SOME_ORI_PROF_C3_7o_Ano_Ciencias_Tiago_2016 30/05/16 15:22 Página I SOME_ORI_PROF_C3_7o_Ano_Ciencias_Tiago_2016 30/05/16 15:22 Página II Autores: Maria Lúcia Catalani Luís Augusto Mascarenhas de Vasconcellos SOME_ORI_PROF_C3_7o_Ano_Ciencias_Tiago_2016 30/05/16 15:22 Página III Caderno do Professor Caderno 3 Ao longo deste caderno, bem como no caderno subsequente, serão descritos todos os filos que compõem o reino animal. A diversidade de seres impossibilita uma descrição que não seja orientada pela sistematização. Sendo assim, o material aqui presente deverá descrever todos os grupos de animais invertebrados, no que diz repeito a sua organização celular, formas de nutrição, respiração, locomoção, sustentação e reprodução, além de apontar as adaptações adquiridas pelas espécies, que permitiram seu sucesso na evolução. Contemplaremos também a relação humana com os diversos filos animais, situando sua importância no que diz respeito à obtenção de recursos para diversos fins: alimentícios, farmacológicos, medicinais etc. Os animais invertebrados se distribuem por oito filos, ou seja, subgrupos do reino animal, organizados de acordo com suas características comuns. Ao final deste caderno, o aluno deverá estar apto a fazer associações sobre as eventuais mudanças do ambiente relacionadas à ação do homem e a influência dessas mudanças no desenvolvimento dos animais invertebrados. Capítulo 8 - Filos dos Poríferos e dos Celenterados O filo dos Poríferos e o filo dos Celenterados são compostos por animais que apresentam uma constituição orgânica bastante rudimentar. Porém, o conhecimento acerca desses seres justifica-se pela importância que alcançam na manutenção do equilíbrio dos ecossistemas aquáticos. O assunto deve ser abordado de forma a despertar a curiosidade e o interesse do aluno, considerando que os grupos estudados são constituídos por animais que não participam de seu cotidiano. Assim, devemos ressaltar a importância das espécies de poríferos e celenterados na interação que estabelecem com as demais espécies do ecossistema em que vivem, lembrando que a manutenção desses ecossistemas é vital para todos os outros seres que nos fornecem alimento, trabalho, lazer e turismo local, ou seja, que podem mover toda a economia de uma determinada região. O aluno deve ter a oportunidade de expor e discutir suas experiências e conhecimentos sobre os animais estudados neste Capítulo 8, de modo que as curiosidades sejam compartilhadas, como a questão das queimaduras causadas por águas-vivas e medusas; a classificação das esponjas no reino animal, apesar de não terem a “aparência” de animais; a relação entre o peixe palhaço e a anêmona, muito conhecida e bem representada pela animação produzida pela Pixar “Procurando Nemo” etc. Capítulo 9 - Filos dos Platelmintos e dos Nematelmintos Os vermes constituem um grupo muito numeroso, e as relações que estabelecem com a espécie humana, na maioria das vezes prejudiciais a nós, são muito comuns em todo o mundo. III SOME_ORI_PROF_C3_7o_Ano_Ciencias_Tiago_2016 30/05/16 15:22 Página IV Assim, o desenvolvimento do assunto é de extrema importância para o aluno, que poderá adquirir conhecimento de uma realidade que atinge não apenas o nosso país, mas grande parte da população mundial. Temos, então, que o material aqui presente deve servir de ponto de partida para a busca de informações acerca de todas as verminoses por ele citadas, assim como deve instigar o aluno na busca de conhecimento das condições de vida da população mundial. Nesse sentido, o objetivo principal a ser atingido no Módulo 9 é o de conscientizar os alunos do 7º ano sobre a importância em adquirir atitudes que previnam a incidência e diminuam a ocorrência das verminoses. Trata-se, portanto, de propor um comprometimento social do aluno diante dos problemas do cotidiano. Será importante, assim, que o aluno situe a incidência dessas doenças em sua relação com o desenvolvimento econômico dos países, observando a falta de investimento no setor de saneamento em países não desenvolvidos ou em desenvolvimento. Obviamente a essa questão econômica se relaciona a falta de orientação à população, que é essencial na prevenção. Logo, é importante que o aluno se veja, nesse contexto, como um disseminador das informações, para que, com o conhecimento adquirido, passe a ser um agente de prevenção. Capítulo 10 - Filos dos Anelídeos e dos Moluscos O conteúdo que consta deste capítulo deverá permitir que o aluno adquira conhecimentos sobre as condições ambientais nas quais os organismos do filo dos Anelídeos e do filo dos Moluscos se desenvolvem e sobre a forma como as diferentes espécies se adaptaram para viver nos diversos ambientes. O aluno deverá estar apto, ao concluir o estudo do Módulo 10, a reconhecer a importância desses animais nas diferentes atividades humanas, dando conta de sua participação na economia: as minhocas, por exemplo, são organismos responsáveis pela fertilidade do solo; as sanguessugas já foram muito utilizadas com fins medicinais; e os moluscos estão presentes na culinária de vários países e continentes. Deve-se ressaltar, por fim, a importância dos animais pertencentes a esses filos em relação a sua participação na cadeia alimentar e sua importância para os ecossistemas. Capítulo 11 - Filos dos Artrópodes e dos Equinodermos Neste capítulo 11, o aluno deverá identificar os diversos tipos de artrópodes e analisar suas características, classificando-os como componentes de grupos específicos. É provável que ele perceba facilmente a diversidade de espécies que compõem o filo dos Artrópodes e sua larga abrangência, já que são encontrados em todos os ambientes. O aluno deverá também relacionar os comportamentos e as estruturas de adaptação das espécies com os ambientes em que vivem e se desenvolvem, de forma a perceber que essas adaptações os tornam mais aptos e mais bem-sucedidos que os animais de filos anteriores. O capítulo deve conduzir o aluno ao reconhecimento do destaque que alcançam os artrópodes na área da saúde, seja na condição de transmissores de doenças e de parasitas humanos, seja na condição de polinizadores, papel que os eleva à base da manutenção das cadeias alimentares. Os equinodermos também revelam importância considerável, na medida em que ocupam o papel de predadores das cadeias alimentares aquáticas marinhas, podendo alterar, assim, o nicho ecológico de todos os ocupantes de um ecossistema. Ao concluir esta este caderno 3, o aluno deverá compreender que os cordados tiveram origem evidenciada em características de algumas espécies de invertebrados, a exemplo da lanterna de Aristóteles, bastante desenvolvida nos ouriços-do-mar. IV SOME_ORI_PROF_C3_7o_Ano_Ciencias_Tiago_2016 30/05/16 15:22 Página V Referências bibliográficas AGUILAR, João Batista. Para Viver Juntos: Ciências 7º ano. 2ª edição. São Paulo: SM, 2011. AMABIS, José Mariano; MARTHO, Gilberto Rodrigues. Fundamentos da Biologia Moderna: volume único. 4ª edição. São Paulo: Moderna, 2006. CACHAPUZ, António et al. A necessária renovação do ensino de ciências. 3ª edição. São Paulo: Cortez, 2011. CARNEVALLE, Maíra Rosa; Jornadas. Cie. São Paulo: Saraiva, 2012. CARVALHO, Anna Maria Pessoa; Cachapuz, Antonio Francisco; Gil-Pérez, Daniel (orgs). O Ensino das Ciências como compromisso científico e social: os caminhos que percorremos. São Paulo: Cortez, 2012. CARVALHO, Anna Maria Pessoa. Ensino de Ciências por investigação: condições para implementação em sala de aula. São Paulo: Cengage Learning, 2013. DELIZOICOV, Demétrio. Ensino de Ciências: fundamentos e métodos. 4ª edição. São Paulo: Cortez, 2011. GEWANDSZNAJDER, Fernando. O método nas ciências naturais. São Paulo: Ática, 2010. GEWANDSZNAJDER, Fernando. Projeto Telaris: Ciências. 1ª edição. São Paulo: Ática, 2012. GOWDAK, Demétrio Ossowski; MARTINS, Eduardo Lavieri. Ciências Novo Pensar: seres vivos 7º ano. 1ª edição. São Paulo: FTD, 2012. NEVES, David Pereira. Parasitologia Humana. 10ª edição. São Paulo: Atheneu, 2003. STORER, Tracy I et al. Zoologia Geral. Tradução: Claudio Gilberto Froehlich, Diva Diniz Correa e Erika Schlenz. 6ª edição, revisada e aumentada. São Paulo: Nacional, 1984. USBERCO, João et al. Companhia das Ciências. 1ª edição. São Paulo: Saraiva, 2011. Referências de sites <http://alunosonline.uol.com.br/biologia/sociedade-dos-cupins.html> <http://educacao.uol.com.br/disciplinas/biologia> <http://escolakids.uol.com.br/sociedade-das-abelhas.htm> <http://mundoestranho.abril.com.br> <http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/biologia/sociedade-das-abelhas.htm> <http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/biologia/sociedade-dos-cupins.htm> <http://mundoestranho.abril.com.br/materia/como-efeito-o-mel> <http://osporques.com/quais-os-beneficios-do-propolis/> <http://www.biologia.seed.pr.gov.br> <http://www.infoescola.com/ecologia/sociedade-das-abelhas> <http://www.vitalbrazil.rj.gov.br/aranhas.html> V SOME_ORI_PROF_C3_7o_Ano_Ciencias_Tiago_2016 30/05/16 15:22 Página VI Número de aulas sugeridas Ciências – 7.o ano – 3.o Bimestre Caderno Capitulo Semana Aulas Programa 65 Animais Invertebrados – Introdução 66 Filo das Esponjas ou Poríferos 67 Filo das Esponjas ou Poríferos 68 Filo dos Celenterados ou Cnidários 69 Filo dos Celenterados ou Cnidários 70 Filo dos Platelmintos e Nematelmintos 71 Filo dos Platelmintos 72 Filo dos Platelmintos 73 Filo dos Platelmintos 74 Filo dos Nematelmintos 75 Filo dos Nematelmintos 76 Filo dos Nematelmintos 77 Laboratório 12 – Observação de vermes 78 Filo dos Anelídeos 79 Filo dos Anelídeos 80 Laboratório 13 – Observação de minhocas 81 Filo dos Moluscos 82 Filo dos Moluscos 83 Filo dos Moluscos 84 Laboratório 14 – Observação de lulas 85 Filo dos Artrópodes 86 Filo dos Artrópodes 87 Filo dos Artrópodes 88 Filo dos Artrópodes 89 Laboratório 15 – Artrópodes 90 Laboratório 16 – Jogo: Cara a cara com os artrópodes 91 Filo dos Equinodermos 92 Filo dos Equinodermos 1 8 2 9 3 4 3 10 5 6 11 7 Tarefas Complementares As tarefas complementares foram concebidas como exercício de revisão e fixação dos conteúdos e podem ser utilizadas pelo professor sempre que este julgar necessário. VI SOME_ORI_PROF_C3_7o_Ano_Ciencias_Tiago_2016 30/05/16 15:22 Página VII Tarefa 1 - Artrópodes 1. a) b) c) d) e) Os animais do grupo dos Artrópodes diferem de todos os outros invertebrados porque: Não possuem coluna vertebral. Possuem corpo segmentado. Respiram por traqueias. Possuem endoesqueleto. Possuem exoesqueleto quitinoso e patas articuladas. Professor: E 2. a) b) c) d) e) Assinale a alternativa que aponta característica comum às aranhas e lacraias. Oito patas articuladas. Presença de antenas. Estruturas para inoculação de veneno. Corpo formado por cefalotórax e abdômen. Presença de palpos. Professor: C 3. As abelhas, os camarões e o “tatuzinho de jardim” realizam, respectivamente, os seguintes tipos de respiração: a) Traqueal, branquial e traqueal. b) Traqueal, branquial e branquial. c) Traqueal, traqueal e traqueal. d) Branquial, traqueal e branquial. e) Branquial, branquial e traqueal. Professor: A 4. Metamorfose é o processo de transformação que conduz o ser do estágio jovem para o adulto. Alguns insetos passam por metamorfose completa (holometábolos); em outros, a metamorfose é incompleta (hemimetábolos). Quais insetos exemplificam o primeiro e o segundo tipo de metamorfose, respectivamente? a) Gafanhoto e libélula. b) Borboleta e barata. c) Gafanhoto e abelha. d) Percevejo e mosquito. e) Besouro e mosca. Professor: B 5. Corpo dividido em cefalotórax e abdômen, número de patas variável, 2 pares de antenas, desenvolvimento indireto. Essas características dizem respeito a qual classe dos Artrópodes? Professor: A a) Crustáceos; b) Diplópodes; c) Aracnídeos; d) Insetos; e) Quilópodes. VII SOME_ORI_PROF_C3_7o_Ano_Ciencias_Tiago_2016 30/05/16 15:22 Página VIII 6. A respeito da classe dos Quilópodes, é correto afirmar que: a) Apresentam 2 pares de olhos. b) Apresentam 2 pares de antenas. c) Possuem o corpo formado por um escudo contínuo. d) Possuem um par de patas por segmento. e) São herbívoros. Professor: D 7. Qual das alternativas a seguir aponta um representante da classe dos crustáceos, um da classe dos insetos e um aracnídeo, respectivamente? a) Besouro, abelha e carrapato. b) Siri, formiga e ácaro. c) Formiga, piolho-de-cobra e aranha. d) “Tatuzinho de jardim”, carrapato e piolho. e) Pulga, piolho e carrapato. Professor: B 8. Em uma aula de laboratório, o professor pediu para que os alunos observassem os seguintes animais: aranha, borboleta, cupim, camarão, lacraia, piolho-de-cobra, barata, gafanhoto, pulga, besouro e siri. Quantas classes de artrópodes estão representadas na aula? a) 1 b) 2 c) 3 d) 4 e) 5 Professor: E 9. Coloque V para as frases verdadeiras e F para as frases falsas. a) ( F ) Todas as classes do filo dos Artrópodes apresentam animais adaptados aos ambientes aquático e terrestre. b) ( F ) Todos os aracnídeos são venenosos c) ( V ) Os crustáceos estão espalhados em ambiente terrestre, de água doce e de água salgada. d) ( V ) Os insetos podem apresentar desenvolvimento direto e indireto. e) ( F ) Os diplópodes são animais carnívoros 10. Associe as duas colunas: a) Crustáceos ( B ) Cefalotórax e abdômen, ausência de antenas e 4 pares de pernas. b) Aracnídeos ( E ) Cabeça e tronco, um par de antenas e diversas pernas. c) Insetos ( C ) Cabeça, tórax e abdômen, um par de antenas e 3 pares de pernas. d) Diplópodes ( A ) Cefalotórax e abdômen, 2 pares de antenas e, geralmente, 5 pares de pernas. e) Quilópodes ( D ) Cabeça, tórax e abdômen, um par de antenas e diversas pernas. VIII SOME_ORI_PROF_C3_7o_Ano_Ciencias_Tiago_2016 30/05/16 15:22 Página IX Tarefa 2 - Equinodermos 1. O sistema ambulacral ocorre nos representantes de qual filo? a) Nematelmintos b) Anelídeos c) Moluscos d) Artrópodes e) Equinodermos Professor: E 2. São equinodermos: a) Crinoides, ouriços-do-mar e corais. b) Corais, pepinos-do-mar e crinoides. c) Camarão, corais e crinoides. d) Ouriços-do-mar, ofiúros e pepinos-do-mar. e) Ostras, ofiúros e crinoides. Professor: D 3. Na superfície corpórea dos equinodermos, além de espinhos podem ser encontradas estruturas denominadas pedicelárias. Essas estruturas têm por função principal: a) realizar a digestão extracelular. b) captar movimentação na água. c) remover detritos do corpo do animal. d) atuar na reprodução do animal. e) realizar a locomoção. Professor: C 4. Marque a alternativa que não diz respeito aos equinodermos. a) Possuem um sistema chamado ambulacrário. b) São exclusivamente marinhos. c) Possuem esqueleto interno. d) Seu corpo é dividido em anéis. e) Possuem espinhos na pele. Professor: D 5. Assinale a alternativa que completa as lacunas corretamente: “Os ouriços possuem em sua boca uma estrutura denominada __________________________________, formada por cinco dentes calcários e afiados. Esses dentes são utilizados para raspar das rochas algas e restos orgânicos”. Professor: C a) b) Rádula Ambulacral c) d) lanterna de Aristóteles Ampolas e) Pedicelária IX SOME_ORI_PROF_C3_7o_Ano_Ciencias_Tiago_2016 30/05/16 15:22 Página X 6. a) b) c) d) e) Os equinodermos movimentam-se por meio de: Patas articuladas. Pedicelárias. Asas. Pés ambulacrais. Patas não articuladas. Professor: D 7. a) b) c) d) e) Qual dos animais a seguir possui grande poder de regeneração? Minhoca. Caramujo. Estrela-do-mar. Polvo. Aranha. Professor: C 8. Entre os equinodermos, há um que é predador de moluscos, mais especificamente de bivalves. Com a força de seus braços e com o auxílio dos pés ambulacrais, consegue abrir as valvas e se alimentar de seu interior. Estamos nos referindo a qual animal? a) Pepino-do-mar. b) Serpente-do-mar. c) Estrela-do-mar. d) Bolacha-do-mar. e) Lírio-do-mar. Professor: C 9. a) b) c) d) e) Os equinodermos apresentam: Respiração pulmonar. Um endoesqueleto calcário. Patas articuladas. Boca com presença de rádula. Corpo liso e sem espinhos. Professor: B 10. Alguns equinodermos têm hábitos bem peculiares. Um deles, quando atacado, pode ejetar parte do seu tubo digestório para que o predador se alimente e, assim, o deixe fugir. Estamos nos referindo a qual equinodermo? a) Estrela-do-mar. b) Lírio-do-mar. c) Pepino-do-mar. d) Bolacha-do-mar. e) Serpente-do-mar. Professor: C X SOME_ORI_PROF_C3_7o_Ano_Ciencias_Tiago_2016 30/05/16 15:22 Página XI Anotações XI SOME_ORI_PROF_C3_7o_Ano_Ciencias_Tiago_2016 30/05/16 15:22 Página XII Anotações XII SOME_C3_7o_Ano_Ciencias_Tiago_2016_PROF 30/05/16 15:30 Página 1 SOME_C3_7o_Ano_Ciencias_Tiago_2016_PROF 30/05/16 15:30 Página 2 Sumário Caderno 3 – Animais Invertebrados Capítulo 8 – Filos dos Poríferos e dos Celenterados ..................................... 3 8.1 – Introdução ..................................................................................... 3 8.2 – Filo das Esponjas ou Poríferos ......................................................... 