O VÍRUS DO PAPILOMA HUMANO (HPV) E SUA RELAÇÃO COM CÂNCER DE PÊNIS Diego Rodrigues da Silva Nobre1, Marcia Silva de Oliveira2, Jurema Santos de Oliveira de Alves3, Keise Aparecida Costa Maciel4 Abstract Sexually Transmitted Diseases (STDs) are a public health problem, many causes contribute to the uncontrolled spread of the virus and, as a system of deteriorating health and socioeconomic factors. Due to the rapid spread, the Human Papilloma Virus (HPV) has filed a clinical or asymptomatic. It is essential to treat the lesions caused by HPV in men due to their possible relationship to cancer of the penis, paying attention to the means of contamination and the risks if left untreated. These treatments for drug interactions or surgical lesions. Several studies indicate an association between human papillomavirus and squamous cell carcinoma of the penis. HPV infection, may be among the causes of penile cancer. Because it is a rare condition, almost no data are available in the literature on the molecular mechanisms involved in the genesis and progression of penile cancer, which influence health professionals to develop new research. Index Terms HPV in man, penile cancer, risk factors, immune system. INTRODUÇÃO O HPV é uma sigla em inglês para Human Papilomavirus que em português significa Vírus do Papiloma Humano. Estes vírus fazem parte da família papovaviridade, que são capazes de provocar lesões de pele ou na mucosa. Geralmente se apresentam em grupos de 3(três) a 4(quatro) verrugas e medem aproximadamente 55 nm de diâmetro [4][16]. O HPV é o nome de um grupo de vírus que inclui mais de 200 tipos diferentes. É uma Doença Sexualmente Transmissível (DST), chamada de condiloma acuminado e conhecida popularmente como crista de galo [6]-[20]. A contaminação pelo HPV é a DST mais frequente atualmente e o homem deve ser avaliado de maneira ampla, não apenas como o parceiro de uma mulher infectada, mas deve-se avaliar os homens como portadores de uma infecção muito habitual, e que podem estar disseminando-a silenciosamente (Figura 1) [6]-[20]. FIGURA 1 LESÃO VERRUCOSA NA PELE. DISPONÍVEL EM: <HTTP://WWW.MEDICINAGERIATRICA.COM.BR> A classificação é como vírus de baixo, intermediário e alto risco. Existem alguns que são frequentes ao desenvolvimento como por exemplo: os hpvs dos tipos 6, 11, 41, 42, 43, 44 estão associados a infecções benignas do trato genital, os hpvs dos tipos 31, 32, 33, 35, 39, 51 e 52 são consideradas de risco intermediário e os hpvs dos tipos 16, 18, 45 e 56, são de alto risco podendo estarem relacionados aos tumores [14]. E para ocorrer alterações celulares que podem vir a serem patológicas o HPV possui no seu genoma vários genes que são expressos, como por exemplo: os genes das regiões precoces em que são responsáveis pelo processo inicial da replicação viral, que são mediados de E1 a E7, visto que: E1 e E2 têm a função de controlar a replicação e a transcrição do DNA; E4 têm a função de fazer alteração da matriz intracelular; E5 promover estímulos para a proliferação; E6 E7 onde ocorrem as transformações celulares; 1 Diego Rodrigues da Silva Nobre, Student of Biomedicine of the Faculty Anhanguera Educacional. QS 01 Street 212 Lotes 11/13/15, 70310-500, Águas Claras. Brasília/DF, Brazil, [email protected] 2 Marcia Silva de Oliveira, Full Professor of the Faculty Anhanguera Educacional. QS 01 Street 212 Lotes 11/13/15, 70310-500, Águas Claras. Brasília/DF, Brazil. Full Researcher of the Center for Studies in Education and Health Promotion, University of Brasilia – NESPROM/UnB. Campus Universitário Darcy Ribeiro s/n, set 07, room 34, 70.910-900, Asa Norte. Brasília/DF, Brazil, [email protected] 3 Jurema Santos de Oliveira Alves, Professor of the Faculty Anhanguera Educacional. QS 01 Street 212 Lotes 11/13/15, 70310-500, Águas Claras. Brasília/DF, Brazil, [email protected] 4 Keise Aparecida Costa Maciel, Student of Biomedicine of the Faculty Anhanguera Educacional. QS 01 Street 212 Lotes 11/13/15, 70310-500, Águas Claras. Brasília/DF, Brazil, [email protected] DOI 10.14684/SHEWC.13.2013.101-106 © 2013 COPEC July 07 - 10, 2013, Porto, PORTUGAL XIII Safety, Health and Environment World Congress 101 Sendo que