Módulo 1 - Centro Científico Conhecer

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Curso de Biologia e práticas de ensino
Prezado(a) aluno(a),
Bem vindo ao curso de Biologia e práticas de ensino! Este curso
está dividido em 6 módulos baseados nos eixos de temas do ENEM:
Ecologia e Ciências Ambientais; Origem e Evolução dos seres
vivos; Citologia; Níveis de organização dos seres vivos; Genética
e por fim Práticas de Ensino de Biologia. Esse curso foi formulado
para professores e alunos interessados em Biologia e no seu ensino.
Em cada módulo você encontrará um arquivo texto com os
conteúdos mais leituras anexas associadas a aspectos de cada tema.
Por exemplo, no módulo 1 sobre Ecologia e Ciências Ambientais as
leituras anexas estão relacionadas à: conceito de bioma, grandes
problemas ambientais do mundo contemporâneos e água e saúde. Ao
final de cada módulo haverá uma avaliação baseada no conteúdo
chave mais leituras anexas.
Desejamos bons estudos!
1
MÓDULO 1 – ECOLOGIA
E CIÊNCIAS AMBIENTAIS
2
1.
CONCEITOS DE ECOLOGIA
 Como os seres vivos se relacionam entre si e com o ambiente em que
vivem.
 Interações dos organismos entre si e os demais componentes do ambiente
 Parte da biologia que se ocupa das relações dos seres vivos entre si e
deles com os demais componentes do ambiente (abióticos).
 Preocupação com o relacionamento geral entre um ser e seu ambiente.
 Estudo das complexas inter-relações - “condições de luta pela vida”.
O que é ambiente?
Conjunto constituído por fatores abióticos e bióticos que atuam sobre um
organismo ou sobre uma comunidade ecológica.
2.
CIÊNCIA DA ECOLOGIA
A ecologia estuda os níveis acima do organismo. Trata-se de um ramo da
ciência com grande importância pelo caráter interdisciplinar, pois envolve vários
ramos do conhecimento científico (Fisiologia, Comportamento, Genética e
Evolução Biológica).
Segundo Ernst Haeckel, a ecologia tem um caráter relacionado à economia
da natureza. Ou seja, trata-se da investigação de todas as relações favoráveis ou
não entre o ser vivo e seu ambiente orgânico e inorgânico.
3
IMPORTANTE:
As condições ambientais são essenciais para a distribuição dos seres vivos.
Nos locais onde tais condições são mais favoráveis, a diversidade é maior,
ocorrendo o contrário em condições desfavoráveis.
3.
HIPÓTESE GAIA
A terra é um organismo vivo! Não é um planeta morto devido a capacidade
de obtenção de energia e auto-regulação.
Efetivamente, o planeta Terra é um planeta cuja vida controla a
manutenção da vida como um todo.
Exemplo: As diferentes formas de vida interferem na composição da atmosfera,
tornando-o mais adequada à sobrevivência dos organismos.
4.
ECOSSISTEMA: UNIDADE BIOLÓGICA
A conjunção de todos os ecossistemas do planeta corresponde à biosfera.
O termo ecossistema foi proposto pela primeira vez por Tansley.
De forma mais ampla, pode-se considerar como um ecossistema qualquer
unidade funcional da biosfera em que se verificam fluxo de energia e ciclo da
natureza.
Possui duas partes que se interligam funcionalmente:
- componentes abióticos: físicos (radiação solar, temperatura, luz, umidade,
ventos), químicos (nutrientes presentes na água/solo) ou geológicos (como o
solo).
- componentes bióticos: são os seres vivos. Em um ecossistema há dois tipos de
componentes (autótrofos, heterótrofos).
4
Os ecossistemas podem ser bem pequenos, como um lago, ou muito
grandes, como a Floresta Amazônica. Independentemente de seu tamanho, há um
grande intercâmbio de matéria e energia. Ressalta-se que o tamanho muitas
vezes depende de critérios e objetivos de estudo.
4.1
Ecossistemas aquáticos e terrestres
Os ecossistemas aquáticos são representados pelos oceanos, rios e lagos.
Os seres vivos são classificados em três grandes categorias: plâncton (clorofilados
– fitoplâncton; não clorofilados – protozoários e pequenos animais – zooplâncton);
nécton: peixes e mamíferos (nadadores ativos); bentos.
Figura 1 - Plâncton
Fonte: http://profesorjano.files.wordpress.com/2009/12/plancton.jpg
5
Figura 2 – Nêcton
Fonte:
http://www.regmurcia.com/servlet/s.Sl?sit=a,0,c,569,m,2150&r=ReP-12444-
DETALLE_REPORTAJES
A interação do clima (temperatura, umidade, pluviosidade, fotoperíodo,
insolação) com os fatores edáficos (solo) produz ampla variedade de condições
ecológicas. Estas condições ecológicas foram as principais propulsoras para a
formação dos ecossistemas terrestres.
4.2
Biomas
BIOMAS NO MUNDO: Desertos, campos temperados, Chaparral, Savanas,
Floresta Tropical pluvial, floresta temperada sazonal, floresta boreal e Tundra.
BIOMAS BRASILEIROS: Amazônia, Mata Atlântica, Caatinga, Pampas, Cerrado e
Pantanal.
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Figura 3 – Biomas Brasileiros
Fonte: http://www.abagrp.org.br/agronegocioBiomasBrasileiros.php
O Território brasileiro é vastamente extenso (8,5 milhões de km²). Há uma
grande variedade no clima, temperatura, solo e umidade.
A combinação entre esta grande extensão latidunal, relevo variado e mais
de 3 mil km de litoral culmina em biomas muito diversificados. Esses biomas
abrigam 20% de todas as espécies vegetais e animais do mundo.
No entanto, é importante ressaltar que o Brasil já perdeu cerca de 38% de
sua vegetação nativa. Estas perdas estão associadas principalmente a ação
antrópica (queimadas, ocupação humana, desmatamento, construção de estradas,
hidrelétricas, carvoarias...).
7
4.2.1 Floresta Amazônica
Figura 4 – Bioma Amazônia
Fonte: http://www.invivo.fiocruz.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=958&sid=2
 Maior bioma Brasileiro. Constituído por ecossistemas complexos, em
estágio clímax de sucessão ecológica.
 Clima equatorial úmido com temperatura e pluviosidade elevadas ao longo
de todo o ano.
 Formações florestais: matas de terra firme, várzea e igapó.
 Formações não florestais: campinaranas, campos, ilhas de Cerrado,
manguezais.
 1/3 das espécies que vivem sobre a Terra estão na Amazônia.
 30% da água doce do mundo estão na Amazônia.
 60% da área da Amazônia estão em solo brasileiro, em estados da região
Norte (Acre, Amazonas, Roraima, Rondônia, Amapá, Pará e Tocantins) e
Centro-Oeste (Mato Grosso e Mato Grosso do Sul).
 40% da área estão em países vizinhos (Peru, Venezuela, Bolívia, Colômbia,
Guiana, Guiana Francesa, Suriname e Equador).
 Abriga mais de 30.000 espécies de plantas, sendo 2500 espécies arbóreas.
Várias são espécies endêmicas.