6 8.3 – Filo dos Celenterados ou Cnidários................................................. 8 Capítulo 9 – Filos dos Platelmintos e dos Nematelmintos ............................. 12 9.1 – Filo dos Platelmintos....................................................................... 13 9.2 – Filo dos Nematelmintos .................................................................. 16 Capítulo 10 – Filos dos Anelídeos e dos Moluscos ....................................... 21 10.1 – Filo dos Anelídeos ........................................................................ 21 10.2 – Filo dos Moluscos......................................................................... 26 Capítulo 11 – Filos dos Artrópodes e dos Equinodermos.............................. 30 11.1 – Filo dos Artrópodes ...................................................................... 30 11.2 – Filo dos Equinodermos ................................................................. 41 Tarefas ..................................................................................................... 45 Laboratórios ............................................................................................ 63 Autores: Maria Lúcia Catalani Luís Augusto Mascarenhas de Vasconcellos SOME_C3_7o_Ano_Ciencias_Tiago_2016_PROF 30/05/16 15:30 Página 3 DATA: _____/_____/_____ Capítulo A 65 Figura 1 5 8 Filos dos Poríferos e dos Celenterados 8.1. Introdução A partir desse bimestre, estudaremos o reino animal. Nesse reino encontramos uma enorme variedade de seres, que habitam diferentes ambientes e apresentam uma diversidade de formas, cores, dimensões, hábitos etc. Observando as características comuns aos animais, podemos classificá-los como seres pluricelulares, eucariontes e heterótrofos. Considerando as características dos seres vivos que já estudamos, faça uma breve comparação entre: a) Reinos monera e animalia, em relação ao número de células. O reino monera é formado por seres unicelulares e o reino animal é formado por seres pluricelulares. b) Reinos monera e animalia, em relação à organização celular. O reino monera é formado por seres procariontes e o reino animal é formado por seres eucariontes. c) Reinos plantae e animalia, em relação à nutrição. Os vegetais são autótrofos e os animais são heterótrofos. d) Reinos protista, fungi e animalia, em relação à organização celular. Os seres desses reinos são eucariontes. 3 SOME_C3_7o_Ano_Ciencias_Tiago_2016_PROF 30/05/16 15:30 Página 4 Lembra-se de Lamarck, o grande biólogo que desenvolveu uma teoria sobre a evolução dos seres vivos? Ele dividiu os animais em dois grandes grupos: • • Vertebrados (animais com coluna vertebral e vértebras). Invertebrados (animais sem coluna vertebral ou vértebras). Os animais com vértebras (peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos) fazem parte de um único filo: o filo dos Cordados, ao qual pertencemos. Já os animais sem vértebras pertencem a vários filos de invertebrados. A seguir, observe as imagens de representantes dos filos de invertebrados que estudaremos nesse bimestre, e relacione-os com as definições apresentadas. Medusa. Planária. ( ( ( ( ( ( ( l ( g j f h e i k 4 ) ) ) ) ) ) ) Figura 2 l) Mídia Objetivo Polvo. Lombriga. Figura 3 k) Mídia Objetivo j) Minhocas. Mídia Objetivo Mídia Objetivo Mídia Objetivo Esponjas. i) h) g) Escaravelho. Figura 4 f) e) Ouriço-do-mar. Equinodermas: animais que apresentam espinhos na pele; são exclusivamente marinhos. Moluscos: animais de corpo mole; podem ser terrestres ou aquáticos. Celenterados: animais gelatinosos; podem causar queimaduras. Nematelmintos: vermes cilíndricos. Espongiários: animais fixos, exclusivamente aquáticos. Anelídeos: animais com o corpo formado por anéis; podem ser úteis à agricultura. Artrópodes: grupo extremamente numeroso. Encontrados em todos os ambientes, possuem patas articuladas. ) Platelmintos: vermes achatados. Mídia Objetivo SOME_C3_7o_Ano_Ciencias_Tiago_2016_PROF 30/05/16 15:30 Página 5 Professor: a última estimativa da quantidade de espécies existentes no planeta é de 8,7 milhões. Mais informações sobre o assunto podem ser encontradas no site da Fapesp e da BBC Brasil. 5 SOME_C3_7o_Ano_Ciencias_Tiago_2016_PROF 30/05/16 15:30 Página 6 A 66 e 67 8.2. Filo das Esponjas ou Poríferos Figura 6 Mídia Objetivo Figura 5 As esponjas são animais aquáticos, em sua grande maioria, marinhos. O nome porífero está relacionado com a presença de inúmeros poros presentes no animal. Durante muito tempo esses animais foram classificados como vegetais, por não se movimentarem e não reagirem a estímulos. São, portanto, sésseis, fixos ao substrato. A coloração e o formato das esponjas são variados, e suas dimensões vão de poucos centímetros a dois metros de altura. Elas são amplamente distribuídas nos oceanos, apesar de mais habitualmente encontradas em águas quentes e rasas, normalmente compondo um belo ambiente juntamente com corais, peixes e outros animais. Organização Corporal Mídia Objetivo De uma maneira geral, as esponjas têm um aspecto cilíndrico, oco, são fechadas na base e apresentam uma abertura no topo denominada ósculo. A água atravessa a superfície corporal através dos poros, atinge a cavidade interna chamada espongiocela e posteriormente é eliminada pelo ósculo. Essa movimentação da água no interior do animal é vital, pois os nutrientes e o oxigênio necessários à vida da esponja são retirados dela. Gás carbônico e excreções produzidos pelas células da esponja são eliminados nessa água que sai pelo ósculo. Concluímos, assim, que as esponjas são animais filtradores, sem tecidos, órgãos ou sistemas corporais. Sua digestão é intracelular, não possuem sistema circulatório, nervoso e nem respiratório – as trocas gasosas são feitas diretamente entre as células e o ambiente. Saída de água Ósculo Cavidade interna Parede da esponja Amebócito Poro Entrada de água pelos poros Espongiocela (cavidade interna) Espícula Flagelo Coanócito 6 SOME_C3_7o_Ano_Ciencias_Tiago_2016_PROF 30/05/16 15:30 Página 7 Figura 7 Diferentes tipos de células formam o corpo das esponjas, entre elas, os porócitos. Essas células apresentam uma perfuração central, que representa cada poro, por onde a água penetra no animal. Há também os coanócitos, células que possuem um flagelo responsável pela movimentação da água pelo corpo da esponja, e os amebócitos, que estão relacionados à distribuição dos nutrientes. A sustentação do corpo das esponjas deve-se às fibras proteicas constituídas por espongina e a estruturas denominadas espículas, que podem ser de sílica ou de carbonato de cálcio. A presença dessas estruturas confere às esponjas um corpo flexível e resistente. Reprodução Mídia Objetivo Os poríferos reproduzem-se de forma sexuada e assexuada. A reprodução assexuada ocorre por meio do brotamento: são formados “brotos” no corpo do animal adulto, que posteriormente separam-se dele, constituindo um novo indivíduo. As esponjas apresentam também grande capacidade de regeneração. Broto Nova esponja A reprodução sexuada ocorre com a união de um espermatozoide com um óvulo, que pode acontecer entre duas esponjas dioicas (sexos separados) ou na própria esponja, já que existem espécies monoicas (hermafroditas). No caso da reprodução sexuada, forma-se uma larva, que sairá pelo ósculo e dará origem a uma nova esponja. Relações ecológicas Professor: nesse momento deve-se ressaltar aos alunos a diferença entre as relações ora expostas – o comensalismo é uma relação harmônica e o predatismo, apesar de fundamental à cadeia alimentar, é desarmônica. Comensalismo. Na figura, uma loja de esponjas naturais de banho, em Kalymnos, na Grécia. Ao centro, o escafandro usado pelos catadores submarinos de esponjas e uma miniatura de seu barco. Mídia Objetivo Mídia Objetivo Mídia Objetivo É muito comum que pequenos peixes, moluscos e crustáceos utilizem o interior das esponjas como abrigo contra predadores. Algumas espécies desovam no interior das esponjas e as usam para proteger seus embriões. Esse tipo de relação em que um dos participantes é beneficiado enquanto, para o outro, a situação é indiferente chama-se comensalismo. Podemos observar, também, esponjas servindo de alimentos para outras espécies. Nesse caso, caracteriza-se o predatismo, relação em que as esponjas são as presas. Predatismo. Ao concluir o item anterior, você já pode realizar, em casa, a tarefa 12 “Esponjas”. 7 SOME_C3_7o_Ano_Ciencias_Tiago_2016_PROF 30/05/16 15:30 Página 8 8.3. Filo dos Celenterados ou Cnidários Esse filo é composto por animais gelatinosos, aquáticos e predominantemente marinhos. A 68 e 69 a) Você conhece esses animais? Identifique-os nas imagens a seguir: Mídia Objetivo Medusa ou água-viva. Mídia Objetivo Pólipos de coral. Mídia Objetivo Anêmona. b) Mídia Objetivo Caravela-portuguesa. Mídia Objetivo Corais. Mídia Objetivo Hidra com brotamento. Em relação aos animais que acabamos de identificar, há algum que pode nos causar mal? Professor: provavelmente os alunos citarão a medusa, em virtude das queimaduras que pode causar. c) Em caso afirmativo, o que devemos fazer? Professor: é possível que os alunos já tenham ouvido falar que a aplicação de urina no local da queimadura ocasionada por água-viva serve como um primeiro cuidado, mas trata-se de um mito: o local deve ser lavado com água do mar e a vítima deve ser encaminhada para um posto médico. 8 SOME_C3_7o_Ano_Ciencias_Tiago_2016_PROF 30/05/16 15:30 Página 9 Pólipos e Medusas Mídia Objetivo Os celenterados podem apresentar duas formas corporais: a forma pólipo e a forma medusa. A maioria dos celenterados, durante seu ciclo de vida, apresentam essas duas formas corporais. Boca Boca Tentáculo Cavidade gastrovascular Pólipo Tentáculo Medusa A forma pólipo caracteriza animais fixos a um substrato. Esses animais possuem uma cavidade (gastrovascular) que lembra um cilindro e têm a boca voltada para cima, rodeada por tentáculos. As anêmonas e os corais são exemplos da forma pólipo. Figura 8 Figura 9 Figura 10 Figura 11 Observe a imagem a seguir, que ilustra uma relação ecológica entre uma anêmona e o peixe palhaço. Qual é essa relação? Ela é harmônica ou desarmônica? Professor: trata-se do comensalismo, uma relação harmônica. A forma medusa caracteriza animais livre-natantes, que apresentam a boca voltada para baixo, podendo ou não ser rodeada por tentáculos. Esses tentáculos normalmente aparecem nas bordas do corpo, como uma franja. As medusas e também as caravelas são exemplos da forma medusa. 9 Figura 13 Figura 12 SOME_C3_7o_Ano_Ciencias_Tiago_2016_PROF 30/05/16 15:30 Página 10 Mídia Objetivo Os celenterados ficaram conhecidos pelas queimaduras que podem nos causar, devido à presença de células características desse grupo: os cnidoblastos. Os cnidoblastos revestem toda a superfície do animal, mas se concentram nos tentáculos. Ao ser tocado, o cnidoblasto dispara um filamento denominado nematocisto. O nematocisto injeta na vítima um líquido urticante que causa uma queimadura. Dessa forma, temos que os cnidoblastos são as células dos cnidários que agem matando as pequenas presas capturadas e paralisando as maiores, em boa parte dos ataques. Nos humanos, além da forte dor, a queimadura ocasionada por um cnidário pode conduzir a enjoo, vômito e até à perda de consciência. Filamento Cílio Liquido urticante Núcleo Citoplasma Filamento Vespa-do-mar da extensão das queimaduras. Encontrada principalmente na região da Austrália, a vespa-do-mar alimenta-se de pequenos peixes e crustáceos, possuindo cerca de 20.000 cnidoblastos ao longo de seus tentáculos, o que a torna uma eficiente predadora. A toxina armazenada nessas células é suficiente para acabar com a vida de cerca de 60 pessoas ou mesmo com a vida de um animal de cerca de 3.500 quilos, em menos de meia hora. Seu veneno provoca distúrbio respiratório: o sistema linfático cessa, a pessoa desmaia e o coração começa a bombear intensamente até que, anestesiado, para também de funcionar. O tratamento deve ser imediato, ainda assim, três em cada dez pessoas atacadas por uma vespa-do-mar morrem. 10 Figura 15 Figura 14 Entre os animais mais venenosos que conhecemos encontramos a vespa-do-mar, um celenterado do tipo medusa que pode chegar a medir cinco metros, se contabilizados seus tentáculos. Seu veneno é cerca de 500 vezes mais potente que o da caravela-portuguesa, podendo matar uma pessoa em poucos minutos se esta não for socorrida e dependendo SOME_C3_7o_Ano_Ciencias_Tiago_2016_PROF 30/05/16 15:30 Página 11 Mídia Objetivo Os celenterados não possuem sistemas respiratório, circulatório e excretor. A respiração é feita por meio de difusão, ou seja, ocorre uma troca gasosa diretamente entre as células e o meio, em que é absorvido o oxigênio dissolvido na água e eliminado gás carbônico e excreções. São animais carnívoros e sua digestão é extra e intracelular. Isso quer dizer que parte dela ocorre na cavidade gastrovascular, com a eliminação de substâncias que agem sobre o alimento, e parte dela ocorre no interior das células. Possuem um sistema nervoso simples, formado por uma rede nervosa difusa, ou seja, uma rede que se espalha pelo corpo todo. Reprodução Liberação da larva plânula Pólipo Divisão Plânula Reproduzem-se de forma sexuada e assexuada. Medusas Fixação ao Estrobilização adultas substrato Existem espécies monoicas (hermafroditas) e dioicas Fecundação (divisão interna transversal) (sexos separados). A reprodução assexuada ocorre por meio de Espermatozóides liberados na água brotamento ou por um processo denominado Éfiras (medudas estrobilização, que leva à formação de medusas. imaturas) Liberação das Éfiras A reprodução sexuada ocorre a partir do Éfiras Desenvolvimento encontro das células sexuais (espermatozoides e óvulos), na água ou internamente, na cavidade gastrovascular da fêmea. Muitos celenterados apresentam uma fase sexuada e uma fase assexuada durante seu ciclo de vida. Nesse caso, dizemos que ocorre uma alternância de gerações. Após a fecundação entre os gametas de duas medusas (fase sexuada), forma-se uma larva, que se fixa em um substrato e origina um pólipo. Esse pólipo reproduz-se assexuadamente, originando novas medusas. Uma maravilha natural, a Grande Barreira de Corais, também conhecida como Grande Barreira de Recifes, é o maior recife de coral da Terra. Uma barreira de recifes é uma formação de corais comprida e estreita que se estende paralelamente à linha costeira de um território que tem sua maior porção submersa. A Grande Barreira de Corais fica no mar de Coral, na costa nordeste da Austrália. Tem uma extensão de 2 mil quilômetros, de norte a sul. É uma atração turística e um ambiente marinho protegido. Nela, a vida marinha é extraordinária. Formada ao longo de milhões de anos, a partir dos esqueletos de milhões de pequenos corais, existem, na “Grande Barreira”, pelo menos trezentos tipos de corais rígidos, além de esponjas, anêmonas, caracóis, lagostas, lagostins, camarões, águas-vivas e mexilhões. Determinados tipos de algas dão uma coloração púrpura à orla que circunda o recife. Também há mais de duzentos tipos de aves e mais de 1.500 espécies de peixes, muitos de cores vivas e formas incomuns. Figura 17 Figura 16 A Grande Barreira de Corais da Austrália Grande Barreira de Coral. In Britannica Escola Online. Enciclopédia Escolar Britannica, 2016. Web, 2016. Disponível em: <http://escola.britannica.com.br/article/481407/Grande-Barreira-de-Coral>. Acesso em: 24 de janeiro de 2016. No Portal Objetivo Para saber mais sobre o assunto, acesse o PORTAL OBJETIVO (www.portal.objetivo.br) e, em “localizar”, digite CIEN7F301. Ao concluir o item anterior, você já pode realizar, em casa, a tarefa 13 “Celenterados”. 11 SOME_C3_7o_Ano_Ciencias_Tiago_2016_PROF 30/05/16 15:30 Página 12 DATA: _____/_____/_____ Capítulo 5 9 Filos dos Platelmintos e dos Nematelmintos A 70 Os seres que conheceremos neste módulo, platelmintos e nematelmintos, são animais invertebrados que têm como principal característica a forma alongada e fina do corpo. Os platelmintos são vermes de corpos achatados, como se fossem “fitas”. Os nematelmintos, por sua vez, têm o corpo cilíndrico. Professor: a atividade a seguir tem a intenção de estimular o aluno a discutir sobre a variedade de espécies de vermes e a sua distribuição pelos ambientes. O Módulo 9 objetiva apresentar vermes que são parasitas humanos mas também alguns de vida livre. Sabemos que é do gosto do aluno contar suas histórias, casos de família etc. Após essa prática, os alunos farão algumas citações; eles devem fazer considerações que envolvem vermes como animais de estimação, vermes parasitando humanos, vermes encontrados na terra e ainda outras. Feitos os registros, os alunos poderão responder os itens a, b e c. Nesse momento, faremos as interferências necessárias e as devidas correções. Quando falamos a palavra verme, é comum observarmos mudanças bruscas nas expressões dos rostos das pessoas que a escutam. Essas pessoas muitas vezes emitem interjeições do tipo: Eca!... Urghh!...Que nojo! Provavelmente essas reações se devem ao fato de que os vermes mais citados ou conhecidos são aqueles que encontrados nas fezes de animais, os que parasitam intestino e outros órgãos. Com certeza você deve ter uma história para contar sobre algum animal como esse, em sua relação com outros animais ou com o ser humano. Junte-se ao seu colega mais próximo, troque ideias sobre o assunto e registre no espaço a seguir sua história. Após concluir a atividade anterior, seu professor fará, no quadro, o registro de algumas situações mencionadas pela classe, e só então você deverá responder às questões seguintes: a) Todos os vermes são parasitas humanos? c) Quais foram os vermes citados por você e pelos colegas da classe? 