000 pessoas, e nuvens de cinzas pesadas desceram sobre ilhas distantes. 7 – Krakatoa, Indonésia Vulcão Krakatoa em erupção. Os rumores que precederam a erupção final do Krakatoa nas semanas e meses do verão de 1883 finalmente chegaram ao clímax em uma enorme explosão em 26/27 de abril. A erupção explosiva deste vulcão, situado ao longo de um arco de ilhas vulcânicas na zona de subducção da placa indo-australiana, ejetou enormes quantidades de rocha, cinzas e pedrapomes e foi ouvida a milhares de quilômetros de distância. A explosão também criou um tsunami, cuja máxima altura das ondas chegou a 40 metros e matou cerca de 34.000 pessoas. Medidores de maré registraram que mesmo cerca de 11.000 quilômetros de distância na península Arábica houve aumento na altura das ondas. Enquanto a ilha que outrora abrigava Krakatoa foi completamente destruída na erupção, novas erupções em dezembro de 1927 construíram o cone Anak Krakatau (“Filho de Krakatoa”), no centro da cratera produzida pela erupção 1883. 8 – Novarupta, Alasca Cratera do Novarupta coberta com gelo A erupção do Novarupta – um vulcão de uma cadeia de vulcões na península do Alasca, parte do Anel de Fogo do Pacífico – foi a maior explosão vulcânica do século 20. A erupção poderosa enviou 12,5 quilômetros cúbicos de magma e cinzas no ar, que cobriram uma área de 7.800 quilômetros quadrados e mais de um metro de profundidade. A explosão foi tão poderosa que drenou magma sob um outro vulcão, o Monte Katmai, alguns quilômetros a leste, fazendo com que o cume do Katmai entrasse em colapso e formasse uma caldeira. 9 – Monte St. Helens, EUA Erupção do Monte St, Helens O Monte St. Helens, localizado a cerca de 154 quilômetros de Seattle, é um dos vulcões mais ativos dos Estados Unidos. A erupção mais conhecida foi a 18 de maio de 1980, que matou 57 pessoas e causou danos a dezenas de quilômetros ao redor. Ao longo do dia, os ventos dominantes sopraram 520 milhões de toneladas de cinzas para o leste através dos Estados Unidos e causaram a mais completa escuridão em Spokane, Washington, a centenas de quilômetros do vulcão. O vulcão explodiu uma coluna de cinzas e poeira de 24 quilômetros para o ar em apenas 15 minutos; algumas dessas cinzas foram posteriormente depositadas sobre o solo em 11 estados. A erupção foi precedida por uma protuberância de magma na face norte do vulcão, e a erupção fez com que essa face norte inteira deslizasse – o maior deslizamento de terra já registrado na história. Em 2004, o pico voltou à vida e vomitou mais de 100 milhões de metros cúbicos de lava, juntamente com toneladas de rocha e cinzas. 10 – Monte Pinatubo, Filipinas Erupção vulcânica do vulcão Pinatubo. O Pinatubo é outro estratovulcão, localizado numa cadeia de vulcões numa zona de subducção. A erupção cataclísmica de Pinatubo foi uma erupção explosiva clássica. A erupção expulsou mais de 5 quilômetros cúbicos de material no ar e criou uma coluna de cinzas que se levantou por 35 quilômetros. As cinzas acumularam-se fazendo com que telhados desmoronassem com o peso. A explosão também gerou milhões de toneladas de dióxido de enxofre e outras partículas no ar, que se espalharam ao redor do mundo por correntes de ar e fizeram a temperatura global cair cerca de 0,5 graus Celsius ao longo do ano seguinte. Notícia adaptada de: http://hypescience.com/os-10-vulcoes-mais-destruidores-da-historia/