E6 se liga a proteína p53 tornando-a alvo de degradação e E7 se liga inativando pRB e na ausência dessas restrições ao crescimento a célula se torna mais suscetível a mutação o que consequentemente leva a possibilidade do desenvolvimento do câncer. Existem também os genes das regiões tardias que são mediados por L1 e L2 que são responsáveis pelas etapas finais da replicação viral. E por fim a região longa de controle que é responsável pela modulação de todos estes processos no interior da célula do hospedeiro [22]. A transmissão do Papilomavírus pode ocorrer por meio do contato direto, através de pequenas rupturas na pele ou na mucosa, através da relação sexual incluindo o sexo anal e sexo oral, através da transmissão vertical, o parto, e é considerada a transmissão por meio de fômites em que o compartilhamento e utilização de objetos de uso pessoal se conter a presença do vírus o indivíduo poderá estar se contaminando como o simples uso de um lençol, uma toalha, uma peça de roupa, sabonete entre outros [5]-[13]-[17]. A atuação do vírus é mais prevalente na região genital e no homem acomete o prepúcio, o corpo do pênis, a glande, o escroto, a uretra em forma de verrugas que se exterioriza para o meato [2]. A forma clínica da infecção pelo HPV é caracterizada pela presença de lesões exofíticas na região anogenital, que são visíveis a olho nu sem técnicas de magnificação e chamadas de verrugas genitais ou condilomas. O aspecto das lesões é de neoformações sésseis, papilares, múltiplas, com a forma de pequenas cristas, origem do termo vulgar "cristade-galo". Podem ser brancas ou hipercrômicas. Estão mais presentes em áreas úmidas expostas ao atrito durante o coito, ou seja, pequenos lábios e vestíbulo vulvar, além das regiões anal e perianal (Figura 2) [1]-[24]. FIGURA 2 LESÃO CLÍNICA. DISPONÍVEL EM:<HTTP:WWW.FMT.AM.GOV.BR/AREAS/DST/CONDILOMA> Na forma subclínica da infecção (Figura 3), ao invés do HPV produzir um condiloma clássico evidente, a doença caracteriza-se por áreas difusas de hiperplasia epitelial não papilífera. Apesar das diferenças macroscópicas entre o condiloma e esta forma da infecção, ambas são caracterizadas por proliferação da camada germinativa basal, dismaturação do epitélio e alterações citológicas características. A maior diferença histológica é que o condiloma é francamente papilar enquanto a forma subclínica é plana ou micropapilar [1]-[24]. FIGURA 3 LESÃO SUB-CLÍNICA DISPONÍVEL EM: <HTTP:WWW.UROLOGISTA.COM.BR> Na forma latente o HPV é diagnosticado por técnicas moleculares. Acredita-se que o DNA viral está não funcional e replica-se uma vez a cada ciclo celular. E como o vírus não está ativado não existem alterações citológicas decorrentes de sua presença. Podendo ficar nesta forma por 1(um) mês, 1(um) ano, 10(dez) anos, uma vida e provavelmente os fatores imunológicos são determinantes desta condição [1][24]. Exames como o Papanicolau, a colposcopia, a peniscopia, a biopsia e a captura híbrida vêm a se tornar exames de carácter preventivos e outros confirmatórios do vírus [4]-[10]-[21]. O diagnóstico inicia-se com a avaliação clínica do paciente, sendo confirmado pela biópsia da lesão. E para o diagnóstico existe um tripé clássico composto pela citopatologia, a colposcopia e a histopatologia. Existem outras técnicas de detecção que utilizam a hibridização molecular que possuem sensibilidade e especificidade variada. A técnica de transferência hibridização o “ Southen blot” e a técnica de hibridização em manchas o “Dot blot”. E nesses últimos anos a técnica de amplificação em cadeia de sequência de DNA pela polimerase PCR, que é um método bastante eficiente. O HPV têm sido demonstrado também pelas técnicas de imunocitoquímica e imunohistoquímica [11]. E sendo diagnosticado a presença do vírus, e este estiver ocasionando lesões no indivíduo, poderá ser adotado um determinado tipo de tratamento. Tratamento este que vai depender de fatores como a idade do paciente, o local da lesão e a extensão desta lesão. Podem ser por interação medicamentosa, como por exemplo: com o uso do Imiquimod que age no sistema imunológico, a aplicação do ATA (ácido Tricloroácetico) no local lesionado, o uso da Podofilina