Atualização: Surto Multi-Estado de Varíola Originária

Atualização: Surto Multi-Estado de Varíola Originária
de Macaco - Illinois, Indiana, Kansas, Missouri, Ohio,
e Wisconsin, 2003
O CDC e os departamentos locais e estaduais de saúde continuam a investigar os casos
de varíola entre pessoas que tiveram contato com animais de estimação mamíferos
exóticos ou selvagens ou pessoas com varíola (1-3). Este relatório atualiza os dados
epidemiológicos, laboratoriais e uso da vacina contra a varíola para os casos nos EUA, e
resume a implicação de evidência baseada em laboratório de roedores importados da
África como a fonte provável do surto.
Até 2 de julho, um total de 81 casos de varíola foi notificado ao CDC por Wisconsin
(39), Indiana (22), Illinois (16), Missouri (dois), Kansas (um), e Ohio (um) (Figura);
esses incluem 32 (40%) casos confirmados por laboratório no CDC e 49 (60%) casos
suspeitos e prováveis sob investigação (Tabela). Um caso foi excluído daqueles
notificados na atualização anterior por ter preenchido os critérios de exclusão esboçados
na definição atualizada de caso e três foram adicionados (3). Dos 81 casos, 43 (53%)
foram entre mulheres; a mediana da idade foi 27 anos (variação: 1-51 anos). Os dados
sobre a idade estiveram indisponíveis para um paciente. Entre os 78 pacientes para os
quais os dados foram disponibilizados, 19 (24%) foram hospitalizados. A criança
anteriormente notificada com adenopatia dolorosa associada com lesões bolhosas
difusas melhorou clinicamente e recebeu alta hospitalar após 6 dias (3). O teste
confirmatório de lesões exantemáticas cutâneas no CDC foi positivo para o vírus da
varíola simian.
Dos 81 casos notificados, 31 foram confirmados por laboratório no CDC para varíola
símia por detecção do vírus nas lesões exantemáticas cutâneas pelo uso de cultura,
reação em cadeia de polimerase (PCR), teste imunohistoclímico e/ou microscopia
eletrônica; um caso foi confirmado por isolamento do vírus e teste PCR de uma amostra
do orofaringe. O número de casos confirmados por estado inclui Wisconsin (14),
Indiana (sete), Illinois (oito), Missouri (dois), e Kansas (um). Para esses casos
confirmados por laboratório, o início da doença variou de 16 de maio a 20 de junho.
Todos os pacientes confirmados referiram um exantema e todos menos um relatou pelo
menos um outro sinal ou sintoma clínico, incluindo febre, sintomas respiratórios, e/ou
linfadenopatia. O período mediano de incubação** foi 12 dias (variação: 1-31 dias). A
maioria dos pacientes com varíola confirmada relatou exposição a mamíferos exóticos
*
Definido como a data possível da primeira exposição a data do início da doença; entretanto, algumas
pessoas relataram exposição intermitente ou continua .
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ou selvagens, incluindo cão de pradaria; alguns pacientes também tiveram contato com
outras pessoas com infecção pelo vírus da varíola símia em domicílio. Nenhum caso de
varíola que pudesse ser atribuído exclusivamente ao contato pessoa-a-pessoa foi
confirmado.
Uso da Vacina Contra a Varíola
Para prevenir mais transmissão de varíola símia, 28 residentes de seis estados receberam
a vacina contra a varíola desde 13 de junho; os receptores incluíram 26 adultos e duas
crianças. A vacina foi administrada pré-exposição a dois trabalhadores de laboratório e
dois trabalhadores na assistência à saúde e a 24 pessoas pós-exposição (10 trabalhadores
na assistência à saúde, sete contatos domiciliares, três trabalhadores de laboratório, dois
veterinários da saúde pública, um trabalhador da saúde pública e um contato de
trabalho). Uma criança vacinada pós-exposição teve um exantema 6 dias após a
vacinação; o teste de PCR de lesões cutâneas da criança foi positivo para o vírus da
varíola símia. A criança residia em um lar com dois cães de pradaria doentes e um
adulto com infecção pelo vírus da varíola símia confirmada por laboratório. Um cão de
pradaria esteve presente no domicílio por aproximadamente 1 ano e tornou-se doente
após a introdução de um segundo cão de pradaria doente no lar. O período de exposição
da criança iniciou 25 dias antes da vacinação, quando o cão de pradaria doente foi
trazido para o lar; o exantema da criança iniciou 12 dias após o início da doença
exantemática no membro adulto do domicílio.