8
 Maior variedade de espécies de aves, primatas, roedores, sapos, insetos,
lagartos e peixes de água-doce no mundo.
 Bacia Amazônica – maior bacia hidrográfica do mundo (6 milhões de km²).
São mais de 1100 afluentes.
 Maior reserva de madeira tropical do mundo.
 Outros recursos naturais: estoques de borracha, castanha, peixe, minérios
(ouro, estanho, nióbio) e gás natural.
Futuro incerto:
Principais ameaças: desmatamento, queimadas, extração de minérios e
mudanças climáticas decorrentes de intervenções desordenadas.
4.2.2 Mata Atlântica
 Floresta pluvial tropical.
 Originalmente, essa formação ocupava toda a faixa litorânea do Brasil,
desde o Rio Grande do Norte até o Rio Grande do Sul.
 Século XV: ocupava 1,3 milhões de Km² (12% do território nacional).
 5 séculos posteriores de muita destruição (redução a 7% da área original)
decorrentes de várias atividades: exploração do pau-brasil, lavouras de
cana-de-açúcar, café, ocupação humana.
 Redutos de florestas remanescentes: Bahia, Espírito Santo; Encostas das
serras da Mantiqueira e do Mar (RJ/SP); Regiões litorâneas (PR e SC).
 Clima: equatorial no Nordeste. Temperado ou quente nas regiões mais ao
sul.
 A pluviosidade está entre as maiores do mundo. A Serra do Mar forma uma
barreira para a penetração continental de ventos úmidos do Oceano
Atlântico.
9
 Formação vegetacional complexa com paisagens muito variadas: Brejos de
altitude NE, Cerrados de campo rupreste, Floresta costeira de PE/BA,
Matas de altitude Serra do Mar, Florestas úmidas – matas de araucária e
Florestas Alto Paraná.
 20000 espécies vegetais (35% das espécies existentes no Brasil). Essa
riqueza é maior que de outros continentes (17000 espécies na América do
Norte / 12500 na Europa).
 Região altamente prioritária para conservação de biodiversidade. Áreas
protegidas, como as unidades de conservação e as terras indígenas, são
fundamentais para a manutenção de amostras representativas e viáveis de
diversidade biológica e cultural da Mata Atlântica.
Figura 5 – Mata Atlântica
Fonte: http://epocanegocios.globo.com/Revista/Common/0,,ERT293963-16381,00.html
Futuro Incerto:
A redução dos habitats e a exploração desenfreada dos recursos florestais
colocaram em risco de extinção grande parte das espécies da Mata Atlântica.
Trata-se do bioma brasileiro que abriga o maior número de espécies ameaçadas.
10
4.2.3 Pampas
Figura 6 – Pampas
Fonte: http://www.ufrgs.br/intecolab/index.php/8-destaques/32-encontros-tecnicos-fepam-uergspromove-palestra-sobre-corredores-ecologicos
 Origem do nome vem do indígena quéchua – região plana. Correspondem
aos campos sulinos e campos do sul.
 Localização: Extremo sul do Brasil, principalmente no Rio Grande do Sul, e
em outros países (Uruguai e Argentina).
 Clima: subtropical frio. Temperaturas médias anuais de 19 ºC. Pluviosidade
de 500-1000 mm. Propagação de ventos fortes e gelados - minuanos.
 Vegetação:
gramíneas
de
pequeno
porte,
com
poucos
arbustos
espalhados. Poucas árvores são encontradas ao longo dos rios e em região
litorânea. Por isso, os pampas são conhecidos como campos limpos. A
vegetação rasteira é um tipo de pradaria.
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Futuro incerto:
O relevo plano e a predominância de gramíneas fazem do Pampa, uma
área conveniente para a pecuária (gado e ovelhas) e agricultura (soja, milho, arroz
e trigo). Estes interesses levam a destruição da vegetação original. Algumas áreas
já estão inutilizadas para qualquer fim, pois já houve um processo irreversível de
desertificação.
Incluir que a região recebe aves migratórias do hemisfério norte quando é
inverno naquela região. Os pontos escolhidos são a lagoa dos patos e lagoa
mirim.
4.2.4 Pantanal
Figura 7 – Pantanal
Fonte: http://www.projetobiomas.com.br/bioma/pantanal
12
 Maior área continental do planeta (210 mil km²).
 Considerada uma das maiores reservas ecológicas do planeta (260
espécies de peixe). Alta diversidade de aves.
 140 mil km² estão localizados em território brasileiro (62% MS, 38% MT). O
resto está na Bolívia e Paraguai.
 Clima Tropical úmido.
 Complexa formação que se estende por uma imensa planície que recebe as
águas de vários rios, notadamente do Paraguai, e seus afluentes, como os
rios Miranda e Aquidauana.
 Os principais rios do Pantanal nascem no Cerrado, por isso o
desmatamento e a poluição do Cerrado afetam diretamente o Pantanal.
 Alterações cíclicas que ocorrem no Pantanal obedecem a dois períodos
distintos: águas (novembro a março); secas (abril a outubro). 2/3 do
Pantanal fica alagado na época de chuvas abundantes em razão das
enchentes nos rios.
 Variedade de paisagens: zonas de mata seca, cerrado, florestas ribeirinhas,
várzeas e campos inundários (pântanos).
Futuro incerto:
A invasão do território do Pantanal em busca de mais terras para a
agricultura, pecuária tem provocado sérios problemas ambientais.
Destacam-se:
 alta contaminação devido ao uso excessivo de agrotóxicos;
 erosão;
 assoreamento de rios;
 contaminação com mercúrio decorrente de garimpo de ouro;
 destruição de fauna, pesca predatória.
13
4.2.5 Cerrado
Figura 8 – Cerrado
Fonte: http://www.wwf.org.br/wwf_brasil/?21400/O-alerta-que-vem-do-cerrado;
 Trata-se do segundo maior bioma do Brasil e da América do Sul (cerca de 2
milhões de km² - aproximadamente 25% do território nacional)
 Abrange parte dos estados de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul,
estendendo-se para o Pará, Maranhão, Tocantins, Piauí, Bahia, Minas
Gerais e São Paulo.
 As nascentes de grandes bacias hidrográficas, como as do Araguaia,
Tocantins, São Francisco e Paraná estão localizadas no Cerrado.
 Clima bem definido (verão chuvoso, inverno seco).
 Formação tipo savana constituída por: campo limpo (herbáceas), cerradão
(árvores), campo sujo, campo cerrado, cerrado.
 São mais de 5000 espécies – 80% ervas e arbustos.
14
 Cerrado e fogo: A longa estiagem e a grande quantidade de matéria seca
que se acumula favorecem a ocorrência de incêndios. A maioria das
espécies vegetais, porém apresentam adaptações (casca espessa mais
órgãos subterrâneos de reserva) que permitem sobreviver ao fogo. Casca
espessa mais órgãos subterrâneos de reserva. O fogo é um fator
importante na manutenção da fisionomia do bioma.
Futuro incerto:
Depois da Mata Atlântica, o Cerrado é o bioma brasileiro que mais sofreu
alterações. De todos os hotspots é o que possui a menor % de áreas protegidas.
