Diversidade e evolução bacteriana Arquivo

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Diversidade e Evolução Bacteriana
Robson Francisco de Souza
Laboratório de Estrutura e Evolução de Proteínas
Departamento de Microbiologia
ICB-USP
BMM0271 – Microbiologia Básica para Odontologia
Obje4vodaAula
•  Introduçãoaosmétodosdeclassificaçãoe
iden4ficação
•  Conceitosdetaxonomiaesistemá4ca
•  Breveintroduçãoàdiversidadebacteriana
ClassificaçãoXIden4ficação
•  Classificação
–  Organizaçãodosorganismosvivosemgrupos
–  Construídaapar4rdaanálisedassemelhançasediferenças
entreosorganismos
–  Buscarefle4rahistóriaevolu4vadosorganismos
•  Iden0ficação
–  Processodedeterminaçãodaespécieougêneroaoqualum
novoisoladoouamostrademicroorganismos
TécnicaslaboratoriaisdeIden0ficação
•  MétodosFenó4picos
• 
• 
• 
Caracterizaçãomorfológica
Métodossorológicos
FAME
•  AnáliseGenoOpica
• 
• 
• 
• 
FISH
Ribo4pagem
HibridizaçãoDNA-DNA
rep-PCR
MétodosfenoOpicos
Namaioriadoscasos,énecessárioscombinarvárias4posdedadosfenoOpicosantes
quesejapossíveliden4ficarumorganimo.
Exemplosdecaracterís0casusadasnaclassificaçãoe/ouiden0ficaçãodemicroorganismos
Morfologiacelular
Forma;ColoraçãodeGram;presença/ausênciadeflagelos;
corposdeinclusão;espores;tamanho
Aparênciadacolônia Pigmentos;hemólise;forma;tamanho
Fermentaçãodecarboidratos Produçãodeàcidosougás
Hidrólisedeaminoácidos Produçãodeamônia
Fisiologia(condiçõesparacul4vo) Temperaturaó4ma;pH;concentraçãodeoxigênio
Produtosdafermentação Bu4rato;lactato;acetato
AnOgeno
An4corposmonoclonaloupoliclonalcontraproteínasou
açucaresdasuper]ciecelular
Lipídeos Menaquinonas,ácidosgraxosdecadeialonga
Perfilenzimá4co Presença/ausênciadeenzimas;mobilidadeeletroforé4ca
Pep4doglicano Composiçãodeaminoácidosnaligaçõescruzadas
Métodos fenotípicos: morfologia
Métodos fenotípicos: arranjo
•  Assimcomoaforma,dadascondiçõesó4masepadronizadasdecul4vo,a
organizaçãoespacialdascélulaséestávelecaracterís4cadecadaespécie
•  Adependêncianascondiçõesdecul4volimitaau4lidadedessacaracterís4ca
MétodosfenoOpicos
•  Sorologia:otestedeaglu4nação
Aaplicaçãodeuman4corpocontraumorganismodesconhecidopermitea
verificaçãodapresençadeanOgenoscaracterís4cosdeumcertogrupode
bactériaspelaobservaçãodeagregadosdecélulas.
+
-
MétodosfenoOpicos
•  EnsaiodeELISA(Enzyme-Linked
ImmunoSorbentAssay)
•  Placacomdiferentesan4corpos
aderidos
•  Incubacomumorganismo
desconhecido(anOgenos)
Testesbioquímicos
•  Iden4ficamasbactériaspresentescombasenoperfildea4vidadeenzimá4ca
•  Exemplo:testedebactériasentéricas(famíliaEnterobacteriaceae)
•  Amudançadecoréumindica4voquehouvereaçãoquímicaeaformaçãode
produtosácidosporexemplo(indicadoresdepH)
Cadaensaiomedeau4lizaçãodesubstratos
ouaformaçãodeprodutosmetabólicosque
indicamapresençadeenzimasespecíficas.
Exemplosdemarcadores:
•  Hidrólisedeaçúcaresacidificaomeio
(pH)
•  Produçãodegases
•  TesteVoges-Proskauer(V-P):produção
deacetoínapelaconversãodeácido
pirúvicoemacetoína
FAME does
have some
drawbacks.
