FÍSICA Dados: Aceleração da gravidade: 10 m/s 3 2 3 Densidade da água: 10 kg/m 01. Considere a massa de uma molécula de água igual a 3 ´ 10-26 kg. Seja 10N, a 3 ordem de grandeza do número de moléculas de água em 6 m de água. Qual o valor de N? Resposta: 29 Justificativa: 3 3 26 3 Em 1 m de água existem 10 kg/3 ´ 10- kg moléculas. Em 6 m de água 3 26 29 existem 6 ´ (10 kg/3 ´ 10- kg) moléculas = 2 ´ 10 moléculas. Assim, N = 29. 02. Um barco passa sob uma ponte no momento em que um carro atravessa a ponte, como mostrado na figura a seguir. O barco e o carro se movem com velocidades constantes, de módulos vB = 30 km/h e vC = 40 km/h, respectivamente, ambas medidas em relação ao solo. Calcule a distância entre eles, em km, decorridos 6,0 minutos após o cruzamento. Suponha que ambos continuaram nas mesmas trajetórias depois do cruzamento. Resposta: 05 Justificativa: O módulo da velocidade relativa é A distância entre os móveis será Dx = vR t = 5,0 km . 03. Uma partícula executa um movimento ao longo do eixo x. O gráfico a seguir apresenta a sua velocidade em função do tempo. Quando t = 0, a posição da partícula é x = 57 m. Calcule a posição da partícula, em metros, no instante t = 15 s. v (m/s) + 5,0 0 5,0 10 15 t (s) -5,0 Resposta: 32 Justificativa: No intervalo de tempo de t = 0 até t = 10 s, a partícula sai da posição inicial e retorna à posição inicial. Assim, o deslocamento da partícula até t = 15 s, é Dx = -5 ´ 5 = -25 m . Logo a posição final da partícula é x = 57 – 25 = 32 m. 04. Um bloco homogêneo de densidade 4 ´ 102 kg/m3 encontra-se completamente submerso em água (ver figura). Nessa situação, a força de tensão no fio vale 6 N. Qual o volume total do bloco em litros? g fio água Resposta: 01 Justificativa: Com o bloco em equilíbrio, tem-se P + T = E, onde P, T e E denotam as forças peso do bloco, de tensão no fio e de empuxo. Temos que P = Mg = rVg = 4 ´ 3 10 V, onde r e V denotam a densidade e o volume do bloco. Temos ainda 4 que E = raVsubg = 10 V, onde ra e Vsub = V denotam a densidade da água e o 3 3 volume submerso do bloco. Substituindo T = 6 N, obtemos V = 10 - m = 1 L. 05. Uma bombinha de São João encontra-se em repouso sobre uma superfície horizontal sem atrito. A bombinha explode, partindo-se em dois pedaços que se deslocam horizontalmente na mesma direção e em sentidos opostos. Considere a bombinha como uma partícula material. Se, o módulo da velocidade do pedaço de 4 gramas imediatamente após a explosão é de 9 m/s, qual o módulo da velocidade, em m/s, do pedaço de 6 gramas neste instante? Resposta: 06 Justificativa: Nesse problema, há a conservação da quantidade de movimento (momento linear) total das partículas. Escrevemos, então, que Pi = Pf e, portanto, 0 = 4 ´ 9 + 6 ´ v, de modo que |v| = 6 m/s. 06. Um projétil com massa m = 0,10 kg é lançado com velocidade inicial de módulo v1 = 20 m/s, como mostra a figura. Quando ele alcança a altura máxima de h = 8,0 m, a sua velocidade tem módulo v2 = 10 m/s. Calcule o módulo do trabalho, em Joules, realizado pela força de atrito entre o projétil e o ar, desde o momento do lançamento até quando ele alcança a altura máxima. v1 Resposta: 07 Justificativa: 1 2 1 mv2 = 20 J. A energia final é Ef = mv2 + mgh = 1 2 2 13 J. O módulo do trabalho realizado pela força de atrito é dado pela diferença E0 – Ef = 7 J. A energia inicial é E0 = 07. Um cientista descobre que um planeta localizado fora do Sistema Solar é orbitado por dois satélites, Alfa e Beta. O cientista mede os raios das órbitas circulares dos dois satélites e o período de Alfa ao redor do planeta, construindo a tabela a seguir. Desconsidere as forças gravitacionais entre os satélites. O cientista conclui que o período de Beta, em horas, vale: Alfa Beta Raio da órbita 5 10 km 5 4 ´ 10 km Período 6h ? Resposta: 