60 Saúde Coletiva em Debate, 2(1), 73-86, dez. 2012 O papel do enfermeiro na prevenção do câncer de mama em um município do sertão pernambucano: uma abordagem da prática profissional. The nurse's job to prevent breast câncer in pernambuco's interior: the professional's practice approach. Fernanda Barros Rodrigues1, Jadieverton Jonh Pereira dos Santos1, Wilza Maria Pinto1, Cibelly de Souza Brandão1*. 1 Faculdade de Integração do Sertão, Serra Talhada – PE. Resumo: O câncer de mama é uma patologia que cresce consideravelmente, atingindo cada vez mais pessoas no mundo. Sendo o enfermeiro um profissional de saúde de papel primordial na atenção básica e na prevenção de doenças, faz-se necessário conhecer sua atuação referente a esta patologia. O presente estudo teve como objetivo ressaltar o papel do enfermeiro na atenção e prevenção do câncer de mama em um município do sertão pernambucano, mostrando a abordagem da prática do profissional enfermeiro no modo preventivo de detecção precoce da patologia. Trata-se de uma pesquisa exploratória, descritiva, com abordagem quantitativa, realizada por meio de um questionário com 14 enfermeiras, responsáveis pelas Unidades de Saúde da Família em Serra Talhada – PE. Uma das unidades pertence à zona rural e as demais à zona urbana. Dos profissionais entrevistados, 14 (100%) realizam a consulta de enfermagem, 14 (100%) realizam o exame clínico das mamas em seus pacientes, 14 (100%) orientam seus pacientes em relação ao autoexame das mamas, 12 (85,70%) solicitam exame de ultrassonografia mamária, 14 (100%) realizam palestras abordando o câncer de mama, 4 (25,58%) referenciam ao mastologista, 14 (100%) aconselham as mulheres a revisar periodicamente suas mamas, 13 (92,85%) alertam sobre a importância da mamografia anual, 9 (64,28%) solicitam mamografia e 13 (92,85%) solicitam mamografia de rastreamento. Percebe-se assim que as enfermeiras deste município exercem de forma satisfatória um papel preventivo da patologia. Palavras-chave: Câncer de mama. Enfermeiro. Prevenção. Unidades de Saúde da Família. Abstract: The Breast cancer is a pathology that considerably grows, always reaching more people in the world. As a nurse, a health professional which the fundamental job is the basic attention and the illnesses prevention, it is necessary to know the action regarding this pathology. The following study had as objective to highlight the nurse's job on the breast cancers attention and prevention in a interior town of Pernambuco, showing the professional nursing practical approach in the early detection preventive way of the pathology. In this perspective, the study had a descriptive base, exploratory research, carried through a quantitative approach, made by a questionnaire with 14 nurses, which are responsible for the Health Units of the Family in the interior of Serra Talhada – PE, one of the units belonging to the rural zone and to the urban zone. of the interviewed professionals, 14 (100%) make the nursing consultation, 14 (100%) make the breat clinical exam in their patients, 14 (100%) orient their patients about the breast auto-exam, 12 (85,70%) request the mammary ultrasonografy exam, 14 (100%) make approaching presentations about the breat cancer, 4 (25,58%) make a reference to the mastologist, 14 (100%) advise women to make the breast auto-exam in times, 13 (92,85%) alert them about the importance of the annual mammography exam, 9 (64,28%) request a mammography and 13 (92,85%) request a tracking mammography. It can be seen as soon as the nurses of this municipality to satisfactorily perform a preventive role of pathology. Key Words: Breast cancer. Nurse. Prevention. Health Units of the Family. Autor para Correspondência: Cibelly de Souza Brandão. Rua: João Luiz de Melo, nº 2110. Bairro: Tancredo Neves. CEP: 56909-205 Serra Talhada – PE. Email: [email protected]. 