Tratamento de água de abastecimento contaminada com o fármaco “ácido Mefenâmico” via adsorção com CAP e oxidação com cloro. Lucilla Idalina de Cássia Borges Ramos Dias, Rodrigo Braga Moruzzi, Veronica Bocalon Lima, Lucas Augusto Makoto Ota, Rodrigo Hyago de Araújo Pereira, Rio Claro, Instituto de Geociências e Ciências Exatas, Engenharia Ambiental, [email protected], PIBIC. Palavras Chave: ácido Mefenâmico, adsorção, cloração. Introdução Entre os vários compostos considerados poluentes emergentes, fármacos a concentrações tão baixas quanto da ordem de ng/L são particularmente preocupantes, tanto devido a sua detecção no meio aquático mundial, quanto pelos seus efeitos na saúde. Eles são provenientes principalmente de esgoto doméstico e suas estações de tratamento, hospitais, plantas industriais e fazendas de intensa 1 alimentação animal . Os impactos negativos de contínuos níveis subletais de compostos farmacológicos residuais no meio ambiente aquático ainda permanecem incertos 2 , mas entre os efeitos agudos, já foram detectadas 3 alterações endócrinas em peixes . com CAP aparenta êxito, visto que houve alta remoção, entre de 64% e 99,3% (gráfico 1). Ainda que a adsorção tenha sido eficiente em todos os pHs analisados, os maiores índices de remoção ocorreram abaixo do PCZ, quando a carga líquida do CAP era positiva, e o ácido Mefenâmico de carga neutra ou negativa. Quanto à oxidação, até a entrega deste, os resultados ainda não haviam sido lidos. Gráfico 1. Eficiência média da remoção do ácido Mefenâmico por adsorção com CAP. Objetivos Este trabalho teve por objetivo geral investigar a remoção do fármaco ácido Mefenâmico por adsorção em carvão ativado em pó (CAP) e por cloração e por objetivo específico investigar a remoção do fármaco em água contaminada em laboratório por adsorção em CAP; relacionar a remoção do fármaco por CAP com seu pH de ponto de carga zero (PCZ) e investigar a remoção do fármaco em água contaminada em laboratório pela oxidação com cloro. Conclusões Material e Métodos Materiais: ácido Mefenâmico; água Mili-Q; balança de precisão; carvão ativado em pó; centrífuga; filtros 0,45µm; solução de hipoclorito de sódio (10 a 12%); HPLC; mesa agitadora orbital; micropipetas; pHmetro de bancada; seringas; tiossulfito de sódio; vials; vidrarias. Métodos: dissolução do ácido Mefenâmico; adsorção via CAP; determinação do PCZ do CAP; oxidação via cloro. Resultados e Discussão Através da plotagem do pH inicial e do pH final e determinação do seu encontro, determinou-se que o PCZ do CAP ocorre a pH de 9,875 ± 0,025. Não foram realizados ensaios suficientes para obter-se conclusão do comportamento qualitativo do fármaco em adsorção com CAP. Entretanto, considerando apenas os resultados obtidos neste, a remoção do ácido Mefenâmico através de adsorção XXV Congresso de Iniciação Científica Provavelmente a adsorção foi tão eficiente devido à baixa concentração de ácido Mefenâmico em relação à quantidade de CAP. Ainda assim, há indicação de que se continuados os testes, a adsorção com CAP deve figurar como um método efetivo no tratamento de águas contaminadas com o fármaco. Agradecimentos CNPq/PIBIC, Fabiano Tomazini da Conceição, Lucas Augusto Makoto Ota, Rodrigo Braga Moruzzi, Rodrigo Hyago de Araújo Pereira e Veronica Bocalon Lima. __________________________________________ 1 Fatta, D.; Achilleos, A; Nikolaou, A.; Meriç, S. TrAC Trends in Analytical Chemistry. 2007, 26, 515. 2 Reino unido. Environmental Agency. Review of human pharmaceuticals in the environment: technical report P390. 2000. 3 Jones, O. A. H., Voulvoulis, N., Lester, J. N. Water Research. 2002, 36, 5013.