4.2.6 Caatinga
Figura 9 – Bioma Caatinga
Fonte: http://unisinos.br/blogs/ihu/files/2012/04/vegetacao-da-caatinga-11-300x225.jpg
 Bioma semi-árido mais rico em biodiversidade do mundo. Exclusivamente
brasileiro.
 São cerca de 900 espécies, sendo várias endêmicas.
 O nome “caatinga” deriva do tupi “mata branca”.
15
 Está presente em regiões de clima semi-árido do Nordeste.
 850 mil km² - abrange a maior parte dos estados de Alagoas, Bahia, Ceará,
Paraíba, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe e Norte de Minas Gerais.
Ocupa 10% do território brasileiro.
 Relevo: planaltos, chapadas e áreas formadas por depressão. Os principais
rios consistem no Paranaíba e São Francisco.
 O clima semi-árido é caracterizado por temperaturas médias anuais
elevadas e precipitação de 300-600 mm anuais. Chuvas são muito
concentradas e a estação seca perdura por até 8 meses ou mais.
 Savana estépica - com duas estações.
 Os solos são ricos em nutrientes. A água é o maior limitante para a
agricultura.
 A vegetação é caracterizada por árvores baixas, arbustos retorcidos e
cheios de espinhos.
Futuro incerto:
A Caatinga encontra-se em um processo acelerado de degradação, devido
principalmente ao desmatamento ilegal para a produção de carvão e lenha. O
desmatamento já reduziu 46% da área original e pode levar a desertificação do
bioma.
Outros ecossistemas brasileiros com grande importância, mas que não são
considerados biomas:
- Zona dos Cocais: Este ecossistema também é conhecido como mata dos
cocais ou babaçual. Ocorre entre a Caatinga (Maranhão, Piauí, Ceará e Rio
Grande do Norte) e o bioma Amazônico. Portanto é considerada uma zona de
transição.
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É formada por florestas constituídas predominantemente por plantas de
carnaúba, babaçu, buriti e oiticica. Estas plantas são muito usadas pelas
populações locais para fabricação de ceras (de carnaúba), sabões (óleo de
babaçu) e na construção de moradias (troncos).
- Zona Costeira: O Brasil possui uma faixa bastante extensa de costa litorânea.
Há muita variação no relevo e nas condições climáticas e isso propicia a formação
de diversas paisagens (praias, dunas, restingas, brejos, lagunas e manguezais).
As Zonas costeiras apresentam uma grande riqueza florística e faunística
(poliquetos, camarões, caranguejos, peixes, gaivotas, socós, urubus, gaviões,
flamingo, guaxinim, caranguejo chama-maré). Há uma enorme variedade de
animais terrestres e aquáticos.
Nos manguezais, também conhecidos como florestas de mangue, ocorre o
encontro da água do mar com a água doce dos rios. Os mangues amortecem o
impacto das marés e acumulam os sedimentos derivados dos rios evitando o
assoreamento das praias.
A vegetação é adaptada a estes solos encharcados devido à presença de
raízes escoras e pneumatóforos.
Já as restingas correspondem a áreas arenosas com presença de ervas,
arbustos e árvores.
5.
HABITAT E NICHO ECOLÓGICO
O lugar ou o meio que um organismo ocupa no ecossistema é o seu habitat.
A descrição de seu modo de vida ou forma de interagir com os demais
componentes do ecossistema constitui o seu nicho ecológico. O habitat é como se
fosse o endereço e o nicho ecológico é comparado à profissão ou papel naquele
ecossistema.
Duas espécies de animais ou de plantas que ocupam o mesmo habitat não
podem possuir o mesmo nicho ecológico por muito tempo. Quando isso ocorre,
17
haverá competição entre as duas espécies, o que inevitavelmente levará uma
delas a desaparecer, cedendo lugar à outra. Essa idéia é chamada de Princípio de
Gause.
Existem duas estratégias diferentes quanto ao modo como se dá a
exploração do ambiente por uma espécie. As espécies generalistas apresentam
nichos mais amplos, o que lhes conferem maior chance de sobrevivência frente às
mudanças que ocorrem no ambiente. Já as espécies especialistas possuem
nichos mais estreitos, isto é, utilizam de forma estrita um determinado recurso.
Estas duas estratégias, generalista e especialista, possuem vantagens e
desvantagens:
 A especialização implica em menor competição com outras espécies.
 A generalização permite maior flexibilidade quanto às possibilidades de
alimentação, abrigo, etc.
Em função do papel (nicho ecológico) desempenhado podemos dividir os
organismos em alguns grupos:
 Organismos
autótrofos
-
produtores.
São
considerados
os
mais
importantes em termos ecológicos, pois realizam fotossíntese.
 Organismos heterótrofos - consumidores (herbívoros, carnívoros e
onívoros). Nem sempre ocorrem todas essas categorias de consumidores
em um único ecossistema.
 Herbívoros: animais que se alimentam de plantas (consumidores primários).
 Consumidores secundários: Animais que se alimentam de herbívoros
(consumidores primários).
 Consumidores terciários: Animais que se alimentam dos consumidores
secundários.
18
 Com exceção dos consumidores primários, que são herbívoros, os demais
consumidores são carnívoros (alimentam-se de outros animais) ou onívoros
(alimentam-se de plantas e animais).
 Os decompositores consistem em organismos heterótrofos que degradam a
matéria orgânica contida em produtores ou em consumidores mortos.
Alguns produtos de decomposição são usados como alimento.
Figura 10 – Exemplo de nichos ecológicos
Fonte:
http://ead.hemocentro.fmrp.usp.br/joomla/index.php/programa/adote-um-cientista/77-
ecologia-a-ciencia-das-interacoes
6.
CADEIA E TEIAS ALIMENTARES
6.1
Cadeia alimentar
A cadeia alimentar consiste em uma sequência de organismos, na qual
cada um se alimenta do anterior e serve, por sua vez, de alimento para o seguinte.
De um modo geral, os componentes de uma cadeia trófica também fazem parte de
outras cadeias, que se encontram interligados, formando as chamadas teias
alimentares, ou teias tróficas.
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O movimento de matéria e energia dentro de um ecossistema implica que
os produtores sirvam de alimento para um herbívoro (consumidor primário), e este,
por sua vez, sirva de alimento para um carnívoro (consumidor secundário). O
consumidor secundário frequentemente serve como alimento para outro carnívoro
(consumidor terciário).
As cadeias alimentares representam a maneira mais simples, porém,
parcial de descrever as relações alimentares nos ecossistemas. As setas em uma
cadeia alimentar sempre vão da espécie que serve de alimento para aquela que
utiliza esse alimento.
Figura 11 – Cadeia Alimentar
Fonte: http://www.estudopratico.com.br/cadeia-alimentar/
6.2
Teia alimentar
20
O conjunto de cadeias alimentares entrelaçadas forma uma teia alimentar.
Ressalta-se que em uma teia alimentar, uma mesma espécie pode ocupar ao
mesmo tempo níveis tróficos diferentes, em função do alimento que ela ingere.
Figura 12 – Exemplo de teia alimentar
Fonte: http://eportfoliosusana.webnode.pt/products/a-biosfera/
7.
