IDADE CONTEMPORÂNEA: ORIENTE MÉDIO E DESCOLONIZAÇÃO DA ÁFRICA E ÁSIA CONTEÚDOS O Estado de Israel O Fundamentalismo Islâmico Descolonização da África e Ásia AMPLIANDO SEUS CONHECIMENTOS O Estado de Israel Antes mesmo da Primeira e Segunda Guerras Mundiais, o povo judeu que vivia espalhado por diversos países do mundo, iniciou o movimento sionista que tinha o objetivo de retomar a região que eles alegavam ser a “terra prometida” por Deus aos judeus na antiguidade. Assim, várias famílias judias passaram a contribuir financeiramente para custear a ocupação dessa região, que ocorreu por meio da migração, e a defesa dessas famílias que passaram a viver nessa região. Saiba mais: As primeiras comunidades judaicas que se fixam na região da Palestina surgiram no final do século 19, em terrenos que algumas famílias foram arrendando nas Colinas de Golã, na Península do Sinai e em torno do Rio Jordão. Incomodados com a presença de um povo não muçulmano na região, os palestinos movidos pelo panislamismo (movimento que reunia os países seguidores da fé islâmica), passaram a promover ataques a esses grupos que passaram a serem vistos como invasores. Em contra partida, os judeus responderam com a formação de uma força paramilitar, que defenderia as áreas ocupadas. No término da Segunda Guerra Mundial, a revelação dos horrores do Holocausto, sensibilizou o mundo a apoiar os judeus na sua antiga reinvindicação de criar um estado autônomo em um território próprio. Desse modo, em 1948 a ONU decidiu criar artificialmente um novo país, ou seja, o estado de Israel, que ocuparia parte das terras que antes eram pertenciam aos palestinos. Porém, essa proposta de divisão do território que criava um estado Judeu e um Árabe, não foi bem aceita, e gerou uma série de conflitos na região. Para ocupar oficialmente essas áreas determinadas pela ONU, em 1948, Israel entrou em guerra com os palestinos e com a Liga Árabe (Egito, Líbano, Jordânia, Síria e Iraque) que se opunha a formação desse novo país. Porém, devido ao apoio militar e financeiro recebido tanto da comunidade judia, quanto de outras nações (como os Estados Unidos, por exemplo) que tinham interesse em desestabilizar o pan-islamismo, Israel venceu o conflito e dominou mais da metade do território que era reservado aos palestinos. Com isso, aproximadamente meio milhão de palestinos tiveram de deixar a região em que viviam para refugiar-se em países vizinhos. Figura 1 – A expansão de Israel sobre os territórios Palestinos Fonte: Fundação Bradesco Na medida em que Israel passou a dominar cerca de 80% do território, ao invés dos 50% determinado pela ONU, os palestinos passaram a organizar guerras para tentar recuperar as suas terras. Assim, entre 1949 e 1967, as duas únicas regiões de ocupação palestina preservadas foram uma pequena parte da Faixa de Gaza que ficou sob o controle do Egito e parte da região da Cisjordânia que ficou sob o comando da Jordânia. No contexto da Guerra Fria, os Estados Unidos declararam apoio a Israel, que passaram a contar com armas e tecnologia de ponta, enquanto que a União Soviética buscou alinhar-se aos países árabes, apoiando sua luta para reduzir a influência norteamericana na região. Foi nesse contexto, que em 1956 ocorreu a Guerra de Suez, quando Israel (com o apoio da Inglaterra e da França) toma o canal de Suez, abertura artificial que liga o Mar Vermelho ao Mar Mediterrâneo, um importante ponto estratégico que pertencia ao Egito, que recebeu o imediato apoio da União Soviética contra essa invasão. Figura 2 – Canal de Suez Fonte: Fundação Bradesco Desse modo, o mundo passou a temer que esse fato levasse ao enfrentamento entre os blocos Capitalista e Socialista em uma possível Terceira Guerra Mundial. A pressão entre as potências foi tão grande, que a solução diplomática, foi o bloco capitalista exigir que Israel recuasse e devolvesse as áreas ocupadas ao Egito para que o conflito mundial fosse evitado. Em 1967, na Guerra dos Seis dias, as forças armadas israelenses deflagraram um ataque surpresa ao Egito, à Síria e à Jordânia. O Egito perdeu toda a península do Sinai, a Jordânia ficou sem a Cisjordânia e a Síria teve suas colinas de Golã ocupadas pelas forças de Israel. Com tais ocupações, os judeus triplicaram o tamanho de seu território e intensificaram a ira dos árabes sobre eles. Já em 1973, o Egito e a Síria atacaram Israel durante a celebração do Yom Kippur, (conhecido como o “dia do perdão”), com o objetivo de reconquistarem os territórios que tinham perdido na Guerra dos Seis Dias. Como nessa data os judeus fazem jejum, orações e outros ritos religiosos objetivando a sua elevação espiritual, eles não esperavam esse ataque que os pegou de surpresa. Desse modo, na Guerra