Teste Laboratorial Animal
A investigação retrospectiva tem implicado o despacho de animais de Gana que foi
importado para o Texas em 9 de abril como a fonte provável de introdução do vírus da
varíola símia para os Estados Unidos (1,2). O despacho continha aproximadamente 800
mamíferos pequenos de nove espécies diferentes, incluindo seis gêneros de roedores
africanos. Esses gêneros de roedores incluíram esquilos de colar (Funiscuirus sp.), três
Traduzido por: Edson Alves de Moura Filho
E-mail: [email protected]
Em: 07/07/2003
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esquilos (Heliosciurus sp.), ratos gigantes do Gâmbia (Cricetomys sp.), porcos-espinho
(Atherurus sp.), arganazes (Graphiurus sp. [espécie de rato Silvestre parecido com
esquilo]), e ratos listados (Hybomys sp.). Os ratos do Gâmbia deste despacho foram
mantidos em proximidade íntima com os cães de pradaria no negociador de animais em
Illinois implicado na venda dos cães de pradaria infectados.
O teste laboratorial do CDC de alguns animais usando PCR e isolamento viral
demostrou que um rato gigante do Gâmbia, três arganazes e dois esquilos de colar da
importação de 9 de abril estavam, infectados pelo vírus da varíola símia. A avaliação de
outros animais associados com o envio está em andamento. A evidência de infecção foi
observada em alguns animais que tinham sido separados do restante do envio no dia da
chegada aos Estados Unidos, indicando infecção precoce e possivelmente disseminação
entre os animais restantes do despacho. A investigação laboratorial confirmou que
múltiplas espécies animais são suscetíveis à infecção pelo vírus da varíola símia.
O CDC tinha recomendado anteriormente que os funcionários estaduais da saúde
coloquem em quarentena estabelecimentos comerciais ou domicílios que tiverem
Traduzido por: Edson Alves de Moura Filho
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animais infectados ou recebido roedores africanos do despacho de 9 de abril (1). O CDC
tem emitido orientações sobre a quarentena e eutanásia de todos os roedores do
despacho de 9 de abril, como também os cães de pradaria que foram expostos aos
roedores importados ou outros animais com doença consistente com a definição de caso
de varíola símia. (http://www.cdc.gov/ncidod/monkeypox/quarantineremoval.htm). Os
animais submetidos a eutanásia de acordo com as orientações devem ser incinerados em
um aterro sanitário ou quintal.
O CDC e o FDA emitiram uma ordem conjunta em 11 de junho proibindo a importação
de qualquer roedor africano. Além disso, a ordem proibe a venda e transporte dentro dos
Estados Unidos de cães de pradaria e seis gêneros de roedores africanos.
(http://www.cdc.gov/ncidod/monkeypox/pdf/embargo.pdf).
Para
prevenir
a
disseminação do vírus da varíola símia nas populações de animais domésticos ou
selvagens, a ordem também proibe a liberação de qualquer desses animais para o meio
selvagem. Os departamentos de agricultura devem ser consultados a respeito de
orientações sobre o destino final seguro de animais. A ordem conjunta permanece em
efeito independente das ações relacionadas a orientações para quarentena e eutanásia de
animais de interessse.
Os prestadores de assistência à saúde, veterinários e funcionários da saúde pública que
suspeitar de varíola símia em animais ou humanos devem notificar esses casos aos seus
departamentos de saúde locais e estaduais. Os departamentos de estado da saúde devem
notificar os casos suspeitos ao CDC, fone 770-488-7100. Uma definição atualizada de
caso com os critérios de exclusão de caso revisada está disponível em
http://www.cdc.gov/ncidod/monkeypox/index.htm. As amostras clínicas devem ser
enviadas para teste após consulta ao departamento de estado e local da saúde. A
interpretação dos resultados laboratoriais requer pereenchimento completo dos
formulários de envio de amostra, os quais estão disponíveis em
http://www.cdc.gov/ncidod/monkeypox/diagspecimens.htm.
Relatado por: Departamentos estaduais e locais da saúde. Equipe de investigação da
varíola símia, CDC.
Referências
1.
CDC. Multistate outbreak of monkeypox-Illinois, Indiana, and Wisconsin, 2003. MMWR
2003;52:537-40.
2.
CDC. Update: multistate outbreak of monkeypox-Illinois, Indiana, Kansas, Missouri, Ohio, and
Wisconsin, 2003. MMWR 2003;52: 561-4.
3.
CDC. Update: multistate outbreak of monkeypox-Illinois, Indiana, Kansas, Missouri, Ohio, and
Wisconsin, 2003. MMWR 2003;52: 589-90.
Este documento traduzido trata-se de uma contribuição da Coordenação Geral do
Programa Nacional de Imunizações – CGPNI/SVS/MS, em parceria com a
Organização Pan Americana de Saúde – OPAS - Escritório Regional da Organização
Mundial de Saúde para a Região das Américas - Brasil, a todos que se dedicam às ações
de imunizações.
Traduzido por: Edson Alves de Moura Filho
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Em: 07/07/2003
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