FLUXO DE ENERGIA
21
Todo ecossistema necessita de matéria e de energia. A energia solar é a
principal fonte de energia disponível para os ecossistemas.
Na cadeia alimentar, o fluxo de energia sempre é unidirecional. À medida
que a energia flui pelos níveis tróficos da cadeia, parte dela é perdida sob forma
de calor, devido ao processo respiratório.
A energia perdida em cada nível trófico é de aproximadamente 90% da
energia recebida, restando apenas 10% para o nível trófico seguinte. Assim,
quanto menos energia se perder, mais eficiente é o ecossistema.
8.
CICLOS BIOGEOQUÍMICOS
Os seres vivos realizam continuamente a retirada e devolução de
elementos químicos à natureza por meio da fotossíntese, respiração e outros
processos. Esta dinâmica dos elementos químicos é chamada de ciclo
biogeoquímico.
A biogeoquímica é uma ciência que estuda a troca de materiais entre os
componentes bióticos e abióticos dos ecossistemas. Os seres vivos trocam
matéria com o ambiente o tempo todo.
Os elementos são retirados do ambiente, usados e novamente devolvidos.
Desta forma, a matéria presente nos ecossistemas é constantemente reciclada.
A atividade dos decompositores é fundamental em um ciclo biogeoquímico.
Eles degradam os restos animais e vegetais e devolvem ao solo, água e ar, os
materiais que constituem os restos poderão ser reutilizados.
8.1
Ciclo do Carbono
A absorção do carbono atmosférico pelos seres autotróficos e sua
transformação em substâncias orgânicas é chamada fixação do carbono ou
sequestro do carbono. A partir disso, o carbono passa a circular pela cadeia
22
alimentar na forma de moléculas orgânicas (carboidratos, ácidos nucleicos,
proteínas...).
A devolução de gás carbônico ao ambiente se dá por meio da respiração de
todos os seres vivos (microorganismos, animais, vegetais, fungos) e da
decomposição de seus corpos após a morte.
Figura 13 – Ciclo do carbono
Fonte: http://www.ib.usp.br/~delitti/projeto/rhavena/Index.htm#10
8.2
Ciclo do Oxigênio
O gás O2 é produzido durante a construção de moléculas orgânicas pela
fotossíntese e consumido quando essas moléculas são oxidadas na respiração ou
na combustão. Por isso, o ciclo do oxigênio está muito relacionado ao de carbono.
O oxigênio na forma de O2 compõe 21% da atmosfera.
 Parte do O2 da atmosfera combina-se com metais do solo (como o ferro) e
forma óxidos.
23
 Na estratosfera, parte é transformada em ozônio (O 3) pelos raios
ultravioletas do sol. Na reação inversa, o ozônio é transformado em O 2
pelos raios ultravioletas.
 Essas duas reações permitem que se mantenha na estratosfera uma
camada de ozônio, em equilíbrio, que funciona como um filtro protetor,
retendo cerca de 80% de toda a radiação ultravioleta proveniente do Sol.
Figura 14 – Ciclo do oxigênio
Fonte: http://www.sobiologia.com.br/conteudos/bio_ecologia/ecologia27.php
8.3
Ciclo da água
Na natureza, cerca de 97,5% do total da água presente na Terra
corresponde à água salgada presente nos mares. Os 2,5% restante corresponde à
água doce.
24
Desses 2,5%, aproximadamente 68,9% estão em calotas polares e geleiras;
29,9% em água subterrânea; 0,9% em outros reservatórios; 0,3% em água de rios
e lagos.
A água é fundamental para os seres vivos, pois:
 Possibilita a ocorrência de reações químicas;
 Ajuda a regular a temperatura (absorve ou perde calor sem que sua
temperatura varie muito);
 Facilita o transporte de água ou ciclo hidrológico.
Ciclo hidrológico
A água em estado líquido sofre constante evaporação e vai para a
atmosfera em forma de vapor. Nas camadas mais altas e frias da atmosfera, o
vapor de água se condensa e forma as nuvens.
Devido ao pequeno tamanho, as gotas de água nas nuvens mantêm-se
flutuando. Quando as gotas se juntam, ficam pesadas e para se manter no ar, se
precipitam como chuva, neve ou granizo.
- Escoamento superficial: rios, lagos e podem voltar para oceano;
- Infiltração no solo: formação de lençóis subterrâneos ou freáticos,
aquíferos;
Tipos de ciclos da água:
 Curto: evaporação da água, de oceanos, rios, mares e lagos e sua volta à
superfície da Terra na forma de chuva, neve ou granizo.
 Longo ou grande: a água passa pelo corpo dos seres vivos antes de voltar
ao ambiente. Ela é retirada do solo pelas raízes de plantas e utilizada na
fotossíntese e vai para o corpo dos animais via cadeia alimentar. A água
volta para a atmosfera por meio da transpiração ou respiração e retorna ao
25
solo, por meio da urina, fezes ou da decomposição da vegetação ou de
cadáveres.
O ser humano vem consumindo grandes quantidades de água doce
proveniente de rios, lagos e lençóis subterrâneos. Além disso, quando a
vegetação natural é removida, o escoamento de água e a erosão do solo
aumentam, e eleva-se o risco de inundações e deslizamentos de terra.
Figura 15 – Ciclo da água
Fonte: http://www.sobiologia.com.br/conteudos/bio_ecologia/ecologia27.php
8.4
Ciclo de nitrogênio
O ciclo do nitrogênio é dividido em quatro etapas:
1
Fixação: Conversão de nitrogênio em amônia. Realizada por
algumas bactérias que conseguem utilizar o nitrogênio atmosférico na produção
26
de amônia. Esse processo envolve um custo energético muito alto, que pode ser
resumido pela seguinte equação química:
2N2 + 6H2O
4NH3 + 3O2
A amônia pode então ser incorporada às substâncias orgânicas ao
combinar-se com o gás carbônico para formar aminoácidos.
2
Amonificação: Uma parte da amônia presente no solo origina-se da
fixação do nitrogênio. Outra parte é derivada da decomposição de resíduos
nitrogenados presentes em cadáveres e excretas.
Esse processo é chamado amonificação. É feito por bactérias, fungos e
outros decompositores para obtenção de energia.
3
Nitrificação: A transformação da amônia em nitrato é chamado de
nitrificação e ocorre em duas etapas:
3.1
Nitrosação: A maior parte da amônia não é absorvida pelas plantas,
mas é oxidada em nitrato pelas bactérias nitrosas. As bactérias usam a energia
liberada nessa oxidação para produção de compostos orgânicos:
2NH3 + 3O2
3.2
2H+ + 2NO2- (nitrito) + 2H2O + energia
Nitratação: Os nitritos formados pelas bactérias nitrosas são
liberados no solo e oxidados por outras bactérias quimiossintéticas chamadas
nítricas. Nesta oxidação, formam-se os nitratos.
2NO2- (nitrito) + O2
2NO3- (nitrato) + energia
27
Figura 16 – Ciclo do nitrogênio
Fonte: http://galeriadefotos.universia.com.br/uploads/2014_08_29_19_41_520.png
8.5
Ciclo de fósforo
O fósforo é de imensa importância para a vida. Faz parte de:
 ácidos nucléicos
 ATP
 fosfolipídios
 componente mineral de ossos e dentes
O fósforo não tem componente atmosférico, ao contrário do C, H, N e O. Na
forma inorgânica está presente na natureza principalmente como fosfato (PO 43-).
