EEL211- L ABORATÓRIO DE C IRCUITOS E LÉTRICOS I LABORATÓRIO NO 7: CIRCUITO CAPACITIVO RC E CIRCUITO INDUTIVO RL O objetivo desta aula é verificar experimentalmente o comportamento do capacitor e indutor em circuitos de corrente contínua (transitórios cc) e a relação tensão/corrente. R Vi LISTA DE MATERIAL C Osciloscópio digital Gerador de funções 2-2MHz Proto Board Resistores 1/2 W, 5% 1kΩ (1) 10kΩ (1) 20k (2) Capacitores de Poliéster Metalizado 100V: 1nF(1) 10nF(1) 100nF (2) Indutor 27mH, 20mA. CH1 CH2 R = 10kΩ C 1nF Vi 1 – CIRCUITO RC FORMULÁRIO PARA CIRCUITO CAPACITIVO 1 iC (t).dt +VC (0) V C∫ d iC (t)=C. vC (t) A dt 1 W= C.V 2 J 2 1 = X Ω regime senoidal C j 2 πf C vC (t)= Figura 1 - Circuito RC Efeitos da Capacitância Observar a forma de onda de tensão de entrada Vi(t) (CH1) tensão no capacitor VC(t) (CH2) tensão no resistor VR(t) (Math: CH1-CH2) Medir a amplitude da tensão pico a pico no resistor e no capacitor para R=10kΩ e f=1kHz. Calcular τ=RC em µs Substituir o capacitor para 10nF e depois para 100nF serie Para medir a ondulação da tensão no capacitor com maior precisão diminua o V/DIV de CH2. Se necessário mude o para acoplamento de CH2 para AC. O sinal ~ indica acoplamento ac. paralelo O acoplamento AC é necessário quando o sinal contínuo é muito maior que o sinal alternado VC (t)=Vi (1-e-t/τ ) V τ=RC s para t=τ temos Vo (τ)=0,632.Vi (1-e-1 )=0,632 Vi -t/τ e R 1 1 1 1 = + +...+ CEq C1 C2 Cn i(t)= CEq = C1 +C2 +...+Cn 1.1 - CIRCUITO RC EM REGIME PULSADO Tabela 1: Vipp=10V R=10kΩ f=1kHz C O gerador de funções no circuito da Figura 1b substitui o sistema de chaveamento com fonte de de alimentação contínua no circuito da Figura 1a. 1nF 10nF 100nF VRpp VCpp Uma das aplicações para o capacitor é a propriedade de “filtro” para produzir uma tensão contínua sem ondulações. Quanto menor a relação T/τ , ou seja, quanto maior a capacitância e freqüência menor será a ondulação. UNIFEI-IESTI – Kazuo Nakashima τ=RC T/τ WWW.elt09.unifei.edu.br [email protected] 1 EEL211 – Laboratório de Circuitos Elétricos I Laboratório No 7: Circuitos RC e RL Tabela 2: R=10KΩ Freq. C=100nF 100Hz 1kHz 5kHz VCpp T/τ 10k 100nF 5kHz 0V CH1:5V/DIV CH2:5V/DIV 10k H:50uSEC/DIV 100nF 5kHz 0V Figura 2- Oscilogramas para regime pulsado 1 kHz. R=10kΩ Ω, C=1nF, C=10nF, C=100nF Efeitos da frequência Ajustar a frequência em 100Hz, 1kHz e 5kHz. Obs. R=10KΩ e C=100nF. Medir a ondulação da tensão no capacitor com maior precisão CH1:5V/DIV Observe que o resultado para (C=10nF; f=1kHz) e (C=100nF; f=100Hz) são praticamente o mesmo. Ambos apresentam a mesma relação T/τ. 2 UNIFEI-IESTI – Kazuo Nakashima CH2:~0,1V/DIV H:50uSEC/DIV Figura 3- Oscilogramas para regime pulsado R=10kΩ Ω, C=100nF, f=100Hz e 5kHz. WWW.elt09.unifei.edu.br [email protected] EEL211 – Laboratório de Circuitos Elétricos I Laboratório No 7: Circuitos RC e RL 1.2 - ASSOCIAÇÃO SÉRIE/PARALELO Medir a