THEATRUM ORBIS TERRARUM (TEATRO DO MUNDO) Autor: Newton Monteiro de Campos Junior – aluno de graduação (#5403523) no bacharelado de Geografia na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo. E-mail: [email protected]. RESUMO O objetivo deste trabalho é o de apresentar a evolução do pensamento geográfico a respeito da mega-geomorfologia e morfotectônica. Ante as dúvidas suscitadas e as observações colecionadas ao longo dos estudos, também estamos propondo uma nova conceituação sobre a disposição atual dos continentes e oceanos na crosta terrestre, como uma alternativa à teoria de Tectônica de Placas para a origem dos continentes. PALAVRAS-CHAVE: Crosta, Morfotectônica, Lua, Terra. ABSTRACT The objective of this study is to present the evolution of the geographic thought about the mega-geomorfology and morphotectonics. Under doubts and observations colected during the studies, we are proposing a new possibility for the current position of the continents and oceans over the earth crust, as an alternative to the Plate Tectonics theory. KEY-WORDS: Crust, Morfotectonics, Moon, Earth. INTRODUÇÃO Nossa investigação partiu da seguinte dúvida: se Harold Jeffreys (1891-1989) havia comprovado, em 1924, a inviabilidade da teoria da origem dos continentes de Alfred Wegener (1880-1930), suas comprovações também deveriam inviabilizar a teoria da tectônica de placas. Partiu também do incentivo de Alfred Wegener: “A ciência é um processo social. Decorre numa escala temporal mais longa do que a vida humana. Caso eu morra, alguém ocupará o meu lugar. Se tu morreres, alguém ocupará o teu. O que realmente é importante é que alguém faça o trabalho.” Os processos morfogenéticos modelam a topografia terrestre num sistema aberto, ou seja, mantendo constante troca de energia e matéria com o meio – universo – no qual este sistema se insere. 1 Realizado de 25 a 31 de julho de 2010. Porto Alegre - RS, 2010. ISBN 978-85-99907-02-3 1 No campo geomorfológico também interferem regularmente as forças dinâmicas da Terra, em especial os eventos relacionados às forças gravitacionais endógenas e exógenas. O problema aqui abordado é certamente multidisciplinar. Pode ser classificado como um problema formal, físico, astronômico, geodésico, geológico, paleontológico; mas este também é um problema paleoclimático, geomorfológico, histórico e geográfico, por tratar da evolução do pensamento sobre o palco onde se desenvolve a história da humanidade, do lugar onde pisa, pensa e vive o Homo sapiens sapiens. Por sua característica de multidisciplinaridade, por dispor-se no relacionamento entre sociedade e natureza, por considerar eventos geomorfológicos em uma determinada escala espacial (globo) e temporal (geológica), a academia científica geográfica mostra-se bem qualificada para sediar e ordenar tais debates. Afinal, geologia, geoquímica, geofísica, estratigrafia, tectônica, gaia, tempo e espaço, são indissociáveis da geografia. As novas proposições teóricas, abrindo outras perspectivas, permitem rearranjos dos fatos conhecidos e estruturações inéditas; elas fazem com que muitos elementos antes ignorados passem a ser levados em consideração. [...] A Geomorfologia é uma ciência plena de aplicações, que visa tornar as paisagens mais benéficas para a humanidade; a fim de cumprir essa missão, há que desenvolver cada vez mais o conhecimento teórico. (Christofoletti, 2007:176). O conhecimento é um bem social – um dos maiores. Este trabalho se propõe a contribuir para o crescimento da sociedade, através da busca de novos conceitos científicos. De acordo com Charles Sanders Peirce (1839-1914), profissional de geodésia, fundador do pragmatismo e da semiótica, existem duas maneiras de nos afastarmos da verdade: uma é julgá-la impossível; outra é julgar que já a conhecemos. A teoria da geotectônica é para as geociências, tanto quanto o que as teorias da relatividade e da gravitação universal são para física, tanto quanto o que a teoria da origem das espécies é para as biociências. Ela surge com os primeiros mapas das costas atlânticas de África e América do Sul. Em 1620, Francis Bacon apontou o perfeito encaixe entre estas duas costas e deixou registrada a hipótese de que estes continentes estiveram unidos (Teixeira et al., 2003:98). O cartógrafo alemão