As plantas o absorvem na forma deste íon e o utilizam no metabolismo.
28
Por meio da cadeia alimentar, compostos orgânicos com fósforo são
transferidos para os consumidores. Por fim, os decompositores devolvem o fosfato
ao ambiente quando degradam substâncias provenientes da excreção ou da morte
tanto de produtores como de consumidores.
O fosfato é constantemente adicionado ao ecossistema pelo intemperismo,
processo que resulta na decomposição de rochas. No entanto, pequenas
quantidades de fosfatos são também perdidas dos ecossistemas, pois são levadas
pela água até os ecossistemas aquáticos, como os oceanos, onde se sedimentam
e passam a fazer parte de rochas em formação. Aparentemente, contudo, o
acréscimo e a perda de fosfato são processos balanceados na natureza.
9.
COMUNIDADE E POPULAÇÕES – DINÂMICA E SUCESSÃO
A composição das espécies em uma comunidade também deve ser
caracterizada pela abundância de cada uma delas. A abundância é dependente da
densidade populacional de cada espécie. Logo, se a densidade é grande, a
abundância é maior.
A densidade de uma espécie depende do número de indivíduos presentes
em uma população por unidade de área ou volume. É importante ressaltar que
vários fatores afetam esta densidade, principalmente o ambiente. Mas estas
populações também afetam o ambiente habitado. Portanto, há relações mútuas
entre populações e ambientes.
Este intercâmbio entre ambiente e as populações presentes podem ser
positivas ou negativas às espécies que compõem esta comunidade. Desta forma,
as mudanças nas comunidades resultantes destas interações entre espécies e
ambientes podem ao longo do tempo proporcionar o estabelecimento de
comunidades estáveis, ou seja, autorreguladas e que não sofrem grandes
alterações em sua estrutura desde que, as condições macroclimáticas não se
alterem.
29
Essa comunidade estável é chamada clímax. O processo de formação é
denominado sucessão ecológica. Cada etapa é considerada um estágio seral ou
sere.
Características da sucessão ecológica:
- É algo contínuo, não sazonal;
- É resposta a alterações ambientais locais decorrentes dos organismos presentes
nas comunidades;
- No final da sucessão há a formação da comunidade clímax.
Tipos de sucessão ecológica:
De acordo com o estágio inicial, a sucessão ecológica pode ser primária ou
secundária.
 Primária: Característico de regiões inóspitas ou regiões que não estão
habitadas. É típicos de colonizações em rochas nuas, dunas recém
formadas e larvas vulcânicas recém-solidificadas. Esse tipo de sucessão só
envolve espécies que suportem e tolerem estas condições.
 Secundária: A colonização ocorre em áreas já ocupadas anteriormente
como terras cultiváveis abandonadas, campinas aradas e áreas de florestas
secundárias.
O clímax é mais demorado de se atingir em sucessões primárias que
secundárias. Ressalta-se que este tempo também depende do clima envolvendo a
comunidade. Quando o clima é úmido e temperado isso pode levar 100 anos!
30
9.1
Características das comunidades ao longo da sucessão
 Composição em espécies: Muda rápido no início, lentamente nos estágios
intermediários, mantendo-se aproximadamente constante no clímax. As
espécies importantes nos estágios iniciais podem não ser importantes na
comunidade clímax e mesmo não fazer parte dela.
 Diversidade de espécies: A diversidade inicial é baixa, havendo predomínio
de autótrofos. Ao longo da sucessão ocorre aumento na diversidade e no
número de heterótrofos. No clímax, a diversidade é estável. Às vezes, a
diversidade aumenta ao longo da sucessão e declina um pouco no clímax.
 Biomassa: Aumenta ao longo da sucessão.
 Teia alimentar: Torna-se mais complexa ao longo da sucessão.
10.
RELAÇÕES ENTRE OS SERES VIVOS – INTERAÇÕES ENTRE
POPULAÇÕES DE UMA COMUNIDADE
Os organismos de uma comunidade interagem exercendo influências
recíprocas que se refletem nas populações envolvidas. Essas interações podem
ocorrer entre indivíduos da mesma população (intraespecíficas) ou entre
indivíduos de populações de espécies diferentes (interespecíficas). Quando
analisadas isoladamente, essas interações podem se revelar harmônicas ou
desarmônicas.
 Harmônicas: não há prejuízo para nenhuma das populações da interação.
 Desarmônicas: pelo menos uma das populações sofre algum tipo de
desvantagens.
Considerando-se
o
total
das
interações
em
uma
comunidade, verifica-se que estas últimas também podem ter efeitos
positivos, pois são importantes para o equilíbrio das populações que
interagem.
31
Interações intraespecíficas harmônicas
1 – Sociedade: As vantagens da vida em grupo são ainda maiores quando os
animais se mantêm unidos de modo permanente. Esses agrupamentos são
chamados sociedades e caracterizam-se pela divisão do trabalho entre seus
membros.
São encontradas em alguns grupos de insetos que, por sua vez, são
chamados de insetos sociais (formigas, cupins, várias abelhas e vespas), colônias
de cnidários, castores, gorilas e a espécie humana.
Figura 17 – Exemplos de espécies em sociedade
Fontes:http://www.infopedia.pt/$apideos;
http://ecologiadeinsetos.blogspot.com.br/2014/04/sociedade-e-insetos-sociais.html;
http://vespas.ifs.ifsuldeminas.edu.br/
32
Entre os insetos sociais, a divisão do trabalho é tão grande que o corpo dos
indivíduos está modificado e adaptado de acordo com as funções que realizam. O
resultado desta extrema especialização é a existência, na mesma espécie, de
grupos de indivíduos com características diferentes, isso é chamado de
polimorfismo morfológico, sendo que cada grupo diferente é uma casta.
Interações interespecíficas
 Harmônicas: mutualismo, protocooperação, inquilinismo e comensalismo.
 Desarmônicas:
amensalismo
(antibiose),
predatismo,
parasitismo
e
competição interespecífica.
Harmônicas
1
Mutualismo: Os participantes se beneficiam e mantém relações de
dependência. No mutualismo, a união é obrigatória e os indivíduos são
interdependentes.
Exemplos:
 Liquens: Associação entre fungos e algas. Dependentes funcionalmente e
integrados morfologicamente.
Figura 18 – Liquens
Fonte: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=15525
33
Atenção! Os liquens são considerados bioindicadores!
Uma atividade prática muito interessante a ser feita consiste nas medições de liquens em
diferentes locais dentro de uma cidade. Se você for professor, peça a seus alunos para medirem o
diâmetro e anotarem características de liquens em regiões com diferentes graus de urbanização.
Os alunos irão se deparar com menor desenvolvimento desta associação em regiões com
maior poluição. Peça a seus alunos para explicarem tais resultados baseados na fisiologia de
fungos e algas diante de agentes estressores, como a poluição do ar.
 Mamíferos herbívoros + bactérias degradadoras de celulose.
 Cupins + protozoários degradadores de celulose.
 Micorrizas + plantas.
