vacina conta o hpv: uma tecnologia a favor da saúde

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VACINA CONTRA O HPV: UMA TECNOLOGIA A FAVOR DA SAÚDE
DANIELE DOMICIANO SILVA1 INAYANA ALMEIDA DE BARROS LIMA2
VALERIA ADRIANA DE OLIVEIRA3
RESUMO: INTRODUÇÃO: o papiloma vírus humano (HPV) é
responsável pelo maior numero de casos de câncer de colo uterino, que tem
como causa necessária o vírus; sendo uma das principais causas de morte em
mulheres por câncer. Mais de 100 tipos de HPV foram encontrados, sendo 18
tipos cancerígeno. Eles podem ser diferenciados também em cutâneos, quando
atingem as mãos e os pés através do desenvolvimento de verrugas; e
mucosos, quando atingem as vias respiratórias, boca, garganta e região
anogenital. Vale ressaltar que é fundamental a realização periódica do exame
Papanicolau e a vacinação. Atualmente, as meninas entre 9 e 11 anos estão
sendo vacinadas. Devem ser administradas três doses; com o intervalo da
segunda dose de seis meses e da terceira sessenta meses, ambas após a
primeira do. OBJETIVO: O objetivo desta pesquisa foi verificar as publicações
cientificas sobre vacina contra o HPV como uma tecnologia a favor da saúde.
METODO: foi efetuada uma pesquisa nas bases de referencias bibliográficas
BDENF, LILACS e MEDLINE. Com o intuito de rastrear artigos que abordem o
avanço tecnológico da vacina contra o papiloma vírus humano e o estudo a
respeito do vírus. A busca foi realizada no período de abril a junho de
2015.RESULTADOS: Foram encontrados 74 artigos, sendo 10 duplicatas, uma
carta, 40 resumos e 7 editoriais. Dos materiais encontrados, 16 foram
selecionados para a elaboração da pesquisa. A respeito do ano de publicação,
a maior parte foi de 2013, seguido de 2012; sendo a minoria em 2006. Quanto
ao tipo de pesquisa, a revisão de literatura teve maior prevalência. Em relação
à autoria das publicações, os profissionais de enfermagem tiveram predomínio.
Entre as bases de dados pesquisadas, o maior número de artigos foi
encontrado na LILACS, e a minoria no Coleciona SUS. Os objetivos mais
abordados dos artigos pesquisados se referiam à investigação do
conhecimento da mulher a respeito do HPV, além da carga viral e o HPV de
alto risco, e apenas quatro artigos abordavam sobre o surgimento da vacina.
CONCLUSÃO: Diante do que foi exposto no desenvolvimento da pesquisa,
pode-se perceber um grande esforço no que se refere a estudos que visam
minimizar a disseminação do HPV e suas comorbidades. A temática é de
grande relevância por estarem relacionados a carcinoma do colo de útero.
Mesmo sendo a vacinação preconizada pela Organização Mundial da Saúde,
este tema não foi abordado por grande parte dos autores referenciados nesta
pesquisa. Contudo, percebe-se que há um grande desafio no processo de
aceitação e entendimento da população quanto à importância da vacina.
Fazem-se necessárias assim, ações de cunho educativo para maior adesão da
comunidade.
DESCRITORES: Vacina contra
Neoplasias do colo do útero.
papiloma
vírus;
Brasil/epidemiologia;
1
Enfermeira
pós
graduanda
pela
Agência
de
Cursos,
Pernambuco,
Brasil.
Email :[email protected]
2
Enfermeira pós graduanda em nefrologia pela Agência de cursos, Recife, Pernambuco, Brasil. E-mail:
[email protected]
3
Enfermeira pós graduanda pela graduanda em nefrologia pela Agência de cursos, Recife, Pernambuco,
Brasil. E-mail: [email protected]
____________________________________________________________________________________
INTRODUÇÃO
O papiloma vírus humano (HPV) é responsável pelo maior numero de
casos de câncer de colo uterino, que tem como causa necessária o vírus;
sendo uma das principais causas de morte em mulheres por câncer (PINTO;
FUZII; QUARESMA, 2011). Na década de 70, deu-se inicio ao estudo do HPV,
e em 1983, o vírus foi associado ao câncer cervical (ROSA, et al., 2008). Entre
os fatores relacionados à infecção, se encontram o numero de parceiros,
tabagismo, primeira relação sexual precoce e uso excessivo de contraceptivos
(GUIMARÃES, et al., 2012).