61 Saúde Coletiva em Debate, 2(1), 73-86, dez. 2012 1 INTRODUÇÃO O câncer é o nome dado a um conjunto de mais de 100 doenças que têm em comum o crescimento desordenado (maligno) de células que invadem os tecidos e órgãos, podendo espalhar-se (metástase) para outras regiões do corpo, dividindo-se rapidamente; estas células tendem a ser muito agressivas e incontroláveis, determinando a formação de tumores ou neoplasias malignas. As causas de câncer são variadas, podendo ser externas ou internas ao organismo, estando ambas inter-relacionadas. De todos os casos, 80% a 90% dos cânceres estão associados a fatores ambientais (INCA, 2012). O envelhecimento traz mudanças nas células que aumentam a sua suscetibilidade à transformação maligna. Isso, somado ao fato de as células das pessoas idosas terem sido expostas por mais tempo aos diferentes fatores de risco para câncer (CA), explica em parte o porquê do câncer ser mais frequente nesses indivíduos. O câncer de mama apresenta-se como tumor de consistência dura, de limites mal definidos, de tamanho que pode variar de 1 até vários centímetros de diâmetro, de acordo com o tempo de evolução. A pele da mama pode ficar vermelha ou parecida com uma casca de laranja ou surgirem alterações no bico do peito, o mamilo; também podem aparecer pequenos caroços na região embaixo dos braços, nas axilas (INCA, 2012; FERNANDES; NARCHI, 2007). No Brasil, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), as taxas de mortalidade por câncer de mama continuam elevadas, muito provavelmente porque a doença ainda é diagnosticada em estágios avançados. O câncer de mama é considerado um problema de saúde pública, fato incontestável num país onde o desnível entre medicina preventiva e curativa é alarmante, manifesto pelo aumento da incidência de câncer de mama em todos os níveis socioeconômicos. Na população mundial, a sobrevida média após cinco anos é de 61%. Relativamente raro antes dos 35 anos, acima desta faixa etária sua incidência cresce rápida e progressivamente. É o segundo tipo mais frequente no mundo, o câncer de mama é o mais comum entre as mulheres, respondendo por 22% dos casos novos a cada ano (INCA, 2012; CARVALHO, 2004). Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), em 2012, esperam-se, para o Brasil, 52.680 casos novos de câncer da mama, com um risco estimado de 52 casos a cada 100 mil mulheres com números de mortes de 12.098, sendo 11.969 mulheres e 129 homens (2008) (INCA, 2011). A maioria dos casos é diagnosticado em estados adiantados da doença, quando a possibilidade de um tratamento curativo é inexistente. Devido à sua alta prevalência, por consumirem grande parte de recursos financeiros e por serem causa crescente de morte no Brasil, merecem destaque na saúde pública. Assim, ações de prevenção e o controle devem ser priorizados em todo o país (PEREIRA, 2005). O profissional de enfermagem exerce o papel importante na prevenção da doença, desenvolvendo ações relacionadas ao rastreamento e detecção precoce do câncer de mama e assistência de enfermagem às mulheres. As ações de prevenção deve ser executada por profissionais qualificados capazes de gerenciar e atuantes nos serviços de atenção primária a saúde na Estratégia de Saúde da Família (ESF), com responsabilidades legais e inerentes, executando sua função embasada nas leis fundamentais do Sistema Único de Saúde (SUS), cujo objetivo é a promoção da saúde. O presente estudo teve como objetivo ressaltar o papel do enfermeiro na atenção e prevenção do câncer de mama em um município do sertão pernambucano, mostrando a abordagem da prática do profissional enfermeiro no modo 62 Saúde Coletiva em Debate, 2(1), 73-86, dez. 2012 preventivo de detecção precoce da patologia. A realização deste trabalho partiu do pressuposto de que o câncer de mama é homens, com comprometimento além de físico, emocional e social, diante desse fato observou-se sua incidência em um município do sertão pernambucano e as ações dos profissionais de enfermagem quanto à prevenção da patologia. A justificativa desta pesquisa foi descrever a atuação dos profissionais de enfermagem e sua abordagem prática, no que se refere a uma prevenção efetiva ao câncer de mama e as ações educativas relacionadas à doença, uma vez que estas quando bem desenvolvidas tem grande eficácia. Foi destacado o valioso papel da prática do profissional de enfermagem, que pode “salvar vidas”, especialmente quando educa o paciente e o leva a ter um cuidado preventivo, sob este enfoque e sabendo-se que a maioria dos casos de câncer são descobertos de forma tardia, torna-se imprescindível o papel do enfermeiro, colocando em prática as estratégias para diagnosticar a doença precocemente. 