 Bacteriorrizas: bactérias fixadoras de nitrogênio + plantas.
 Planta é polinizada por apenas uma espécie de inseto. Assim, o néctar
constitui o principal alimento do polinizador. A planta é beneficiada pelo
maior sucesso reprodutivo.
2
Protocooperação: Embora os participantes se beneficiem, eles podem viver
de modo independente, sem a necessidade de se unir.
Exemplos:
 Anêmona-do-mar e o paguro: O paguro (caranguejo também conhecido
como Bernardo-eremita) costuma viver dentro de conchas vazias,
conseguindo proteção para seu abdome longo e desprovido de carapaça.
Sobre a concha, ele coloca uma ou mais anêmonas que, por terem células
urticantes, afugentam possíveis predadores e lhe conferem uma proteção
extra. A anêmona beneficia-se porque tem seu campo de alimentação
ampliado quando o paguro se locomove e leva a concha, e pode também
se alimentar.
34
Figura 19 – Anêmona-do-mar e paguro
Fonte: http://brasilescola.uol.com.br/biologia/protocooperacao.htm;
 Pássaros se alimentando de carrapatos em bois, vacas, búfalos e
rinocerontes. Os pássaros encontram alimento e os animais livram-se dos
carrapatos que os parasitam. Os gritos e os movimentos das aves servem
para indicar se há algum perigo por perto.
Figura 20 - Protocooperação entre búfalo e pássaro
Fonte:http://www.biologia.seed.pr.gov.br/modules/galeria/uploads/1/normal_9cooperacao.jpg;
 Peixe-palhaço e anêmona: O peixe ganha proteção vivendo entre os
tentáculos da anêmona. Sua pele possui uma proteção especial, que
impede que seja atingido pelo veneno dos tentáculos da anêmona. Esta se
beneficia comendo restos de alimento do peixe-palhaço.
35
Figura 21 – Peixe palhaço e anêmona
Fonte: http://farm1.static.flickr.com/163/434351239_49e72bb38a_z.jpg?zz=1
 Formiga e pulgão: Os pulgões alimentam-se da seiva das árvores e
eliminam o excesso de seiva pelo o ânus, na forma de um líquido
açucarado (honey dew), que é ingerido pelas formigas. Os pulgões também
são beneficiados porque as formigas os protegem das joaninhas, seus
inimigos naturais (Sinfilia).
3
Comensalismo: Um dos seres vivos envolvidos na relação é favorecido e
outro não sofre prejuízos mas também não se beneficia.
Exemplos:
 Rêmoras e tubarão: As rêmoras se fixam a superfície ventral dos tubarões
por uma ventosa que têm cabeça, obtendo assim um eficiente meio de
transporte. É provável que as rêmoras também se aproveitem dos restos
alimentares do tubarão que, não se incomoda nenhum um pouco com a sua
presença.
36
Figura 22 – Tubarão e rêmoras.
Fonte: http://hypescience.com/wp-content/uploads/2013/06/Remora-e-tubar%C3%A3o.jpg
 Peixe-agulha e pepino do mar: O pepino do mar, um equinodermo, em cujo
interior o peixe-agulha, ou fierasfer, se refugia.
 Epífitas e árvores: As orquídeas usam as árvores apenas como substrato e
nada retiram do corpo da planta que não é prejudicada.
 Urubus que se alimentam de restos descartados por seres humanos em
lixões.
 As hienas que se aproveitam da carniça remanescente da caça de leões.
 Cracas, que aderem ao corpo de baleias e assim se deslocam e aumentam
a sua capacidade de filtrar alimento.
Desarmônicas
1
Amensalismo: Relação desarmônica em que indivíduos de uma população
secretam substâncias que inibem ou impedem o desenvolvimento de indivíduos de
outras espécies.
Exemplos:
 Antibiose: Antibióticos produzidos por fungos.
37
 Maré-Vermelha: Impede proliferação e causa a mortalidade de animais
marinhos e vertebrados.
Figura 23 – Maré Vermelha
Fonte: http://www.pensamentoverde.com.br/meio-ambiente/fenomenos-naturais-saiba-o-que-emare-vermelha/
2
Predatismo: Um organismo (predador) mata outro (presa) para se alimentar.
É um fenômeno muito frequente na natureza. Um caso bem conhecido ocorre
entre mamíferos carnívoros (predadores) e herbívoros (presas).
A herbivoria é uma relação semelhante ao predatismo, que ocorre entre um
animal herbívoro e as plantas das quais se alimenta. É considerada, por alguns
autores, como um tipo de predatismo.
Exemplos:
 Tamanduá que se alimenta de formigas.
 Sapos ou aranhas que capturam insetos.
 Gaviões que comem serpentes.
 Joaninhas que comem pulgões.
38
Figura 23 – Joaninhas e pulgões.
Fonte:
https://odedoverde.files.wordpress.com/2015/11/11059940_1578826335693891_35037166138965
14321_n.jpg?w=500
Alguns predadores forrageiam, isto é, movimentam-se pelo ambiente em
busca de presas. Outros esperam ou fazem armadilhas.
Estratégias para fugir da predação:
 Camuflagem: O animal confunde-se, no aspecto ou na cor com o ambiente
em vive. Isso é uma forma de defesa para dificultar a aproximação para o
ataque. Nos insetos, a camuflagem atinge alto grau de imitação de folhas,
galhos e árvores. Exemplos: urutau, bicho-pau.
39
Figura 24 – Camuflagem de mariposas
Fonte: http://cdn.topbiologia.com/wp-content/uploads/2014/01/camuflagem-mariposa.jpg
 Mimetismo: É quando os animais de uma espécie se assemelham a outra
espécie venenosa, não palatável ou perigosa para o predador. Exemplo:
coral verdadeira e coral falsa; insetos inofensivos que se assemelham a
vespas ferroadoras.
 Coloração de advertência: Trata-se de um aviso para o predador não se
aproximar e afastar-se. É o caso de sapos venenosos coloridos.
3
Canibalismo: Trata-se de uma forma de predação intraespecífica. Apesar
de pouco comum, indivíduos da mesma espécie podem ter relações de predação
em algumas condições.
Exemplos:
 Joaninhas.
 Lagartas Spodoptera.
 Camundongos.
 Viúva negra.
 Louva-a-Deus.
40
4
Parasitismo: Enquanto o predador em geral é maior que a presa e a elimina
para comê-la, o parasita costuma ser pequeno e vive dentro ou sobre o
hospedeiro. O parasita normalmente não mata seu hospedeiro, contrariamente ao
que faz o predador. Os parasitas são mais especializados.
O predador normalmente se alimenta de várias espécies. O parasita é mais
específico.
Quanto ao local que atacam, os parasitas podem ser classificados como
ecto/ endoparasitas.
 Ectoparasitas: Piolho, pulga, sanguessugas e fungos.
 Endoparasitas: Lombrigas, tênias e bacteriofágos.
Em geral, os prejuízos causados pelo parasita não chega a debilitar o
hospedeiro de forma significativa e dificilmente ocasionam sua morte. Essa
relação envolve grande especialização de ambas as partes. O hospedeiro se
especializa em proteger os danos causados pelos parasitas, enquanto este se
especializa em evitar estas reações de defesa, sendo possível, assim, obter os
recursos de que necessita sem eliminar seu hospedeiro.