12 Figura 19 Existem outros hospedeiros de vermes, além dos animais? Em caso afirmativo, quais seriam eles? Figura 18 b) SOME_C3_7o_Ano_Ciencias_Tiago_2016_PROF 30/05/16 15:30 Página 13 A 71, 72 e 73 9.1 Filo dos Platelmintos Os vermes de corpo achatado, ou seja, os platelmintos, podem ser encontrados no mar, em água doce e em solo úmido, o que significa que eles não apenas são parasitas de seres vivos. Seu sistema digestório é composto por boca e por uma cavidade gastrovascular ramificada, e eles não apresentam ânus, sendo assim, os restos não digeridos são eliminados pela boca. A respiração é cutânea (as trocas gasosas ocorrem através da pele) nas espécies de vida livre. Nas espécies parasitas, a respiração também é cutânea, mas a ausência de oxigênio faz com que ocorra de forma anaeróbia. Três dos platelmintos mais conhecidos serão estudados aqui: a planária, o esquistossomo e a tênia. A Planária Existem diversas espécies de planárias, e todas elas são formas de vida livre, podendo ser encontradas no fundo dos lagos ou no solo úmido, sob pedras e folhas. Possuem dois ocelos na frente do corpo, que permitem a elas a percepção da claridade, e por isso não são facilmente encontradas em locais com muita incidência luminosa. As planárias são carnívoras, se alimentam de restos de animais, de outros vermes e também de moluscos. São também hermafroditas, ou seja, possuem órgãos feminino e masculino em um mesmo organismo, mesmo assim, fazem fecundação cruzada. Isso significa que dois indivíduos se encontram e se unem pelos poros genitais. Após a troca de espermatozoides, cada um dos vermes produz e deposita seus casulos com ovos em um substrato, que pode ser uma planta aquática ou qualquer sedimento fixo na terra, sob folhas. A planária também pode se reproduzir assexuadamente: a partir da fragmentação de seu corpo, é capaz de regenerar as partes que faltam, e assim produzir novas planárias. Figura 20 Mídia Objetivo Mídia Objetivo Mídia Objetivo Regeneração da planária. Planária marinha. Planária terreste. Platelminto da classe Tubellaria. Como você pôde perceber, apesar de as planárias serem hermafroditas, elas se reproduzem de forma sexuada e assexuada. Quais seriam as vantagens e/ou desvantagens para essas espécies se elas se reproduzissem de uma única forma? Professor: a reprodução sexuada permite a variabilidade genética ao longo das gerações, o que, como já estudado em Darwin, no 1º bimestre, implica no aparecimento de espécies modificadas e melhor adaptadas. A reprodução assexuada é vantajosa por protelar a morte do indivíduo e, ao mesmo tempo, desvantajosa, por perpetuar falhas existentes no código genético. 13 SOME_C3_7o_Ano_Ciencias_Tiago_2016_PROF 30/05/16 15:30 Página 14 O Esquistossomo O esquistossomo é um verme platelminto conhecido cientificamente como Schistosoma mansoni. Exclusivamente parasita, é causador da doença esquistossomose, popularmente conhecida como barriga-d’água. Mídia Objetivo Reprodução e ciclo de vida do esquistossomo O esquistossomo é uma espécie dioica, ou seja, existem indivíduos machos e indivíduos fêmeas. Na fase adulta, esse verme vive como parasita no fígado humano. O macho possui um canal onde a fêmea fica alojada durante toda a vida. Como não apresentam órgãos copuladores, se acasalam pela justaposição dos orifícios genitais. A fêmea de um esquistossomo adulto pode produzir cerca de 300 ovos por dia. Seus ovos possuem uma estrutura parecida com um espinho, que é utilizada para perfurar os capilares; através destes, podem chegar até o intestino, de onde serão eliminados junto com as fezes. Se os ovos da fêmea de um esquistossomo são eliminados com as fezes humanas, como você imagina que possa ocorrer a continuidade do ciclo? Para onde vão as fezes que os contêm? O ciclo sempre continua, ou há uma forma de controlá-lo ou interrompê-lo? Mídia Objetivo Professor: esta atividade deve ser feita em poucos minutos (de 3 a 5), para que o ritmo da aula não seja prejudicado e para que as explicações sobre o ciclo não sejam interrompidas. Será o momento de discutir com o aluno a importância do saneamento básico para combater e controlar todas as verminoses e de fazê-lo perceber que as áreas mais pobres e menos favorecidas pelas instalações de estações de tratamento de água e esgoto são as mesmas onde encontramos o maior número de casos de infestações por parasitas. Quando a água dos esgotos é tratada, os ovos morrem, interrompendo o ciclo do verme. Os ovos do esquistossomo, em contato com a água, eclodem e formam uma larva ciliada denominada miracídeo. O miracídeo só sobreviverá por volta de 24 horas. Nesse intervalo, a larva poderá penetrar no seu hospedeiro intermediário, um caramujo do gênero Biomphalaria. Caso o miracídeo não encontre seu hospedeiro intermediário, ele morrerá, e o ciclo será interrompido. Uma vez dentro do caramujo, a larva miracídeo transforma-se em um saco alongado que origina várias células. Essas células evoluem para a forma larval denominada cercária. As cercárias têm Esquema do ciclo de vida do Schistossoma mansoni. forma adaptada à vida aquática, e sairão do caramujo buscando, agora, seu hospedeiro definitivo: o humano. Ao penetrarem na pele humana, as cercárias logo encontram um vaso sanguíneo e, por meio dele, chegam ao fígado, onde permanecem até a fase adulta. Devido às irritações provocadas pela penetração das larvas cercárias na pele humana (comumente nos pés e pernas), as águas onde esse ciclo ocorre são chamadas de “lagoas de coceira”. 14 SOME_C3_7o_Ano_Ciencias_Tiago_2016_PROF 30/05/16 15:30 Página 15 As Tênias As tênias são vermes platelmintos que vivem exclusivamente como parasitas. Seu corpo é formado por uma cabeça (ou escólex) e por uma grande quantidade de segmentos, chamados proglotes. Duas espécies de tênias são parasitas humanos: a Taenia solium, que tem, em seu ciclo, o porco como hospedeiro intermediário, e a Taenia saginata, cujo hospedeiro intermediário é o boi. Outra diferença entre as duas espécies é que o escólex da T. solium apresenta ventosas (estruturas que fixam o parasita por sucção) com ganchos, que promovem sua fixação na parede do intestino delgado, enquanto na T. saginata o escólex possui apenas as ventosas, sem ganchos. Ventosas Figuras 21 e 22 Mídia Objetivo Ganchos Escólex Ventosas Taenia solium Taenia saginata Fotos de Taenia solium. Reprodução e ciclo de vida das tênias As tênias são animais hermafroditas cujos óvulos e espermatozoides são produzidos dentro de uma mesma proglote, que se origina a partir do escólex: a região do “pescoço” vai formando as proglotes, e assim uma tênia pode chegar a medir, dentro do intestino, 8 metros. As proglotes maduras passam a produzir espermatozoides e óvulos, e a fecundação pode ocorrer ou dentro de uma mesma proglote ou entre proglotes vizinhas. Quando fecundadas, as proglotes se enchem de ovos e se destacam do resto do corpo, misturando-se com as fezes para serem, então, eliminadas. Na ausência de saneamento básico, os ovos da proglote vão contaminar a água ou o solo e, dessa forma, poderão ser ingeridos pelo hospedeiro intermediário: o porco ou o boi. Desses ovos sairão larvas que atravessam a parede do intestino do hospedeiro intermediário e atingem sua musculatura, onde irão se fixar. Ao ingerir carne mal cozida do porco ou do boi infectados, o homem contrai a larva. Essa larva desenvolve-se e dá origem a um ser adulto, a tênia, que se instala na parede do intestino humano, onde o ciclo é recomeçado. Os sintomas decorrentes da teníase, ou seja, da infestação do organismo pela tênia, que é comumente conhecida como solitária, são: dores abdominais, náuseas, apetite exagerado, diarreias e sonolência. A cisticercose, causada pela larva da tênia, pode levar a danos muito maiores, inclusive à morte. Essa doença acontece quando o homem faz o papel do hospedeiro intermediário, ingerindo água ou alimentos contaminados com ovos da tênia. Uma vez que adentram o corpo humano, os ovos liberam larvas, que atravessam a parede do intestino e podem se alojar na musculatura, no cérebro, no coração, olhos e em outros órgãos onde o verme consegue se desenvolver. Na maioria dos casos, a retirada do verme desses locais só pode ser feita com intervenção cirúrgica. 15 SOME_C3_7o_Ano_Ciencias_Tiago_2016_PROF 30/05/16 15:30 Página 16 Teníase e cisticercose são verminoses que apresentam ciclos de vida diferentes, apesar de serem causadas pelo mesmo tipo de verme. Levando em conta isso, uma pessoa pode ter teníase e cisticercose ao mesmo tempo? Justifique sua resposta. Professor: sim, uma pessoa pode ingerir carne contendo larvas da tênia e, assim, adquirir a teníase, como pode, na sequência, ingerir alimentos contaminados com ovos do verme (as larvas liberadas pelos ovos no organismo humano conduzem à cisticercose.) 9.2 Filo dos Nematelmintos A 74, 75 e 76 Ao concluir o item anterior, você já pode realizar, em casa, a tarefa 14 “Platelmintos”. Nematelmintos é um filo composto por vermes de corpo cilíndrico que apresentam o tubo digestório completo, ou seja, um tubo que começa por boca e termina em ânus. Já pudemos conhecer duas parasitoses muito importantes no estudo do filo anterior, o filo dos platelmintos. Nesse momento estudaremos outras parasitoses de igual importância que envolvem nematelmintos parasitas. O texto a seguir traz informações importantes. Trata-se de algumas curiosidades e dados sobre a triste realidade de algumas regiões do Brasil e de outros países do mundo que sofrem com a presença constante de várias enfermidades. Ao final da leitura, você deverá conseguir identificar o que ocasiona as precárias condições das áreas especificadas no texto e por que motivo elas se perpetuam. As verminoses são doenças causadas por diferentes vermes parasitas que se instalam no organismo do hospedeiro. Em geral, eles se alojam nos intestinos, mas podem abrigar-se também em órgãos como fígado, pulmões e cérebro. No Brasil, as verminoses cujos ciclos estão associados ao uso do solo tornaram-se um problema que, para ser resolvido, necessita do apoio do Ministério da Saúde, o qual mobiliza a população, com o objetivo de reduzir a incidência desses parasitas, por meio de campanhas. As atividades propõem mobilização e orientação de professores e estudantes em áreas onde essas doenças se tornaram endêmicas. Vermes intestinais também são um sério problema em todo o mundo, pois afetam bilhões de pessoas todos os anos, principalmente crianças, causando subnutrição, anemia e outras disfunções que impactam negativamente no desenvolvimento físico e mental. As condições precárias e sub-humanas de algumas regiões da África, Mediterrâneo, América Central e América do Sul colaboram também para a proliferação de vermes e para a disseminação de doenças por eles causadas, a exemplo da cegueira dos rios, também conhecida como oncocercose, doença de Robles, volvulose, erisipela da costa e mal morado. Trata-se de uma verminose humana crônica que pode atingir vários órgãos, chegando a levar à cegueira. No Brasil, a maioria dos casos ocorre nos estados de Roraima e Amazonas: seus rios e afluentes colaboram para a permanência do transmissor, a mosca preta do gênero Simulium. Um dos maiores problemas enfrentados pelos médicos que atendem a população das áreas anteriormente citadas é a dificuldade em fazer exames para diagnosticar o tipo de verminose que acomete seus pacientes. Em 2013, cientistas de várias partes do mundo passaram a usar uma câmera acoplada ao celular, que seria útil na avaliação de amostras de fezes, uma inovação para a época. Esse microscópio improvisado foi testado pela primeira vez na Tanzânia e, apesar de não ter eficiência total, pôde detectar a presença de ovos em 70% das amostras analisadas, o que tornou possível acelerar o diagnóstico e reduzir os impactos na saúde. a) Quais seriam as medidas preventivas para todas as verminoses citadas no texto? 16 SOME_C3_7o_Ano_Ciencias_Tiago_2016_PROF 30/05/16 15:30 Página 17 b) Quais doenças foram citadas ao longo do texto? c) Se você fosse um sanitarista (especialista em higiene e saúde pública), quais providências você tomaria para combater as verminoses na sua cidade? A lombriga é um verme nematelminto bastante comum. Tem sexo separado (dioica) e vive como parasita no intestino delgado, onde se acasala. Cada fêmea fecundada pode depositar 200.000 ovos por dia. Esses ovos serão eliminados com as fezes e, em locais onde não há saneamento básico, contaminarão solo e água. Os ovos podem ser ingeridos juntamente com água ou alimentos (verduras, legumes e frutas) contaminados e, uma vez que isso acontece, atravessam o sistema digestório até alcançarem o intestino delgado, onde as larvas eclodem. Essas larvas, depois de liberadas, atravessam a parede do intestino, chegam aos vasos linfáticos e invadem o fígado, atingindo o coração e depois os pulmões. Na sequência, passam pela árvore brônquica, alcançando a traqueia e a faringe. A partir da faringe, elas podem ser expelidas (tossidas) ou ingeridas. Quando atingem o intestino delgado, nele se instalam, tornam-se adultas, e, assim, o ciclo é recomeçado. O Ancilóstomo Mídia Objetivo A Ancilostomose é uma doença que pode ser causada por duas espécies de verme: o Ancylostoma duodenale e o Necatur americanus, que medem entre 1 e 1,5 cm. A doença é conhecida popularmente como "amarelão", "doença do jeca-tatu", "mal-daterra", "anemia-dos-mineiros” e "opilação". Os portadores dessa verminose ficam com a pele amarelada, e isso ocorre porque os vermes que os infestam, com suas pequenas lâminas, raspam as paredes de seu intestino delgado, provocando hemorragias e anemia. Depois do acasalamento dos vermes, seus ovos são expulsos com as fezes humanas (a fêmea do Ancylostoma duodenale põe até 30 mil ovos por dia, enquanto a do Necator americanus põe 9 mil). No solo após uma semana, o ovo transforma-se numa larva, que penetra, através da pele, nas pessoas que andam descalças em áreas infestadas. As larvas também podem adentrar o corpo humano 17 quando engolidas com a água contaminada. Figura 23 A lombriga SOME_C3_7o_Ano_Ciencias_Tiago_2016_PROF 30/05/16 15:30 Página 18 A filária (Wuchereria bancrofti) Figura 25 Figura 24 A filária é causadora de uma doença conhecida popularmente como elefantíase. Os órgãos afetados sofrem um grande inchaço, assemelhando-se a uma pata de elefante, daí o nome atribuído à verminose, que é transmitida pelos mosquitos dos gêneros Culex, Aedes, Anopheles e Stegomyia, comuns nas regiões tropicais e subtropicais. O mosquito é infectado ao picar um ser humano doente, ingerindo as larvas presentes em seu sangue. Depois de penetrarem na pele a partir da picada do mosquito, as larvas se dirigem para os nossos vasos linfáticos (responsáveis pela drenagem de líquidos), onde se instalam e crescem lentamente, causando o seu entupimento. O tratamento é feito com o uso de medicamentos que levam ao desaparecimento das microfilárias, no entanto, nem todos os vermes são mortos, mesmo após o uso de repetidas doses. A Wuchereria bancrofti é encontrada principalmente na Ásia, África e ilhas a oeste do Pacífico; nas Américas, pode ser encontrada no Haiti, Costa Rica, República Dominicana, Trinidad e Tobago, Suriname e Brasil. Onchocerca volvulus 18 Figura 27 Figura 26 A cegueira do rio, como é conhecida a verminose causada pelo Onchocerca, ocorre principalmente na África. É transmitida por uma mosca preta do gênero Simulium que, ao picar uma pessoa infectada, engole as microfilárias. Estas, por sua vez, se tornarão larvas e serão transmitidas quando a mosca picar outra pessoa. A oncocercose pode causar dermatites e diversos sintomas, sendo que os mais comuns se manifestam no globo ocular: a córnea fica opaca, a visão turva e, em quadros mais graves, chega-se à cegueira completa. SOME_C3_7o_Ano_Ciencias_Tiago_2016_PROF 30/05/16 15:30 Página 19 O Bicho-geográfico Figura 28 Há algumas parasitoses causadas por nematelmintos que são menos frequentes no Brasil. Uma delas é provocada pelo Ancylostoma braziliense, popularmente conhecido como bicho-geográfico. Transmitido pelas fezes de cães e gatos, o bicho-geográfico é mais comumente contraído a partir do contato com a areia de praias onde defecaram animais contaminados. A larva migrans cutânea penetra através da pele da sola do pé. Uma vez dentro do organismo, ela se locomove, criando uma série de desenhos que lembram mapas – daí o nome popular da verminose. O Oxiurus Figura 29 A oxiurose ou enterobiose é causada pelo Enterobius vermicularis ou oxiúro, animal que parasita o intestino humano. O sintoma mais característico da doença é o prurido (coceira) na região anal, que ocorre devido à migração das fêmeas para o ânus, onde são postos os ovos. Outros sintomas são diarreia, náuseas, vômitos, emagrecimento e dores abdominais. Crianças são as principais vítimas dessa infecção, que é devida à falta de higiene pessoal. O ato de coçar a região anal sem lavar as mãos pode causar a reinfecção ou a infecção de parentes e colegas. A oxiurose pode provir também da ingestão de água e de alimentos contaminados pelos ovos do oxíuro. Depois de engolidos, os ovos se abrem no intestino delgado e as larvas se encaminham até o intestino grosso, onde permanecem até atingir a maturidade sexual. A reprodução ocorre nesse local e, assim que ela se conclui, o macho morre. O tratamento consiste no uso de vermífugos (medicamentos para matar os vermes), e os fatores importantes para evitar a reinfestação são a higienização do ambiente e do corpo. 