48 Justificativa: 3 2 A terceira lei de Kepler indica que R /T é constante, onde R e T denotam o raio da órbita e o período de um satélite ao redor de um planeta. Usando os 5 3 2 5 3 2 dados da tabela do enunciado, obtemos (10 km) /(6 h) = (4 × 10 km) /T , donde T = 48 h. 08. Um estudante gostaria de medir a massa de um objeto, mas não dispõe de nenhum tipo de balança. Ele então improvisa um sistema de medição. Pendura em um extremo de uma haste rígida e fina o objeto de massa desconhecida, mD, e, no outro extremo, um objeto de massa conhecida, mC = 1,0 kg. O estudante equilibra a haste na posição horizontal em um ponto de apoio e mede as distâncias, dC = 40 cm e dD = 8,0 cm, entre o ponto de apoio e as extremidades respectivas, como mostra a figura. Desprezando a massa da haste e dos fios, calcule a massa desconhecida mD, em kg. dD dC mC mD Resposta: 05 Justificativa: A soma dos torques das forças peso em relação ao ponto de apoio deve ser nula. Ou seja, PCdC – PDdD = 0. Logo, PD = PCdC/dD = 50 N e portanto mD = 5 kg. 09. Um estudante quer aquecer um litro de água, inicialmente a 20 oC. Considere que uma fonte de calor transmite calor para a água a uma taxa Tx constante, e despreze as perdas de calor pela água nesse processo. Considere, ainda, que o calor específico da água é igual a 4200 J/(kg×K). Se após 21 segundos a o água atinge a temperatura de 30 C, qual o valor de Tx, em kW? Resposta: 02 Justificativa: Em 21 segundos, a fonte transmite para a água, a uma taxa constante, uma quantidade de calor igual a (1 kg)[4200 J/(kg×K)](10 K) = 42 kJ. A taxa Tx é igual, então, a 42 kJ/ (21 s) = 2 kW. 10. Um gás passa por um processo termodinâmico cíclico, constituído por dois subprocessos, A e B. No subprocesso A, 3,0 J de calor são cedidos pelo gás ao ambiente, e 5,0 J de trabalho são realizados pelo gás. O diagrama pressão versus volume a seguir representa apenas o subprocesso B. Determine o módulo do calor trocado pelo gás com o ambiente, em J, no subprocesso B. p (Pa) 1,5 Subprocesso B 0,5 0 2,0 4,0 3 V (m ) Resposta: 06 Justificativa: Como o processo é cíclico, então, a variação de energia interna do gás é nula: DE = DEA + DEB = 0. Pela 1ª lei da Termodinâmica, escrevemos DE = (QA WA) + (QB - W B). O gráfico nos mostra que W B = -(1,5 + 0,5)2/2 = -2 J. Assim, inserindo as informações do enunciado, obtemos DE = (-3 - 5) + (QB + 2) = 0, donde |QB| = 6 J. 11. Uma pequena pedra atinge a superfície de um lago, de águas paradas, provocando a geração de ondas circulares e concêntricas. Uma crista da onda leva Dt = 2,0 s para chegar à lateral de um barco ancorado a uma distância de 30 m do ponto onde a pedra atingiu o lago (ver figura). Sabendo-se que a distância entre duas cristas consecutivas é d = 20 cm, calcule a frequência das ondas, em Hertz. barco 30 m Resposta: 75 Justificativa: l = v / f . Logo, f = v / l . A velocidade de propagação é v = 30 / 2 = 15m / s . Portanto, f = 75 Hz. 12. A figura a seguir mostra um trecho de um circuito. Calcule a corrente elétrica i no ramo indicado na figura, em Ampères. 20 A 30 A 10 A i 3,0 A 30 A 10 A Resposta: 37 Justificativa: Utilizando a conservação da carga tem-se que a soma das correntes que chegam numa região deve ser igual à soma das correntes que saem. Ou seja, 10 + 20 + 30 +10 = i + 3 + 30. E, portanto, i = 37 A. 13. A figura a seguir mostra um circuito elétrico com uma bateria e várias resistências. Calcule a diferença de potencial (em módulo), entre os pontos a e b indicados na figura, em Volts. R1 = 6,0 W + _ a e = 24 V R2 = 3,0 W R3 = 6,0 W b R4 = 4,0 W R5 = 2,0 W Resposta: 12 Justificativa: A corrente fornecida pela bateria é i = 24/12 = 2 A. Logo, o módulo da ddp entre a e b é Vab = e - R1i = 12 V. 14. Um feixe é constituído por dois tipos de partículas, A e B, se movendo