Diversos parasitas usam um terceiro organismo, que funciona como vetor
de dispersão entre um hospedeiro e outro. Geralmente, o vetor não é atingido pelo
parasita, funcionando apenas como agente contaminador.
Espécies parasitas ocorrem entre vírus, bactérias, protozoários, fungos,
vegetais e animais.
Até mesmo vegetais podem ser parasitas. É o caso de plantas sem clorofila
que retiram substâncias orgânicas de outro vegetal. Exemplo: Cipó-chumbo e
Striga asiatica. Apesar de clorofilada, a erva de passarinho precisa obter em
outros vegetais a água e os sais minerais para realizar fotossíntese. Esta planta é
considerada um hemiparasita já o cipó-chumbo é holoparasita.
5
Competição:
Existem
dois
tipos
de
competição:
intraespecífico
e
interespecífico.
41
 Intraespecífico: Os vegetais competem principalmente por luz, água e sais
minerais. Entre os animais, ela é mais variada: há luta por matéria orgânica,
espaço, parceiros para a reprodução, chefiar um grupo. É um dos fatores
que controlam o tamanho das populações, pois provoca a morte ou afeta a
reprodução, uma região, ou um território em que não permite a entrada de
estranhos.
 Interespecífica: Duas espécies que competem pelos mesmos recursos não
podem coexistir indefinidamente no mesmo habitat. Uma delas é mais
eficiente na conquista desses recursos e tem maior sucesso reprodutivo; a
outra é eliminada por competição (Princípio da exclusão competitiva ou de
Gause) ou pode também emigrar para outro habitat ou passar a ocupar
outro nicho.
11.
EXPLORAÇÃO E USO DE RECURSOS NATURAIS
A exploração dos recursos naturais se intensificou muito e adquiriu outras
características, a partir das revoluções industriais e do desenvolvimento de novas
tecnologias. Estas relações causaram danos ao meio ambiente, tais como a
poluição da água, ar, solo, aquecimento global, inversão térmica.
12.
PROBLEMAS AMBIENTAIS
12.1 Desmatamento
O desmatamento consiste na remoção completa e no longo prazo da
cobertura vegetal, principalmente árvores.
Impactos:
42
 perda de oportunidades para o uso sustentável de florestas.
 sacrifício de oportunidades relacionadas ao valor de serviços ambientais de
florestas.
 Emissão de CO2 e outros gases de efeito estufa.
 Perda de biodiversidade.
Causas:
 Incentivos fiscais.
 Políticas de colonização.
 Construção de estradas, rodovias, cidades e obras.
 Exploração madeireira, pecuária, agricultura e mineração.
A poluição - seja do ar, água ou solo – pode ser definida como o acréscimo
de materiais ou energia ao ambiente em quantidades que causem uma alteração
indesejável e que possam ameaçar a sobrevivência ou as atividades do ser
humano e dos demais organismos. Ao fator que causa a poluição chamamos de
poluente.
12.2 Poluição do ar: A queima de combustíveis fósseis em fábricas, usinas e
veículos motorizados lança uma série de produtos tóxicos no ar. Estes produtos
derivam de várias situações:
 motor à explosão de veículos automotores.
 indústrias siderúrgicas, queimadas de florestas.
 queima de outros derivados de petróleo, como o óleo diesel e carvão
mineral.
Tipos de poluentes:
43
 Partículas em suspensão: Compostos orgânicos voláteis, dióxido de
carbono, monóxido de carbono, óxido de nitrogênio e enxofre, chumbo,
mercúrio, cádmio, ozônio e materiais tóxicos.
Conseqüências da poluição do ar:
1
Efeito estufa: É um fenômeno natural pelo qual parte da radiação solar
permanece na atmosfera em forma de calor. Se esse fenômeno não ocorresse
não haveria as condições para manutenção da vida na Terra.
O calor é irradiado de volta, sob a forma de radiação infravermelha, mas
grande parte dele fica retida pela ação de isolamento térmico dos gases presentes
nas partículas em suspensão.
Com a revolução industrial, houve um aumento significativo da taxa de gás
carbônico no ar. Isso está ligado, evidentemente, à queima crescente de
combustíveis fósseis. Fica claro, assim, que o clima do planeta depende da
presença desses gases: o aumento ou decréscimo na concentração de CO 2 pode
provocar a redução ou elevação da temperatura. É importante entender que o
efeito estufa em si não é um vilão. O problema está no incremento de temperatura,
e consequente incremento do efeito estufa.
Os maiores produtores de gases responsáveis pelo aumento do efeito
estufa são os EUA, China, Rússia e Japão.
44
Figura 25 – Efeito estufa
Fonte:
http://revistaescola.abril.com.br/geografia/fundamentos/quais-consequencias-boas-efeito-
estufa-488078.shtml
2
Aquecimento global: A partir do final do século XIX, a temperatura média
vem subindo e o aquecimento global vem se acentuando, principalmente a partir
da década de 70, do século XX.
Detalhes sobre o aquecimento global, conforme o relatório do IPCC (Grupo
intergovernamental de especialistas sobre mudanças climáticas) em 2007:
 O aquecimento do planeta se deve, com 90% de probabilidade, às
emissões de gases (gás carbônico e metano) pela ação humana.
45
 Até o final do século XXI a temperatura variará de 1,8 a 4,0 ºC. Na pior das
previsões, essa alta poderá a chegar a 6,4 ºC.
 O hemisfério norte será mais atingido que o sul.
 No Brasil, o aquecimento mais intenso ocorrerá no Centro-Oeste e Norte.
 Os oceanos absorvem 80% do calor adicionado ao sistema climático da
Terra.
 As geleiras derretem três vezes mais rapidamente que na década de 80, do
século XX. Em 2005, a espessura diminuiu em média 60 a 70 centímetros.
 Pólo Norte: Em 2010, o gelo poderá derreter completamente no verão.
 Até 2100, o oceano deverá aumentar de 18 a 59 centímetros, fazendo 200
milhões de pessoas abandonarem suas casas.
 50 milhões de pessoas terão problemas no suprimento de água.
 Chuvas e a velocidade do vento serão muito mais intensos devido a maior
ocorrência de ciclones tropicais.
 Aparecimento ou disseminação de certas regiões onde estas não existiam
anteriormente.
Para o Brasil:
 Savanização da Amazônia.
 Ciclones no sul.
 Desertificação do nordeste.
 Aumento do nível do mar.
46
Figura 26 – Impactos do aquecimento global no mundo
Fonte:
http://imguol.com/c/noticias/2014/03/31/infografico-aquecimento-global-1-
1396270259340_624x500.jpg
12.3 Poluição do solo: É no solo que estão a água e os nutrientes essenciais
para muitos seres vivos. Os solos interagem com a atmosfera, clima, com águas
superficiais e subterrâneas, com plantas, animais e outros organismos.
Os solos são modificados ou produzidos pela ação humana em diversas
atividades como o plantio, pecuária, a extração dos minerais, a construção de
estradas, a edificação de cidades e deposição de nutrientes.