2 METODOLOGIA O presente estudo foi realizado no município de Serra Talhada-PE, abordando o papel dos enfermeiros na prevenção do câncer de mama nas USF pelas quais os mesmos são responsáveis. A cidade conta com 15 Unidades de Saúde da Família (USF), sendo14 localizadas na zona urbana e 01 na zona rural. Estas unidades são compostas por uma equipe de saúde formada por um médico, um enfermeiro, uma técnica de enfermagem, um dentista, um técnico em saúde bucal, agentes comunitários de saúde e auxiliar de serviços gerais. Trata-se de uma pesquisa exploratória realizada por meio de uma abordagem quantitativa, a qual, segundo Cartoni (2009): uma enfermidade que tem crescido cada vez mais, atingindo um grande número de mulheres e “[...] Considera que tudo pode ser qualificável, o que significa traduzir em números opiniões e informações para classificá-las e analisá-las. Requer uso de recursos e de técnicas estatísticas (percentagem, média, moda, mediana, desvio padrão, coeficiente de correlação, análise de regressão, etc.) [...]’’. A pesquisa exploratória é definida por Silva (2004), como uma pesquisa que visa proporcionar maior familiaridade com o problema com vistas a torná-lo explícito ou a construir hipóteses. Envolvem levantamento bibliográfico, entrevistas com pessoas que tiveram experiências práticas com o problema pesquisado e análise de exemplos que estimulem a compreensão. Na ótica de Gil (1999) a pesquisa descritiva tem como principal objetivo descrever características de determinada população ou fenômeno ou estabelecer relações entre as variáveis. A coleta de dados foi realizada por meio de um questionário contendo 11 questões, sendo 10 objetivas e 01 discursiva, aplicadas aos enfermeiros das USF que compõem a cidade de Serra Talhada-PE, no período de abril a maio de 2012. Os pesquisadores estiveram nas 15 Unidades de Saúde da Família, onde realizaram as entrevistas. Participaram da pesquisa um total de 14 enfermeiras, sendo que uma delas recusou-se a responder o questionário. Os profissionais que aceitaram participar da pesquisa o fizeram no período planejado para realização da coleta de dados e assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), Os enfermeiros que trabalham em hospitais, clínicas, centros de saúde e setor privado da cidade de Serra Talhada-PE, foram excluídos na pesquisa. 63 Saúde Coletiva em Debate, 2(1), 73-86, dez. 2012 Após a coleta de dados, os mesmos foram discutidos, organizados e processados em planilhas do software Microsoft Office Excel 2007, consolidados e apresentados através de tabelas e gráficos em valores percentuais e absolutos. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos das Faculdades Integradas de Patos, sob o número 025/2012 e foram seguidas as normas para pesquisa envolvendo seres humanos contidas na resolução 196/96 do Ministério da Saúde. 3 RESULTADOS E DISCUSSÃO A pesquisa foi realizada com os enfermeiros que compõem as 15 Unidades de Saúde da Família existentes no município de Serra Talhada – PE, sendo 14 na zona urbana e 01 zona rural. Das 15 enfermeiras, 14 aceitaram participar da pesquisa, enquanto 01 delas recusou-se a responder o questionário, negando sua participação na pesquisa. O resultado abaixo se refere ao tempo de serviço das profissionais nas USF. Sendo assim, verificou-se que: das 14 profissionais, três (21,42%) atuam de 0 meses a 01 ano na unidade, nove (64,29%) profissionais possuiam tempo de serviço entre 01 e 05 anos, (14,29%) profissionais atuavam há mais de 05 anos na unidade (Tabela 1). De acordo com Alencar (2006), em uma pesquisa realizada em Belo Horizonte – MG, com oito enfermeiros que trabalham em PSF da referida cidade e atuam há mais de 02 anos, o conjunto amostral em relação ao tempo de serviço dos mesmos enfermeiros evidenciou que 78% dos enfermeiros trabalham há mais de 04 anos, enquanto que 55,4% trabalham entre 01 ano e meio e 02 anos e meio, seguidos de 44,6% que exercem suas atividades entre 03 anos e meio a 05 anos e meio nos PSF. Os fatores que influenciam o trabalho dos enfermeiros em ESF parte da premissa que sua alta rotatividade compromete a operacionalização do trabalho e diminui a efetividade das ações que subsidiam esse modelo de assistência à saúde. As constantes saídas e entradas de novos enfermeiros ameaçam principalmente, a criação de vínculos de confiança entre estes profissionais, os usuários, suas famílias e com a própria comunidade. Esse fenômeno afeta os profissionais e ameaça o impacto da estratégia (BARBOSA; AGUIAR, 2008). Este tópico corrobora o estudo de Alencar (2006). Na