Inofparticular,
FAME analyses
composition
of cross-links;
presence
or absence
cross-link interbridge
profiles of an
organism, like many other phenotypic traits, can vary as a function of temperature, growth phase (exponential versus stationary), and to a lesser extent, growth medium. Thus, for consistent
results, it is necessary to grow the unknown organism on a specific medium
andofatFatty
a specific
temperature
for comparison of its
Classes
Acids
in Bacteria
fatty acid profile with those of organisms from the database that
Class/Example
Structure of example
have been grown in the same way. For many organisms this is
O
impossible, of course, and thus FAME analyses are limited to
I. Saturated:
C (CH2)12 CH3
those tetradecanoic
organisms that
acid can be grown under the specified condiHO
tions. In addition, the extent of variation in FAME profiles among
O
H
strains
of a species, a necessary consideration in Hstudies
to disII. Unsaturated:
(CH2)6 C C (CH2)6 CH3
criminate
between species, is not yet wellC documented.
omega-7-cis
13-methyltetradecanoic acid
ype;
production
of unique
compounds, forbecause
example, fatty
antibiotics
require
rigid
standardization
acid
H CH3
HO
O
H
FAME:Análisedosácidosgraxosnasmembranas
HO
OH
IDENTIFY ORGANISM
Compare pattern of peaks
with patterns in database
Bacterial culture
Peaks from
various
fatty acid
methyl esters
Extract fatty acids
HO
O
CH2
III. Cyclopropane:
C (CH2)7 C C (CH2)5 CH3
cis-7,8-methylene
Figure
16.19 Fatty acid methyl ester (FAME)
analysis
HO
H inHbacterial
hexadecanoic acid
identification. (a) Classes of fatty acids in Bacteria.
Only a single examO
CH3
ple IV.
is given
of each class, but in fact, more than 200 different fatty
acids
Branched:
C (CH2)11 C
13-methyltetradecanoic
acid A methyl ester contains a methyl group
are known
from bacterial sources.
HO
H CH3
(CH3) in place of the proton on the carboxylic acid group (COOH) of the
O
H
fatty acid. (b) Procedure. Each peak from the gas chromatograph is due
V. Hydroxy:
C peak
CH2 height
C (CH
)10 CH3
to one particular fatty acid methyl ester, and the
is 2propor3-hydroxytetradecanoic acid
HO
tional to the amount.
OH
(a)
C CH2 C (CH2)10 CH3
Derivatize to form
methyl esters
Gas chromatography
Amount
hexadecanoic acid
V. Hydroxy:
3-hydroxytetradecanoic acid
(a)
(b)
IDENTIFY ORGANISM
•  FAME:FafyAcidMethylEster(me4l-ésteresdeàcidosgraxos)
Compare pattern of peaks
with patterns in database
•  Amplamenteusadoemlaboratóriosclínicos
Bacterial culture
Peaks from
•  Seunívelderesoluçãopermiteiden4ficarespéciesbacterianas
various
Extract fatty acids
fatty acid
methyl esters
•  Exigeapadronizaçãodosexperimentos,umavezquetemperaturaeoutros
fatoresmodificamoresultado
Gas chromatography
Amount
Derivatize to form
methyl esters
AnáliseGenoOpica
•  Comaintroduçãodastécnicasdebiologiamolecular,váriosmarcadores
gené4cosforamintroduzidos
•  ComaintroduçãodemétodosdesequenciamentodeDNA,aanálise
compara4vadesequênciaspassouaserusadanataxonomiaeclassificação
