SUBORDINAÇÃO: Relação de termos dependentes e também de orações dependentes dentro de um período. Oração Subordinada: Formada por orações dependentes. Quando separadas, há perda de sentido ou falta de informação para que a comunicação seja efetivada. No período composto por subordinação, teremos uma oração regente – chamada principal – que traz inserida uma oração subordinada. Em relação à oração principal, a oração subordinada lhe completa o sentido, dá uma característica ou indica uma circunstância. Assim, as orações subordinadas são classificadas de acordo com a relação estabelecida com a oração principal: Ele disse (oração principal) que partirá amanhã (completa o sentido da oração principal). / Pedro, que foi apóstolo (caracteriza um ser da oração principal), mentiu três vezes. / Saímos quando amanhecia (indica uma circunstância de tempo para a oração principal). Classificação das Orações Subordinadas: Oração Subordinada Substantiva – Em geral, vem introduzida por conjunção integrante (que ou se) e possui valor e as funções do substantivo, podendo ser substituída pelo pronome isso, esse, essa. Observe: O substantivo flor pode exercer as seguintes funções sintáticas: A flor nasceu. (sujeito) / Ama a flor. (obj.direto) / Ela é uma flor. (predicativo do sujeito) / Gosta de flor. (obj.indireto) / A sala está cheia de flores. (complemento nominal) / A rosa, flor maravilhosa, é um presente inesquecível. (aposto) Por isso, classificamos como substantiva a oração subordinada que pode exercer uma das funções do substantivo. A oração subordinada substantiva divide-se em: a) Oração Subordinada Substantiva Subjetiva – É a que completa a principal, exercendo a função de sujeito. Ex.: É necessário (oração principal) que você colabore (oração subordinada substantiva subjetiva) = Sua colaboração é necessária. Normalmente, a oração principal está na terceira pessoa do singular e não ocorre sujeito dentro de seus limites, pois o sujeito é a oração subordinada. b) Oração Subordinada Substantiva Objetiva Direta – Completa a principal, exercendo nela a função de objeto direto. Ex.: Ela espera (oração principal) que o marido volte (oração subordinada substantiva objetiva direta). (quem espera, espera alguém ou alguma coisa – “que o marido volte”). c) Oração Subordinada Substantiva Objetiva Indireta – Completa a principal, exercendo a função de objeto indireto. A preposição que introduz a objetiva indireta é exigida. Ex.: Ninguém desconfiava (oração principal) de que ela fosse a culpada (oração subordinada substantivas objetiva indireta). (quem desconfia, desconfia de alguém ou de alguma coisa = “de que ela fosse a culpada”). d) Oração Subordinada Substantiva Predicativa – Funciona como predicativo do sujeito da oração principal. A oração predicativa supõe que a principal é formada por sujeito + verbo de ligação. Ex.: Seu receio era (oração principal; era = verbo de ligação) que chovesse (oração subordinada substantiva predicativa). e) Oração Subordinada Substantiva Completiva Nominal – Funciona como complemento nominal de um nome da oração principal. Ex.: Chegou à conclusão (oração principal) de que o contrato é viável. (oração subordinada substantiva completiva nominal). A oração subordinada substantiva completiva nominal vem introduzida sempre pela preposição exigida pelo nome que, na oração principal, pede complemento: A notícia (nome) de (preposição) que foi reprovado (oração subordinada substantiva completiva nominal) correu rapidamente. f) Oração Subordinada Substantiva Apositiva – Funciona como aposto de um nome da oração principal. A oração apositiva ocorre após dois pontos ou entre vírgula (neste último caso ficará no meio da principal). Ex.: Eu só quero dizer isto: (oração principal) eu te amo (oração subordinada substantiva apositiva). Oração Subordinada Adjetiva – Faz o papel de um adjetivo, ou seja, restringe ou explica o sentido de um substantivo ou de um pronome da oração principal. É introduzida, normalmente, por pronome relativo. Há dois tipos: a) Oração Subordinada Adjetiva Explicativa – Explica ou esclarece o sentido de um termo da oração principal. Deve ser sempre separada por vírgulas: Os homens, que são seres racionais (oração subordinada adjetiva explicativa), dominam os animais. b) Oração Subordinada Adjetiva Restritiva – Restringe ou limita a significação do termo antecedente. Não é separada por vírgulas e é indispensável ao sentido da frase. Ex.: Pedra que rola (oração subordinada adjetiva restritiva) não cria limo. Cachorro que late (oração subordinada adjetiva restritiva) não morde. Oração Subordinada Adverbial – Sua função é indicar uma circunstância modificadora para a oração principal, que já possui sentido completo. É iniciada pelas conjunções subordinativas (exceto a integrante, que inicia a oração subordinada substantiva). As orações subordinadas adverbiais recebem o nome da conjunção que as inicia. Subdividem-se em: a) Oração Subordinada Adverbial Causal – Indica a causa, motivo, razão do que se declara na oração principal. Ex.: Como ele estava armado, ninguém ousou reagir. Principais conjunções causais: porque, visto que, já que, uma vez que, porquanto, como etc. b) Oração Subordinada Adverbial Comparativa – Representa o segundo termo de uma comparação. Ex.: A luz é mais veloz do que o som. Principais conjunções comparativas: como, tal…qual, tão…como, tanto…quanto, mais…que, menos…que etc. c) Oração Subordinada Adverbial Concessiva – Exprime um fato contrário ao da oração principal, mas não suficiente para anulá-lo. Ex.: Vencemos o inimigo embora ele fosse mais forte. d) e) f) g) h) i) Principais conjunções concessivas: embora, ainda que, mesmo que, por mais que, por menos que, apesar de que, se bem que, conquanto etc. Oração Subordinada Adverbial Condicional – Exprime uma condição ou hipótese necessária para que se realize o fato expresso na oração principal. Ex.: Se o conhecesse, não o culparia. Principais conjunções condicionais: se, salvo se, caso, exceto se, contato que, sem que, a menos que, desde que, etc. Oração Subordinada Adverbial Conformativa – Indica uma relação de adequação, acordo ou conformidade com o pensamento expresso na oração principal. Ex.: O homem age conforme pensa. Principais conjunções conformativas: conforme, segundo, como, consoante etc. Oração Subordinada Adverbial Consecutiva – Exprime a consequência ou o resultado do que se afirma na oração principal. Ex.: Falaram tão mal do filme que ele nem entrou em cartaz. Principais conjunções consecutivas: tanto…que, tão…que, tal…que, tamanho…que etc. Oração Subordinada Adverbial Temporal – Indica o tempo em que ocorre o fato expresso na oração principal. Ex.: Quando a vejo, descontrolo-me. Principais conjunções temporais: quando, enquanto, apenas, mal, logo que, antes que, depois que, até que, desde que etc. Oração Subordinada Adverbial Final – Indica a finalidade do que se afirma na oração principal. Ex.: Falta pouco para que a noite caia. Principais conjunções finais: a fim de que, para que, porque, que etc. Oração Subordinada Adverbial Proporcional – Exprime um fato simultâneo, proporcional ao da oração principal. Ex.: O dia clareia à medida que o sol surge. Principais conjunções proporcionais: à medida que, à proporção que, quanto mais…tanto mais, ao passo que etc.