19 SOME_C3_7o_Ano_Ciencias_Tiago_2016_PROF 30/05/16 15:30 Página 20 Transmisão Lombriga (Ascaris lumbricoides) Ascaridíase Ingestão de ovos contidos em água ou alimentos contaminados Elefantíase ou filariose Picada do mosquito Culex Microfilária (Onchocerca volvulus) Cegueira do rio ou oncocercose Picada de uma mosca preta do gênero Simulium Larva migrans cutânea (Ancylostoma braziliensi) Bicho-geográfico Penetração da larva migrans na pele Oxiurus (Enterobius vermicularis) Oxiurose ou enterobiose Ingestão de ovos contidos em água ou alimentos contaminados No Portal Objetivo Para saber mais sobre o assunto, acesse o PORTAL OBJETIVO (www.portal.objetivo.br) e, em “localizar”, digite CIEN7F302. 20 Realização do Laboratório 12, “Observação de vermes”. Ao concluir o item anterior, você já pode realizar, em casa, a tarefa 15 “Nematelmintos”. Mídia Objetivo Penetração das larvas através da pele Figura 31 Filária (Wuchereria bancrofti) Amarelão Mídia Objetivo Ancilóstomo (Ancylostoma duodenale e Necator americanus) Imagem relacionada Mídia Objetivo Doença Figura 30 Nome do verme Figura 32 Figura 1 Agora que você já leu os textos anteriores e discutiu sobre eles com o professor e com seus colegas, complete a tabela abaixo, a fim de organizar e fixar as ideias. A 77 SOME_C3_7o_Ano_Ciencias_Tiago_2016_PROF 30/05/16 15:30 Página 21 DATA: _____/_____/_____ Capítulo 5 10 Filos dos Anelídeos e dos Moluscos A 78 e 79 10.1 Filo dos Anelídeos a) Se você for convidado para uma pescaria, além da vara, linha e anzol, o que mais será necessário levar? Não podemos nos esquecer da isca, certo? Existem vários tipos de isca, naturais e artificiais, mas entre elas há uma que normalmente vem primeiro à nossa cabeça. Que isca é essa? b) Caracterize-a em pelo menos três aspectos. O filo dos Anelídeos reúne animais que possuem o corpo alongado e cilíndrico, formado por anéis ou segmentos. Entre os principais representantes, encontramos as minhocas, as poliquetas e as sanguessugas. Esses seres são encontrados no mar, em água doce e no ambiente terrestre, normalmente úmido. A alimentação desses animais é variada: alguns alimentam-se de restos vegetais, outros são carnívoros e outros, parasitas. O sistema digestório deles é completo. Quanto à circulação, o sangue desses animais permanece no interior de vasos sanguíneos, o que caracteriza um sistema circulatório fechado. O movimento do sangue ocorre devido a contrações de alguns desses vasos. Oligoquetos. Poliquetos. Figura 34 Figura 33 Mídia Objetivo Entre os principais grupos de anelídeos, destacamos três classes: Hirudíneos. 21 SOME_C3_7o_Ano_Ciencias_Tiago_2016_PROF 30/05/16 15:30 Página 22 a) Classe dos Oligoquetas Mídia Objetivo Existem representantes aquáticos, mas a maioria vive em solo úmido. Seu principal representante é a minhoca. A pele da minhoca produz uma substância viscosa que diminui o atrito de seu corpo com o solo, protege a pele no contato com possíveis substâncias tóxicas e mantém a umidade. A umidade é fundamental para a respiração cutânea dos oligoquetas. Estrutura interna da minhoca. Figura 36 Figura 35 O Tubifex é um pequeno oligoqueto que vive em águas poluídas. Minhocuçu. Figura 37 Mídia Objetivo Durante o dia é comum as minhocas permanecerem debaixo da terra. À noite, elas vêm à superfície para acasalar. As minhocas são hermafroditas, ou seja, produzem gametas masculinos e femininos, mas, apesar dessa característica, não se reproduzem sozinhas: uma minhoca necessita da outra para que ocorra troca mútua de espermatozoides. É a chamada fecundação cruzada. No momento da reprodução, as minhocas posicionam-se em sentidos opostos, e cada uma delas elimina o esperma nos orifícios chamados receptáculos seminais da outra. Após a troca de espermatozoides, elas se separam. O anel mais largo de seu corpo, denominado clitelo, produz uma cápsula ou casulo, que se desprende do clitelo e, impulsionado por contrações musculares, vai se movendo até receber os espermatozoides e óvulos, que serão liberados pelos receptáculos seminais. Ocorre, a partir daí, a fecundação, no interior do casulo – trata-se, portanto, de fecundação externa, pois não ocorre no interior do corpo da minhoca. Esse casulo é eliminado e os ovos ali formados eclodem. Acasalamento de minhocas. A minhoca desempenha um papel importante na fertilidade do solo. Ao cavar seus túneis, ela atua como um arado: afofa a terra, o que facilita a penetração das raízes das plantas e aumenta a circulação do ar e da água. 22 SOME_C3_7o_Ano_Ciencias_Tiago_2016_PROF 30/05/16 15:30 Página 23 Leia o texto a seguir, discuta sobre a questão sugerida na página seguinte e anote as conclusões da classe. Húmus de minhoca pode ser um grande parceiro do pequeno produtor rural Adubo caseiro contém hormônios vegetais que fortalecem as plantações Uma alternativa simples e barata para pequenas propriedades rurais adubarem o solo é o minhocário campeiro. Com a produção de húmus de minhoca, é possível obter um produto de qualidade para fertilizar hortas, pomares, flores e plantas em geral, evitando o uso de adubos químicos e industrializados. Húmus é todo material orgânico degradado no solo. Já o húmus de minhoca é a excreção do próprio anelídeo, que come material orgânico e acaba fertilizando a terra. Esse tipo de adubo melhora a porosidade dos terrenos, reduz o risco de erosão e acelera o processo de humificação dos demais resíduos de matéria orgânica presentes no solo. Por não ser tão solúvel quanto os fertilizantes industrializados, o húmus não é levado junto com a água da chuva e possui praticamente todos os nutrientes necessários às plantas, mantendo-as em boas condições ao longo do cultivo. “O húmus de minhoca possui praticamente todos os nutrientes que tem o adubo mineral, desses comprados em agropecuárias. Nele contém nitrogênio, fósforo, potássio, magnésio, cálcio e uma série de micronutrientes. Quando o húmus é produzido a partir de esterco, ele contém também uma série de hormônios vegetais que fortalecem as plantações”, explica o pesquisador da Embrapa, Gustavo Schiedeck. A produção de adubo de minhoca também proporciona a sustentabilidade na propriedade rural, especialmente na agricultura familiar. Segundo o pesquisador, o húmus pode ser uma prática integradora de outras atividades, pois pode ser feito a partir de excrementos de animais, como vacas, porcos e aves, quanto de restos de colheita e de capina, misturados ou não, da própria propriedade. Como não há a necessidade de ampla mão de obra, construir e manter um minhocário pode ser uma boa saída para pequenas fazendas. A espécie de minhoca mais utilizada para a formação de um minhocário é a “Vermelha da Califórnia”, indicada para a prática porque come rápido e em grande quantidade (por dia, ingere uma quantia de alimento que equivale ao seu peso) e também porque se reproduz com facilidade (quando duas minhocas acasalam, por serem hermafroditas, ambas saem fecundadas). “A cada três dias, a minhoca coloca um casulo, de onde vão nascer até três minhocas. Em 90 dias, estas estarão adultas, prontas para começar a se reproduzir. Em três ou quatro meses, o número de minhocas pode quintuplicar “, assegura Gustavo. Schiedeck também dá algumas dicas sobre como deve ser a construção e o manejo do minhocário: sobre um recipiente adequado, deve ser disposta uma camada de minhocas e, por cima dessa, uma camada de aproximadamente 15cm de esterco. Quando o esterco, ou qualquer material orgânico escolhido, tiver sido transformado em húmus, é hora de pôr uma nova leva de matéria-prima. O húmus estará pronto quando estiver em forma granulada, perder o cheiro forte de esterco e ganhar um aroma de terra após a chuva. (Disponível em: <http://www.canalrural.com.br/noticias/tecnica-rural/humus-minhoca-pode-ser-grande-parceiro-pequeno-produtor-rural-35017>. Acesso em 31 jan. 2016. Adaptado.) 23 SOME_C3_7o_Ano_Ciencias_Tiago_2016_PROF 30/05/16 15:30 Página 24 Segundo o texto que acabamos de ler, quais são as vantagens na utilização do húmus de minhoca em substituição aos fertilizantes industrializados? Professor: oriente os alunos a responderem essa questão não apenas com a ajuda do texto. Encaminhe-os a pensar na questão da saúde em sua relação com o uso de fertilizantes na agricultura e também na economia que é feita quando da substituição destes pelo húmus. Mídia Objetivo b) Classe dos Poliquetas Poliqueto do Pacífico, muito utilizado na culinária polinésia. Figura 38 Os anelídeos que pertencem a essa classe são animais marinhos na sua grande maioria, e contam com uma diversidade de formas e de hábitos de vida. Podem ser encontrados rastejando no fundo do mar, enterrados na areia e também no interior de tubos que eles mesmos constroem utilizando areia e calcário. 24 Figura 40 Figura 39 Seus segmentos corporais possuem numerosas cerdas, chamadas parapódios, que auxiliam o animal em sua locomoção. Diferentemente das minhocas, os poliquetas possuem uma cabeça com boca, palpos, olhos e tentáculos. Sua dieta é variada: alimentam-se de pequenos animais, como crustáceos, moluscos, larvas, algas etc. Com relação à reprodução, a maioria dos poliquetos são dioicos (sexos separados) e realizam fecundação externa. A respiração é branquial na maior parte das espécies, e há aquelas que realizam respiração cutânea. SOME_C3_7o_Ano_Ciencias_Tiago_2016_PROF 30/05/16 15:30 Página 25 Mídia Objetivo Figura 41 b) Classe dos Hirudíneos Esses anelídeos são popularmente conhecidos como sanguessugas, pois a maioria deles se alimenta de sangue de animais vertebrados. Podem alimentar-se também de moluscos, vermes e larvas de insetos. São encontrados em água doce, brejos, rios, pântanos etc. Possuem duas ventosas de fixação, que estão relacionadas à locomoção e à alimentação. Ao encontrar um hospedeiro, a sanguessuga fixa-se no animal e perfura sua pele. Essa incisão tem uma forma de “Y”. Na saliva da sanguessuga, existe uma substância anticoagulante que permite que o sangue flua com facilidade, e também uma substância anestésica, que faz com que seu hospedeiro não sinta dor quando picado. Figura 43 Figura 42 As sanguessugas são animais hermafroditas e sua respiração é cutânea. Até o século XIX, esses anelídeos foram muito utilizados com fins medicinais, sendo atribuída a eles a cura de várias doenças. Devido à falta de comprovação científica, o uso de sanguessugas para fins curativos foi sendo abandonado, apesar de ainda existirem alguns locais em que elas são utilizadas com essa finalidade. Venda de sanguessugas em mercado na Turquia. Acabamos de ver que as sanguessugas foram e ainda são utilizadas na cura de doenças. Faça uma breve pesquisa sobre essas enfermidades para as quais o uso da sanguessuga pode representar a cura, no passado e nos dias de hoje. Após a pesquisa, compartilhe com seus colegas o que descobriu. A 80 Ao concluir o item anterior, você já pode realizar, em casa, a tarefa 16 “Anelídeos”. Realização do Laboratório 13, “Observação de minhocas”. 25 SOME_C3_7o_Ano_Ciencias_Tiago_2016_PROF 30/05/16 15:30 Página 26 10.2 Filo dos Moluscos A 81, 82 e 83 Você deve estar percebendo que a cada novo grupo de seres que surge em nossa sequência de estudos, novas estruturas são descritas, o que demonstra que os seres vivos foram se modificando ao longo do tempo para se adaptar aos diversos ambientes e às condições que estes oferecem. Essa adaptação aconteceu também para os Moluscos, que estudaremos a seguir. Figura 44 Figura 45 Figura 47 Figura 48 Figura 46 Mídia Objetivo Identifique os animais representados abaixo e, quando possível, cite a maneira como são utilizados pelo homem. A característica básica do filo dos Moluscos, ou seja, aquela que podemos observar em todos os indivíduos, é a presença de uma musculatura desenvolvida, daí sua denominação. A maioria dos animais desse filo possui o corpo dividido em cabeça, pé e massa visceral. Dependendo da classe, essas partes são mais ou menos desenvolvidas. Ao redor da massa visceral está o manto, responsável pela produção da concha, quando esta se faz presente. Esses animais possuem os sistemas nervoso, digestório, respiratório, circulatório, excretor e reprodutor. São três as classes principais de Moluscos: • Gastrópodes; • Bivalves ou Pelecípodes; • e Cefalópodes. 26 SOME_C3_7o_Ano_Ciencias_Tiago_2016_PROF 30/05/16 15:30 Página 27 a) Classe dos Gastrópodes Caramujo terrestre. Figura 50 Figura 49 É a classe dos caracóis, caramujos e lesmas. Esses organismos vivem em ambientes de água doce, marinhos e terrestres. O pé dos gastrópodes é bem desenvolvido e esses animais possuem uma glândula que produz um muco viscoso sobre o qual o pé desliza. A maioria dos gastrópodes possui uma concha única e espiralada. Em momentos de perigo, essa concha serve de abrigo a todo o corpo mole e maleável. Assim, quando se sente ameaçado, o animal inteiro se retrai para dentro da concha, e a entrada é fechada por uma “tampa dura” chamada opérculo. Aplysia, um gastrópode marinho. Mídia Objetivo Na cabeça existem olhos bem desenvolvidos, tentáculos tátil-olfativos e a boca. Sua língua possui um raspador duro, a rádula, que realiza um movimento de vai e vem responsável por reduzir o alimento a pequenas partículas. Boca Rádula Figura 51 A respiração desses animais ocorre por meio das brânquias, nos representantes aquáticos; pelos pulmões, nos caracóis terrestres; e pela pele, nas lesmas. Mas também existem caramujos aquáticos, como o hospedeiro do esquistossomo, que, apesar de viverem na água, respiram por pulmões, o que os obriga a vir à superfície. Os gastrópodes são, em sua maioria, hermafroditas (o mesmo indivíduo possui órgãos sexuais feminino e masculino), mas realizam fecundação cruzada. Após a troca de espermatozoides, cada organismo envolve seus ovos numa membrana protetora e os deposita em lugar protegido. 27 SOME_C3_7o_Ano_Ciencias_Tiago_2016_PROF 30/05/16 15:30 Página 28 b) Classe dos Bivalves ou Pelecípodes Mídia Objetivo INTERIOR DE UM MOLUSCO Brânquias Músculo Músculo Sifão exalante Sifão inalante Pé Valva Mídia Objetivo Manto Essa classe é representada por ostras, mariscos e mexilhões, animais aquáticos que possuem duas conchas articuladas, chamadas valvas. Sua musculatura mantém as conchas fortemente unidas. A cabeça dos bivalves é muito reduzida, e eles não possuem olhos nem tentáculos. O pé é desenvolvido e, em muitas espécies, tem função de cavar o solo para que o animal possa se enterrar. Há espécies que vivem fixas a rochas ou a outros substratos por meio de filamentos chamados bissos, e há espécies, como os pectens, que são animais de vida livre: movimentam-se abrindo e fechando suas conchas rapidamente. Os bivalves retiram seu alimento e o oxigênio de que necessitam diretamente da água. Os nutrientes são filtrados no momento em que a água penetra no corpo do animal, por meio de um sifão chamado inalante. A água sai do animal pelo sifão exalante e o oxigênio dissolvido nela é absorvido por brânquias. A maioria dos bivalves são dioicos e liberam as células reprodutoras na água. Você certamente já ouviu falar sobre pérolas. Elas são utilizadas como joias e são bastante caras. Você saberia dizer qual a relação entre as pérolas e os moluscos? A imagem a seguir pode ajudálo a encontrar a resposta. Concha Manto Mídia Objetivo Madrepérola (nácar) Partícula estranha Camadas de nácar Pérola Professor: as pérolas se formam no interior de bivalves como as ostras e podem ser naturais ou cultivadas, mas, nos dois casos, o princípio de formação é o mesmo. Quando uma partícula estranha, como um grão de areia, deposita-se entre a concha e o manto, o animal começa a produzir sucessivas camadas de nácar ou madrepérola, que envolvem essa partícula, conferindo-lhe um aspecto levemente prateado, brilhante. 