demicrorganismos
•  ExemplosdemétodosgenoOpicos:
MétodosgenoOpicos
HibridizaçãoDNA-DNA
HibridizaçãoDNA-DNA
1.  Marcado
2.  Digerido (frag. pequenos)
3.  Aquecido
4.  Misturado
5.  Resfriado
6.  DNA dupla fita não
hibridizado é separado
7.  Mede a radioatividade e
compara com um controle
(100%)
Diferenciação entre espécies
P32 ou H3
Para evitar o
anelamento do DNA
marcado
AssinaturasnassequênciasderRNAsãousadaspara
aIden4ficaçãoeClassificação
•  Algumassequênciassãoespecíficaseoutrassãoausentesemumdomínio
Localização
ARCHAEA
BACTERIA
EUKARYA
CACYYG
315
0
>95
0
AAACUCAAA
910
3
100
0
AAACUUAAAG
910
100
0
100
YUYAAUUG
960
100
<1
100
CAACCYYCR
1110
0
>95
0
UCCCUG
1380
>95
0
100
UACACACCG
1400
0
>99
100
CACACACCG
1400
100
0
0
FISH–FluorescentinsituHybridiza4on
•  Sondaéligadaaumcorantefluorescente
•  Aplicardiretamenteemcélulasemculturaounoambientenatural
•  Usadaemdiagnós4coclínicodepacientes(iden4ficaçãodopatógeno)
Fotografia de Contraste de fase
Sonda eucariótica
Coradas com sonda
universal do SSU rRNA
MétodosgenoOpicos:ribo4pagem
•  ObterDNAgenômico
•  Digerí-locomenzimasderestrição
•  HibridizarcomumasondamarcadaderRNA(16SdarRNA)
•  Opadrãodasbandas(ribo4po)formaaassinaturadecadaorganismo
•  Métodorápidoequepermitesepararespécies
Iden4ficaçãopeloperfildasBandas
rep-PCR(repe$$veextragenicpalindromicPCR)
• 
Avalia a presença de variações na sequência de
marcadores
• 
Baseia-seemfragmentosaltamenteconservadose
repe44vosaolongodogenoma
• 
PCRcomumpardeprimersespecíficoseverificao
padrãodebandas
• 
Podediferenciarlinhagens
5 linhagens diferentes
Digitais do Microorganismo
Conceito de espécie para procariotos
Quando a hibridização de DNA resulta em valores menores de 70%, esse
método começa a dar resultados incompatíveis com a análise filogenética do
gene 16S. Acima desse valor, o gene 16S tem sempre mais de 97% de identidade
Como as duas técnicas são os métodos genotípcos de referência para
classificação de novas espécies, convencionou-se utilizar esse limite como
padrão na definição de espécies
Contraditória
Mesma espécie
Espécies diferentes
Classificaçãodeprocariotos
ClassificaçãoeNomenclatura
•  Nomenclatura
–  Segue regras específicas
–  Código Internacional de Nomenclatura de bactérias
(contem as regras)
–  “Manual de Bergey” - contem informações de todos os
organismos classificados
–  “Os procariotos” – fornece informações detalhadas sobre
cultivo, isolamento, tem mais de 4100 páginas
Regradenomenclatura
•  Todososnomesdeespéciesbiológicasseguemomesmopadrão:gênero
seguidodaespécie(comformatoitálico).
•  AprimeiraletradogênerodeveserMaiúsculaeasdemaisemminúsculo.
Níveishierarquicosnaclassificaçãodemicroorganismos
Domínio
Bacteria
Filo
Firmicutes
Classe
Bacilli
Ordem
Lactobacillales
Famílis
Streptococcaceae
Gênero
Streptococcus
Espécie
Streptococcusmutans
Sero4po*
Streptococcusmutansserotypec
Linhagem*
StreptococcusmutansNCTC10449**
*Theseranksarenotformallyrecognisedintaxonomy,butareofgreatprac4calimportance.