e do Isoprinosine ou através da intervenção cirúrgica, como ocorre na: Criocirurgia que faz o © 2013 COPEC July 07 - 10, 2013, Porto, PORTUGAL XIII Safety, Health and Environment World Congress 102 congelamento e a destruição da lesão, a terapia a Laser de Dióxido de Carbono (CO²) que destrói o tecido onde estão as lesões, o uso do CAF um instrumento elétrico que cauteriza ou corta a lesão, podendo ainda ser usados outras modalidades como uso da homeopatia e técnicas de acupuntura [15]-[8]. Os fatores frequentes a pré-disposição ao desenvolvimento da referida patologia são: a presença da infecção na parceira, o início precoce da vida sexual, indivíduos fumantes, a presença de outras DST’s concomitantes, a imunidade diminuída, a multiplicidade de parceiras (os), alterações físicas como o excesso de prepúcio e fimose podendo causar alterações patológicas [5]-[22]. As lesões genitais por HPV são uma DST, é importante realizar a prevenção pelo uso de preservativos, escolher parceiros mais seguros, fazer parte de campanhas educativas de saúde pública, bem como dos programas de triagem e acompanhamento das pessoas infectadas pelo HPV. Vale ressaltar que o tratamento das infecções e lesões provocadas por HPV é bastante ponderado, tendo em vista a possibilidade de remissão espontânea pelo organismo [26]. A prevenção vem a ser com uso de preservativos (o que não impede a contaminação), a administração de vacinas (bivalente e tetravalente), atenção à pluralidade de parceiras (os), a realização de exames periódicos como o papanicolau, a colposcopia, a peniscopia são de extrema importância para se prevenir contra o HPV e a realização da circuncisão em pacientes que possuem fimose [3]-[19]-[22]-[25]. O CÂNCER DE PÊNIS Pouco é conhecido sobre a relação entre o HPV e o câncer em homens, pois deve - se ter um estudo aprofundado de forma que dados relatados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em que o DNA do HPV tem sido achado em cerca de 20 a 50 % dos casos de câncer peniano, e consequentemente foram encontrados em suas respectivas parceiras. O câncer de pênis é popularmente conhecido por ferida no pênis ou tumor de pênis. É um tumor maligno relativamente raro que acontece quase sempre em pacientes com fimose entre 40 e 60 anos de idade, geralmente aqueles com hábitos higiênicos precários, de baixa renda e principalmente sem condições de exteriorizar adequadamente a glande [12]. O que vai ocasionar a presença de secreções retidas em torno da glande formando o (esmegma), rica em substâncias que favorecem a proliferação de fungos, que em conjunto com o calor do corpo, a umidade e a má higiene permitem que ocorram as infecções e irritações crônicas que evoluem para o câncer (Figura 4), sendo estes os fatores cancerígenos mais prováveis, estando mais propícios ao desenvolvimento do carcinoma [26]. Conforme pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), o grande número de casos de câncer de pênis, foram encontrados no estado de São Paulo, sendo que a maioria desses pacientes são provenientes das regiões Norte e Nordeste, regiões estas que possuem condições socioeconômicas baixas e precárias de higiene. FIGURA 4 TUMOR DE PÊNIS DISPONÍVEL EM: <HTTP://BANANEIRASAGORA.COM.BR/...OBLITERANTE.JPG> Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o tumor representa 2% de todos os casos de câncer no homem, parece ser pouco mais supera os cânceres de próstata e bexiga. O carcinoma de células escamosas são responsáveis por 95% dos casos de neoplasias malignas do pênis, assim obrigando 1 (um) mil homens por ano a amputar o órgão, devido ao estágio avançado que não resta outra alternativa de tratamento do tumor a não ser a penectomia, seguida por sessões de radioterapia e quimioterapia para evitar que a doença avance para regiões como virilhas e pernas. E apesar de sua etiologia ser desconhecida vários estudos indicam a associação o Vírus do Papiloma Humano (HPV) e o carcinoma de células escamosas do pênis, lesões com padrão basalóide ou verrucoso. Outros fatores de riscos para a doença incluem a fimose, condições inflamatórias crônicas como balanopostites e líquen escleroso e atrófico, fotoquimioterapia e tabagismo (ocorrendo uma relação com a quantidade de cigarros além da duração do hábito de fumar) [7]. Dados epidemiológicos revelam que a infecções pelos HPV 16 e 18 podem estar entre as causas do câncer de pênis. E o mecanismo pelo qual ocorre a transformação maligna é possivelmente mediado por 2(dois) genes virais E6 e E7, que elas se ligam na célula hospedeira, aos produtos dos genes supressores de tumor p53 e pRb, inativando-os levando assim ao crescimento descontrolado [9]-[23].. Quando o paciente descobre o carcinoma peniano, vivencia um processo de fragilização psicológica típica, devido ao binômio câncer de pênis e a mutilação, o abandono ao tratamento é comum em vista, que mexe com o psicológico do paciente, porque perde a referência de masculinidade e não retorna ao serviço de saúde para dar continuidade ao tratamento e controle da doença [9]. O diagnóstico de câncer peniano é feito por meio da biópsia incisional, conforme o tamanho e profundidade da lesão [23]. © 2013 COPEC July 07 - 10, 2013, Porto, PORTUGAL XIII Safety, Health and Environment World Congress 103 O tratamento do câncer de pênis é diretamente determinado pela gravidade e extensão da doença. Nas lesões iniciais, o tumor e uma pequena parte dos tecidos ao redor podem ser removidos cirurgicamente ou por ressecção a laser. A preocupação é sempre preservar a maior quantidade possível do tecido peniano, de forma a manter as funções sexuais e urinárias. A remoção completa do pênis e dos gânglios inguinais só é indicada nas fases mais avançadas da doença [9]. O tratamento pode ser com uso tópico do Fluorouracil, radiação externa ou a laser, ou através da amputação parcial ou total do órgão (sendo adota a última deve ser feita extirpação com margem de segurança de 2(dois) cm [9]. Pode ser evitado com hábitos adequados de higiene e crianças portadoras de fimose podem ser operadas (postectomia ou circuncisão), assim vai obter condições adequadas de limpeza da glande [12]. A prevenção do câncer de pênis está associada a 3 (três) princípios básicos que deverão ser realizados pela população masculina que consistem na higiene diária e adequada com água e sabão, especialmente na hora do banho e depois das relações sexuais, a cirurgia de fimose, quando a pele do prepúcio inviabiliza a exposição da glande e a higiene adequada da região e o uso de preservativos nas relações sexuais [3]. Em tese, reforçando os dados disponíveis, a incidência da patologia esta relacionada aos maus hábitos de higiene local, fimose e a infecção pelo HPV. Quase não existem dados disponíveis na literatura sobre os mecanismos moleculares envolvidos na gênese e progressão do câncer de pênis, o que influência aos profissionais da saúde, o estímulo às novas pesquisas para desenvolvimento de novas técnicas de tratamento, embora seja rara a patologia abordada, deve ser estudada propiciando condições de diagnósticos precisos ao profissional especialista, contribuindo muito para a vida do paciente. MÉTODO A revisão realizada, indaga a atuação do sistema governamental de saúde que deixa a desejar na assistência e na prevenção do HPV no homem, de modo a começar pela falta de serviços especializados de atendimento. Com o material das bases de dados foi realizada uma análise dos conteúdos bibliográficos, enfocando o papilomavírus humano e sua atuação em pacientes do sexo masculino analisando sua relação com o câncer de pênis. As bases utilizadas compreendem o período entre 1990 a 2011, nas seguintes bases de dados on-line: BVS (Biblioteca Virtual em Saúde), LILACS (Literatura Latinoamericana e do Caribe em Ciências da Saúde), SCIELO (Scientific Eletronic Library Online), MEDLINE, Ministério da Saúde e PubMed. Foram analisadas bibliografias obtidos nas bases acima citadas, selecionando publicações de artigos originais, teses, dissertações, monografias, livros e revisões. E como método de busca foram utilizadas as palavras chaves: HPV no homem, disseminação do vírus, câncer de pênis, carga viral, prevenção do HPV, fatores de riscos, sistema imunológico. DISCUSSÃO Foram avaliadas nesta revisão, bibliografias relacionadas à conduta, orientações, ação do comportamento do vírus e influência do homem na infecção pelo