constante de tempo do circuito e Rise time para R=10kΩ e C=100nF. ATENÇÃO: Seguir os procedimentos apresentados no Anexo 1 da página 6. Ajustar a onda quadrada com freqüência em f< 1/(10τ) para garantir que o circuito entre em “regime permanente”. Adicionar mais um capacitor de 100nF em paralelo e repetir a experiência. Ligar os dois capacitores de 100nF em série e repetir a experiência. Tabela 3: Série/Paralelo CNominal 100nF 200nF 50nF CMedido RC TR ∆t1/2 ∆t 3/4 τ 1.3 - COMPONENTE DC Ajustar a componente contínua do sinal de entrada (off set) e verificar o comportamento das ondas de tensão no capacitor e no resistor. Figura 4- Tensão e Corrente no Capacitor R=10kΩ, C=50nF i(t)=VR(t)/R A tensão no resistor não se altera porque o capacitor impede a circulação de corrente contínua. O valor médio da tensão no resistor é ZERO. A componente contínua é absorvida pelo capacitor 2 – CIRCUITO RL 1.4 - RELAÇÃO CORRENTE/TENSÃO i L (t) = A relação entre tensão e corrente no capacitor é regida pela seguinte equação i(t) = C dv(t) dt I=C ∆V ∆t Mudar a forma de onda para Triangular e depois para Senoidal na freqüência entre 100Hz e 200Hz. Veja o resultado no oscilograma da Figura 4. FORMULÁRIO PARA CIRCUITO INDUTIVO 1 v L (t).dt +I L (0) L∫ d v L (t) = L. i L (t) V dt = j 2 πf L Ω X L i L (t)= Vi (1-e-t/τ ) V R 1) Pra onda senoidal a corrente também será senoidal porém defasada da tensão. A defasagem entre a tensão e corrente no capacitor é 90º. L s R 1 W = L.I2 J 2 L Eq = L1 +L 2 +...+L n 2) Para uma onda não senoidal a forma de onda da corrente não é igual a forma de onda da tensão. 1 1 1 1 = + +...+ L Eq L1 L 2 Ln Observe que: UNIFEI-IESTI – Kazuo Nakashima A τ= WWW.elt09.unifei.edu.br serie paralelo [email protected] 3 EEL211 – Laboratório de Circuitos Elétricos I Laboratório No 7: Circuitos RC e RL 2.1 - CIRCUITO RL EM REGIME PULSADO CH1 + VL - + CH2 L=27mH + Vi VR - - 1kΩ GND Figura 5- Circuito Indutivo RL R TR τ 1kΩ 0,5kΩ O comportamento do circuito indutivo RL é “dual” ao comportamento do circuito capacitivo RC, ou seja, o comportamento da corrente no indutor é semelhante ao comportamento da tensão no capacitor. i (t ) = Vi (1 − ε −t /τ ) R τ=L R VL (t ) = Vi ε −t /τ A Figura 6 mostra o comportamento da corrente no circuito RL ideal. Figura 7- Corrente no Circuito Indutivo RL Real. i(t)=vR(t)/R Figura 6- Corrente no Circuito Indutivo RL ideal i(t)=vR(t)/R Contudo observamos um impulso adi-cional como mostram os oscilogramas da Figura 7. Este impulso é provocado pela capacitância “parasita” presente em qualquer indutor. A Figura 8 mostra a curva de resposta em frequência da tensão VR em dB. 4 UNIFEI-IESTI – Kazuo Nakashima Figura 8- Resposta em Freqüência do Circuito Indutivo RL (em dB). WWW.elt09.unifei.edu.br [email protected] EEL211 – Laboratório de Circuitos Elétricos I Laboratório No 7: Circuitos RC e RL 2.2 - RELAÇÃO CORRENTE/TENSÃO ∆t Mudar a forma de onda para Triangular na fre- τ Vo ripple pp Vo dc 0,01 1% 0,02 2% 0,05 5% 0,1 9% 0,2 18 % qüência entre 100Hz e 200Hz. Verificar a equação d vL (t) = L. i L (t) dt ∆I VL = L ∆T Para corrente constante I=C ∆VC ∆t ∆VC = I ∆t C 4 – RELAÇÃO TENSÃO/CORRENTE CH1:5V/DIV CH2:1V/DIV A figura 10 mostra a relalação entre tensão e corrente nos tres ementos de circuito. H: 0.5mSEC/DIV i (t ) v(t ) v(t ) i (t ) v(t ) + v (t ) − v(t ) i (t ) i (t ) i (t ) v (t ) v(t ) i (t ) i (t ) Figura 9- Tensão no Indutor vL(t). Figura 10- Relação tensão/corrente. 3 - EQUAÇÃO GERAL PARA SISTEMA DE 1A ORDEM Aplicando os teoremas do valor inicial e do valor final para este sistema de primeira ordem: x(t) = X(∞ ) - [X(∞ ) - X(0)].e-t/τ X(τ) - X(0) = (1 - e-1 ) = 0,632 X(∞ ) - X(0) Em um circuito RC a ondulação, ripple, depende da relação entre constante de tempo τ=RC e o tempo de descarga do capacitor ∆t. Quanto menor a relação ∆t /τ menor será a ondulação. UNIFEI-IESTI – Kazuo Nakashima WWW.elt09.unifei.edu.br Itajubá, MG, julho de 2016 Itajubá, MG, fevereiro de 2008 [email protected] 5 EEL211 – Laboratório de Circuitos Elétricos I Tabela 1 Rise Time ANEXO1 - CONSTANTE DE TEMPO - τ CH1 CH2 R =1kΩ 219,7µs C 100nF Vi Laboratório No 7: Circuitos RC e RL ∆t1/2 ∆t 3/4 τ 69,35µs 138,6µs 100µs τ =1,442.∆t1/2 τ = 0, 7213.∆t 3/4 GND/GF τ = 0, 4552.RiseTime GND/Osciloscópio Figura 1 - Circuito RC. Vi(t) e Vc(t) RISE TIME - TR VC (t ) = Vi (1 − ε −t / τ ) Para medir o “Tempo de Subida” Rise Time utilizaremos o reticulado especial da tela do osciloscópio (0..10..90..100%) Vi −t / τ ε R = RC = 1k Ω.100nF = 100 µ s i (t ) = τ para t = τ temos Vo (τ ) = 0, 632.Vi 1) Ajustar a amplitude da onda quadrada exatamente em 0 - 100% (pode ser feito ajustando/descalibrando o V/DIV). (1 − ε −1 ) = 0, 632 Procedimentos para medição de “τ”. Ajustar a onda quadrada com freqüência em f< 1/(10τ) para garantir que o circuito entre em “regime permanente”. Ajustar a amplitude pico a pico de tal forma que ocupe verticalmente toda tela do osciloscópio, ou seja, 8 (oito) divisões pico a pico. Medir o tempo que a tensão no capacitor leva para variar de ZERO até 5DIV. Ajustar a base de tempo para obter uma leitura mais precisa. Uma razão para se adotar 8 divisões como 100% de amplitude é que 5/8 =0,625 ≅0,63. Para facilitar a leitura devemos aproveitar o reticulado ½ ou ¾ que apresentam subdivisões. 2) Medir o intervalo de tempo correspondente à 10 - 90%. Talvez você tenha que deslocar a onda horizontalmente para medir com mais precisão. Figura 3- Medição de Rise Time FREQUÊNCIA DE CORTE Neste circuito passa-baixa (Lag) de 1ª ordem, a frequência de corte pode ser determinada mais rapidamente do que no ensaio de resposta em freqüência. fC = 1 0,35 = 2π .τ TR Figura 2- Medição da Constante de Tempo 6 UNIFEI-IESTI – Kazuo Nakashima WWW.elt09.unifei.edu.br [email protected]