de Yom Kippur, Egito e Síria tiveram uma vantagem inicial, mas logo em seguida, eles acabaram derrotados pelas tropas de Israel. Nesse conflito, a ONU interveio nas negociações do cessar-fogo e, com isso, o Egito volta a ter o domínio sobre o Canal de Suez. A partir de 1974, os palestinos criam a OLP (Organização para a Libertação da Palestina), grupo armado que passou a reivindicar o reconhecimento da Palestina como um Estado independente. A OLP foi considerada tanto pelos Estados Unidos, quanto por diversos outros países ocidentais como uma organização terrorista. Foi apenas com o fim da Guerra Fria e com os avanços da diplomacia internacional, que acordos de paz mais sólidos começaram a se desenhar nessa região. Desse modo, foi apenas em 1993, quando Yasser Arafat (presidente da OLP) reconheceu o Estado de Israel, em uma tentativa de se estabelecer a paz na região, que Yitzhak Rabin (Primeiro Ministro de Israel) reconheceu a OLP como a representante legítima do povo palestino. Figura 3 - Yasser Arafat Figura 4 - Yitzhak Rabin Fonte: Wikimedia Commons Fonte: Wikimedia Commons Foi em meio a esses conflitos, que Israel tornou-se um Estado, aos moldes das nações ocidentais. Isto é, além de legitimidade política, eles criaram um forte esquema militar que garantiria o exercício e a manutenção da sua soberania na região em uma política imperialista. Além disso, organizaram uma estrutura que garantia os direitos fundamentais e os princípios de cidadania para o seu povo (os judeus), de modo que mais famílias judias que ainda vivem espalhadas pelo mundo, se sintam atraídas a migrarem para Israel. Essa medida deixa milhares de palestinos às margens da sociedade, vivendo como refugiados em um território que, 1947, havia sido concedido a eles pela ONU. É por esse motivo que afirmam que os palestinos são refugiados em seu próprio território. Sob a justificativa de combater o terrorismo, esse estado adota medidas para oprimir e controlar todos os povos não judeus que estão sob o seu domínio militar. Desse modo, esses conflitos ainda estão longe de se resolver, principalmente com a atual política de isolamento que o estado de Israel vem impondo aos palestinos. Para se ter ideia, a maior parte do território ocupado pelos palestinos está cercado por enormes muros de concreto e a população se vê obrigada a viver isolada nessas comunidades restritas e mesmo assim sob forte vigilância do exército israelense. Curiosidade: Os judeus eram considerados um povo apátrida, pois não tinham um território ou Estado próprio, até a criação de Israel em 1948. Já os palestinos, como ainda hoje, lutam para formar o seu estado independente, ainda podem ser chamados de um povo apátrida. Dessa mesma forma, em todo o mundo, existem outros povos apátridas que ainda lutam por um território para se fixarem e pela criação e reconhecimento do seu Estado independente. No Oriente Médio, o caso mais famoso é dos povos Curdos, que vivem espalhados entre o Iraque, Síria, e Turquia, e que há anos reivindicam sem grande sucesso a criação do Estado do Curdistão. O Fundamentalismo Islâmico Por definição, o fundamentalismo é uma manifestação religiosa onde os praticantes de uma determinada crença promovem a compreensão literal de sua literatura sagrada. A vertente política do fundamentalismo organizou-se entre os países de religião muçulmana, quando alguns de seus líderes passaram a defender as ideologias contemporâneas de suas decisões, pautando-se em interpretações particulares do passado. Isto é eles reivindicam os símbolos tradicionais da sua fé para legitimar a construção das suas ações políticas nos seus governos. Figura 5 - Alcorão, o livro sagrado dos muçulmanos Fonte: Wikimedia Commons O fundamentalismo islâmico, em geral, não defende a aversão gratuita as grandes potências do Ocidente. Vale destacar que durante a Guerra Fria, na década de 1950, temendo que as nações árabes se associassem ao bloco socialista, o que prejudicaria os interesses da indústria petrolífera capitalista, os Estados Unidos passaram a apoiar e financiar a formação de diversos grupos fundamentalistas que faziam oposição ao governo de seus países. No mundo bipolar, o Irã tornou-se alvo das disputas entre a União Soviética e os Estados Unidos, devido as suas grandes reservas petrolíferas. Assim, essas potências passaram a apoiar partidos políticos ligados a preceitos religiosos mais radicais ou moderados, que tinham por objetivo derrubar o governo do Xá (uma espécie de monarca que governava o país de forma absoluta). Foi nesse contexto que os grupos pró-capitalistas chegaram ao poder por meio da Revolução Islâmica de 1979. Esse novo governo estabeleceu uma ditadura de direita e propôs medidas liberais, como