pesquisa de ambos, evidenciou-se que 78% dos enfermeiros trabalham na unidade há mais de 04 anos, enquanto em nosso estudo, 09 dos 14 profissionais (64,29%) exercem suas funções entre 01 e 05 anos de serviço, confirmando a idéia de que, quanto mais vínculo houver entre o profissional e a população assistida, maior será a fidedignidade em suas ações e práticas no processo de prevenção. Tabela 1 - Tempo de serviço dos Profissionais nas USF. TEMPO (MÊS/ANOS) N % 0 meses até 1 ano de serviço 1 ano até 5 anos de serviço Mais de 5 anos serviço 03 09 02 21,42 64,29 14,29 Totais: 14 100,00 Fonte: Os autores, 2012 Em relação enfermagem, dos à 14 consulta de profissionais entrevistados, todos afirmaram realizá-la, o que corresponde a (100%). 64 Saúde Coletiva em Debate, 2(1), 73-86, dez. 2012 Em uma pesquisa realizada no município de Macapá-AP, feita com quatro enfermeiros distribuidos em dois turnos, manhã/tarde, na UBS da comunidade Perpétuo Socorro, localizado no bairro Perpétuo Socorro, pertecente ao municipio supracitado, nota-se o predomínio de 100% na realização de consulta de enfermagem e visitas domiciliares (FERREIRA; SOARES, 2010). Diogenes, Rezende e Passos (2001) ressaltam a Lei nº 7.498/86, que dispõe sobre a regulamentação do exercício de Enfermagem e dá outras providências, bem como o Decreto nº 94.406/87 que regulamenta a Lei nº 7.498/86, que assegura as ações do enfermeiro para a prevenção e controle do câncer, destaca-se em seu artigo 8º; a consulta de Enfermagem sendo ainda legitimada pela Resolução Conselho Federal de Enfermagem. O tópico que questiona sobre a realização da consulta de enfermagem pelos profissionais das 14 Unidades de Saúde da Família, correlaciona-se com a pesquisa de Ferreira e Soares (2010), nas respectivas pesquisas os resultados foram de 100%. Quanto à realização do exame clínico das mamas em seus pacientes, todas as enfermeiras afirmaram realizar a prática. Em um estudo realizado em Goiânia-GO com 17 enfermeiras das UBS do Distrito Sanitário Leste, foram aplicados questionários semiestruturados com o objetivo de caracterizar a atuação do enfermeiro na detecção precoce de alterações mamárias em usuárias de Unidades Básicas de Saúde (UBS). Das 17 enfermeiras entrevistadas, na questão que se referiu ao exame clínico das mamas, 13 (76,5%) afirmaram realizá-lo durante a consulta e apenas quatro (30,7%) descreveram corretamente a técnica (COSTA; RAMOS; ALMEIDA, 2005). O Exame Clínico das Mamas (ECM) é um procedimento realizado por um médico ou enfermeiro, profissionais capacitados para a realização desta ação. No exame podem ser identificadas alterações na mama e, se for indicado, serão realizados exames complementares. O ECM é realizado com a finalidade de detectar anormalidades na mama ou avaliar sintomas referidos por pacientes e assim encontrar cânceres da mama palpáveis num estágio precoce de evolução (BRASIL, 2006). Este estudo colabora com nossa pesquisa, uma vez que as profissionais envolvidas no estudo de Costa, Ramos e Almeida afirmaram realizar o exame clínico das mamas, assim como em nosso estudo, onde a totalidade de entrevistadas também confirmou a realização do mesmo. No que diz respeito à orientação dos pacientes sobre o AEM, o tópico abordado nos mostra que dos 14 profissionais entrevistados, correspondente a (100%) relataram orientar seus pacientes. Mendes et al. (2009), em estudo realizado em uma Unidade Básica do município de Aracaju - SE, obteve uma amostra constituída por 50 pessoas. Foi realizada uma entrevista por meio de um formulário semiestruturado, padronizado, cujo objetivo era verificar a concepção de mulheres em uma Unidade Básica de Saúde sobre a prática do autoexame mamário. Em tópico que questiona a orientação para realizar o AEM observa-se que 24 mulheres (48%) não foram orientadas, enquanto que 26 (52%) receberam orientações. Destas, oito (16%) tiveram a figura do médico como instrumento de persuasão; 14 (28%) pelos enfermeiros, três (6%) pelos meios de comunicação e uma (2%) por Agentes Comunitários de Saúde – ACS. Assim, o estudo de Mendes et al., (2009) não coincide com nossa pesquisa, uma vez que nossos resultados apontam 100% de atuação do enfermeiro na orientação do auto-exame das mamas a seus pacientes. As normas e recomendações do Ministério da Saúde para o controle do câncer de mama propõem que os profissionais desenvolvam ações de 65 