28 SOME_C3_7o_Ano_Ciencias_Tiago_2016_PROF 30/05/16 15:31 Página 29 c) Classe dos Cefalópodes São animais exclusivamente marinhos, que podem apresentar uma concha interna ou externa. Em alguns moluscos, a concha pode estar ausente. Observe os seres representados abaixo e procure identificá-los quanto ao aspecto concha. b) c) Sépia Polvo ( d d) ) concha externa Figura 52 Figura 44 Mídia Objetivo Mídia Objetivo a) Lula Nautilus ( b, c ) concha interna ( a ) concha ausente Figura 54 Figura 53 Os cefalópodes têm a cabeça ligada diretamente aos pés, que são modificados em tentáculos. Neles, encontramos ventosas, úteis na locomoção e na captura de alimentos. Para se locomoverem, esse animais podem rastejar (polvo) ou podem ser impulsionados por jatos de água liberados por sifões. Têm grande capacidade de camuflagem, uma vez que modificam sua coloração para que sejam confundidos com o ambiente. Polvos, lulas e sépias possuem um particular mecanismo de defesa: uma bolsa de tinta negra, que, liberada em situação de perigo, os permitem fugir de um eventual predador. Polvo lançando tinta negra. Polvo camuflado. Esses seres respiram por brânquias e sua circulação é fechada, o que quer dizer que seu sangue circula sempre pelo interior de vasos. Possuem olhos bem desenvolvidos, capazes de formar imagens, o que faz deles bons predadores. Os cefalópodes são animais dioicos com fecundação interna: o macho coloca os espermatozoides no interior do corpo da fêmea com um tentáculo. Após a fecundação, os ovos são liberados na água ou fixados em algum substrato. A 84 Ao concluir o item anterior, você já pode realizar, em casa, a tarefa 17 “Moluscos”. Realização do Laboratório 14, “Observação de lulas”. No Portal Objetivo Para saber mais sobre o assunto, acesse o PORTAL OBJETIVO (www.portal.objetivo.br) e, em “localizar”, digite CIEN7F303. 29 SOME_C3_7o_Ano_Ciencias_Tiago_2016_PROF 30/05/16 15:31 Página 30 DATA: _____/_____/_____ Capítulo 5 11 Filos dos Artrópodes e dos Equinodermos A 85, 86, 87 e 88 11.1 Filo dos Artrópodes Professor: esta atividade pode levar a bons resultados se for desenvolvida em grupo. Sabemos que o conteúdo é bastante rico e abre espaço para muitas curiosidades e questionamentos. A ideia é fazer os alunos observarem e pensarem sobre a grande variedade de organismos que o filo reúne, assim como identificar as características que favorecem sua ampla distribuição pelo planeta. Depois poderemos utilizar a atividade para introduzir a classificação dos artrópodes nos cinco grupos a serem relacionados. Mídia Objetivo O filo dos Artrópodes é composto por animais que têm como principal característica a presença de patas articuladas, ou seja, patas formadas por segmentos ligados por meio de articulações (como se fossem engrenagens). Trata-se de um grupo numeroso e diversificado. Coxa Trocanter Fêmur Tíbia Tarso a) Escreva nas linhas abaixo o nome de todos os animais por você conhecidos que revelem essa característica. 30 SOME_C3_7o_Ano_Ciencias_Tiago_2016_PROF 30/05/16 15:31 Página 31 b) Agora, indique os ambientes nos quais podemos encontrar esses animais. c) A presença de patas articuladas é um ponto de semelhança entre os artrópodes. Cite, agora, algumas diferenças que podem ser observadas entre os animais citados por você. d) Relembrando o assunto Teorias da Evolução, já desenvolvido no Caderno 1, Darwin dizia que as espécies mais adaptadas e desenvolvidas tornam-se capazes de se multiplicar e sobreviver. Procure relacionar essa teoria às características já citadas dos atrópodes e ao número de organismos encontrados nesse filo. Mídia Objetivo O filo dos Artrópodes é formado por uma variedade de animais invertebrados, que estão amplamente distribuídos pelos mais variados ambientes. Assim, esses seres participam da grande maioria das cadeias alimentares. Sua ampla distribuição deve-se ao fato de eles serem fortes e ágeis. As patas articuladas de que dispõem permitem a esses animais movimentos mais amplos e diversificados, e sua força muscular também contribui para o sucesso da dispersão. Outra característica muito vantajosa dos artrópodes é a existência de um esqueleto externo (exoesqueleto) impregnado por quitina e, muitas vezes, fortalecido por carbonato de cálcio, como aquele encontrado nos siris, caranguejos e cracas. A troca periódica desse esqueleto, que acompanha o crescimento do corpo do animal, é denominada muda ou ecdise. Ecdises: as mudas de 3 cigarras. 31 SOME_C3_7o_Ano_Ciencias_Tiago_2016_PROF 30/05/16 15:31 Página 32 A grande diversidade de organismos encontrados no filo dos Artrópodes torna necessária a sua subdivisão em classes, de modo que as suas características possam ser melhor observadas. Assim, temos a classe dos insetos, classe dos aracnídeos, classe dos crustáceos, classe dos quilópodes e a classe dos diplópodes. a) Insetos Mídia Objetivo Mídia Objetivo O corpo dos insetos é dividido em três segmentos: cabeça, tórax e abdômen. Eles possuem 3 pares de patas fixadas no tórax e um par de antenas, que têm função tátil e olfativa. Seus olhos são compostos, ou seja, cada olho é formado por várias unidades independentes uma da outra, denominadas omatídeos. Todos os insetos possuem olhos compostos. Mídia Objetivo Abelha Mídia Objetivo Vespa Todos os insetos possuem duas antenas na cabeça. Mosquito Formiga Figura 55 O aparelho bucal varia de acordo com o alimento: é sugador em moscas e borboletas, picador em piolhos e mosquitos, mastigador em baratas, grilos, gafanhotos e besouros e lambedor-sugador em abelhas, por exemplo. Gorgulho, um besouro hematófogo. 32 SOME_C3_7o_Ano_Ciencias_Tiago_2016_PROF 30/05/16 15:31 Página 33 Figura 56 Figura 57 Os insetos podem ter um ou 2 pares de asas, e há aqueles que são ápteros (sem asas). Sua respiração é realizada por órgãos chamados traqueias, longos tubinhos ramificados, espalhados por todo corpo do animal, que se comunicam com o meio externo por minúsculos furinhos. O ar entra por esses furinhos e se difunde para todos os órgãos. Os insetos são sempre ou macho ou fêmea e, muitas vezes, os indivíduos masculino e feminino de uma mesma espécie são bem diferentes entre si (dimorfismo sexual). A fecundação é interna: o macho deposita dentro da fêmea os seus espermatozoides, que fecundarão os óvulos. A fêmea deposita seus ovos em folhas, troncos de árvores, frutas, na terra ou, no caso dos insetos parasitas, no corpo de outros animais. Ovos sobre folha. Figura 58 Acasalamento. Bicho-folha: exemplo clássico de camuflagem, o bicho-folha, assim como vários animais de sua classe, adquire a mesma cor do meio em que vive (homocromia) ou a mesma forma de algo que pertence a esse meio (homotipia). A metamorfose dos insetos Mídia Objetivo A partir do ovo dos insetos nasce um “filhote”, que pode desenvolver-se de forma diferente de acordo com a espécie. Em alguns insetos, como a traça, não existe a fase de larva. O bichinho que sai do ovo apenas cresce e torna-se adulto. São os ametábolos. Já insetos como as libélulas e gafanhotos passam pela fase de larva e, para se tornarem adultos, sofrem transformações parciais. Esses são os hemimetábolos. Por fim, há os insetos que passam de larva a adulto por meio de de metamorfoses profundas, caso da borboleta e da mosca. A lagarta da borboleta (sua larva) é completamente diferente da borboleta adulta. Esses são os holometábolos. Esquema de desenvolvimento ametábolo em traça de livro: Ovo Mídia Objetivo Esquema de desenvolvimento hemimetábolo em barbeiro (transmissor da Doença de Chagas): ovos 33 SOME_C3_7o_Ano_Ciencias_Tiago_2016_PROF 30/05/16 15:31 Página 34 Figura 59 Esquema de desenvolvimento holometábolo em borboletas: O texto a seguir expõe a organização social de alguns insetos. Você deverá fazer a leitura dando especial atenção às diferenças de comportamento entre as três espécies descritas, para depois fazer uma análise comparativa delas. Insetos sociais Figura 60 A maioria dos insetos vive de forma independente, ou seja, “cada um por si”. No entanto, existem grupos que têm um comportamento muito semelhante ao nosso, mantendo uma relação ecológica conhecida como sociedade. Por definição, sociedade é um agrupamento de seres da mesma espécie, que vivem juntos em colaboração mútua e de forma organizada. As abelhas As abelhas são insetos que despertam grande curiosidade entre todos nós. Mas por que será que isso acontece? Esses animais formam colmeias que abrigam de 50 a 100 mil indivíduos, e nelas encontramos três castas, ou seja, três funções sociais: rainha, zangão e operárias. A rainha é uma fêmea fértil que se originou de uma larva alimentada com geleia real, a secreção glandular das operárias. Ela receberá esse alimento por toda a sua vida, o que lhe garantirá, além de um corpo até três vezes maior que o das operárias, uma sobrevida de 4 a 5 anos. A abelha-rainha é a única capaz de fecundar até 1.000 ovos por dia, e o feromônio produzido por ela inibe o desenvolvimento do ovário das operárias. Quando, em uma colmeia, nascem duas abelhas-rainhas ao mesmo tempo, elas disputam a casta lutando até que uma venha a morrer. As operárias são resultantes de larvas alimentadas com geleia real apenas nos primeiros dias de vida; depois, elas passam a se alimentar de pólen e mel. Trabalham exaustivamente, exercendo funções diversas: coletam néctar e pólen, produzem mel, alimentam as larvas e limpam e guardam a colônia. Os zangões são os machos originados de óvulos não fecundados, e o processo que os origina é chamado partenogênese. Enquanto estão em fase larval, também são alimentados com geleia real e, na fase adulta, passam a ter como alimento pólen e mel. Depois do voo nupcial, aqueles que voltam à colmeia são expulsos pelas operárias a ferroadas. 34 SOME_C3_7o_Ano_Ciencias_Tiago_2016_PROF 30/05/16 15:31 Página 35 Figura 63 Figura 62 Figura 61 A geleia real tem propriedade anti-inflamatória. Relaciona-se a ela um fato curioso que envolve o Papa Pio XII. Nos anos 1950, já desenganado pelos médicos, o Papa sujeitou-se a um tratamento com geleia real que o recuperou de forma milagrosa. Em 1958, no 17º Congresso Internacional de Apicultura em Roma, declarou de forma exagerada: “A geleia real é um alimento concedido por Deus para conservar a jovialidade eternamente”. O mel resulta de reações químicas entre as enzimas produzidas por glândulas existentes na cabeça das operárias e o néctar das flores coletado por elas. Os favos das colmeias são formados por uma cera produzida por glândulas localizadas no abdômen das operárias. O própolis é um outro tipo de cera produzido pelas abelhas. Ele é o resultado da mistura de pólen com resinas retiradas de árvores pelas operárias, mais as suas próprias secreções. É uma substância natural com grandes efeitos antibióticos – sua vantagem, nesse sentido, é não haver registro do surgimento de bactérias resistentes à ação curativa que desempenha no organismo humano. Repare que os pelos e posições das patas das abelhas são elementos facilitadores no transporte de pólen. As formigas Mídia Objetivo Figura 64 As formigas também são insetos sociais, ou seja, vivem juntas em uma colônia chamada formigueiro, onde se podem encontrar centenas ou milhares delas. Assim como as abelhas, são divididas em castas: rainhas ou iças; operárias; e machos ou bitus. As operárias sempre são estéreis e podem ser cortadeiras ou jardineiras. As cortadeiras cortam as folhas e as levam até o formigueiro para servirem de adubo na criação de fungos, o verdadeiro alimento das formigas. As operárias jardineiras cuidam dos fungos e alimentam as larvas. Há formigueiros com apenas uma rainha e outros, com várias. As rainhas são férteis e aladas, assim como os machos. Ambos saem juntos para o voo nupcial e, depois de o concluírem, os machos morrem e a rainha vai em busca de um local para fundar um novo formigueiro. Ela perde as asas e cava um canal que desemboca em uma câmara, onde deposita os ovos fecundados. Sobre os ovos, a rainha regurgita o alimento que trouxe do antigo formigueiro. Cada rainha possui uma bolsa onde armazena os espermatozoides obtidos no voo nupcial, que serão usados nas próximas posturas de ovos. 35 SOME_C3_7o_Ano_Ciencias_Tiago_2016_PROF 30/05/16 15:31 Página 36 Os cupins Analise comparativa : 36 Figura 66 Figura 65 Os cupins são insetos sociais que vivem agrupados em madeira, no solo ou subsolo. Formam estruturas complexas com túneis em labirinto, e podem ser encontrados em todas as regiões de clima quente. Assim como se observa em outras espécies de insetos sociais, há nesse grupo uma divisão de castas, sendo elas: cupins operários; soldados; reis e rainhas. Os cupins operários cuidam das larvas, cavam túneis e buscam alimentos. São machos e fêmeas estéreis. Os soldados são responsáveis pela segurança do cupinzeiro e também são machos e fêmeas estéreis. Possuem mandíbulas e patas muito fortes, o que os permite cumprir sua função com eficiência. Os reis e rainhas são alados (possuem asas) e só saem da colônia para o voo nupcial, que costuma acontecer nos meses mais quentes do ano. Conhecidos popularmente como aleluias ou siriris, esses insetos voam em direção à luz, que os fazem perder suas asas e cair no chão. Os casais buscam um local adequado para se instalar e construir um ninho. Os machos não morrem e fecundam a fêmea periodicamente. Quando fecundada, a rainha guarda seus ovos em uma bolsa localizada no abdômen, que a permite ser facilmente reconhecida (veja figura 66). Aquele pozinho que fica sobre os móveis da casa é, na verdade, formado pelas fezes dos cupins. Esses animais não desperdiçam alimento, nutrem-se inclusive desse pozinho, passando-o de boca em boca. O feromônio é uma substância característica de cada casta, e é transmitido pela boca aos recémnascidos, funcionando como elemento que estimula e controla a diferenciação das castas. Dessa forma, se houver maior número de operários, mas faltar soldados, o feromônio inibe a formação de novos operários e estimula a formação de soldados. SOME_C3_7o_Ano_Ciencias_Tiago_2016_PROF 30/05/16 15:31 Página 37 b) Os aracnídeos Figura 67 Aranhas, escorpiões, ácaros e carrapatos: são todos aracnídeos. Eles sempre apresentam 4 pares de patas e nunca possuem antenas ou asas. Seu corpo é dividido em cefalotórax (cabeça fundida com o tórax) e abdômen. No cefalotórax, aparecem as quelíceras e os palpos. As quelíceras das aranhas servem para inocular o veneno. Nos escorpiões, elas ajudam a manipular o alimento. Os palpos das aranhas são órgãos preênseis (daí a expressão “estar em palpos de aranha”). Nos escorpiões, eles também servem para segurar as presas (são os pedipalpos). O veneno é inoculado, nos escorpiões, a partir de um ferrão localizado na ponta da cauda, o aguilhão. Os ácaros são aracnídeos microscópicos, invisíveis a olho nu, que causam alergias respiratórias. Em nossas casas, eles vivem nos tapetes, travesseiros e lençóis, alimentando-se dos restos de nossa pele morta. Alguns ácaros causam a acne, uma infecção na raiz dos pelos, mais comum em adolescentes. A fecundação dos aracnídeos é interna. A maioria deles é ovípara, isto é, põe ovos, mas, dependendo da espécie, o ciclo de desenvolvimento apresenta mais de uma fase. Uma característica evolutiva das aranhas é sua glândula produtora de seda, uma proteína líquida que, em contato com o ar, se cristaliza, formando os fios das teia. Usada para capturar presas, a teia serve, ainda, como fio condutor e como “paraquedas”, além de ser útil na postura de ovos e, algumas vezes, na caça. Os aracnídeos respiram por meio de traqueias (como os insetos) ou por pulmões foliáceos, que são lâminas abdominais muito vascularizadas, responsáveis pela realização das trocas gasosas. Micrografia eletrônica de um ácaro. 