em linha reta com a mesma velocidade de módulo 1000 km/s. As partículas possuem 27 19 27 massas e cargas dadas por MA = 9 ´ 10- kg, QA = 3 ´ 10- C, MB = 4 ´ 10-19 kg e QB = 2 ´ 10 C. O feixe ingressa numa região (parte cinzenta da figura) em que há um campo magnético uniforme, de módulo 5 T e direção perpendicular à velocidade inicial do feixe. O feixe, então, se divide em duas partes, cada uma contendo apenas um tipo de partícula. Despreze a interação entre as partículas, as forças dissipativas e os efeitos gravitacionais. Determine a distância L, em milímetros, mostrada na figura. feixe L Resposta: 04 Justificativa: Se o campo magnético é perpendicular à velocidade inicial, então, para cada 2 tipo de partícula, a 2ª lei de Newton leva a Mv /R = QvB, ou seja, R = Mv/(QB). A distância L é dada por L = 2(RA – RB). Logo, L = (2v/B)(MA/QA – MB/QB). Substituindo os valores numéricos, obtemos L = 0,004 m = 4 mm. 15. Um raio de luz monocromática, com comprimento de onda l, se propagando no meio 1, incide em uma interface plana entre o meio 1 e o meio 2, ambos transparentes e lineares. Os índices de refração dos meios 1 e 2 são n1 e n2, respectivamente, com n1 > n2. Considerando estas informações, podemos afirmar que: 0-0) a parte da luz refletida tem a mesma frequência da luz do raio original. 1-1) a parte da luz que passa ao meio 2 tem uma frequência diferente da luz do raio original. 2-2) a parte da luz refletida tem o mesmo comprimento de onda l. 3-3) a parte da luz que passa ao meio 2 tem o mesmo comprimento de onda l. 4-4) dependendo do ângulo de incidência do raio, pode acontecer que não haja passagem de luz para o meio 2. Resposta: VFVFV Justificativa: Como os meios são lineares, não há mudança da frequência da luz. Assim, (11) é verdadeira e (2-2) é falsa. O comprimento de onda é l = v / f . Então, (22) é verdadeira e (3-3) é falsa. A (4-4) é verdadeira, pois pode haver reflexão interna total no meio 1. 16. Sobre o efeito fotoelétrico, podemos afirmar que: 0-0) segundo a Física Clássica, fotoelétrons poderiam ser emitidos a partir do cátodo metálico iluminado por fontes luminosas incidentes de qualquer frequência. 1-1) segundo a Física Clássica, quanto menor a potência da fonte luminosa incidindo sobre o cátodo metálico, maior o intervalo de tempo para a ejeção do primeiro fotoelétron. 2-2) segundo a Física Quântica, existe uma frequência da luz incidente abaixo da qual nenhum fotoelétron pode ser ejetado. 3-3) segundo a Física Quântica, a energia cinética do fotoelétron depende da intensidade mas não da frequência da luz incidente. 4-4) Albert Einstein explicou o efeito fotoelétrico postulando que elétrons oscilando em superfícies metálicas têm energia total múltipla de uma quantidade mínima (“quantum” de energia). Resposta: VVVFF Justificativa: A alternativa 0-0 é verdadeira, pois a Física Clássica não prevê a existência de uma frequência de corte, abaixo da qual o efeito fotoelétrico deixaria de ocorrer. A alternativa 1-1 é verdadeira, pois, segundo a Física Clássica, deve existir um intervalo de tempo para o elétron acumular energia da fonte luminosa até ser ejetado. Quanto mais potente a fonte, menor este intervalo de tempo. A alternativa 2-2 é verdadeira, pois define a chamada frequência de corte do material, segundo a Física Quântica. A alternativa 3-3 é falsa, pois, segundo a Física Quântica, a energia cinética do fotoelétron depende da frequência da fonte luminosa. A alternativa 4-4 é falsa, pois o seu enunciado diz respeito ao postulado elaborado por Max Planck para explicar o espectro de radiação do corpo negro. O postulado que Albert Einstein aplicou para explicar o efeito fotoelétrico enuncia que a radiação eletromagnética é constituída por pacotes (“quanta”) de energia proporcionais às suas frequências.