Saúde Coletiva em Debate, 2(1), 73-86, dez. 2012 educação para o ensino da palpação das mamas pela própria mulher como estratégia dos cuidados com o próprio mulheres que não menstruam, menopausadas ou submetidas à histerectomia ou ainda aquelas que estão amamentando, deve-se orientar a escolha arbitrária de um dia do mês para a realização do autoexame. A alteração a ser procurada é, basicamente, o endurecimento nodular localizado (FERNANDES; NARCHI, 2007). De acordo com nosso estudo quanto aos profissionais enfermeiros solicitarem ultrassonografia mamária, observa-se que os profissionais que solicitam o exame compreendem um total de 02, correspondendo a 14,30%, enquanto 12 negam solicitar o exame, o que corresponde a 85,70% (Gráfico 1). Costa (2009), correlata em estudo realizado com 52 profissionais da ESF, sendo 30 enfermeiros e 22 médicos, no estado do Rio Grande do Norte, em nove cidades da V Unidade Regional de Saúde Pública (V URSAP) da região conhecida como Trairi, que teve como objetivo identificar as ações de detecção precoce do câncer de mama realizadas por profissionais da Estratégia de Saúde da Família, onde nos mostra que: Ao questionados sobre os métodos de detecção precoce do câncer de mama durante o seu tempo de trabalho na ESF, percebemos que, quanto à solicitação de corpo. Todas as mulheres devem fazer regularmente o auto-exame de 7 a 10 dias após a menstruação. Para as exame de ultrassonografia 69,2% dos profissionais solicitam ultrassonografia mamária. Na maioria das vezes, a ultrassonografia é sempre complementar à mamografia, com exceção para pacientes jovens (abaixo de 30 anos), quando representa o exame de escolha para a primeira avaliação. É sempre importante, quando possível, correlacionar a ultrassonografia à mamografia com o objetivo de se obter um resultado mais fidedigno, visto que ambos os métodos têm um índice de falsos negativos de 10 a 20%. Foi realizado estudo prospectivo de dez casos de câncer de mama. Com o objetivo de avaliar a utilidade da ultrassonografia tridimensional, compara-se este método aos achados da ultrassonografia bidimensional em dez casos, associando-se com a comprovação histopatológica (SANTOS et al., 2009). Os resultados da pesquisa de Costa (2009) não se correlacionam com os que foram obtidos em nosso estudo, na pesquisa a maioria dos profissionais (69,2%) questionados afirmou solicitar o exame de ultrassonografia mamária, enquanto os resultados de nosso estudo mostram que apenas 02 (14,30%) enfermeiros afirmam realizar esta prática. Gráfico 1 - Profissionais que solicitam ultrassonografia mamária. Fonte: Os autores, 2012 Sobre a realização de palestras educativas abordando como tema o câncer 66 Saúde Coletiva em Debate, 2(1), 73-86, dez. 2012 de mama, os 14 profissionais entrevistados relataram que realizam palestra abordando o tema, o que corresponde a (100%). Ainda no estudo de Costa (2009), no que se refere à prática de ações educativas com as usuárias da Estratégia de Saúde da Família, na determinada pesquisa mostra que: quando levantado o questionamento sobre as medidas preventivas do câncer de mama, 80,8% dos participantes da pesquisa afirmaram que desempenham estas ações, sendo, que dos 52 profissionais entrevistados 22 são médicos e 30 enfermeiros, os que não desenvolvem nenhuma atividade a respeito, neste sentido 08 são médicos e 02 enfermeiros. O setor saúde vem superando a crise em que se encontra nos últimos anos, mudando o nosso modelo de atenção à saúde adotando como foco a saúde da família, em que a ênfase é a prevenção por meio de ações educativas (PEREIRA, 2005). A pesquisa de Costa (2009) correlaciona-se com nosso estudo, pois a quantidade de enfermeiros que afirmam realizar ações educativas sobre o câncer de mama é significativa, assim como foi visto em nosso estudo, que teve 100% de afirmação quanto à realização dessa prática. Sobre o enfermeiro referenciar ao médico mastologista, quatro afirmam referir (25,58%), enquanto 10 negam esta prática (74,42%) (Gráfico 2). Costa (2009) correlata em seu estudo no tópico referente aos métodos de detecção precoce do câncer de mama durante o tempo de trabalho dos enfermeiros na ESF notou-se que, (51,9%) dos profissionais que referenciam ao mastologista. O exame clínico é um tipo de exame realizado por profissionais da saúde, como médicos generalistas e enfermeiros, competentes e treinados