Bacias sanitárias na Roma antiga

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Bacias sanitárias na Roma antiga
Os romanos antigos tinham WCs públicos e privados. Nos WCs não havia banho
e somente as bacias sanitárias. Os banhos eram de modo geral publicos e privados e
separados dos lugares onde havia bacia sanitaria.
Não conheciam o sabão e nem tinham papel higiênico. Já usavam água de
reúso para os encanamentos das bacias sanitarias provindos dos banhos e das
cozinhas.
Hoje em dia usamos no Brasil a bacia sanitária com sifonamento conforme
Figura (1). Já li documentos históricos que na Ilha de Creta, a civilização Minoana há
3.400 aC tinham bacias sanitárias iguais as nossas com sifão, entretanto não vi
nenhuma fotografia.
Nas residências as bacias sanitárias romanas se localizavam sempre na entrada
e tinham de 1 bacia a 5 bacia todas juntas e havia uma porta de entrada.
Figura 1- Sifonamento em bacia sanitária moderna
Temos a curiosidade de como eram as bacias sanitárias dos romanos e dos
gregos. Temos basicamente dois tipos de bacias, as localizadas dentro de uma
residencia conforme Figura (2) e as públicas conforme Figura (3).
Figura 2-Bacia sanitaria residencial
Figura 3-Bacias sanitárias públicas da Roma antiga em Ostia, Italia
Na Figura (3) vemos o canal em frente às bacias sanitárias onde ficava a água
limpa para lavar a esponja em que limpavam o ânus e lavavam a mão.
As bacias sanitárias públicas possuem a forma de U com 20 a 50 lugares para
sentar um perto do outro e sem divisórias. Pelo que sabemos as bacias sanitarías
públicas eram para homens e mulheres.
Figura 4-Reconstrução de bacias sanitárias romanas em Londres. Observar o canal onde se
pegava a água para com uma esponja limpar o ânus e lavar as mãos. O balde era para
afastar os dejetos.
A água para a limpeza das fezes e urinas que eram despejadas nas bacias sanitárias
eram afastados por tubulações e usava-se um balde para enviar a embora a sujeira. Havia
locais que havia sistema de água potável corrente e lugares em que se usavam água de reúso
vinda das banheiras e das cozinhas. Portanto, os romanos já faziam o que se chama de reúso,
aproveitavam a água já utilizada em banhos e na cozinha para limpeza das bacias sanitarias.
Os esgotos eram encaminhados para as águas pluviais e na Figura (5) vemos a cloaca
máxima que era lançada no rio Tiber. Portanto, usavam sistema unitário, isto é, os esgotos iam
junto com as aguas pluviais, usado em praticamente em toda a Europa até hoje. Interessante
notar que a civilização minoana localizada na Ilha de Creta possuem rede de águas separadas:
agua potável, esgoto sanitário e águas pluviais e isto há 3.400aC.
Os romanos não podiam beber a água do rio Tiber que estava toda contaminada pelos
dejetos humanos e devido o isto bebiam água provinda dos aquedutos a longas distâncias de
Roma (até 80km). Havia aquedutos com água potável para beber e cozinhar e aquedutos com
água não potável para lavar as ruas e praças e para jogos de lutas em barcas, pois, os romanos
usavam em 70 aC já faziam o sistema dual de abastecimento: água potável e água não
potável.
Figura 5-Cloaca máxima construido no seculo VI a.C.
Outra curiosidade é que os romanos não conheciam o sabão e usavam para lavar
roupa a urina que era coletada em banheiros privados e públicos.
Ditado romano.
Pecunia non olet (o dinheiro não cheira mal).
Isto foi falado pelo imperador romano Vespasiano (70-140 dC) que criou um imposto
sobre a taxa de urina.
A urina era coletada publicamente nas bacias sanitárias públicas e usada como
ingrediente em varios processos químicos inclusive fornecendo amônea para a lavagem das
togas de lã dos romanos.
Seu filho Tito era contra e Vespaziano colocou uma moeda debaixo do nariz e
perguntou se cheirava mal.
Quanto Tito disto que não, respondeu “Atqui e lotio est!” (e na
realidade vem da urina).
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