Ronilson de oliveira O menino sentado na pedra olhando pra lua O menino sentado na pedra olhando pra lua Ronilson de oliveira O menino sentado na pedra olhando para a lua Prólogo André era um garoto aparentemente comum, mais tinha uma mania incomum, gostava de se sentar numa pedra enorme no quintal de sua casa, e ficar olhando para a lua. Isso para mim seria uma coisa até comum, se tivesse alguma finalidade talvez até científica por traz disso, mais não tinha, não mesmo, era só loucura de quem tem a cabeça literalmente no mundo da lua mesmo. Nunca fui à casa dele, nunca perguntei por essa estranha obsessão, mesmo ele morando ali á anos, nunca senti vontade nem de ser amigo dele, parece uma coisa ruim dizer isso, mais do meu ponto de vista não era, e nunca foi até aquele dia. O fato de eu estar sem nada pra fazer naquela noite, iria nos aproximar. Capitulo 1 Dona Alzira chega em casa e encontra o filho deitado na cama, ele estava triste como sempre, ela já estava acostumada a ver aquele olhar de peixe morto, não era a primeira vez que ela o via triste desse jeito, ele parecia um garoto deprimido na maioria das vezes. Ela não pergunta nada, vai até a cozinha para preparar o jantar que por sinal estava atrasado. Era uma mulher que trabalhava muito, chegava todos os dias 21h00 da noite e seu marido 22h00 horas, uma hora depois dela, isso se o ônibus não atrasasse. Como ela mesma dizia sempre: “É duro nascer pobre, e nascer pobre no Brasil é pior ainda”. - Mãe vou sair! Fala André depois de arrumar sua cama que estava toda bagunçada, ele arruma do jeito dele e claro, dobra a coberta e coloca em cima do travesseiro. - Ok filho não vá à rua! Diz ela, mesmo sabendo que o filho não era de sair de casa, ele ia apenas ao quintal, descansar e pensar na vida vendo a lua e as estrelas, mesmo quando não tinha estrelas ainda assim sobrava a lua, ou seja nunca ficava sozinho. Eu era seu vizinho, meu nome é Marconi, não sabia na época mais aquele garoto magrelo de olhar frágil, iria mudar a minha vida, ou pelo menos o jeito como eu a via. Capitulo 2 Falando um pouco de mim, eu sou um cara normal em minha opinião, nem bonito nem feio, nem grande nem baixo, nem namorador e nem de jogar fora, é assim que eu me vejo. Tenho 1,70 de altura, uns 70 quilos e 15 anos, quase 16 me considero apenas meio adulto, se é que existe meio adulto. Eu costumava considerar anão meio adulto, faz todo sentido se adulto fosse medido pelo tamanho. Eu riu um pouco, isso e uma piada que aliás, se um anão ouvisse não iria gostar, eles não gostam nem de serem chamados de anões. Quando eu conheci André, na verdade quando percebi que ele existia, vi um mundo diferente do que eu pensava, isso do ponto de vista das pessoas que eu conhecia. Ele era meu