uma tímida reforma agrária e o direito das mulheres ao voto. Essas medidas desagradaram os grupos mais radicais da revolução, que defendiam o islamismo em seu formato mais tradicional. Nesse contexto, para garantir a manutenção da identidade cultural muçulmana e promover a resistência contra a influência das potências ocidentais, assume o poder o Aiatolá Khomeini, que implanta a República Islâmica de orientação xiita no país. Figura 6 - Aiatolá Khomeini Fonte: Wikimedia Commons Saiba mais: De acordo com o Islamismo, o profeta Maomé ascendeu aos céus e seus seguidores se responsabilizaram em continuar a missão de expandir essa fé pelo restante do mundo. Porém, devido a algumas divergências de sucessão entre as famílias ligadas a Maomé, houve uma divisão em dois grupos: os Xiitas (que defendem que o Alcorão é o único livro base da fé islâmica e deve ser lido literalmente, exatamente como ele foi escrito) e os Sunitas (que defendem que os muçulmanos podem se basear nas Sunas que contam passagens da vida de Maomé e no Alcorão que pode ser interpretado pelo leitor). O medo de que esta revolução atingisse outros Estados islâmicos, fez com que o bloco capitalista apoiasse o governo de grupos sunitas, como foi o caso de Saddam Hussein no Iraque. Esse ditador foi financiado pelo Ocidente que, por exemplo, lhe forneceram as armas químicas utilizadas contra os povos curdos que viviam em seu país. Assim, com o apoio das potências capitalistas, Saddam Hussein, inicia a Guerra Irã-Iraque (1980-1988) apoiando-se em uma velha disputa fronteiriça pela zona do Shatt Al-Arab. Entretanto, o principal objetivo desse conflito era debilitar o regime iraniano e evitar o avanço da Revolução Islâmica. Figura 7 - Saddam Hussein Fonte: Wikimedia Commons Anos mais tarde, já em um contexto pós Guerra Fria, Saddam Hussein declara guerra ao Kuwait, alegando que o país estava roubando petróleo das reservas que se encontravam próximas as fronteiras. Devido a esse conflito, o preço do petróleo teve uma grande alta o que prejudicava os interesses das grandes potências capitalistas. Desse modo, os Estados Unidos, decidem romper com o Iraque e intervir a favor do Kuwait, em um conflito que recebeu o nome de Guerra do Golfo (1990-1991). No caso do Afeganistão, os norte-americanos financiaram, forneceram armas e treinaram membros do Talibã, para que eles lutassem contra o domínio soviético na região. Anos depois, esse grupo ganhou força e chegou ao poder, porém, as constantes intervenções militares dos norte-americanos no Oriente Médio, fizeram com que a antiga aliança se transformasse em uma relação de ódio. Assim, atualmente, os talibãs passaram a fazer uma forte oposição aos Estados Unidos e uma boa parte deles, passaram a organizar diversos ataques terroristas às grandes potências capitalistas do ocidente, principalmente por meio da Al-Qaeda. Figura 8 - Atentado as Torres Gêmeas nos Estados Unidos Fonte: Wikimedia Commons Saiba mais: Além dos atentados de 11 de Setembro que ocorreram nos Estados Unidos, os grupos terroristas islâmicos reconhecem a autoria de outros ataques como o de: 11 de março de 2004 em Madri (Espanha). 7 de julho de 2005 em Londres (Inglaterra). Primeira semana de janeiro de 2015 em Baga (Nigéria). 13 de novembro de 2015 em Paris (França). 22 de março de 2016 em Bruxelas (Bélgica). 14 de julho de 2016 em Nice (França). Já a guerrilha do Hezbollah surgiu no Líbano na década de 1980, com o objetivo de conter as invasões e os ataques de Israel. Com o tempo, essa milícia transformou-se em um partido político de orientação xiita com grande influência no parlamento. Atualmente, esse partido é responsável por diversos serviços sociais, além de operar em escolas, hospitais e serviços ligados a agricultura para milhares de libaneses xiitas. Porém, o seu braço militar é duramente criticado por governos sunitas e da irmandade muçulmana de diversos países devido ao seu envolvimento na sangrenta guerra civil Síria. O grupo que compõe o ISIS (sigla em inglês que significa Estado Islâmico do Iraque e da Síria) nasceu em 2013 de uma facção da Al-Qaeda que atuava no Iraque desde a deposição de Saddam Hussein em 2003, e que ganhou força durante a Guerra Civil da Síria iniciada em 2011. Durante esse conflito o ISIS tomou o controle de boa parte da porção oriental da Síria e passou a controlar Mosul, que além de ser a maior cidade do Iraque, também abriga a maior hidrelétrica do país. Desse modo, ao assumir o controle da Represa da hidrelétrica de Mosul, os militantes ISIS ameaçavam inundar os arredores dessa região. Além disso, eles controlam vários poços de petróleo no território que ocupam. Atualmente, o ISIS tem atraído uma forte indignação internacional devido a sua