37 SOME_C3_7o_Ano_Ciencias_Tiago_2016_PROF 30/05/16 15:31 Página 38 Professor: O texto a seguir pode ser trabalhado de várias formas. Não há atividades com orientações específicas, pois as informações não fazem parte do conteúdo básico. Trata-se de um texto de curiosidades e dúvidas frequentes. Sendo Outras informações sobre os aracnídeos As aranhas são animais que despertam a nossa curiosidade, e o principal motivo para que isso ocorra é a sensação de perigo e asco que elas nos provocam logo à primeira vista. Todas as aranhas produzem veneno, mas sua toxicidade varia entre as espécies. No Brasil, temos duas aranhas em especial que se espalham por todas as regiões e são responsáveis pela maioria dos acidentes causados por aracnídeos: a aranha marrom (gênero Loxosceles) e a armadeira (gênero Phoneutria). A aranha marrom não parece ser perigosa, mas seu veneno é bastante tóxico. Na natureza elas vivem em troncos de árvores e sob pedras. Nas cidades vivem embaixo de madeiras e em restos de materiais empilhados; dentro de casa, vivem sob ou atrás de armários. Tecem teias irregulares, usadas para apreender seu alimento. Quando ataca, a ausência de dor faz com que o acidentado demore a procurar socorro médico, o que pode complicar o tratamento. Após alguns dias, se a pessoa não for submetida a tratamento, a área da picada apresenta necrose, que produz Aranha marrom. uma úlcera de difícil cicatrização. Figura 69 Figura 68 assim sugerimos que a leitura se desenvolva de acordo com o tempo hábil de cada professor em cada sala podendo se desenvolver de forma silenciosa ou em voz alta pelo professor, para que assim, os alunos voltem sua atenção ao texto. Após executar a atividade sugerida deixe que os alunos façam suas perguntas e/ou exposições de ideias a respeito. Aranha armadeira. A armadeira vive de forma solitária e não constrói teia. Produz um veneno que ataca o sistema nervoso provocando o aumento da pulsação, febres, vertigem e vômitos. Os acidentes mais graves que envolvem a armadeira ocorrem principalmente com crianças – nelas, a toxicidade do veneno é significativa, em razão de sua pequena extensão corporal. Em alguns casos, sua picada pode provocar a morte. A armadeira recebeu esse nome devido ao seu comportamento: costuma apoiar-se nos dois pares de patas traseiras e estender as patas dianteiras, tomando impulso para atacar sua presa. Figura 70 Ainda no Brasil podemos encontrar a viúva-negra, cujo veneno é muito tóxico para o homem. Ele ataca o sistema nervoso provocando dores musculares muito intensas, náuseas, dor de cabeça e alterações cárdiorespiratórias, podendo causar acidentes fatais, sobretudo em crianças. Viúva-negra. As caranguejeiras têm aparência assustadora, mas seu veneno não oferece perigo. Costumam ser chamadas também de tarântulas. O nome tarântula tem origem na Europa da Idade Média: no século XIV, nas proximidades da cidade de Taranto, na Itália, houve uma série de acidentes com a aranha-lobo, mais tarde denominada Lycosa tarentula. 38 Figura 73 Figura 71 Figura 72 Os escorpiões são animais que vivem escondidos sob pedras. Saem à noite para caçar e é nesse momento que costumam invadir as residências. Quando encontram proteção, baixa luminosidade e isolamento adequados em restos de construções, costumam se instalar e reproduzir-se nesses locais. No Brasil, duas espécies desses animais são mais comuns: a Tityus baiensis e a Tityus serrulatus. O "escorpiãoamarelo" (Tityus serrulatus) é considerado o escorpião mais perigoso da América do Sul. SOME_C3_7o_Ano_Ciencias_Tiago_2016_PROF 30/05/16 15:31 Página 39 c) Os crustáceos Figura 76 Figura 74 Figura 75 O grupo dos crustáceos reúne uma grande variedade de animais aquáticos, sendo apenas um de ambiente terrestre: o “tatuzinho de jardim“ou tatu-bola. A maioria vive no mar, mas há aqueles que vivem em água doce e também os que vivem em água salobra. Exemplos: camarão, lagosta, siri, caranguejo, craca, lagostim, pitu etc. Mídia Objetivo Figura 77 Todos os crustáceos possuem 2 pares de antenas na cabeça. Suas outras características podem variar entre as espécies. A cabeça e o tórax estão fundidos numa só peça (cefalotórax). O número de patas é variável. Seus olhos se articulam com o corpo por suportes móveis, que lhes permite girá-los em todas as direções (como periscópios). Suas patas servem para agarrar, nadar, correr, respirar e cuidar dos ovos, e têm, por isso, formas muito variadas, que vão de pinças a remos. Sua respiração é branquial, mas o “tatuzinho de jardim”, que é terrestre, tem respiração traqueal. A reprodução ocorre por fecundação interna. As fêmeas guardam os ovos dentro de câmaras incubadoras no corpo. Os ovos produzem larvas planctônicas, que originarão organismos adultos. Vale ressaltar as cracas como exemplo de crustáceos, devido ao seu curioso comportamento. No início do desenvolvimento são de vida livre, mas, assim que encontram um substrato, acabam se fixando e formando uma carapaça calcária ao seu redor, onde permanecerão. Podem ser encontradas em costas rochosas, presas a cascos de navios, no corpo de animais como baleias e em cascos de tartarugas. Caranguejo-do-coco. Figura 80 Figura 79 Figura 78 Craca. Observe as diferenças anatômicas entre caranguejos e siris. 39 SOME_C3_7o_Ano_Ciencias_Tiago_2016_PROF 30/05/16 15:31 Página 40 d) Os quilópodes e os diplópodes Figura 82 Figura 81 Mídia Objetivo Essas duas classes de artrópodes também são conhecidas como miriápodes que, em grego, significa mil pés. As centopeias, lacraias e seus parentes são quilópodes. São animais agressivos, achatados, venenosos, ágeis e rápidos. Abrigam-se em frestas e saem à noite para caçar. Possuem um par de antenas, um par de patas por segmento e têm o corpo dividido em cabeça e tronco. Já os piolhos-de-cobra são diplópodes, o que significa que possuem 2 pares de patas por segmento abdominal e um par de patas no tórax. São animaizinhos cilíndricos que vivem na terra úmida. Lentos, inofensivos e herbívoros, quando ameaçados se enrolam para esconder seu ventre desprotegido. O corpo é dividido em cabeça, tórax e abdômen. Lacraia. Lacraia. Piolho-de-cobra. Agora, é a sua vez! A tabela abaixo traz informações sobre as cinco classes de artrópodes estudadas. Preencha os espaços em branco para que ela fique completa e sirva de base para seus estudos posteriores. Exemplos Insetos Aracnídeos Crustáceos Quilópodes Diplópodes Baratas, formigas, mosquitos, gafanhotos e besouros Aranhas, escorpiões, carrapatos, ácaros e cravos de pele Camarão, siri, caranguejo e “tatuzinho de jardim” Centopeias Piolho-de-cobra De modo geral, 5 pares, podendo ocorrer variações em algumas espécies Um par de patas em cada um dos segmentos (cujo número varia entre as espécies) que compõem o corpo 2 pares de patas em cada um dos segmentos abdominais 4 pares de patas Número de patas 3 pares de patas torácicas Antenas 1 par Não possuem 2 pares 1 par 1 par Divisão do corpo Cabeça, tórax e abdômen Cefalotórax e abdômen Cefalotórax e abdômen Cabeça e corpo Cabeça, tórax e abdômen Ao concluir o item anterior, você já pode realizar, em casa, a tarefa 18 “Artrópodes I”. 40 A 89 e 90 Realização do Laboratório 15 “Artrópodes” e do Laboratório 16 “Jogo: Cara a cara com os artrópodes”. SOME_C3_7o_Ano_Ciencias_Tiago_2016_PROF 30/05/16 15:31 Página 41 11.2 Filo dos Equinodermos A 91 e 92 Os equinodermos são animais exclusivamente marinhos, encontrados sobre as rochas, entre elas ou na areia. A maioria locomove-se lentamente, e algumas espécies são fixas. Observe as imagens a seguir e responda: Mídia Objetivo Mídia Objetivo 5) 3) 6) Figura 86 Figura 84 4) 2) Figura 85 Figura 83 1) a) Você conhece todos os animais representados? ( ) sim ( ) não b) Em caso negativo, qual deles você não conhece? c) Escreva o nome daqueles que você conhece. d) Qual é a característica mais evidente nos seres representados? e) Você seria capaz de descrever outras características externas que são comuns a todos esses animais? Professor: a atividade proposta tem como objetivo fazer com que o aluno perceba a presença dos espinhos na pele dos equinodermos, e, se possível, a simetria radial que também caracteriza o filo. 41 SOME_C3_7o_Ano_Ciencias_Tiago_2016_PROF 30/05/16 15:31 Página 42 Figura 87 Mídia Objetivo Além dos espinhos na pele, os equinodermos possuem um endoesqueleto calcário que se situa próximo à superfície do corpo, parecendo uma armadura em algumas espécies, caso do ouriço. Entre os espinhos, em animais como estrelas e ouriços, encontramos estruturas em forma de pinça chamadas pedicelárias, que mantêm a superfície do animal limpa e auxiliam na captura de alimento. Pedicelária Pés ambulacrários Espinhos Figura 88 Mídia Objetivo Os equinodermos caracterizam-se também pela presença de um sistema hidrovascular chamado sistema ambulacral, que está relacionado à locomoção, respiração e à captura de alimento. Ele é formado por um conjunto de canais e ampolas ligados aos pés, nos quais circula a água do mar. A água entra no animal por uma abertura denominada placa madrepórica, fazendo pressão. É essa pressão da água mais a ação dos músculos que enchem e esvaziam estruturas chamadas ampolas. Quando, as ampolas se contraem, impulsionam a água para os pés ambulacrais, que se distendem e fixam sua pequena ventosa a um substrato. Na sequência, a água sai dos pés, que, relaxados, fazem com que suas ventosas se desprendam. Assim, é a alternância da entrada e saída de água que faz com que o animal vá movendo seus pés. Ânus Placa madrepórica Ampola Canal madrepórico Canal radial Canal circular Canal radial Pés ambulacrários Pés ambulacrários. O sistema digestório dos equinodermos é completo e a alimentação desses animais é bastante variada. Alimentam-se de algas, de detritos orgânicos em suspensão na água ou então presentes na areia e rochas, bem como de plâncton, crustáceos, moluscos e outros pequenos animais. Os ouriços possuem em sua boca uma estrutura denominada lanterna de Aristóteles, formada por cinco dentes calcários e afiados. Esses dentes são utilizados para raspar das rochas algas e restos orgânicos. 42 Mídia Objetivo Sistema ambulacral. lanterna de Aristóteles SOME_C3_7o_Ano_Ciencias_Tiago_2016_PROF 30/05/16 15:31 Página 43 Figura 89 As estrelas-do-mar são carnívoras, e são capazes de abrir as conchas dos bivalves para deles se alimentar com a força muscular de seus braços e pés ambulacrais. Podem ejetar seu estômago para que seja introduzido no interior dos moluscos, e assim realizam o início da digestão. Depois de um certo tempo, recolhem o estômago juntamente com seu alimento já parcialmente digerido. Estrela-do-mar alimentando-se de um molusco. Você sabia? Figura 91 Figura 90 Que se uma estrela-do-mar perde um de seus braços ela poderá regenerá-lo? E que, caso perca um braço que contenha parte de seu disco central, esse braço poderá originar uma nova estrela? Figura 93 Figura 92 Que o número de braços de uma estrela é bastante variável, sendo que há espécies com 42 braços? Figura 94 Que os pepinos-do-mar, quando atacados, podem ejetar parte de seu intestino para oferecer ao predador? Enquanto o predador se alimenta de seu intestino, o pepino foge. Essa parte perdida será regenerada. Os equinodermos apresentam diversas estruturas que atuam na respiração. De uma forma geral, podemos dizer que a respiração é branquial ou é feita por estruturas semelhantes às brânquias, caso das estrelas-do-mar, que apresentam papilas respiratórias entre os espinhos, e dos pepinos-do-mar, que possuem ramificações internas, as árvores respiratórias. Todos os animais do filo são dioicos. Lançam as células reprodutoras (espermatozoides e óvulos) na água, local onde ocorre a fecundação e a formação de larvas que, posteriormente, se transformarão em um animal adulto. No Portal Objetivo Para saber mais sobre o assunto, acesse o PORTAL OBJETIVO (www.portal.objetivo.br) e, em “localizar”, digite CIEN7F304. 43 FILOS Invertebrados Poríferos Celenterados Platelmintos Nematelmintos SISTEMA NERVOSO Sexuada. Assexuada (brotamento) e sexuada. REPRODUÇÃO SISTEMA RESPIRATÓRIO SISTEMA DIGESTÓRIO SISTEMA CIRCULATÓRIO HABITAT EXEMPLOS Ausente. Ausente. Digestão intracelular. Ausente. Aquático. Ausente. Esponjas. Presente. Ausente. Ausente. Aquático. Assexuada, sexuada e espécies com alternância de gerações. Presente e incompleto. Digestão extra e intracelular. Ausente. Presente. Sexuada; espécies monoicas e dioicas. Ausente. Presente. Sexuada. Ausente. Branquial ou pulmonar. Presente. Sexuada. Presente. Presente. Traqueal e branquial. Presente. Presente. Presente. Branquial. Sexuada; espécies monoicas e dioicas. Ausente ou rudimentar. Cutâneo ou branquial. Ausente. Presente. Medusas, anêmonas e águas-vivas. Planárias, tênias e Presente e incompleto. Assexuada por fragmentos (planária) e sexuada; alguns hermafroditas. Terrestres e aquáticos. Muitos parasitas. esquistossomos. Presente e completo. Presente e completo. Terrestres e aquáticos. Muitos parasitas. Terrestres e aquáticos. Lombrigas, oxiúros e filárias. Minhocas, sanguessugas e poliquetos. Presente e completo. Anelídeos Moluscos Terrestres e aquáticos. Presente e completo. Polvos, ostras, lulas, mariscos e mexilhões. Terrestres e aquáticos. Artrópodes (80%das Marinhos. Presente e completo. Abelhas, aranhas, centopeias e camarões. espécies animais) Equinodermos Estrelas-domar e ouriços. 44 Mídia Objetivo SOME_C3_7o_Ano_Ciencias_Tiago_2016_PROF 30/05/16 15:31 Página 44 Quadro comparativo - Após o estudo dos oito filos de invertebrados, percebemos que há muitas diferenças, sob vários aspectos, entre esses animais. O quadro comparativo a seguir indica as principais características de cada um desses filos. SOME_C3_7o_Ano_Ciencias_Tiago_2016_PROF 30/05/16 15:31 Página 45 TAREFA 12 Esponjas Nome: Data: ____/____/____ Sala: 1. Um aluno afirmou que a abertura superior da esponja, o ósculo, é uma boca, e que sua cavidade central, a espongiocela, é o tubo digestório. Essa afirmação está correta? Justifique sua resposta. Professor: Não, está incorreta. As esponjas não possuem sistema digestório, são animais filtradores e sua digestão é intracelular. 2. As esponjas são sésseis, mas podem apresentar larvas móveis durante seu desenvolvimento. Qual a vantagem da existência dessa larva para as esponjas? Professor: Essas larvas podem desenvolver-se em outros locais, originando novas colônias e, assim, favorecendo a disseminação da espécie. 3. Por que durante muito tempo as esponjas foram classificadas como vegetais? Professor: Em virtude de sua rudimentar estrutura corpórea e por serem sésseis. 4. Se as esponjas não possuíssem poros, elas poderiam se alimentar? Justifique sua resposta. Professor: Não, pois os nutrientes a elas necessários são obtidos por meio da filtração da água, que penetra no animal através dos poros. 5. Desenhe uma esponja indicando o fluxo da água que que entra e sai do animal. 45 SOME_C3_7o_Ano_Ciencias_Tiago_2016_PROF 30/05/16 15:31 Página 46 6. Faça um desenho representando a reprodução das esponjas por meio do brotamento. 46 SOME_C3_7o_Ano_Ciencias_Tiago_2016_PROF 30/05/16 15:31 Página 47 7. a) b) c) d) Podemos encontrar poríferos apenas: No mar, flutuando ao sabor das ondas. No mar, fixos a rochas. Em água doce, fixos a objetos submersos. No mar e em água doce, fixos a rochas ou a objetos submersos. Professor: D 8. Em relação às esponjas, sabemos que elas não possuem sistema digestório e que realizam digestão intracelular. O que isso significa? Professor: A digestão, nas esponjas, ocorre no interior de cada célula. 9. De quais relações ecológicas citadas na aula as esponjas participam? Existe alguma diferença fundamental entre elas? Professor: Comensalismo e predatismo. O comensalismo é uma relação harmônica e o predatismo é uma relação desarmônica. 10. a) b) c) d) Um animal que se alimenta de pequenas partículas em suspensão na água é chamado de: Carnívoro Filtrador Herbívoro Predador Professor. B 47 SOME_C3_7o_Ano_Ciencias_Tiago_2016_PROF 30/05/16 15:31 Página 48 13 TAREFA Celenterados Nome: Data: ____/____/____ 4 H I D 1 2 3 C C P A O Ó R L I R A C O M E N 6 A 7 M C A V A E E I 9 P S T O S M A 8 E 10 5 C N I D O B E S T R L A L Ê U E E A M S N N O A T T E Á R C A U D L O O S S S A L I S M N 11 Sala: O B I L I Z A Ç Ã O 12 D 13 N E M A T O C I S T F U 14 V E S P A – D O – R Ã O HORIZONTAL VERTICAL 4. celenterado de água doce 1. medusas que mantém parte do corpo fora da água 8. células dos celenterados que podem nos queimar 2. grande barreira de celenterados na região da Austrália 10. relação ecológica entre o peixe palhaço e a anêmona 3. forma fixa dos celenterados 11. um dos processos que ocorre na reprodução assexuada 5. forma natante dos celenterados dos celenterados 6. filo composto por animais gelatinosos aquáticos 13. filamento dos cnidoblastos que penetra a pele da presa 7. tipo de pólipo em que o peixe palhaço se abriga 14. tipo de medusa muito venenosa 9. parte dos celenterados que possui grande quantidade de cnidobalstos 12. a respiração dos celenterados ocorre por meio de um 48 processo denominado... SOME_C3_7o_Ano_Ciencias_Tiago_2016_PROF 30/05/16 15:31 Página 49 TAREFA 14 Platelmintos Nome: Data: ____/____/____ Sala: 1. Cisticercose e teníase são doenças que têm a tênia como verme causador. Qual a diferença entre essas verminoses? Professor: A cisticercose é contraída pela ingestão de ovos diretamente do meio, a partir de alimentos ou água contaminados. Esse ovos liberam as larvas, que atingem a musculatura, fígado, coração e cérebro. A teníase é contraída pela ingestão de carne contaminada com larvas, e o verme adulto parasita o intestino. 2. A planária é um verme platelminto e hermafrodita que se reproduz sexuadamente por fecundação cruzada. Explique a outra forma de reprodução desse verme. Professor: A planária se reproduz também assexuadamente, por regeneração. 3. Por que a esquistossomose pode ser um indicador de áreas insalubres? Professor: Para evitar a doença, é necessária uma boa rede sanitária, que evite que fezes contaminadas com os ovos do esquistossomo atinjam rios e lagos, de forma a impedir a continuidade do ciclo de vida do verme. 