Abraham Ortelius (1527-1598), colega do projetista Gerardus Mercator (1512-1594), com mais propriedade nos registros cartográficos do que no registro literário de Bacon, já havia feito tais observações em 2 Realizado de 25 a 31 de julho de 2010. Porto Alegre - RS, 2010. ISBN 978-85-99907-02-3 2 1596, na publicação de seu atlas Thesaurus geographicus, sucedâneo de seu Theatrum Orbis Terrarum – Teatro do Mundo. MATERIAL E MÉTODOS Um filho do evolucionista Charles Robert Darwin (1809-1882), o brilhante astrônomo George Howard Darwin (1845-1912), argumentou em carta ao sismólogo Sir Harold Jeffreys (1891-1989): “It seems, moreover, hardly reasonable to suppose that the materials of the earth possess much mechanical similarity with glass” (Jeffreys, 1979). O modelo vítreo para o planeta já era considerado nas Acta Eruditorum (Leibniz, 1997:prefácio), publicadas em 1693 pelo matemático, químico e filósofo Gottfried Leibniz (1646-1716). Sendo o silício a base da Terra, a crosta seria “um gênero de vitrificação do que fora outrora um corpo luminoso, recoberto por manchas depois do incêndio”. Ainda de acordo com Leibniz, depois de ter-se elevado aos altos picos, pelo dilúvio e inundações locais, “o mar retornou ao abismo do interior da Terra por fraturas e hiantes aberturas; e que assim uma grande parte da superfície terrestre de novo transformou-se em terra enxuta”. No mesmo artigo, prossegue Leibniz: “muitas das obras subterrâneas da natureza, que se assemelham aos produtos dos laboratórios químicos, devem ser atribuídas às fusões, sublimações, soluções e precipitações de origem vulcânica. Os sedimentos das águas podem ser reconhecidos por seus estratos distintos, imiscuídos com objetos terrestres ou marinhos; ou apresentam o aspecto de corpos endurecidos pela cristalização” (Leibniz, 1997:prefácio). Em Protogaea, publicado postumamente em 1749: “Ora, toda a escória resultante da fusão é do gênero vítreo; e a crosta que recobria a matéria em fusão do globo e que endureceu depois da fusão deve ter-se tornado semelhante a uma escória, como sucede com metais na fornalha” (Leibniz, 1997:29). Para a origem das águas superficiais, Leibniz explica que resultaram da condensação de vapores expulsos quando o globo era ainda incandescente. As inundações nos fazem entender a diferenciação entre rochas ígneas e sedimentares: “uma pelo resfriamento posterior à fusão ígnea; outra pela recondensação daquilo que estava dissolvido nas águas (Leibniz, 1997:41). O cubano Fernando Valdés Aguirre (1837-1871), professor substituto de geografia e história da Universidade de Havana, na publicação La Floresta Cubana de 1856, escreveu o artigo Los dos continentes estarían unidos por África y América (Wegener, 2009:14). Numa viagem à Paris conheceu a publicação La Création et ses mystères dévoilés (A criação e seus mistérios desvendados, 1858) de Antonio Snider-Pellegrini, considerado por alguns autores como um 3 Realizado de 25 a 31 de julho de 2010. Porto Alegre - RS, 2010. ISBN 978-85-99907-02-3 3 predecessor de Wegener (Pelayo, 1995). Para ambos, Valdés Aguirre e Snider-Pellegrini, a ilha de Cuba era produto da fragmentação dos continentes. O trabalho do ítalo-americano Snider-Pellegrini parecia querer justificar o genocídio dos índios americanos, raça impura, não descendentes de Noé, já que, segundo a Bíblia, a separação dos continentes e o dilúvio teriam acontecido apenas no 6º dia da criação divina, e afetado apenas a zona a leste da América (Borges, 1992). Por mais que o trabalho de antecessores, naturalistas como Alexander von Humboldt (1769-1859), Ramón de La Sagra (1798-1871), e Felipe Poey (1799-1891), tenham referenciado a união entre Cuba e o continente norte-americano, Pelayo (1995) menciona que as observações paleontológicas mais completas foram feitas pelo espanhol Manuel Fernández de Castro (1825-1895), inspetor de minas em Cuba. De uma maneira geral, os geomorfólogos se interessam mais pelo processo do que pela forma. Grove Karl Gilbert (1843-1918) considerava que as montanhas deveriam ser a preocupação central da geologia; e cunhou o termo orogenia. Em publicação de 1890 – História do Lago Bonneville – ele assinala um rebote elástico produzido depois da evaporação da maioria dos lagos. Os geólogos demandavam os continentes na