extrema violência, práticas desumanas e ações terroristas que são aplicadas contra seus opositores, minorias religiosas e grupos muçulmanos que não se alinham as suas ideologias. Em suas ocupações monumentos históricos são demolidos e mulheres e crianças são sequestradas e molestadas sexualmente. Recentemente, os Estados Unidos iniciaram uma ofensiva mais direta, para combater os avanços do ISIS, lançando uma série de ataques aéreos nas regiões que esses grupos dominam, conseguindo recuperar algumas áreas que estavam dominadas. Figura 9 - Cidade de Hatra do século 3 a.C. antes de ser destruída pelo ISIS Fonte: Wikimedia Commons Descolonização da África e Ásia O imperialismo do século 19 buscava conquistar novas áreas que fossem capazes de fornecer matérias primas, mão de obra barata e consumir o excedente não absorvido da produção europeia. Para isso, as principais potências industriais passaram a invadir e ocupar vastas áreas da África e da Ásia. Nesse contexto, países foram criados, governos foram impostos e exércitos passaram a impor pelo uso da força, as regras que garantiriam toda uma estrutura de exploração dessas regiões. Porém, os países que compunham essas potências industriais, saíram destruídos da Segunda Guerra Mundial, o que enfraqueceu o controle que eles impunham sobre os seus domínios da África e Ásia. Nesse contexto, alguns desses países que eram explorados pelo imperialismo europeu, visualizaram a possibilidade de conseguirem a sua independência, livrando-se da exploração de seus dominadores. Além disso, a bipolarização imposta pela Guerra Fria, acabou favorecendo esse processo, já que alguns países buscaram alinhar-se com o bloco capitalista ou socialista, em troca do apoio que poderiam receber para a sua independência. Figura 10 - Blocos Capitalista e Socialista Fonte: nogoudfwete/Shutterstok.com Basicamente, tanto os Estados Unidos, quanto a União Soviética tinham interesses em trazer o maior número de países para o seu bloco e, por isso, passaram a disputar essas regiões participando direta ou indiretamente dessas guerras de independência. Só para se ter uma ideia, entre 1950 e 1960, mais de quarenta novos países surgiam no interior dos territórios africanos e asiáticos. Vale destacar que o processo de descolonização não foi homogêneo, ou seja, em alguns países, ele ocorreu de forma gradual com a concessão da autonomia políticoadministrativa, porém, mantendo-se o controle e a dependência econômica do país, enquanto que em outros, houve violentas guerras para que essa independência fosse conquistada. Figura 11 - Descolonização da Ásia Fonte: Fundação Bradesco A Índia iniciou sua luta pela independência desde a década de 1920, por meio de boicotes aos produtos ingleses, da desobediência civil às leis da Inglaterra e da nãoviolência durante os protestos que rejeitavam à dominação inglesa. Em contra partida, a Inglaterra reagia a esses protestos pacíficos com extrema violência, promovendo verdadeiros massacres contra o povo indiano. Essas ações sensibilizaram o mundo que passou a defender independência da Índia. Nesse contexto, Gandhi transformou-se no principal líder indiano na luta pela independência, realizando discursos, palestras e greves de fome. Para evitar que a Índia se associasse ao bloco socialista, intensificou-se as pressões internacionais que levaram os ingleses a reconhecerem a independência em 1947. Figura 12 - Mahatma Gandhi Fonte: Wikimedia Commons Logo em seguida a sua emancipação, em 1949, as rivalidades religiosas levaram a Índia se fragmentar em três novos países; à União Indiana (com maioria hinduísta), o Paquistão (com maioria islamita) e o Ceilão que passou denominar-se Sri-Lanka (com maioria budista). Além disso, anos mais tarde, em 1971, houve a separação do Paquistão em dois países que passaram a se denominar: Paquistão Oriental e Paquistão Ocidental ou Bangladesh. Já na China, a insatisfação popular contra o governo ditatorial do seu país e contra a exploração imperialista imposta pelos países europeus, sobretudo da Inglaterra, aliaramse a luta dos camponeses por terras, de modo que os socialistas ganharam força para tomarem o poder durante a Revolução Chinesa (1949-1962). Nasce, assim a República Popular da China e Mao-Tse-tung torna-se o chefe supremo do país. A partir daí, a nação passou por uma série de reformas como por exemplo, a reforma agrária, que dividiu grandes propriedades entre os camponeses e criou as cooperativas em uma espécie de coletivização das terras. Além disso, a economia passou a ser controlada pelo Estado e houve a nacionalização das empresas estrangeiras. (Saiba mais sobre esse assunto no Tema de Estudo de História - Idade Contemporânea: Revoluções Socialistas) A