4. Do quê as planárias se alimentam? Professor: De pequenos animais ou de restos de animais mortos. 5. Em que condições a larva do esquistossomo penetra em nosso organismo? Professor: As larvas penetram através da pele das pessoas que entram em contato com a água contaminada de lagos, lagoas ou riachos para nadar, tomar banho, lavar roupa, pescar etc. 6. Por que uma pessoa com solitária costuma estar sempre com fome? Professor: Porque a tênia costuma consumir todos os nutrientes contidos nos alimentos ingeridos pela pessoa parasitada, o que inviabiliza a sensação de saciedade. 49 SOME_C3_7o_Ano_Ciencias_Tiago_2016_PROF 30/05/16 15:31 Página 50 7. (Fuvest-SP) Os platelmintos parasitas Schistosoma mansoni (esquistossomo) e Taenia solium (Tênia) apresentam: a) A espécie humana como hospedeiro intermediário; b) Um invertebrado como hospedeiro intermediário; c) Dois tipos de hospedeiro, um intermediário e um definitivo; d) Dois tipos de hospedeiro, ambos vertebrados; e) Um único tipo de hospedeiro, que pode ser um vertebrado ou um invertebrado. Professor: C 8. As represas podem ser foco de transmissão da esquistossomose porque nelas podem aparecer: a) Mosquitos transmissores da doença. b) Bactérias causadoras da doença. c) Caramujos transmissores da doença. d) Moscas transmissoras da doença. e) Vírus causasores da doença. Professor: C 9. Temos as seguintes informações sobre um determinado verme: - Apresenta dois hospedeiros em seu ciclo de vida. - Seu hospedeiro intermediário não é um molusco. - Pode atingir mais de um órgão, dependendo da forma como foi contraído. Estamos falando do (a): a) Ancylostoma duodenale b) Schistosoma mansoni c) Wuchereria bancrofti d) Taenia solium e) Ascaris lumbricoides Professor: D 10. Assinale a alternativa que torna a sentença verdadeira. Platelmintos são animais de corpo achatado. Alguns representantes do filo têm vida livre, sendo aquáticos ou terrestres. Outros são parasitas. Isso explica porque seu sistema _____________ é incompleto. a) Reprodutor b) Digestório c) Circulatório d) Nervoso e) Respiratório 50 Professor: B SOME_C3_7o_Ano_Ciencias_Tiago_2016_PROF 30/05/16 15:31 Página 51 TAREFA 15 Nematelmintos Nome: 1. Data: ____/____/____ Sala: Cite as principais medidas para evitar a maioria das parasitoses estudadas. Professor: Saneamento básico, higienização dos alimentos, higiene pessoal, uso de calçados e campanhas educativas para alertar a população. 2. Jeca Tatu é um personagem criado por Monteiro Lobato que representa o brasileiro da zona rural do século passado. Vivia descalço e malvestido; frequentemente acometido por vermes intestinais, era um homem magro, pálido e preguiçoso. Analisando as características do personagem, responda: a) Quais os prováveis vermes que infestavam Jeca Tatu? Professor: Ancylostoma duodenale e Necator americanus. b) Quais seriam as medidas necessárias para que o Jeca não adquirisse tais doenças? Professor: Andar sempre calçado para proteger os pés. 3. Por que o Ancylostoma braziliense é conhecido como bicho-geográfico? Professor: Porque uma vez que penetra na pele, se move criando desenhos parecidos com mapas. 4. Ao observar imagens de pacientes acometidos pela elefantíase (filariose), é muito comum que as pessoas fiquem impressionadas com sua grave situação e se façam a seguinte pergunta: “Por que o paciente não amputa o órgão parasitado?”. Agora que você já estudou tal verminose, responda essa questão. Professor: Porque as filarias estão espalhadas pelos vasos sanguíneos. Sendo assim, a retirada de um membro não solucionaria o problema da infestação. 5. Coloque V para as frases verdadeiras e F para as frases falsas. a) ( V ) Hábitos de higiene adequados, como lavar as mãos antes de comer ou de pegar em alimentos e lavar com água tratada as frutas e os legumes evita a ascaridíase. b) ( F ) As larvas do bicho-geográfico podem penetrar na pele quando entramos em contato com água contaminada. c) ( F ) A transmissão do oxiúro pode ocorrer a partir da inalação da poeira contendo seus ovos ou por ingestão de alimentos e água contaminados com seus ovos. d) ( V ) A ancilostomíase pode ser evitada por meio do uso do calçados em solos com focos da doença. 51 SOME_C3_7o_Ano_Ciencias_Tiago_2016_PROF 30/05/16 15:31 Página 52 6. a) b) c) d) e) Leia as frases e marque a alternativa falsa: O corpo dos nematelmintos é achatado em forma de fita. A lombriga é causadora da ascaridíase. As filárias são parasitas dos vasos linfáticos. O tubo digestório dos nematelmintos apresenta boca e ânus. A maioria das verminoses podem ser tratadas com o uso de vermífugos. Professor: A 7. Relacione as colunas de acordo com as informações fornecidas. a) Planária ( D ) Elefantíase b) Oxiúro ( C ) Amarelão c) Ancilóstomo ( F ) Oncocercose d) Filária ( B ) Prurido na região anal e) Lombriga ( A ) Regeneração f) Mosca preta ( G ) Porco g) Tênia ( H ) Caramujo h) Esquistossomo ( E ) Ascaridíase 8. Marque a alternativa que apresenta apenas doenças causadas por nematelmintos. a) Teníase, Ascaridíase e Volvulose. b) Ascaridíase, Amarelão e Elefantíase. c) Esquistossomose, Amarelão e Teníase. d) Filariose, Oxiurose e Esquistossomose. e) Ascaridíase, Elefantíase e Esquistossomose. Professor: B 9. O exame de fezes é a forma mais comum de se detectar a presença no organismo da maioria dos vermes, exceto na(no): a) Ascaridíase b) Amarelão c) Oxiurose d) Teníase e) Elefantíase Professor: E 10. Entre as parasitoses que atingem cerca de 85% da população brasileira, algumas apresentam como principais medidas profiláticas: I. Andar sempre calçado. II. Ingerir carne sempre bem cozida. III. Beber água filtrada ou fervida e lavar bem as frutas e verduras. IV. Não nadar em águas paradas, onde pode haver caramujos contaminados. Assinale a alternativa que relaciona corretamente cada parasitose à sua medida profilática. a) Ancilostomose (I), teníase (II), ascaridíase (III), esquistossomose (IV); b) Teníase (I), ascaridíase (II), ancilostomose (III), esquistossomose (IV); c) Ancilostomose (I), teníase (II), esquistossomose (III), ascaridíase (IV); d) Esquistossomose (I), teníase (II), ascaridíase (III), ancilostomose (IV); e) Ascaridíase (I), teníase (II), ancilostomose (III), esquistossomose (IV). Professor: A 52 SOME_C3_7o_Ano_Ciencias_Tiago_2016_PROF 30/05/16 15:31 Página 53 TAREFA 16 Anelídeos Nome: Data: ____/____/____ Sala: 1. Como vimos, as minhocas desempenham importante papel na agricultura, construindo galerias sob a terra. Por que elas fazem isso? E por que isso é importante para a agricultura? Professor: Elas se alimentam de detritos e de restos vegetais que retiram da terra. As galerias construídas na busca do alimento possibilitam a entrada de ar e de água no solo, facilitando sua irrigação e oxigenando as raízes. Leia a cantiga popular abaixo e responda às questões 2 e 3: Minhoca, Minhoca, Me dá uma beijoca! Não dou, não dou! Então eu vou roubar! Minhoco, minhoco, Você é mesmo louco! Beijou do lado errado, A boca é do outro lado! 2. Na cantiga, a palavra minhoca aparece designando a fêmea da espécie, e a palavra minhoco, designando o macho. Do ponto de vista biológico, isso está errado. Por quê? Professor: Está errado porque esses animais não são somente macho ou somente fêmea; minhocas são hermafroditas, portanto, apresentam os dois aparelhos reprodutores. 3. Releia o seguinte trecho da cantiga: “Beijou do lado errado/A boca é do outro lado!”. Que estrutura da minhoca o “minhoco” deveria ter observado para beijar a minhoca no lado certo? Qual a função dessa estrutura na fecundação desse animal? Professor: Trata-se do clitelo, pois ele está mais próximo da boca das minhocas. É no interior dessa estrutura que ocorre a fecundação e, posteriormente, a formação de um casulo, que protege os ovos. 4. O filo dos Anelídeos divide-se em 3 classes distintas. Quais são essas classes? Exemplifique-as. Professor: Oligoquetas (minhocas), poliquetas (poliquetos) e hirudíneos (sanguessugas). 53 SOME_C3_7o_Ano_Ciencias_Tiago_2016_PROF 30/05/16 15:31 Página 54 5. Descreva a reprodução das minhocas. Professor: As minhocas são monoicas, mas, apesar dessa característica, não se reproduzem sozinhas, necessitam uma da outra para realizar a fecundação cruzada. As minhocas posicionam-se em sentidos opostos no momento da reprodução, e cada uma delas elimina o esperma nos orifícios chamados receptáculos seminais da outra. Após a troca de esperma, elas se separam. O anel mais largo do corpo da minhoca, denominado clitelo, produz uma cápsula ou casulo, que se desprende dele. Impulsionada por contrações musculares, essa cápsula vai se movendo e recebe os espermatozoides e óvulos que serão liberados pelos receptáculos seminais. Assim, a fecundação ocorre no interior dessa cápsula ou casulo – trata-se, portanto, de fecundação externa, pois ela não ocorre no interior do corpo da minhoca. Posteriormente, esse casulo é eliminado e os ovos ali formados eclodem. 6. Num passado não muito distante, um tipo de animal, usado na prática de sangrias, era vendido em barbearias e em boticários. Acreditava-se que a sangria feita por esses organismos podia curar muitos males e doenças que afligiam as pessoas. Que animal é esse e a que filo ele pertence? Professor: Trata-se da sanguessuga, que pertence ao filo dos Anelídeos. 7. Em relação ao sistema reprodutor, diferencie os poliquetos dos hirudíneos. Professor: A maioria dos poliquetos são dioicos e os hirudíneos são monoicos. 8. As minhocas, apesar de serem hermafroditas, realizam fecundação cruzada. Refletindo sobre o que já estudamos esse ano, qual seria a importância da fecundação cruzada, se considerarmos a facilidade da autofecundação? Professor: A fecundação cruzada proporciona a variabilidade genética. 9. Quais são os tipos de respiração que encontramos nos Anelídeos? Professor: Respiração cutânea nos oligoquetos e hirudíneos e respiração branquial na maioria dos poliquetos. 10. A sanguessuga, quando fixa-se a seu hospedeiro, inicia a sucção sem que este o perceba, deixando o sangue fluir com facilidade para o interior de seu corpo. Que mecanismo ou substâncias permitem que isso ocorra? Professor: A sanguessuga possui em sua saliva uma substância anestésica e anticoagulante. 54 SOME_C3_7o_Ano_Ciencias_Tiago_2016_PROF 30/05/16 15:31 Página 55 TAREFA 17 Moluscos Nome: Data: ____/____/____ Sala: 1. Entre os moluscos estudados, muitos são de utilidade econômica para nós. Quais são eles e de que forma nos são úteis economicamente? Professor: Os moluscos são muito utilizados em nossa alimentação. Polvos, lulas, mexilhões e ostras são consumidos em grande quantidade em diferentes regiões do planeta. 2. Em quais ambientes podemos encontrar os animais do filo dos Moluscos? Professor: Ambiente marinho (polvo, lula), terrestre (lesma, caramujo) e de água doce (caramujo). 3. Quais as características gerais da classe dos Gastrópodes? Cite seus principais representantes. Professor: Os principais representantes da classe dos Gastrópodes são o caracol e a lesma. Seu corpo é nitidamente dividido em cabeça, pé e massa visceral, que é geralmente protegida por uma concha espiralada. 4. Entre os moluscos, a classe que conta com estruturas mais complexas é a dos Cefalópodes. Por essa razão, seus representantes são considerados os moluscos mais evoluídos. Que modificações aparecem nos animais dessa classe? Quais são seus principais representantes? Professor: Os representantes da classe dos Cefalópodes são os polvos, sépias e lulas. Nas lulas e sépias, as conchas ficaram reduzidas a uma estrutura denominada pena ou gládio. Esses organismos apresentam o pé modificado em tentáculos com ventosas, que, além de auxiliar na locomoção, auxilia também na captura de presas. Possuem grandes olhos e uma glândula de tinta para defesa. As lulas apresentam um sifão, que as auxilia na locomoção. 5. Os moluscos da classe dos Pelecípodes também são chamados de bivalves, pois sua concha externa é constituída de duas peças ou valvas. Muitos desses animais são sésseis, ou seja, vivem fixos a rochas e a outros substratos. Como esses seres se fixam? E como é sua alimentação? Professor: Esses moluscos fixam-se no substrato por meio dos fios do bisso, tufo de filamentos secretados por uma glândula especial presente em seu corpo. Animais filtradores, os pelecípodes se nutrem de partículas alimentares e de algas microscópicas presentes na água que filtram. 55 SOME_C3_7o_Ano_Ciencias_Tiago_2016_PROF 30/05/16 15:31 Página 56 6. Em linhas gerais, os animais do filo dos Moluscos possuem as mesmas características. Entretanto, são divididos em classes, o que significa que existem diferenças significativas entre as espécies. Cite as 3 classes desse filo e as diferenças básicas entre elas. Professor: Gastrópodes: habitam os 3 ambientes (terrestre, marinho e de água doce) e possuem concha espiralada ou ausente. Pelecípodes: são aquáticos e bivalves. Cefalópodes: são exclusivamente marinhos; podem ter concha ausente (caso do polvo); apresentam pena ou gládio como sustentação interna (caso das lulas e sépias); e podem apresentar concha externa (caso do nautilus). 7. Explique como ocorre a reprodução dos Gastrópodes. Professor: A maioria dos gastrópodes são hermafroditas, mas realizam fecundação cruzada. Após a troca de espermatozoides, cada organismo envolve seus ovos numa membrana protetora e os deposita em lugar protegido. 8. Nos animais de ambiente aquático e terrestre, encontramos várias formas de respiração. Como pode ser a respiração nos Moluscos? Professor: Branquial, pulmonar e cutânea. 9. Relacione as colunas abaixo: a) Cefalópodes b) Pelecípodes c) Gastrópodes ( c ) caramujo ( a ) lula ( c ) lesma ( b ) ostra ( a ) polvo ( b ) marisco 10. Como são formadas as pérolas? Professor: As pérolas formam-se no interior de bivalves, como as ostras, e podem ser naturais ou cultivadas, mas o princípio de formação é o mesmo nos dois casos. Quando uma partícula estranha, como um grão de areia, deposita-se entre a concha e o manto, o animal começa a produzir sucessivas camadas de nácar ou madrepérola , que conferem à pérola seu aspecto prateado, brilhante. 56 SOME_C3_7o_Ano_Ciencias_Tiago_2016_PROF 30/05/16 15:31 Página 57 TAREFA 18 Artrópodes Nome: Data: ____/____/____ Sala: 1. Explique a função das estruturas citadas a seguir e registre a classe de Artrópodes à qual elas pertencem. Professor: As antenas cumprem funções táteis e olfativas nos insetos. a) Antenas: ____________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________ Professor: As quelíceras são estruturas que inoculam o veneno presente nas aranhas; elas também ajudam a manipular b) Quelíceras:___________________________________________________________________________ o alimento, no caso dos escorpiões. ________________________________________________________________________________________ 2. Cite uma vantagem e uma desvantagem do exoesqueleto nos Artrópodes. Professor: A vantagem está relacionada à resistência e proteção que o exoesqueleto confere a esses seres, e a desvantagem é a vulnerabilidade que atinge esses animais no período em que ocorre a muda. 3. Você aprendeu que alguns insetos vivem em sociedade. Qual seria a vantagem que envolve esse tipo de organização? Professor: Os insetos sociais mantêm uma relação pautada na divisão do trabalho, na ajuda mútua. Mídia Objetivo 4. Observe o animal representado abaixo, escreva o nome da classe à qual ele pertence e liste suas principais características. Professor: Trata-se de um aracnídeo: possui 4 pares de patas, não possui antena e seu corpo é dividido em cefalotórax e abdômen. 5. Se você fosse um biólogo e precisasse coletar um escorpião para estudar o seu comportamento, em qual(is) local(is) e período você o procuraria? Professor: No período da noite, em locais com baixa luminosidade, sob pedras e entulhos. 57 SOME_C3_7o_Ano_Ciencias_Tiago_2016_PROF 30/05/16 15:31 Página 58 6. Considerando a variedade de organismos representantes do filo dos Artrópodes, descreva algumas situações indicando sua importância na economia. Professor: Os crustáceos, como o camarão, a lagosta, o siri e o caranguejo, são utilizados na culinária de todo o mundo. As abelhas são úteis na produção de mel e derivados, e o bicho-da-seda é empregado na sericicultura. 7. Descreva duas situações que justifiquem a importância do estudo do filo dos Artrópodes para o setor da saúde. Professor: Existe uma diversidade de insetos transmissores de doenças, tais como o Aedes aegypti (dengue, zika e chikungunya), o Anopheles (malária), o Culex (elefantíase) e o Triatoma infestans (doença de chagas), além de parasitas como ácaro, sarna, piolho e cravos de pele. Todos esses organismos são artrópodes, daí a importância dada pela área da saúde ao estudo do filo. Vale a pena citar também os artrópodes que produzem substâncias nocivas, como aranhas e escorpiões: esses aracnídeos são responsáveis por muitos acidentes envolvendo adultos e crianças. 