busca dos geossinclinais, que, no entender do americano James Dwight Dana (1813-1895), seriam as estruturas de que resultariam as montanhas. Dana percorreu as ilhas do Pacífico por 6 anos, observando processos vulcânicos (Kraft, 1993:114-115), dez anos após a viagem do Beagle (Darwin, 1996). Willian Morris Davis (1850-1934), propondo o ciclo geográfico, e Lester Charles King (1907-), propondo o diatrofismo rápido seguido de um amplo período de calma tectônica, vinculam o desenvolvimento do relevo a um determinado tipo de clima, enquanto o modelo de Walther Penck (1888-1923) dá mais importância aos aspectos tectônicos – lento levantamento inicial, seguido por um levantamento acelerado (Elorza, 2001:13-15). No que tange ao tempo geológico da Terra, o arcebispo irlandês James Ussher (1581-1656), baseado na Bíblia, calculou que a Terra tinha sido criada às 9 horas da manhã do dia 26 de Outubro de 4004 a.C. (Borges, 1992). A precisão desta data e a erudição que o cálculo pressupõe, conferiam-lhe uma respeitabilidade que nenhum cientista ousou desafiar. Apenas no século seguinte, o naturalista francês George Louis Leclerc, conde de Buffon (1701-1788), partindo da hipótese de uma Terra inicial em estado de fusão e calculando o tempo do seu arrefecimento, inferiu uma idade de 75 milênios, valor muito superior ao limite imposto pela Bíblia. Em 1785, o médico e fazendeiro escocês James Hutton 4 Realizado de 25 a 31 de julho de 2010. Porto Alegre - RS, 2010. ISBN 978-85-99907-02-3 4 (1726-1797) avançou a ideia de imensidade do tempo geológico: “não se pode estimar a duração do que atualmente se vê, nem calcular o tempo em que começou; portanto, relativamente à observação humana, este mundo não teve princípio nem fim” (Borges, 1992). Hutton concluiu sobre a necessidade de um tempo imenso para a gênese das formações geológicas, aplicando princípios atualistas, segundo os quais os fenômenos do passado podem ser interpretados à luz dos fenômenos atualmente observáveis. Ou seja, o presente é a chave do passado. Charles Darwin, ousou sugerir, em 1859, que a erosão causada pelo rio Weald teria perdurado 300 milhões de anos – valor revisto a metade, e a um terço posteriormente. Ele teve, acima de tudo, o mérito de desencadear outras tentativas de cálculo da idade da crosta, recorrendo a critérios estritamente geológicos. Considerando os volumes de massas sedimentares, velocidades de sedimentação e conteúdos fósseis, foi possível determinar a idade relativa das formações e avaliar a sua antiguidade, obtendo-se a primeira noção de tempo geológico: o tempo estratigráfico (Borges, 1992). A escala estratigráfica foi delineada a partir dos finais do século XVIII. Os tempos estão dispostos numa escala convencional e hierarquizada, como: Cenozóico, Mesozóico (Triássico, Jurássico, Cretáceo), Paleozóico etc. As bases da coluna estratigráfica foram estabelecidas na primeira metade do século XIX, alicerçadas nas grandes discordâncias observáveis na Europa ocidental, as quais, de fato, não possuem uma expressão universal (Borges, 1992). O físico William Thomson, Lord Kelvin (1824-1907), criador da termodinâmica, estimou a idade do Sol em 100 milhões de anos, baseado na análise da dissipação do calor, em 1862. A seguir calculou idades para a Terra que foram sucessivamente decrescendo desde a idade do Sol, até a estimativa de 24 milhões de anos, em 1897 (Borges, 1992). Em 1899, o geólogo americano Thomas Chamberlin (1843-1928), concordando com teorias laplacianas, escreveu que, embora inicialmente a Terra estivesse em estado de fusão, não devia ser excluída a possibilidade de outras fontes de calor, que não a gravitacional, primitiva. Suas palavras viriam a revelar-se proféticas, quando, em 1903, o casal Maria Skodowska Curie (1867-1934) e Pierre Curie (1859-1906) descobriu que os sais de rádio emitem calor. No ano seguinte, falando perante Kelvin, Ernest Rutherford (1871-1937) rebateu os cálculos daquele físico, ao afirmar que a Terra não poderia ser considerada como um corpo que foi, progressiva e passivamente arrefecendo, pois contém elementos radioativos, fornecedores de calor. Ainda em 1904, Rutherford sugeriu que, sendo o hélio um dos produtos da desintegração espontânea do urânio, a determinação do hélio aprisionado nos minerais de