União Soviética aproveitou-se dessa tomada do poder pelos socialistas da China para estabelecer uma aliança com esse país que reforçaria o seu bloco no processo de bipolarização que marcou a Guerra Fria. Desse modo, os soviéticos passaram a apoiar o governo chinês na implantação das mudanças necessárias para a implantação do socialismo a partir da intervenção direta na economia, na sociedade e na cultura do país. Por outro lado, os capitalistas chineses que não aceitavam o socialismo, se refugiaram na ilha de Formosa formando o Taiwan e em Hong-Kong que tornou-se um protetorado inglês. No caso da Coreia, essas disputas entre capitalistas e socialistas levou a região a um grande conflito denominado de Guerra da Coreia (1950-1953), que teve como resultado a divisão do país em dois: a Coreia do Norte (socialista) e a Coreia do Sul (capitalista). As ilhas de Java e Sumatra são as mais importantes do arquipélago que compõe a Indonésia. Essa região, ficou sob o controle imperialista dos holandeses até 1941, quando passou para o controle japonês devido a Segunda Guerra Mundial. Com o fim desse conflito, os indonésios organizaram a independência do país, porém ela não foi aceita pela Holanda que pretendia recuperar seu domínio imperialista sobre essas ilhas. Após muitos conflitos, os holandeses reconheceram a independência dessa região em 1949. A Indochina era domínio do imperialismo francês até 1940, quando passou para o controle japonês devido a Segunda Guerra Mundial. Com o fim desse conflito, a Indochina proclamou a sua independência em 1946, estipulando um governo socialista para o país. Nesse momento, a França decide invadir essa região para recuperar o seu domínio sobre esse país, o que acabou desencadeando a Guerra da Indochina (1946-1954). Com a derrota francesa essa área acabou sendo dividida em quatro países: Laos, Camboja, Vietnã do Norte e Vietnã do Sul. Figura 13 - Combatentes vietnamitas em 1969 Fonte: Wikimedia commons No contexto da Guerra Fria, as nações capitalistas passaram a temer uma reunificação do Vietnã com o avanço do socialismo sobre o Vietnã do Sul. Desse modo, os norte-americanos começaram a armar e a treinar soldados sul-vietnamitas. O conflito entre os dois países se iniciou na década de 1960 e contou com forte influência norte-americana e soviética. Apesar de todo o arsenal bélico e aparato tecnológico, as tropas americanas tiveram inúmeras dificuldades para enfrentar os vietcongues (soldados apoiados pelos soviéticos) e desbravar o território vietnamita, coberto por florestas tropicais. As perdas humanas foram imensas para ambos os lados. Em 1973, derrotados em diversos frontes de batalha e com uma forte opinião pública contrária aos gastos com essa guerra, os americanos se retiraram do Vietnã de forma vergonhosa. Figura 14 - Descolonização da África Fonte: Fundação Bradesco África do Sul foi inicialmente dominada pelo imperialismo holandês e depois passou a ser dominada pelo imperialismo inglês. Nesse país, criou-se um rígido regime de segregação racial, que estava legitimado por uma série de leis que ficaram conhecidas como Apartheid. Assim, os negros eram proibidos de votar, eram obrigados a viver em bairros isolados, distantes do centro das cidades, ou eram enviados para zonas rurais do país, onde viviam na completa pobreza e sob o severo controle do exército inglês. Todo esse ambiente hostil fez com que a população negra organizasse um ato pacífico em Shaperville em 1960, que foi sufocado de forma bastante violenta, com muitas mortes e prisões. Nesse contexto, o Congresso Nacional Africano (ANC), que era a principal organização de oposição ao Apartheid, foi considerada ilegal pelos ingleses e seu principal líder, Nelson Mandela, foi condenado à prisão perpétua. Na medida que os protestos contra esse regime racista e segregacionista crescia, mais violenta se tornava as ações repressivas do governo inglês. Esse fato levou o distrito negro de Soweto e outras comunidades a se articularem em uma grande rebelião contra o domínio inglês e a política do Apartheid em 1976. O saldo dessa revolta foi a morte de cerca de 600 manifestantes negros. Já no início da década de 1960, uma série de organizações internacionais e a própria opinião pública, passaram a se posicionar contra o Apartheid. Até mesmo a ONU chegou impor sanções e diversas nações romperam suas relações com a África do Sul, a fim de pressionar o governo desse país a acabar com essa política segregacionista. O resultado dessas ações, levou o governo da África do Sul a retirar o Congresso Nacional Africano da ilegalidade e libertou Nelson Mandela após de 27 anos de prisão, em 1989. Desse modo, em 1993, uma nova constituição foi aprovada e o Apartheid encerrou-se