para detecção de tumores que devem obrigatoriamente seguir as recomendações técnicas do Consenso para Controle do câncer de mama. É um exame com baixo a moderado custo, porém nem sempre é acessível, já que, muitas vezes, as mulheres de baixa renda não possuem acesso ao atendimento e acompanhamento ginecológico. Sua recomendação varia de uma vez a cada seis meses a um ano, durante as visitas periódicas ao ginecologista da mulher. O mastologista é o médico especialista para a realização do exame. Quando existir dúvida, o médico generalista deve encaminhar a paciente para o mastologista (MORENO, 2010). As pesquisas não se correlacionam, pois vimos que nos resultados de Costa (2009), a maioria dos profissionais afirma referenciar ao mastologista, enquanto nesta pesquisa uma minoria de enfermeiros afirmou realizar esta ação. PERCENTUAL Gráfico 2 - Enfermeiros que referenciam ao mastologista. REFERENCIAM O MASTOLOGISTA 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% SIM = 4 25,58% NÃO = 10 74,42% Fonte: Os autores, 2012 Na questão onde abordamos se os enfermeiros aconselham as mulheres a 67 Saúde Coletiva em Debate, 2(1), 73-86, dez. 2012 realizarem a revisão das mamas, todos os enfermeiros afirmaram que aconselham a revisão periódica das mamas. De acordo com Monteiro et al., (2003) em estudo realizado na cidade de Belém – PA, com as pacientes que faziam parte da demanda espontânea do Centro de Saúde Escola – Marco (CSE-Marco) e do anexo Unidade Materno-Infantil na referida cidade, foram entrevistadas 505 mulheres com idade acima de 20 anos a respeito da frequência do conhecimento e prática do AEM e possíveis fatores associados. A pergunta “você conhece o autoexame?”, referia-se ao fato da entrevistada saber ou não da existência do mesmo. Em relação à frequência da prática do exame, estabeleceram-se, segundo referências do INCA, três parâmetros: a realização mensal, a realização em frequência não preconizada, ou seja, qualquer intervalo diferente do mensal, e a não realização. A quase totalidade das entrevistadas (96,0%) conhecia o AEM, contudo menos de um terço destas o realizavam corretamente. Dentre as que não o realizava, o principal motivo foi o desconhecimento da técnica, com 55 mulheres, representando 48,2% do total. A maioria das entrevistadas (59,0%) tomou conhecimento do AEM pela imprensa, seguido pelos demais profissionais de saúde (17,9%) e médico (14,8%), contudo, o meio que levou a prática mais correta foi a orientação médica das pacientes que responderam já ter ido pelo menos uma vez ao ginecologista, 58,7% referiram que este não incentiva a prática do AEM, tampouco examina suas mamas (63,8%). No caso do câncer de mama, o autoexame desde que realizado de maneira minuciosa, permite identificar diversas alterações prematuramente. Neste sentido, ressalta-se a eficiência do procedimento e sua importância no decréscimo da morbimortalidade e aumento nas taxas de sobrevida e cura das mulheres (FERNANDES E NARCHI, 2007). A pesquisa de Monteiro et al., (2003), não colabora com nosso estudo, uma vez que em sua pesquisa, 48,25% do total de mulheres afirmou não ter conhecimento da técnica, nos fazendo perceber que não eram aconselhadas sobre a prática, já em nossa pesquisa, 100% das enfermeiras afirmaram aconselhar suas pacientes. No questionamento referente às consultas de prevenção, e no alerta a importância da mamografia anual a pacientes acima de 35 anos de idade o resultado abaixo nos mostra que 13 (92,85%) dos profissionais entrevistados afirmam realizar o alerta acerca da mamografia em pacientes acima de 35 anos, enquanto 01 (7,15%) nega a prática (Gráfico 3). Jácome et al., (2011) em sua pesquisa realizada na cidade de MossoróRN, em unidades de atenção primária a saúde do município, onde participaram da pesquisa 63 médicos e 63 enfermeiros com o objetivo de investigar o conhecimento, atitude e prática dos médicos e enfermeiros da Estratégia de Saúde da Família (ESF) do supracitado município, afirma que em relação as atitudes e práticas de detecção precoce do câncer de mama no tópico que refere-se a conduta com uma mulher de 35 anos com alto risco para a patologia (15,1 %) dos médicos e (10,9%) dos enfermeiros solicitam mamografia anual. O ministério da saúde ressalta que se houver histórico familiar principalmente a mãe, irmã ou filha (parentescos de primeiro grau) em relação ao câncer de mama