urânio proporcionaria um método de determinar idades geológicas 5 Realizado de 25 a 31 de julho de 2010. Porto Alegre - RS, 2010. ISBN 978-85-99907-02-3 5 absolutas (Borges, 1992). Em 1905, o químico norte-americano Bertram Borden Boltwood (1870-1927) concluiu que, além do hélio, o chumbo era um produto final estável da desintegração do urânio (Eicher, 1976:16-18) Foi a partir de 1908, com o professor John William Strutt (1842-1919) e, depois, com o seu discípulo, Arthur Holmes (1890-1965) que à escala estratigráfica foi sendo sobreposta uma escala de idades absolutas (Borges, 1992). Holmes reuniu todos os dados disponíveis sobre as idades radiométricas, verificou as observações de Boltwood sobre o chumbo como produto final estável da desintegração do urânio, considerou o problema de contaminação na amostra, apresentou evidências de que as taxas de desintegração são as mesmas em quaisquer circunstâncias, salientou o potencial do método radiométrico ao desvendar a história pré-cambriana, estabeleceu, enfim, muitos dos princípios que orientariam os trabalhos radiométricos das décadas seguintes (Eicher, 1976:16-18). Em 1913, Arthur Holmes publica The Age of the Earth, estimada por ele em 1,6 bilhões de anos. Tal valor foi sendo revisto a maior até que, em 1944, no livro Principles of Physical Geology sua estimativa atingiu 4,5 bilhões de anos, com margem de erro de 2% (Borges, 1992), baseada na medição da abundância relativa de isótopos de urânio por Alfred Otto Carl Nier (1911-1994), físico americano, pioneiro na espectrometria de massa. Alfred Lothar Wegener (1880-1930) foi um brilhante meteorologista berlinense, filho de pai evangélico doutor em teologia. Em 1906, trabalhando no Observatório Aeronáutico de Lindenberg, junto com seu irmão Kurt, sagrou-se recordista mundial com as 52 horas ininterruptas de voo global. Seu livro Termodinâmica e Atmosfera, de 1911, o consagrou como meteorologista, mas foi em 1912 que ele começou a difundir suas idéias sobre os deslocamentos continentais (Wegener, 2009:Introdução). Wegener falava de níveis preferenciais na crosta terrestre, e que deviam ter existido dois níveis originais inalterados: falar de oceanos e continentes era referir-se a duas capas distintas da crosta terrestre. O globo terrestre, sob forças de período curto, como as ondas sísmicas, se comportava como um corpo sólido elástico. Mas sob as forças que se aplicavam ao longo de períodos geológicos, se comportava como um fluido – o achatamento do globo seria resultado do movimento de rotação. As evidências discutidas por Wegener incluiam as coincidências geológicas entre as costas atlânticas do Brasil e da África. Quanto às evidências paleontológicas e biológicas, a distribuição da flora Glossopteris e dos répteis Mesosaurus, entre outros exemplos, indicavam a existência pretérita de uma grande extensão de terra firme que unia os continentes meridionais (Wegener, 2009:Introdução). 6 Realizado de 25 a 31 de julho de 2010. Porto Alegre - RS, 2010. ISBN 978-85-99907-02-3 6 Wegener referenciava diversos autores, que sugeriam a existência de “pontes” entre os continentes. Também usou evidências paleoclimáticas, mostrando que a maioria das regiões da Terra tiveram no passado geológico um clima distinto do atual. Um exemplo seriam as ilhas Spitzberg, que possuem agora um clima polar, mas que no Terciário inferior tiveram mais bosques que atualmente na Europa central. A própria Europa teria passado de um jurássico clima tropical ao holocênico temperado (Wegener, 2009:Introdução). Ante suas teorias apresentadas num simpósio de geólogos em Nova Iorque, a maioria dos assistentes se mostrou crítica quanto às suas metodologias, mais apropriadas a um advogado do que a um cientista. Além disso, os mecanismos para explicar a deriva dos continentes eram muito débeis: possíveis forças das marés e fuga desde os pólos terrestres (Wegener, 2009:Introdução). Na primeira edição de seu livro Earth, Its origin..., de 1924, o sismólogo inglês Harold Jeffreys (1891-1989) apresentou provas sismológicas, consideradas irrefutáveis, de que a deriva continental era inviável (Jeffreys, 1976). Em 1928, Arthur Holmes (1890-1965), grande adepto das idéias de Wegener, especulou que as duas metades do continente original eram arrastadas por correntes