oficialmente. Assim, em 1994, ocorre a primeira eleição multirracial do país, que elegeu Nelson Mandela como o primeiro presidente negro dessa nação. Figura 15 – Nelson Mandela Fonte: Wikimedia Commons A partir de 1881, os ingleses passaram a exercer um domínio imperialista sobre o Egito, que tornou-se um protetorado inglês entre 1914 e 1936. Assim, depois desse período, os ingleses passaram a controlar apenas o Canal de Suez (construído por eles em 1869, para ligar o Mar Vermelho ao Mediterrâneo). Essa área só passou a ser controlada pelos egípcios em 1952, quando o exército proclama a República do Egito. Essa região do canal ainda foi palco de conflito em 1956, durante a Guerra de Suez, quando Israel (com o apoio da Inglaterra e da França) toma a região. Esse fato se deu em meio a Guerra Fria e a pressão entre as potências desse mundo bipolar foi tão forte, que a solução diplomática, foi o bloco capitalista exigir que Israel recuasse e devolvesse as áreas ocupadas ao Egito. Figura 16 - Canal de Suez Fonte: Wikimedia Commons A Argélia era dominada pelo imperialismo francês e as primeiras manifestações pela sua independência ocorreram a partir de 1945, e foram lideradas por grupos predominantemente muçulmanos. Os franceses tentaram reprimir esses movimentos, com o uso da força, o que levou o país a uma guerra de independência. Esse conflito estendeuse até 1962, quando foi assinado o Acordo de Evian, em que a França reconhecia a independência da Argélia. No continente africano existiam dois países denominados de Congo Francês e Congo Belga. Cada um desses países tiveram sua história marcada pela dominação imperialista da França e da Bélgica respectivamente. O Congo Francês, tornou-se independente em 1960, e quatro anos depois, esse país torna-se a primeira nação socialista da África. Desse modo, o antigo Congo Francês passou a se denominar República Popular do Congo. Por outro lado, logo após o fim da Segunda Guerra Mundial, surgiu no Congo Belga um forte movimento emancipacionista. Porém, foi apenas na Conferência de Bruxelas de 1960, que a Bélgica concedeu a independência ao Congo, que tornou-se uma República. Após a sua emancipação, esse país entra em uma violenta guerra civil. Nesse contexto, os grupos separatistas de Catanga passaram a receber o apoio das grandes potências capitalistas que estavam interessadas em explorar os minérios dessa região. Assim, o general Mobutu conseguiu dar um golpe político e assumir a presidência do país, que a partir de 1971, passou a denominar-se República do Zaire, para se diferenciar da República popular do Congo. Porém, em 1997, essa nação muda novamente seu nome, passando a se chamar República Democrática do Congo. Angola, era uma antiga colônia portuguesa que, tornou-se independente apenas em 1974, por meio do Acordo de Alvor. Porém, no ano seguinte, o país passará por uma violenta guerra civil devido a disputas internas pelo poder. Além disso, Angola também sofreu invasões de outras nações como o Zaire e a África do Sul. Como as tropas desses invasores recebiam a ajuda militar dos Estados Unidos, no contexto de um mundo bipolarizado, a solução para o governo angolano foi buscar apoio no bloco socialista, solicitando a ajuda de Cuba, que em 1976, ajudou os angolanos derrotarem essas forças invasoras estrangeiras. Figura 17 - Bandeira de Angola Fonte: Wikimedia Commons O processo de descolonização da África e Ásia, mesmo depois de concluída a independências dos países, ainda gerou muitos desdobramentos, como guerras civis, massacres, genocídios e conflitos étnicos-religiosos. Esse fator pode ser entendido, uma vez que as grandes potências da época, armaram grupos rivais e incentivaram o conflito entre eles, como forma de manterem o domínio sobre essas áreas. As consequências afetam a maioria desses países até os dias atuais, uma vez que uma boa parte deles tornaram-se nações subdesenvolvidas, marcadas pela miséria, pela fome, péssimas condições de saúde e pelo baixo grau de escolaridade da maioria da sua população. ATIVIDADES 1. (ENEM-2007) Em 1947, a Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou um plano de partilha da Palestina que previa a criação de dois Estados: um judeu e outro palestino. A recusa árabe em aceitar a decisão conduziu ao primeiro conflito entre Israel e países árabes. A segunda guerra (Guerra de Suez, 1956) decorreu da decisão egípcia de nacionalizar o canal, ato que atingia interesses anglo-franceses e israelenses. Vitorioso, Israel passou a controlar a Península do Sinai. O terceiro conflito árabe-israelense (1967) ficou conhecido como Guerra dos Seis Dias, tal a rapidez da vitória de Israel. Em 6 de outubro de 1973, quando os judeus comemoravam o Yom Kippur (Dia