antes dos 50 anos de idade, a mulher tem mais chances de ter um câncer de mama. Quem já teve câncer em uma das mamas ou câncer de ovário, em qualquer idade, também deve ficar atenta. As mulheres com maior risco de ter o câncer de mama devem tomar cuidados especiais, fazendo, a partir dos 35 anos de idade, o exame clínico das mamas e a mamografia, uma vez por ano (INCA, 2007). Em relação à pesquisa de Jácome et al., (2011), nosso estudo não se 68 Saúde Coletiva em Debate, 2(1), 73-86, dez. 2012 correlaciona com os resultados, tendo visto que o alerta é feito por apenas (10,9%) dos profissionais, enquanto em nossa pesquisa ( 92,85% )afirmam realizar o mesmo. DURANTE A CONSULTA, ALERTAM SOBRE A Gráfico 3 - Enfermeiros que alertam sobre a importância mamografia anual a mulheres com IMPORTÂNCIA DA MAMOGRAFIA ANUAL da NAS idade acima de 35PACIENTE anos. ACIMA DE 35 ANOS DE IDADE PERCENTUAL 100% 80% 60% 40% 20% 0% SIM = 13 92,85% NÃO = 1 7,15% Fonte: Os autores, 2012 Na questão referente à solicitação de mamografia pelos enfermeiros, 09 (64,28%) confirmam solicitar, enquanto 05 (35,72%) afirmam não solicitar (Gráfico 4). Costa (2009) correlata em estudo realizado com 52 profissionais da ESF, sendo estes 30 enfermeiros e 22 médicos, no estado Rio Grande do Norte, em nove cidades da V Unidade Regional de Saúde Pública (V URSAP) da região conhecida como Trairi, que teve como objetivo identificar as ações de detecção precoce do câncer de mama realizadas por profissionais da Estratégia de Saúde da Família foi mostrado que: Ao questionados sobre os métodos de detecção precoce do câncer de mama durante o seu tempo de trabalho na ESF, vimos que (44,2%) solicitam Mamografia sendo 04 médicos e 19 enfermeiros. Outro método em diagnóstico precoce e também muito utilizado é a mamografia, apontada como o principal método diagnóstico do câncer de mama em estágio inicial, capaz de detectar alterações ainda não palpáveis e favorecendo, assim, o tratamento precoce, mais efetivo, menos agressivo, com melhores resultados estéticos e eventos adversos reduzidos (SCLOWITZ et al., 2005). Salientando que não é função do enfermeiro requisitar tal exame, porém quando necessário ele deve entrar em contato com o médico para sua efetivação, já que na ESF o trabalho é multiprofissional, o que significa conectar diferentes processos de trabalhos envolvidos, com base em certos conhecimentos acerca do trabalho do outro e valorizando a participação deles na produção de cuidados (COSTA, 2009). O estudo de Costa (2009) colabora com nossa pesquisa, pois vemos que a maioria dos enfermeiros faz solicitação do exame, assim como em nossos resultados, onde 09 (64,28%) afirmaram solicitar a mamografia. Devemos observar a variação relativa de cada município, pois alguns possuem protocolos próprios em relação à solicitação de mamografia. No quesito referente à solicitação de mamografia de rastreamento, o resultado abaixo demonstra que 13 (92,85%) dos profissionais entrevistados confirmam solicitar mamografia de rastreamento, enquanto apenas 01 (7,15%) negou a prática (Gráfico 5). Em uma pesquisa realizada em 16 equipes de Saúde da Família localizada na área urbana do município de Dourados – MS, alocadas em 10 Unidades de Saúde da Família (USF) onde o objetivo foi analisar o conhecimento e a prática da detecção precoce do câncer de mama das mulheres e dos profissionais médicos e enfermeiros, 69 Saúde Coletiva em Debate, 2(1), 73-86, dez. 2012 foram estudadas 393 mulheres de 40 a 69 anos, cadastradas na estratégia de saúde da família e 8 profissionais de saúde. Os dados referentes às mulheres foram coletados por meio de um questionário estruturado e analisados por meio de estatística descritiva e dos testes do quiquadrado e exato de Fisher, com nível de significância de 5%, onde obteve os seguintes resultados: 209 (53,2%) afirma ter realizado mamografia e 184 (46,8%) não realiza (BATISTON, 2009). Os testes de rastreamento são aqueles que visam detectar precocemente o problema, e o mais importante é a mamografia de alta resolução. A partir do rastreamento, o paciente é encaminhado para exames mais específicos que fornecem com precisão o diagnóstico definitivo, se for o caso. O objetivo principal da prevenção secundária, diferente da primária que visava evitar o aparecimento do câncer, consiste em diagnosticar precocemente um tumor, evitando uma evolução no