de convecção provenientes da dissipação de calor radioativo, resultando na formação de montanhas na borda em que as correntes retornavam ao interior do planeta e formação de assoalho oceânico onde as correntes ascendem (Siever, 2003:26). A exploração do assoalho oceânico por americanos e ingleses foi iniciada durante a 2ª guerra mundial, em 1944, buscando detectar o campo magnético emanado pelas couraças de aço dos submarinos alemães (Siever, 2003:23-49). Inicialmente os levantamentos foram centrados no Atlântico porque os alemães tinham muitos submarinos afundando navios mercantes americanos. Por volta de 1960 os geólogos descobriram que o registro preciso do comportamento peculiar de armazenamento da magnetização remanescente do resfriamento podia ser obtido a partir de derrames de lava vulcânica (Siever, 2003:23-49). Entre cada 1 e 40 milhões de anos, os pólos magnéticos terrestres se invertem. As rochas magmáticas plutônicas (assoalho oceânico rico em óxido de ferro) armazenam a direção do campo magnético da Terra ao se resfriarem (a cerca de 580º C). Ao serem encontradas faixas de magnetização invertidas equidistantes de uma cadeia meso-atlântica – chamado padrão zebrado de magnetismo do assoalho oceânico –, este foi considerado como sendo um padrão mundial (Siever, 2003:23-49). 7 Realizado de 25 a 31 de julho de 2010. Porto Alegre - RS, 2010. ISBN 978-85-99907-02-3 7 Ainda por volta de 1960 estabeleceu-se o Deep Sea Drilling Project que constituiu um verdadeiro marco na oceanografia moderna. Este projeto, coordenado por instituições norte-americanas, mas do qual participaram institutos de pesquisas de diferentes países, estendeu-se de 1968 a 1983. A partir de 1983 ele passou a chamar Ocean Drilling Program, denominação sob a qual continua suas atividades até os dias de hoje. O primeiro navio utilizado neste projeto, o Glomar Challenger, era dotado de um sofisticado sistema de coleta, orientado por meio de satélites, que permitia a perfuração com alta precisão de pontos específicos do fundo oceânico, abrangendo intervalos terciários e, inclusive, cretáceos. Este navio foi substituído pelo Joides Resolution que está atualmente em operação realizando este mesmo tipo de trabalho (Bergue, 2006:54-66). Em 1962, com base nos levantamentos do assoalho oceânico, Robert Sinclair Dietz (1914-1995) apresentou um trabalho denominado Geopoetry. Harry Hammond Hess (1906-1969) havia proposto algo similar na mesma época. Eles propunham que a crosta separa-se ao longo de vales tectônicos extensionais, e que haveria ascensão de material magmático nessas fraturas, resultando em dorsais oceânicas e novos assoalhos oceânicos, num processo contínuo de formação de placas (Siever, 2003:23-49). Eles consideraram que as observações de Wegener aliadas à geografia e à magnetização das placas que cobrem o planeta eram indiscutíveis. Daí, imaginaram e desenvolveram a teoria da tectônica de placas, apresentada em 1968. Concluíram que o assoalho oceânico era magneticamente zebrado em virtude de ter sua gênese nas cadeias mesoceânicas, criadas pelas falhas mesoceânicas; e esta era a origem da principal força que movimentava os continentes. RESULTADOS A evolução dos conhecimentos resultou num apoio financeiro para o mapeamento oceânico de todo o planeta, no projeto Glomar Challenger, em 1969. Além do padrão magnético zebrado e do mapeamento das montanhas e cordilheiras oceânicas, foi constatado que, enquanto as placas continentais tinham mais de 4 bilhões de anos, os fundos oceânicos mais antigos tinham menos de 200 milhões de anos. As argumentações de Hess e Dietz não se sustentaram por muito tempo, mas duraram o suficiente para as pretensões de quem as apoiava: o governo dos Estados Unidos da América. Pelo volume de recursos aplicados, diríamos que “a geomorfologia serve, acima de tudo, para fazer a guerra”. Afinal, uma vez que, durante a guerra fria, a URSS tinha condições e pretensões de produzir submarinos transportadores de ogivas nucleares, o projeto de mapeamento dos fundos oceânicos em 8 Realizado de 25 a 31 de julho de 2010. Porto Alegre - RS, 2010. ISBN 978-85-99907-02-3 8 todo o planeta – e localização de submarinos nucleares – passava a ser questão de segurança nacional (McPhee, 2000:127-130). Para sustentar a movimentação