do Perdão), forças egípcias e sírias atacaram de surpresa Israel, que revidou de forma arrasadora. A intervenção americano-soviética impôs o cessar-fogo, concluído em 22 de outubro. A partir do texto acima, assinale a opção correta. a) A primeira guerra árabe-israelense foi determinada pela ação bélica de tradicionais potências europeias no Oriente Médio. b) Na segunda metade dos anos 1960, quando explodiu a terceira guerra árabe-israelense, Israel obteve rápida vitória. c) A Guerra do Yom Kippur ocorreu no momento em que, a partir de decisão da ONU, foi oficialmente instalado o Estado de Israel. d) A ação dos governos de Washington e de Moscou foi decisiva para o cessar-fogo que pôs fim ao primeiro conflito árabe-israelense. e) Apesar das sucessivas vitórias militares, Israel mantém suas dimensões territoriais tal como estabelecido pela resolução de 1947 aprovada pela ONU. 2. (ENEM-2003) No dia 7 de outubro de 2001, Estados Unidos e Grã-Bretanha declararam guerra ao regime Talibã, no Afeganistão. Leia trechos das declarações do presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, e de Osama Bin Laden, líder muçulmano, nessa ocasião: George Bush: Um comandante-chefe envia os filhos e filhas dos Estados Unidos à batalha em território estrangeiro somente depois de tomar o maior cuidado e depois de rezar muito. Pedimos-lhes que estejam preparados para o sacrifício das próprias vidas. A partir de 11 de setembro, uma geração inteira de jovens americanos teve uma nova percepção do valor da liberdade, do seu preço, do seu dever e do seu sacrifício. Que Deus continue a abençoar os Estados Unidos. Osama Bin Laden: Deus abençoou um grupo de vanguarda de muçulmanos, a linha de frente do Islã, para destruir os Estados Unidos. Um milhão de crianças foram mortas no Iraque, e para eles isso não é uma questão clara. Mas quando pouco mais de dez, foram mortos em Nairóbi e Dar-es-Salaam, o Afeganistão e o Iraque foram bombardeados e a hipocrisia ficou atrás da cabeça dos infiéis internacionais. Digo a eles que esses acontecimentos dividiram o mundo em dois campos, o campo dos fiéis e o campo dos infiéis. Que Deus nos proteja deles. (Adaptados de O Estado de S. Paulo, 8/10/2001) Pode-se afirmar que a) a justificativa das ações militares encontra sentido apenas nos argumentos de George W. Bush. b) a justificativa das ações militares encontra sentido apenas nos argumentos de Osama Bin Laden. c) ambos apoiam-se num discurso de fundo religioso para justificar o sacrifício e reivindicar a justiça. d) ambos tentam associar a noção de justiça a valores de ordem política, dissociando-a de princípios religiosos. e) ambos tentam separar a noção de justiça das justificativas de ordem religiosa, fundamentando-a numa estratégia militar. 3. (FUVEST-2011) A África vive (...) prisioneira de um passado inventado por outros. COUTO, Mia. Um retrato sem moldura. In: HERNANDEZ, Leila, A África na sala de aula. São Paulo: Selo Negro, p.11, 2005. A frase acima se justifica porque a) os movimentos de independência na África foram patrocinados pelos países imperialistas, com o objetivo de garantir a exploração econômica do continente. b) os distintos povos da África preferem negar suas origens étnicas e culturais, pois não há espaço, no mundo de hoje, para a defesa da identidade cultural africana. c) a colonização britânica do litoral atlântico da África provocou a definitiva associação do continente à escravidão e sua submissão aos projetos de hegemonia europeia no Ocidente. d) os atuais conflitos dentro do continente são comandados por potências estrangeiras, interessadas em dividir a África para explorar mais facilmente suas riquezas. e) a maioria das divisões políticas da África definidas pelos colonizadores se manteve, em linhas gerais, mesmo após os movimentos de independência. 4. (ENEM-2012) LORD WILLINGDON’S DILEMMA. Disponível em: <www.gandhiserve.org>. Acesso em: 21 nov. 2011. O cartum, publicado em 1932, ironiza as consequências sociais das constantes prisões de Mahatma Gandhi pelas autoridades britânicas, na Índia, demonstrando a) a ineficiência do sistema judiciário inglês no território indiano. b) o apoio da população hindu a prisão de Gandhi. c) o caráter violento das manifestações hindus frente à ação inglesa. d) a impossibilidade de deter o movimento liderado por Gandhi. e) a indiferença das autoridades britânicas frente ao apelo popular hindu. LEITURA COMPLEMENTAR Líder pacifista e político indiano: Mohandas K. Gandhi Mohandas Karamchand Gandhi, dito Mahatma, que em sânscrito significa "grande alma", foi um dos idealizadores e fundadores do moderno Estado indiano e um defensor do princípio da não-violência como um meio de protesto. Gandhi casou-se aos 13 