prognóstico (MORENO, 2010). O estudo de Batiston (2009), não se correlaciona com nossa pesquisa, uma vez que o número de pacientes que realizam a mamografia de rastreamento está próximo ao número de pacientes que não realizam, os mesmos não realizam devido não haver solicitação por parte dos profissionais, enquanto em nossos resultados 13 (92,85%) afirmam fazer a solicitação da mamografia de rastreamento e apenas 01 (7,15%) nega solicitar, uma diferença bastante significativa. Devemos levar em consideração que alguns municípios existem protocolos próprios referentes a esta prática. SOLICITAM MAMOGRAFIA PERCENTUAL Gráfico 4 - Profissionais que solicitam mamografia. 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% SIM = 9 64,28% NÃO = 5 35,72% Fonte: Os autores, 2012 SOLICITAM MAMOGRAFIA DE RASTREAMENTO Gráfico 5 : Solicita Mamografia de rastreamento. PERCENTUAL 100% 80% 60% 40% 20% 0% SIM = 13 92,85% NÃO = 1 7,15% Fonte: Os autores, 2012 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS 70 Saúde Coletiva em Debate, 2(1), 73-86, dez. 2012 A pesquisa foi realizada com 14 enfermeiras que atuam nos PSF da cidade de Serra Talhada-PE. Consideramos que esta foi desenvolvida com muita satisfação, uma vez que fomos recompensados com a oportunidade de aumentar nossos conhecimentos em relação ao câncer de mama e sobre o papel do enfermeiro em sua prevenção, o que é de primordial importância para a saúde pública, levandose em consideração que os casos desta patologia vêm aumentando significativamente e que a prevenção feita de forma adequada e contínua contribui para sua diminuição. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (2012), o câncer de mama é o segundo tipo mais frequente no mundo, respondendo por 22% dos casos novos a cada ano. Se for diagnosticado e tratado oportunamente, o prognóstico da doença é relativamente bom. No Brasil, as taxas de mortalidade por câncer de mama continuam elevadas, muito provavelmente porque a doença ainda é diagnosticada em estádios avançados. Levando-se em conta o papel essencial do enfermeiro na prevenção e controle desta enfermidade, percebemos que suas condutas vão desde a realização da consulta de enfermagem e orientação de seus pacientes à solicitação de exames necessários e participação em ações educativas, exercendo assim, além de um papel preventivo, um aliado no diagnóstico precoce da patologia. Conclui-se que nossa pesquisa foi realizada com 14 enfermeiras que exercem suas funções em postos de saúde do município de Serra Talhada, 14 (100%) das mesmas referiram que realizam a consulta de enfermagem, realizando durante as mesmas o exame clinico das mamas em seus pacientes, 14 (100%) orientam em relação ao autoexame das mamas, que se feito com técnica correta é um dos principais métodos de detecção precoce da patologia. Das entrevistadas, 12 (85,70%) afirmaram não solicitar o exame de ultrassonografia mamária, enquanto 2 (14,30%) confirmam a prática, ressaltamos que a solicitação desse exame não é papel da enfermagem, apenas o médico pode fazê-la. Quanto à realização de palestras abordando como tema o câncer de mama, 14 (100%) das profissionais afirmaram realizar. Na pergunta que questionava sobre a enfermeira referenciar ao mastologista, 04 (25,58%) afirmaram referenciar, enquanto 10 (74,42%) garantem que esse papel pertence ao médico. Questionadas sobre aconselhar as mulheres a revisar periodicamente suas mamas, 14 (100%) afirmam aconselhar a prática. No alerta sobre a mamografia anual para mulheres acima de 35 anos de idade com risco para o câncer de mama, 13 (92,85%) garantem fazer este alerta, enquanto apenas 01 (7,15%) negou o mesmo. Em relação à solicitação da mamografia, 09 (64,28%) afirmaram solicitar esse exame, já 05 (35,72%) afirmaram não solicitar e quanto a solicitação da mamografia de rastreamento, 13 (92,85%) garantiram solicitar, quando apenas 01 (7,15%) confirmou que não solicita o exame. Diante de nossos resultados concluímos que os enfermeiros das Unidades de Saúde da Família de Serra Talhada, exercem com louvor um papel preventivo em relação ao câncer de mama, apesar de alguns deles executarem certas medidas que não são cabíveis à enfermagem, os profissionais realizam a prevenção da patologia, contribuindo assim na detecção precoce do câncer de mama. REFERÊNCIAS Horizonte – MG, 2006. 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