8. Acariciando seu cão de estimação, você encontra uma pulga e um carrapato, ambos artrópodes ectoparasitas. A que classes pertencem a pulga e o carrapato? Professor: A pulga é um inseto e o carrapato, um aracnídeo. 9. Alguns insetos são fonte de grande preocupação para os agricultores. Justifique essa informação a partir de um exemplo. Professor: O aluno deve remeter à destruição das plantações promovida por gafanhotos, pulgões, lagartas, formigas e outros podem destruir rapidamente uma plantação. 10. Qual a diferença entre o mel e a geleia real, ambos produzidos por abelhas? Professor: A geleia real é uma secreção (enzima digestiva) produzida nas glândulas hipofaríngeas das operárias jovens. O mel é o resultado da junção do néctar com a mesma secreção. 58 SOME_C3_7o_Ano_Ciencias_Tiago_2016_PROF 30/05/16 15:31 Página 59 Introdução 12 Observação de vermes Os vermes são definidos como sendo qualquer animal invertebrado de corpo alongado. Assim, podemos considerar que todos os platelmintos, nematelmintos e também os anelídeos são classificados como vermes. Nessa atividade, você conhecerá de perto alguns vermes ou partes isoladas desses animais, podendo, assim, observar algumas peculiaridades existentes em cada espécie. Figura 96 LABORATÓRIO Figura 95 Materiais • lâminas preparadas com vermes diversos • vermes conservados • microscópio • lupa • caderno de desenho ou folhas de papel sulfite • placas de Petri • pinça Casal de esquistossomo. Procedimento Proglotes de tênia. • Com o auxílio do seu professor, instale a lâmina a ser observada ao microscópio ou então disponha o verme conservado sobre uma placa de Petri. • Observe todas as suas características: forma do corpo, tamanho, posição da boca e estruturas anexas. • Desenhe o verme no espaço reservado, tendo sempre o cuidado de classificá-lo e legendá-lo em sua forma e estruturas. Professor: Este laboratório tem o objetivo de apresentar alguns vermes aos alunos. Obviamente, a atividade dependerá da disponibilidade desses materiais em cada laboratório. O desenho de cada aluno deve ser visto como o resultado da atividade, e a conclusão se define no reconhecimento da classe Anelídeos. 59 SOME_C3_7o_Ano_Ciencias_Tiago_2016_PROF 30/05/16 15:31 Página 60 LABORATÓRIO 13 Observação de minhocas Introdução As minhocas são animais que contribuem para o equilíbrio do ambiente, melhorando a qualidade e as condições do solo. Sabemos que as minhocas vivem embaixo da terra, alimentando-se de resíduos vegetais e eliminando suas fezes entre as partículas sedimentares, o que garante fertilidade ao solo do local. Materiais • uma minhoca (ou minhocuçu – nessa espécie de minhocas, os indivíduos são maiores) • uma bandeja • pipeta com água para facilitar a manipulação e observação • luvas (opcional) ATENÇÃO: Os exemplares de minhoca podem ser encontrados em qualquer terreno que possua solo fértil. Também podem ser adquiridos em pesqueiros ou minhocários, lugares onde se criam esses animais para comercializá-los como iscas para peixes. Salientamos que o animal deverá ser observado e manipulado apenas externamente. Não pretendemos que ele seja machucado ou morto. Procedimento Deposite a minhoca sobre a bandeja e observe-a com a ajuda e orientação de seu professor. Você deverá observar mais especialmente: • a posição do clitelo • a quantidade aproximada de anéis Sugestão ao professor: Ao concluir a observação externa desses animais, a classe • a boca e o ânus poderá depositar o material em um aquário ou em outro compartimento de vidro • a presença e a localização das cerdas. transparente a fim de que seja montado um terrário. Observando a dinâmica das Atividade minhocas no terrário, será possível acompanhar a construção de galerias, a fertilização do solo e até mesmo seu modo de reprodução. Desenhe a minhoca com todas as estruturas observadas, não esquecendo de criar uma legenda para identificá-las. 60 SOME_C3_7o_Ano_Ciencias_Tiago_2016_PROF 30/05/16 15:31 Página 61 LABORATÓRIO 14 Observação de lulas O filo dos Moluscos é formado por animais de corpo mole que podem ser encontrados nos ambientes terrestre e aquático, de água doce e marinhos. Esses seres apresentam características distintas de acordo com a classe a que pertencem: Gastrópodes, Pelecípodes e Cefalópodes. Nesse laborátorio, vamos fazer observações de um cefalópode específico: a lula. A lula é um molusco cefalópode encontrado em ambiente marinho. Muito apreciado na culinária do mundo todo, se tornou também iguaria no gosto brasileiro. Materiais • uma lula fresca • bandeja • pinça de ponta fina • luvas (opcional) Procedimento 1. Estenda a lula sobre a bandeja e observe: • o número de tentáculos • a posição das vísceras em relação à cabeça e aos tentáculos • a coloração do animal • a posição da boca e dos dentículos 2. Com a orientação e o auxílio de seu professor, abra a lula para observar: • a pena (ou gládio) • a glândula de tinta • as ventosas que aparecem nos tentáculos • o conteúdo das vísceras Resultado b) Você conseguiu observar a glândula de tinta? Qual sua função? c) Do que se alimenta esse animal? d) Para que serve a pena (ou gládio) que se encontra no interior do animal? Mídia Objetivo Quantos tentáculos você encontrou nesse animal? São todos iguais? Mídia Objetivo a) 61 SOME_C3_7o_Ano_Ciencias_Tiago_2016_PROF 30/05/16 15:31 Página 62 LABORATÓRIO 15 Artrópodes Atividade 1 – Reprodução e desenvolvimento da Drosophila sp Introdução Figura 98 Figura 97 A “mosca da banana” ou mosca-das-frutas é um organismo muito conhecido por biólogos e por outros tantos estudiosos da genética e biologia molecular. Seu nome científico é Drosophila melanogaster. Trata-se de um artrópode que é facilmente atraído pelo odor das frutas, e não mede mais que alguns milímetros de comprimento. Esses insetos alimentam-se de fungos que crescem sobre as frutas maduras e depositam seus ovos sobre elas. Materiais • Um frasco de vidro • Uma compressa de gaze • Uma banana madura • Um elástico de borracha Procedimento • Pique a banana e coloque-a dentro do frasco. Não tampe o frasco nesse primeiro momento. • Deixe o frasco em local aberto mas coberto, até que perceba a presença dos pequenos insetos. • Aprisione algumas moscas dentro do frasco, utilizando a compressa de gaze e o elástico. Mantenha-o fechado por 3 dias. • Após o período mencionado, liberte as moscas, feche novamente o frasco e observe o que ocorre ao longo de duas semanas. • Faça os registros por meio de desenhos e de observações. Resultado 1º dia 3º dia 6º dia 9º dia 12º dia 15º dia Conclusão a) Qual a função da banana nesse experimento? b) Por que as moscas foram aprisionadas dentro do frasco por 3 dias? c) Que tipo de desenvolvimento você pôde identificar observando esse inseto? 62 SOME_C3_7o_Ano_Ciencias_Tiago_2016_PROF 30/05/16 15:31 Página 63 Atividade 2 – Caracterização de artrópodes Apesar das características comuns a todos os representantes do filo dos Artrópodes, há muitas particularidades entre suas espécies. Assim, foi preciso organizá-los em subgrupos: as classes. Procedimento Mídia Objetivo A partir da observação da estrutura e divisão do corpo, do número de patas, da presença de antenas e de ainda outras características de um atrópode, podemos identificar a classe a qual ele pertence. Todos os desenhos abaixo estão incompletos, ou seja, nem todas as estruturas dos seres representados aparecem neles. Sendo assim, você deverá observá-los com muita atenção para saber o que está faltando e, na sequência, completá-los. Depois de fazê-lo, escreva o nome do animal e de sua classe. A) B) C) D) E) F) Professor: A) No aracnídeo representado estão ausentes as quelíceras e o 4º par de patas do cefalotórax. B) Na barata falta o par de antenas, a 1ª pata direita e a 2ª pata esquerda. C e D) Por comparação, o aluno deverá concluir que C representa um siri, já que seu último par de patas tem a forma de remos. Assim, o par de pinças ausente deve ter o mesmo tamanho e forma. Já o caranguejo possui todas as patas iguais e as pinças têm tamanhos bem distintos. E) Ao observar esse animal, o aluno deverá concluir que se trata de um quilópode, devido à existência de forcípulas. Para que o aluno possa desenhar um par de patas por segmento, este deve estar bem distinto como no original. F) Estão faltando as 6 patas da formiga, as quais deverão ser desenhadas a partir do tórax. 63 SOME_C3_7o_Ano_Ciencias_Tiago_2016_PROF 30/05/16 15:31 Página 64 LABORATÓRIO 16 Jogo: Cara a Cara com os artrópodes Neste laboratório, vamos construir um jogo que o ajude a reconhecer as características específicas dos principais artrópodes. Ao longo das aulas, você e seus colegas certamente fizeram perguntas sobre o comportamento de muitos animais do filo que não estão retratados no caderno mas que, em algum momento, despertaram seu interesse. Vamos, então, aproveitar esta atividade para que você troque informações com seus colegas, podendo aprender de forma descontraída um pouco mais sobre esses animais. Material • Papel-cartão • Lápis de cor • Régua • Imagens de animais que você queira abordar (opcional) Professor: A primeira etapa desta atividade deve ser feita em grupo (sugestão • Canetinha de 3 componentes para cada grupo). Após a confecção das cartas, os grupos • Tesoura sem ponta se reunirão em torno de 2 equipes, que disputarão entre si. Para que as cartas Procedimento fiquem mais interessantes, podemos pedir aos alunos que tragam imagens prontas. Isso pode facilitar o trabalho de recorte e colagem e reduzir o tempo a ser empregado na montagem. • Escolha 14 animais distintos e de classes diversas do filo dos Artrópodes. • Use o papel-cartão para desenhar e depois recortar 14 retângulos de mesmo tamanho. Neles, você deverá colar as imagens que representam os animais escolhidos. • Nas cartas devem aparecer, além da representação física dos animais, informações que auxiliem na identificação de seus nomes. • Lembre-se que os desenhos dos animais devem registrar suas características mais importantes e também as específicas, tais como quelíceras, palpos, fiandeiras, forcípulas, asas, antenas, patas, tipo de reprodução, desenvolvimento, respiração etc. Como jogar? 1. Os grupos que fizeram a montagem do trabalho formarão 2 equipes concorrentes. 2. Cada equipe terá em suas mãos um baralho completo, produzido por ela. 3. As duas equipes de estudantes devem se colocar frente a frente. 4. O jogador da equipe A escolhe uma carta do baralho da equipe B e, sem vê-la, a entrega para a equipe A. A carta deverá ser colocada em suporte apropriado, de forma que não seja permitida sua visualização pela equipe adversária. A mesma sequência deve ser repetida pela equipe B. 5. O desafio do jogo é descobrir que animal ilustra a carta que está com o adversário. Para tanto, cada equipe fará, na sua vez, uma pergunta, que deverá ser respondida pela equipe adversária APENAS com as palavras “SIM” ou “NÃO”. 6. As equipes decidem juntas quem fará a primeira pergunta. Aquela que for escolhida como segunda equipe terá sempre o direito a mais uma pergunta, de forma que as duas equipes tenham as mesmas chances de vencer o jogo, independente de qual equipe o iniciou. 7. Quando um jogador entende que já sabe qual figura está nas mãos do adversário, poderá lançar, na sua vez, o palpite, falando o nome do animal. A equipe adversária confirma ou não o palpite. 8. Vence o jogo a equipe que ganhar o maior número de partidas, ou seja, aquela que acertar mais vezes o nome dos animais representados nas cartas lançadas. 64 SOME_C3_7o_Ano_Ciencias_Tiago_2016_PROF 30/05/16 15:31 Página 65 Créditos das Figuras Figura 1 Figura 22 Disponível em: <http://gaya1.blogspot.com.br/2011/05/pele-de-animal-diganao.html> Disponível em: <http://www.sdpnoticias.com/sorprendente/2013/08/20/mujertraga-lombriz-solitaria-para-perder-peso>. Figura 2 Figura 23 Disponível em: <http://iaci.com.br/texto%20nematelmintos.htm> Disponível em: <http://www.bbc.com/news/health-34857022> Figura 3 Figura 24 Disponível em: <https://pixabay.com/pt/lucanidae-grande-lucanidae-383984/>. Figura 4 Disponível em: <https://pixabay.com/pt/ouri%C3%A7o-do-mar-animal-natureza597313/>. Figura 5 Disponível em: <http://www.zoofirma.ru/knigi/kurs-zoologii-t-1-abrikosov/2915klassifikatsija-kruglyh-chervej.html>. Figura 25 Disponível em: <https://quizlet.com/3457206/3-helminths-flash-cards/>. Figura 26 Disponível em: <http://melhorgestaoemciencias.blogspot.com.br/2014/06/videofilo-porifera-reino-dos-animais.html>. Disponível em: <http://soocurious.com/fr/parasite-corps-humain/>. Figura 6 Disponível em: <http://parasite.org.au/pughcollection/JpegsStamped/Onchocerca%20volvulus%20(pathology)%2002.jpg>. Disponível em: <http://stevedeneefphotography.blogspot.com.br/2010/12/balicasagisland.html?view=flipcard>. Figura 7 Disponível em: <http://invertebrados.blogs.sapo.pt/1605.html>. Figura 27 Figura 28 Disponível em: <http://jornalsupersaude.blogspot.com.br/2013/08/larva-migransbicho-geografico.html>. Figura 29 Arquivo pessoal: Luís Augusto Vasconcellos Disponível em: <http://pediatriaoriente.med.uchile.cl/parasitologia/fotosP/Fotos_pa.htm> Figura 9 Figura 30 Figura 8 Arquivo pessoal: Luís Augusto Vasconcellos Figura 10 Disponível em: <https://www.sciencebasedmedicine.org/worms-germs-and-dirtwhat-can-they-teach-us-about-allergies-and-autoimmune-diseases/>. Arquivo pessoal: Luís Augusto Vasconcellos Figura 31 Figura 11 Disponível em: <http://www.lookfordiagnosis.com/mesh_info.php?term=Oncocercose+Ocular&lan g=3>. Disponível em: <https://pixabay.com/pt/an%C3%AAmona-peixe-imers%C3%A3opeixe-palha%C3%A7o-260010/>. Figura 12 Disponível em: <https://www.flickr.com/photos/mikejsolutions/65889650>. Figura 13 Disponível em: <http://publicdomainpictures.net/view-image.php?image=12455&large=1&jazyk=PT>. Figura 14 Disponível em: <http://www.ndig.com.br/item/2011/09/vespa-do-mar-capaz-deproporcionar-a-dor-mais-profunda-e-intensa-que-possa-imaginar>. Figura 15 Figura 32 Disponível em: <http://www.bayervet.com.pt/pt/animais_companhia/parasitas/SG/zoonose/ancylost omiase/ancylosto_02.html>. Figura 33 Disponível em: <http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Reinos2/anelideos2.php>. Figura 34 Disponível em: <https://pixabay.com/pt/sanguessuga-m%C3%A9dica-sanguessuga368345/>. Disponível em: <http://www.ninha.bio.br/biologia/agua_viva.html>. Figura 35 Figura 16 Disponível em: <http://www.okeanosaqua.com/2012/10/tubifex-wormsinsight.html>. Disponível em: <http://ansabrasil.com.br/brasil/noticias/brasil/cultura/2015/07/16/Site-reune-101motivos-ir-Grande-Barreira-Corais_8610098.html>. Figura 36 Arquivo pessoal: Luís Augusto Vasconcellos Figura 17 Disponível em: <http://www.buonenotizie.it/ambiente/2013/02/13/australia-inizia-ilsalvataggio-della-grande-barriera-corallina/>. Figura 18 Figura 37 Disponível em: <https://belutkadut.files.wordpress.com/2008/09/lumbricus_copulation.jpg>. Disponível em: <https://pixabay.com/pt/verme-gramado-natureza-1042048/>. Figura 38 Figura 19 Disponível em: <www.costadevenezuela.org> Disponível em: <https://pixabay.com/pt/vermes-pesca-vermes-brancos-808067/> Figura 20 Figura 39 Disponível em: <http://www.infoescola.com/animais/platelmintos/> Disponível em: <http://www.si-educa.net/intermedio/ficha931.html>. Figura 21 Figura 40 Disponível em: <http://www.dalilanotizie.eu/se-avete-spesso-mal-di-testa-potresteavere-un-verme-solitario-nel-cervello/>. Disponível em: <https://es.wikipedia.org/wiki/Nereididae#/media/File:Alitta_virens_(lateral).jpg>. 65 SOME_C3_7o_Ano_Ciencias_Tiago_2016_PROF 30/05/16 15:31 Página 66 Figura 41 Figura 60 Disponível em: <https://pixabay.com/pt/sanguessuga-sanguessuga-terapia1055446/>. Disponível em: <https://pixabay.com/pt/insetos-formiga-serviformica-566408/>. Figura 42 Figura 61 Arquivo pessoal: Luís Augusto Vasconcellos Disponível em: <https://pixabay.com/pt/insetos-hymenoptera-apis-mellifera994221/>. Figura 43 Figura 62 Arquivo pessoal: Luís Augusto Vasconcellos Figura 44 Disponível em: <http://planetaanimal794s.blogspot.com.br/2011_11_01_archive.html> Figura 45 Disponível em: <https://fr.wikipedia.org/wiki/Limace_des_jardins#/media/File:Brown_snail_closeup.j pg>. Figura 46 Disponível em: <https://pixabay.com/pt/guentheri-abelha-inseto-macro-1042172/>. Figura 63 Disponível em: <https://pixabay.com/pt/mel-abelha-%C3%A1gua-buckfast-inseto292132/>. Figura 64 Disponível em: <https://pixabay.com/pt/formigas-de-fogo-trabalhador-macro1091301/>. Figura 65 Disponível em: <http://www.insetimax.com.br/insetipedia/lesmas>. Disponível em: <https://pixabay.com/pt/colina-da-t%C3%A9rmita-cupinstermitarium-266587/>. Figura 47 Figura 66 Disponível em: <https://pixabay.com/pt/mexilh%C3%B5es-mexilh%C3%A3omundo-animal-605917/>. Figura 48 Disponível em: <http://revistagloborural.globo.com/EditoraGlobo/componentes/article/edg_article_ print/0,3916,905122-1641-1,00.html>. 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