**NCTC=Na4onalCollec4onofTypeCultures.
BancosdeDadosdeOrganismos
BancosdeDadosTaxônomicos
Nome
EndereçoWWW
Comentário
NCBITaxonomy hfps://www.ncbi.nlm.nih.gov/taxonomy
OpenTreeofLife
hfps://tree.opentreeoflife.org/
Projetocolabora4voqueincluia
versãomaismodernadataxonomia
universal
Filogenia,Taxonomia&Sistemá0ca
•  Filogenia=ÁrvoreFilogené0ca
–  Representaarelaçãoevolu4vaentreosorganismos
•  Taxonomia
–  Caracteriza,nomeiaeposicionaosorganismosemgrupos
–  Atualmenteépolifásico:fenó4po+genó4po+filogené4co
•  Sistemá0caMicrobiana
–  Estudodasrelaçõesentremicroorganismos
–  Filogené4caéoramodasistemá4caqueestudacomoinferir
árvoresfilogené4cas
ÁrvoreFilogené4ca
Ramos – linhagens individuais
Nóancestral
Ocomprimentodoramoéproporcional
aonúmerodesubs4tuiçõesacumuladas
DistânciaEvolu4va
AnáliseEvolu4va–ÁrvoreFilogené4ca
•  SubunidademenordoRNAribossômal(SSUrRNA)
–  16S(árqueasebactérias)e18S(eucariotos)
–  DistribuídosUniversalmente
–  Funçãoconstanteentreosorganismosvivos
–  Evoluemlentamente=>altamenteconservados
–  Tamanhoadequadoparaanáliseevolu4va
AnáliseEvolu4va–árvoreFilogené4ca
•  Alémdo16S,mesmodepoisdebilhõesdeanosdeevolução,
outrosgenescomunsaostrêsdomíniosaindapodemser
iden4ficadoseusadosemfilogenias
•  Exemplos
–  FatorTUdeelongaçãodasínteseproteíca
–  Hsp60–choquetérmico
–  tRNAsintetases(vários)
•  Quandoanalisandolinhagensmaispróximas,outrosgenes
podemcontermaisinformaçãosobreahistóriadosorganismos
Linhagensoucepas:mesmaespécie
FilogeniaMicrobiana
CombasenafilogeniadoRNA16S,Woeseestabeleceuqueexistemtrês4posde
organismoscelulares:Bacteria,ArchaeaeEukarya
Domínios
Protistas
Eucariotos unicelulares
Anovavisãoda
árvoredavida:
doisdomínios
•  Eucariotosdescendemde
umsubgrupodearqueas
•  Gruposcompletamente
novosdebactériassão
iden4ficadosemamostras
ambientais
•  Paraamaioriadosnovosgrupos,não
sãoconhecidosmétodosparamanter
culturaspurasemlaboratório
Hug,L.A.etal.(2016)Anewviewofthetreeoflife.Nat.Microbiol.,1,16048
Anovavisãodaárvoredavida
Hug,L.A.etal.(2016)Anewviewofthetreeoflife.Nat.Microbiol.,1,16048
FilogeniadasBacterias
Àdireita:árvoredemáxima
verissimilhançaconstruídaa
par4rdoalinhamento
concatenadode31proteínas
codificadasporgenes
housekeeping
Firmicutes
Proteobacteria
hfp://itol.embl.de
hfp://tolweb.org/tree/
Wu,M.andEisen,J.A.(2008)A
simple,fast,andaccuratemethod
ofphylogenomicinference.
GenomeBiology,9,R151.
PrincipaisgruposdeBacterias&Metabolismo
Fototróficos
Quimiorganotróficos
Reproduçãopor
brotamento
Termo]licas
Fototróficosoxigênicos
Maioria
Quimiorganotróficos
Filomaisan4go
• Hipertermófilo
• Quimiolitrotrofico
• OxidamH2
• 
• 
• 
• 
Maioremaisdiversometabolicamente
AmplavariedadedeFormas
Importânciamédica,agrícolaeindustrial
TodasGram-nega4vas
Protobactérias
•  Éomaiorgrupodebactérias
descritas
•  Fantás4cadiversidade
metabólica
•  Ancestraldasproteobateriasera
provavelmentefotoautotrófico
•  Algunsgruposperderama
capacidadedefazerfotossíntese
Referências
•  Tortoraetal.Microbiologia11ªedição(2013).
•  Capítulo10:ClassificaçãodeMicroorganismos
•  Capítulo11:Osprocariotos:domíniosBacteriaeArquea
•  MicrobiologiadeBrock13aedição(2012)
–  Unidade6:EvoluçãomicrobianaeSistemá4ca
•  MarsheMar4nMicrobiologiaOral5ªedição(2009)
•  Capítulo3:Amicrofloraoralresidente
38
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