das placas, foi necessário encontrar outro motor para o sistema, já que não era razoável continuar supondo que apenas o peso das cadeias mesoceânicas fosse suficiente para empurrar lateralmente as placas oceânicas, enquanto essas empurravam as placas continentais. Era uma argumentação que não resistia à física Newtoniana primária. A opinião da geóloga Anita Harris sobre a tectônica de placas: “not everybody believes in it” (McPhee, 2000:148). E ainda: “The plate-tectonics people have certain set patterns that they expect to see. They kind of lock themselves in. If something doesn’t fit in the theory , they’ll find some sort of reason. They’ll say that something is missing, or that it was subducted, or that it has not yet been found in the subsurface. They make things fit” (McPhee, 2000:219). Sugeriu-se e assumiu-se que as placas eram movimentadas por correntes de convecção do magma pastoso. Isto criou um outro problema, que era o deste processo ampliar continuamente a superfície planetária. O planeta estaria em crescimento. Aliado ao fato de as placas oceânicas nunca terem mais de 200 milhões de anos, sugeriu-se que as placas passassem por processo de subducção, sendo deglutidas pelo manto terrestre, num movimento contínuo de gênese e reciclagem. Nos locais de subducção, além da reciclagem da crosta oceânica, o continente estaria sendo soerguido, dando origem às cordilheiras (Siever, 2003:23-49). Coincidentemente, as cordilheiras possuiriam a mesma idade das placas oceânicas mais antigas. Nas palavras de Jurandyr Ross (2008:35), as cadeias orogênicas são os terrenos mais elevados da superfície terrestre: Andes, Rochosas, Pirineus, Alpes, Cárpatos, Cáucaso, Himalaia e Atlas, também são os terrenos mais recentes, com idades regulando com as dos fundos oceânicos. DISCUSSÃO Desde a década de 1970, as perfurações profundas de fundo oceânico profundo mostravam uma incongruência quanto à magnetização remanescente: algumas centenas de metros abaixo da superfície, a magnetização se invertia (Ozima, 1991:119-121). Nos primeiros furos, considerou-se que era uma situação aleatória, mas hoje mostram-se consistentes. As perfurações também mostravam variações na granulometria do fundo oceânico, não compatíveis com a proposição de gênese sistemática junto às cadeias mesoceânicas. A justificativa do padrão zebrado parece não resistir abaixo da superfície das placas oceânicas. 9 Realizado de 25 a 31 de julho de 2010. Porto Alegre - RS, 2010. ISBN 978-85-99907-02-3 9 A central problem in understanding the Earth system is the relationship between mantle convection and near-surface structure, geophysics and geochemistry. Unexplained anomalies of the plate tectonics model are the postulated mechanism of generating the axial rift valley by upward movement of marginal fault blocks, contrary to observations in the Icelandic rift, and the mechanism by which a postulated broad upwelling plume can yield the required narrow zone of axial volcanism (Keith, 2001). Um outro ponto que observamos diz respeito à existência das estruturas kimberlíticas sob os continentes africano e sul-americano. Elas precisam estar sendo movimentadas pelas correntes de convecção, na mesma velocidade que as crostas sobre elas, ou estariam hoje no meio do oceano Atlântico. Assim é com as plumas mantélicas. As correntes de convecção movimentam as placas, mas poupam as plumas: estas precisariam ser estacionárias. Em conclusão, quatro das ilhas e arquipélagos oceânicos brasileiros tiveram origem idêntica. Constituem a parte emersa da terminação oriental de duas extensas cadeias vulcânicas de orientação geral leste-oeste hoje arrasadas pela erosão e submersas. Surgiram essas cadeias em zonas de fratura reativadas no Eoceno Médio, que se estendem à margem continental, através das quais se realizou extravasamento de magma proveniente de hotspots fixos no manto superior durante a deriva da placa litosférica para oeste causada pelo espalhamento da crosta oceânica (Almeida, 2006). As correntes de convecção precisariam ser seletivas, para poupar kimberlitos e plumas mantélicas. A inversão sistemática de magnetização remanescente obtidas no Ocean Drilling Program, bem como a granulometria do basalto das placas oceânicas – mais grossa na proximidade das cadeias meso-oceânicas e mais fina junto aos continentes, onde resfriou-se mais rápido – sugerem que não se trata de padrão zebrado de gênese, como proposto por Hess e Dietz, mas de um padrão de resfriamento. Afinal, a magnetização remanescente é adquirida a uma determinada temperatura (580ºC), e não a partir de um determinado tempo de gênese. (Ver ilustração 1). Nosso entendimento é que este magma teve sua gênese – a exposição à atmosfera – a um só tempo. O resfriamento é que foi ocorrendo paulatinamente, com a aquisição da magnetização ao longo deste tempo de resfriamento. 