HPV, visando a importância da abordagem de sua relação com o câncer de pênis. A orientação à prevenção ao vírus é de total importância para a sociedade, a disponibilização da vacina contra o HPV nos serviços públicos seria de grande valia, apesar de ser uma realidade distante devido seu alto custo. A administração da vacina sem dúvida é o melhor meio de prevenção contra o HPV no momento. No entanto seja pela carência de conhecimento ou pela impossibilidade econômica de aquisição, a vacina se torna inacessível para a população de baixa renda. Embora tal patologia seja frequente na população, a transmissão sem o hospedeiro estar ciente que possui o vírus, torna-se preocupante, a falta de orientação e prevenção, pode elevar significativamente, o número de contágios por HPV. E a preocupação deve estar na abordagem do assunto com os jovens, que não podem ter a falsa segurança que a imunização com a vacina dispensa o uso de preservativos e o uso de outras medidas de proteção contra as DST's, o rigor na escolha dos parceiros e acompanhamento médico de rotina. Com a abordagem da patologia referida, faz-se necessário que se torne crescente o numero de pesquisas baseadas em novos métodos de tratamento, com a imprescindível atuação do Biomédico junto ao profissional especializado, para que ambos possam determinar e identificar a presença do vírus, tipo, carga viral, se os mesmos são cancerígenos, podendo assim avaliar e diagnosticar para posterior aplicação de um método eficaz de tratamento ao paciente, visto que atualmente quando refere-se ao HPV, é necessário um conjunto de métodos para o diagnóstico completo. Visto que fatores como escolher o método que tenha boa experiência, orientar o paciente sobre seu caso, expor para o mesmo todas as possibilidades terapêuticas existentes, e por fim oferecer-lhe informações suficientes para que entenda melhor o comportamento do vírus e possa diminuir o tempo de tratamento, evitando transtornos emocionais que possam interferir na sua vida, vão influenciar diretamente em um eficaz tratamento ao ponto de que a participação do homem na infecção por HPV deve ser avaliada não apenas em termos de prevalência das infecções sintomáticas, mas também, pelo potencial oncogênico das lesões assintomáticas. A administração de determinado tipo de tratamento é de responsabilidade médica que deve levar em consideração os © 2013 COPEC July 07 - 10, 2013, Porto, PORTUGAL XIII Safety, Health and Environment World Congress 104 fatores envolvidos, manifestações clínicas, sintomas e potencial de malignidade. Lembrando que ainda não existe nenhuma substância antiviral específica capaz de eliminar completamente o HPV. A referida patologia se apresenta em muitos indivíduos de forma assintomática, sendo o homem um, grande disseminador do vírus, mesmo sem estar ciente que é portador do HPV. A utilização de um método clínico de diagnóstico simples e de baixo custo como é a peniscopia alargada, poderá evidenciar um resultado importante, interferindo na terapêutica, transmissibilidade da infecção genital pelo papilomavírus humano, bem como no diagnóstico precoce de lesões pré-invasivas penianas. Contudo, é imprescindível que nós profissionais da saúde, busquemos sempre estar atualizados sobre os métodos de diagnósticos e terapêuticos recentes para uma melhor orientação ao paciente e o tratamento se tornar mais eficaz possível e até mesmo participar de pesquisas e projetos, estudos esses em que o profissional Biomédico a fim de promover um diagnóstico diferencial, tem papel fundamental na descoberta de novos métodos de profilaxia, sendo de extrema importância analisar as descrições do HPV os seus importantes subgrupos, identificar os principais pontos de prevenção e orientações sobre o HPV. A influência de estudos e meios de orientações à sociedade sobre o HPV é necessária, ao ponto de não ser tratada possivelmente podem desencadear diversas patologias, como o câncer peniano. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS [1] [2] [3] ARAP, S.; BARACAT, F.; MONTELLATO. Uroginecologia. ed. única. São Paulo: Roca, 2000, 102-11p. ARCOVERDE, Marcos A. M.; WALL, M. 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