anos com Kasturbai, da mesma idade, numa união acertada entre as famílias. O casal teve quatro filhos. Aos 19 anos foi estudar direito na Universidade de Londres, no Reino Unido. Após se formar, passou a trabalhar como advogado em Durban, África do Sul (1893). Sua trajetória política começou marcada por um acidente em um trem. Gandhi viajava na primeira classe quando solicitaram que se transferisse para a terceira classe, por ele não ser branco. Ao recusar-se, foi jogado para fora do trem. O episódio fez com que ele começasse a advogar contra as leis discriminatórias vigentes. Gandhi foi preso em 6 de novembro de 1913, enquanto liderava uma marcha de mineiros indianos que trabalhavam na África do Sul. Durante a Primeira Guerra Mundial, retornou à Índia e, após o seu término, envolveu-se com o Congresso Nacional Indiano e com o movimento pela independência. Ganhou notoriedade internacional pela sua política de desobediência civil e pelo uso do jejum como forma de protesto. Por esses motivos, sua prisão foi decretada diversas vezes pelas autoridades inglesas. Outra estratégia de Gandhi pela independência era o boicote aos produtos importados. Todos os indianos deveriam usar vestimentas caseiras, em vez de comprar os produtos têxteis britânicos. O tear manual, símbolo de afirmação, viria a ser incorporado à bandeira do Congresso Nacional Indiano e à própria bandeira indiana. Sua posição pró-independência endureceu após o Massacre de Amritsar em 1920, quando soldados britânicos mataram centenas de indianos que protestavam pacificamente contra medidas autoritárias do governo britânico. Uma de suas mais eficientes ações foi a marcha do sal, que começou em 12 de março de 1930 e terminou em 5 de abril, quando Gandhi levou milhares de pessoas ao mar a fim de coletarem seu próprio sal, em vez de pagarem a taxa prevista sobre o sal comprado. Em 8 de maio de 1933, Gandhi começou um jejum que durou 21 dias em protesto à "opressão" britânica contra a Índia. Em Bombaim, no dia 3 de março de 1939, Gandhi jejuou novamente em protesto às regras autoritárias para a Índia. Durante a Segunda Guerra Mundial, Gandhi deixou claro que não apoiaria a causa britânica. Foi preso em Bombaim pelas forças britânicas em 9 de agosto de 1942 e mantido em cárcere por dois anos. Gandhi posicionou-se contra qualquer plano que dividisse a Índia em dois Estados, o que acabou acontecendo, com um Estado denominado Índia, predominantemente hindu, e o Paquistão, predominantemente muçulmano. No dia 20 de janeiro de 1948, após um jejum em protesto contra as violências cometidas por indianos e paquistaneses, Gandhi sofreu um atentado. Uma bomba foi lançada em sua direção, mas ninguém ficou ferido. Entretanto, no dia 30 de janeiro de 1948, ele foi assassinado a tiros, em Nova Déli, por um hindu radical. O corpo do Mahatma foi cremado e suas cinzas jogadas no rio Ganges na Índia. UOL EDUCAÇÃO In: BIOGRAFIAS. Líder pacifista e político indiano: Mohandas K. Gandhi. Disponível em: <http://educacao.uol.com.br/biografias/mohandas-k-gandhi.htm>. Acesso em: 19 out. 2016. 15h. 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Desse modo, esses dois líderes reivindicam os símbolos tradicionais, cada um na sua respectiva fé, para legitimar a construção das suas ações políticas nos seus governos. Isto é, de modo geral, não existe diferença entre esses dois discursos que buscam justificar o ataque a aquele que é diferente, pautando-se na certeza de que a sua divindade estaria protegendo seu povo. 3. Alternativa C. Comentário: A frase afirma que a África ainda vive presa a um passado, mesmo após as guerras de descolonização. Isto é, a emancipação dos países não foi capaz de resolver os velhos problemas como o subdesenvolvimento a má distribuição de renda, a miséria, a violência e os conflitos entre as diversas etnias que disputam o poder entre si. Muitos desses problemas já existiam antes do Imperialismo, porém, aquele que faz parte da herança deixada pela intervenção das potências industriais no continente, é o conflito entre as etnias que se veem obrigadas a viver em um mesmo país, que foi construído artificialmente durante a partilha da África no século 19, sem respeitar a ocupação dos povos que ali habitavam. 4. Alternativa D. Comentário: A charge aponta que a prisão de Mahatma Gandhi, ao invés de conter os protestos contra a Inglaterra, acabou motivando mais indianos ingressarem nessa luta, como se todos eles se tornassem novos “Gandhis”. Isto é, as medidas repressivas fortaleciam o movimento de independência da Índia, uma vez que os ingleses não teriam condição de prender ou punir toda essa multidão que se uniu contra a suas decisões arbitrárias e sua política de exploração imperialista.