10 Realizado de 25 a 31 de julho de 2010. Porto Alegre - RS, 2010. ISBN 978-85-99907-02-3 10 Ilustração 1 - Padrão zebrado de resfriamento Esta exposição extensa de magma nos leva a crer que o posicionamento dos continentes não ocorreu paulatinamente, mas catasfroficamente. Um ou mais eventos que implicariam em significativa extinção em massa. “Unlike other mass extinction where the number of physical events is relatively few and causality is easy to estabilish, so many things ocurred during the Permo-Triassic interval that establishing what caused the extinction is very difficult.” (Erwin, 2006:Introdução). O soerguimento das cordilheiras, parecia-nos poder resultar de rebotes elásticos por impacto de meteoros. Elastic waves, wich conserves both energy and momentum, satisfy Equations (radial momentum carried by the detached shock & total energy kinetic plus internal) simultaneously because they develop a negative particle velocity tail where material springs back toward the center of expansion. [...] This negative velocity tail develops when the previously compressed material expands, overshootimng the descompressed state in an ‘elastic rebound’ (Melosh, 1989:62-63). Entretanto, um choque de meteoro deixaria um rastro estratigráfico pela concentração de irídio (Ozima:1991:140-143). 11 Realizado de 25 a 31 de julho de 2010. Porto Alegre - RS, 2010. ISBN 978-85-99907-02-3 11 The cause of the widespread extinctions at the end od the Cretaceous Era, some 65 Myr ago, had long been a source of nearly unconstrained scientific and popular speculation. […] Iridium is very scarce on the earth’s surface … but its abundance is much higher in undifferentiated meteorites. […] Iridium anomalies at the Cretaceous-Tertiary boundary have been found at 75 sites around the world, in both marine and terrestrial sediments (Melosh, 1989:222-223). Paul Hodge (2009:40-41), descrevendo a estrutura de impacto de Montagnais, Nova Escócia, Canadá: “The impact melt rocks are similar to those found at other large impact sites ... They show an order of magnitude overabundance of iridium, which is probably derived from the incoming stony asteroid or comet.” Não encontramos relatos de concentração anormal de irídio no intervalo entre o Permiano e o Triássico. Um impacto de tais proporções teria ainda deixado muitos outros resíduos. O soerguimento das cordilheiras possui a mesma datação que as crostas oceânicas mais antigas (Ross, 2005:35), numa coincidência incomum. Assim é que consideramos que um evento catastrófico ocorreu no intervalo Permo-Triássico. Consideraramos que as correntes de convecção existiram apenas enquanto o interior do planeta ainda não estava solidificado. Então, a crosta deveria cobrir toda a superfície do planeta. O evento catastrófico teria suprimido 2/3 da crosta terrestre – no lado onde hoje temos o Pacífico, deixando apenas a parte da crosta que denominamos Pangea. Esta crosta restante, por estresses e esforços antipodais, já apresentaria as divisões e os riftes. CONCLUSÃO Entendemos que a atração gravitacional de um corpo que passasse próximo à Terra seria suficiente para fraturar e arrancar parte da crosta terrestre. Consideremos que a Lua desequilibou-se em sua órbita e que esta se aproximou da Terra em órbita espiralada. 