A erosão é um processo natural que, atuando em escala de tempo
geológica, ao mesmo tempo produz e destrói o solo. O solo é produzido pela
decomposição da rocha matriz sob ação de agentes físicos e de seres vivos.
Esses mesmos agentes também alteram a estrutura do solo e transportam de um
47
lugar para o outro as partículas que os compõem. Assim, a produção e a
destruição dos solos ocorrem ao mesmo tempo, lentamente.
Algumas atividades humanas, porém quando realizadas sem cuidado
podem acelerar a erosão do solo. A prática da agricultura e desmatamento remove
a cobertura vegetal, deixando o solo exposto à ação dos ventos e das chuvas.
Estes agentes retiram a camada superficial do solo juntamente com os nutrientes,
provocando o aparecimento de voçorocas, sulcos e escavações no solo em
decorrências da ação de águas pluviais.
12.4 Poluição da água: Um dos problemas mais sérios da poluição da água é o
lançamento de substâncias não biodegradáveis, como os metais pesados
(chumbo, mercúrio, etc) e poluentes persistentes que se degradam lentamente
(como plásticos e alguns agrotóxicos que tendem a se concentrar ao longo das
cadeias alimentares e intoxicar os seres dos últimos níveis tróficos).
Além de intensificar o aquecimento global, parte do excesso de gás
carbônico se dissolve na água e transforma-se em ácido carbônico. Esse ácido
causa um aumento do nível de acidez da água causando vários problemas a
vários animais marinhos e ao plâncton. A acidez também provoca a morte dos
corais que formam os recifes.
Exemplo de poluição hídrica:
 Petróleo.
 eutrofização (ecossistema aquático adquire alta taxa de nutrientes,
principalmente fosfato e nitrato).
 maré vermelha.
13.
BIOGEOGRAFIA
Estuda a distribuição dos seres vivos no espaço e no tempo. Ou seja,
estudam-se os arranjos das distintas formas de vida com base em sua dinâmica
na escala espacial e temporal no planeta Terra.
48
Estes arranjos consistem nos tipos de vegetação mundial, climaticamente
definidos e solos afins.
14.
CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE
A conservação da diversidade biológica se dá por meio de duas estratégias:
in situ e ex situ. A conservação in situ consiste na proteção da biodiversidade em
todos os componentes, isto é, os recursos genéticos, as espécies, os
ecossistemas e habitats naturais.
A conservação ex situ significa a manutenção de componentes da
diversidade biológica fora dos seus hábitats naturais, quais sejam: bancos
genéticos, jardins zoológicos e jardins botânicos.
15.
TECNOLOGIAS AMBIENTAIS
Apesar de todos os avanços obtidos nos últimos anos, o mercado de
tecnologias ambientais no Brasil ainda é muito incipiente quando comparado a
outros países.
É muito importante investir em gestão de água, resíduos sólidos, eficiência
energética, redução da emissão atmosférica, energias renováveis, preservação
ambiental e crédito de carbono.
Oportunidades de tecnologias sustentáveis no Brasil: aumento das energias
renováveis com a utilização de biomassa (bagaço de cana, por exemplo);
exploração de pequenos rios e represas; bem como a ampliação da produção de
energia eólica; separação, reutilização, reciclagem e incineração; incremento dos
níveis de saneamento; incremento da eficiência energética – edifícios verdes.
O Brasil tem grande potencial para energias renováveis alternativas, como
pequenas centrais hidroelétricas e plantas de geração de biomassa, energia eólica
e solar.
49
16.
SANEAMENTO BÁSICO
Trata-se do controle de todos os fatores do meio físico do homem, que
exercem ou podem exercer efeitos nocivos sobre o bem estar físico, mental e
social. De outra forma, pode-se dizer que saneamento caracteriza-se pelo
conjunto de ações socioeconômicas que tem por objetivo a salubridade ambiental.
Saneamento abrange os seguintes serviços:
 Abastecimento de água as populações com a qualidade compatível com a
proteção de sua saúde e em quantidade suficiente para a garantia de
condições básicas de coleta.
 Coleta, tratamento e disposição ambientalmente adequada e sanitariamente
segura de águas residuárias (esgotos sanitários, resíduos líquidos,
industriais e agrícolas).
 Acondicionamento, coleta, transporte e/ou destino final dos resíduos sólidos
(incluindo os rejeitos provenientes de atividades domésticas, comerciais e
de serviço, industrial e pública).
 Coleta de águas pluviais e controle de empoçamentos e inundações.
 Controle de vetores de doenças transmissíveis (insetos, roedores,
moluscos, etc.).
 Saneamento de alimentos, meios de transporte.
 Saneamento no planejamento territorial.
 Saneamento da habitação, locais de trabalho, educação, recreação de
hospitais.
 Controle da poluição ambiental (água, ar, solo, acústica, visual).
17.
NOÇÕES DE LEGISLAÇÃO AMBIENTAL
50
A legislação ambiental consiste em um conjunto de normas jurídicas que se
destinam a disciplinar a atividade humana, para torná-la compatível com a
proteção do meio ambiente. No Brasil, as leis voltadas para a conservação
ambiental começaram a ser criadas a partir de 1981, com a lei que criou a Política
Nacional de Meio Ambiente.
Posteriormente, novas leis foram promulgadas visando formar um sistema
completo de proteção ambiental. A base legal para as leis ambientais está na
Constituição Federal (1988) em seu artigo 225, Capítulo Meio Ambiente.
Capítulo VI – Meio Ambiente
 Artigo 225 – Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente
equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de
vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e
preservá-lo para as presentes e futuras gerações.
Unidades
de
conservação
(UC):
Conjunto
de
áreas
legalmente
estabelecidas pelo poder público, que objetivam a preservação do meio ambiente
e das condições naturais de certos espaços territoriais do país.
 Lei 9.985/2000 – SNUC – Sistema Nacional de Unidades de Conservação:
“Espaço territorial e seus recursos ambientais, incluindo às águas
jurisdicionais, com características naturais relevantes, legalmente instituído
pelo poder público, com objetivos de conservação e limites definidos sob
regime especial de administração, ao qual se aplicam garantias adequadas
de proteção”.
Tipos de UC:
51
 Unidades de Proteção Integral: categorias (estação ecológica, reserva
biológica, parque nacional, monumento natural, refugio de vida silvestre).
 Unidades de uso sustentável: categorias (área de proteção ambiental, área
de relevante interesse ecológico, floresta nacional, reserva extrativista,
reserva de fauna, reserva de desenvolvimento sustentável e reserva
particular de patrimônio natural).
17.1 Recursos hídricos
Em 1997, entrou em vigor a Lei 9433/1997, também conhecida como Lei
das Águas que instituiu a Política Nacional de Recursos Hídricos e criou o Sistema
Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos (Singreh).
A água é considerada um bem de domínio público é um recurso natural
limitado, dotado de valor econômico. O instrumento legal prevê ainda, que a
gestão dos recursos hídricos deve proporcionar os usos múltiplos das águas, de
forma descentralizada e participativa, contando com a participação do Poder
Público, dos usuários e das comunidades. A lei também prevê que em situação de
escassez o uso prioritário da água é para o consumo hídrico e dessecação de
animais.
52
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