12 Realizado de 25 a 31 de julho de 2010. Porto Alegre - RS, 2010. ISBN 978-85-99907-02-3 12 Ilustrações 2, 3 e 4 – Sequência dos eventos catastróficos A crosta já formada, contínua e silicática, funcionava como refratária ao calor gerado no interior do planeta por decaimento radioativo. Por sobre ela estavam os oceanos – Tethis e outros. Este calor intenso sob a crosta diferenciou, química e fisicamente, uma camada entre a crosta e o manto: a descontinuidade de Mohorovicic (Moho) sob a totalidade desta crosta. Com o progressivo aumento da atração gravitacional pela aproximação da Lua, a Terra deformou-se cada vez mais. A deformação ocorria para cada lado em que estivesse a Lua em sua órbita espiral decrescente. A intensificação das forças gravitacionais deve ter eliminado grande parte da vida terrestre. Este volumoso material orgânico foi acumulado nas bacias oceânicas de então. O estresse provocado pelas forças gravitacionais acabou por fraturar a crosta, expondo o magma presente em Moho. Inicialmente os oceanos escoaram por estas fraturas – hiantes aberturas, como descrito por Leibniz –, depositaram as substâncias orgânicas, carbonáticas e calcáreas, enquanto toda a água dos oceanos se evaporou, restando sobre eles imensos depósitos de sal, petrificados pelo calor intenso proveniente deste magma exposto que se solificava. 13 Realizado de 25 a 31 de julho de 2010. Porto Alegre - RS, 2010. ISBN 978-85-99907-02-3 13 Ilustração 5 – Deposição nas aberturas crustais Na medida em que a Lua se aproximou da Terra, ou seja, na medida em que o raio da espiral se tornou menor, esta ganhou velocidade. A uma determinada distância, a velocidade foi tal que a Lua escapou da órbita, ou seja, a espiral decrescente foi vertida em espiral crescente. A esta distância mínima, pedaços da crosta – continentes, 2/3 da crosta terrestre – foram arrancados. Parte desta crosta foi acrescida ao solo da Lua. Assim como as grandes falhas, as grandes cordilheiras também são resultantes deste evento interplanetário. A placa da Índia simplesmente ancorou no Himalaia, que já estavam lá, soerguidos, assim como os Andes, as Rochosas, os Urais, as cordilheiras Australiana e Antártida. Estas regiões montanhosas foram formadas instantaneamente com o arrancar de parte da crosta, numa espécie de rebote elástico. A imensidão da poeira gerada pelas fraturas teria características similares à do loess: “La ausencia de estratificación, la finura extremada de los granos y el caráter macizo del depósito indican que el loess se debe a una precipitación continua, causada antiguamente por las lluvias en los bordes de los países areicos, en cuya atmosfera había finísimas partículas de polvo em suspensión” (Martonne, 1967:690). Toda essa poeira seria lançada na atmosfera, com uma parte levada pela Lua. Posteriormente, essa poeira atmosférica retornaria, em depósitos sem descontinuidades estratigráficas, mas por toda a superfície da Terra, inclusive nas fraturas cada vez mais largas. Caso a Lua tivesse uma densidade original similar à dos planetas internos do sistema solar, para passar a ter uma densidade similar à atual, precisaria ser coberta por uma camada de 300 km de 14 Realizado de 25 a 31 de julho de 2010. Porto Alegre - RS, 2010. ISBN 978-85-99907-02-3 14 profundidade com aquela crosta terrestre (cerca de 10% da crosta total), A Lua passou a ser constituído por uma crosta contendo rochas similares às dos escudos terrestres. A poeira ali depositada também teria características similares à do loess. A água eventualmente encontrada na Lua deverá apresentar características que definam que essa tenha origem em nossos oceanos pretéritos. A superfície da Lua apresenta um expressivo volume de crateras, provenientes do próprio processo de acresção desta parte da crosta terrestre. Em seu processo de afastamento – órbita em espiral crescente –, a Lua foi perdendo velocidade com o aumento do raio orbital. Com a diminuição da temperatura, a água levada à atmosfera voltou a precipitar-se. Lavou os continentes e levou a poeira a depositar-se na novas margens continentais, complementando as plataformas. Alguns depósitos de poeira loess pemaneceram, mormente aqueles em regiões de baixa precipitação. Alguns organismos marinhos são potenciais indicadores das mudanças ambientais ao longo do tempo por possuírem esqueletos cuja análise revela algumas propriedade físico-químicas dos oceanos em que viveram (Bergue, 2006:54-66). Os novos oceanos eram doces e foram dominados por ostracodes de água doce, até que, há uns 135 milhões de anos, a salinidade voltou a níveis elevados e provocou o extermínio destes ostracodes. REFERÊNCIAS ALMEIDA, Fernando Flávio Marques de. 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