Mais de 100 tipos de HPV foram encontrados. Sendo 18 tipos
cancerígenos, o HPV16, 18, 26, 31, 33, 35, 39, 45, 51, 52, 53, 56, 58, 59, 63,
66, 68 e 82. E os que são considerados de baixo risco para o desenvolvimento
do câncer, o HPV6, 11, 42, 43 e 44 (ROSA, et al., 2008). Eles podem ser
diferenciados também em cutâneos, quando atingem as mãos e os pés através
do desenvolvimento de verrugas; e mucosos, quando atingem as vias
respiratórias, boca, garganta e região anogenital (NAKAGAWA; SCHIRMER;
BARBIERI, 2010).
O contágio do HPV é pelo contato direto com a região infectada. Devido
a isto, o preservativo é importante na prevenção, mas não garante proteção
totalmente (VARGENS, et al., 2013). Vale ressaltar que é fundamental a
realização periódica do exame Papanicolau e a vacinação (ZARDO, et al.,
2013).
A vacina quadrivalente contém VLP (vírus like particles) da proteína L1,
agindo como um estimulante para a produção de antígenos (BRASÍLIA, 2013).
O nível de segurança é o mesmo que as vacinas de tétano e hepatite B. Além
de obterem uma resposta eficaz na prevenção de lesões cancerosas e
condilomas genitais (BORSATTO; VIDAL; ROCHA, 2011). Os dois tipos de
vacina, quadrivalente e bivalente, ficaram disponíveis em 2006 e 2008
respectivamente; mas apenas no setor privado (OSIS; DUARTE; SOUSA,
2013)
Em 2013, o SUS começou a disponibilizar a vacina contra o HPV
quadrivalente ( HPV6,11,16,18), para meninas entre 9 e 13 anos, em unidades
de saúde e escolas. No ano seguinte, a idade foi mais restringida, passando a
ser em meninas de 11 a 13 anos. Atualmente, as meninas entre 9 e 11 anos
estão sendo vacinadas. Devem ser administradas três doses; com o intervalo
da segunda dose de seis meses e da terceira sessenta meses, ambas após a
primeira dose (BRASIL, 2013).
O objetivo desta pesquisa foi verificar as publicações cientificas sobre
vacina contra o HPV como uma tecnologia a favor da saúde.
METODOLOGIA
Foi efetuada uma pesquisa nas bases de referencias bibliográficas
BDENF (Base de dados de enfermagem), LILACAS (Literatura Latinoamericana e do Caribe em Ciências da Saúde), MEDLINE (Medical Literature
Analysis and Retrieval System Online), Ministério da Saúde e Coleciona SUS
(através da biblioteca virtual em saúde). Com o intuito de rastrear artigos que
abordem o avanço tecnológico da vacina contra o papilomavirus humano e o
estudo a respeito do vírus. A busca foi realizada no período de abril a junho de
2015. A estratégia de busca foi realizada com descritores compatíveis com o
assunto, vacina contra papiloma vírus, brasil/epidemiologia, neoplasias do colo
do útero. Nesta busca foram realizados foram realizados filtros para artigos
completos de revisão literária e pesquisa de campo. Como critérios de inclusão
foram utilizados artigos completos de revisão de literatura e pesquisa de
campo, que abordassem o estudo aprofundado do papiloma vírus humano e o
avanço tecnológico da sua vacina. Os critérios de exclusão foram artigos
periódicos, cartas, resumos, relatórios e resumos de conferência. Os artigos
selecionados foram revisados para melhor utilização durante a pesquisa. Para
elaboração do trabalho foi utilizado o software Microsoft Word. Em todo o texto
e referências foram usadas às regras da ABNT.
RESULTADOS
Foram encontrados 74 artigos, sendo 10 duplicatas, uma carta, 40
resumos e 7 editoriais. Dos materiais encontrados, 16 foram selecionados para
a elaboração da pesquisa. A respeito do ano de publicação, a maior parte foi
de 2013, seguido de 2012; sendo a minoria em 2006. Quanto ao tipo de
pesquisa, a revisão de literatura teve maior prevalência. Em relação à autoria
das publicações, os profissionais de enfermagem tiveram predomínio. Entre as
bases de dados pesquisadas, o maior número de artigos foi encontrado na
LILACS, e a minoria no Coleciona SUS. Os objetivos mais abordados dos
artigos pesquisados se referiam à investigação do conhecimento da mulher a
respeito do HPV, além da carga viral e o HPV de alto risco, e apenas quatro
artigos abordavam sobre o surgimento da vacina.
Benefícios da vacina
Sabe-se que o HPV é um grande problema de saúde pública e um dos
meios de enfretamento utilizado é a introdução da vacinação, por ser um
método eficaz e de relevante custo benefício.
Limberger, et al., (2012), afirma que a vacina é um importante aliado,
não só no combate ao HPV, como também impede a formação das lesões
decorrentes do vírus e assim previne o câncer de colo de útero.
Segundo Borsatto, et al., (2011), um grande ganho da vacina contra o
HPV foi a sua inserção na atenção básica, possibilitando assim ações em nível
primário, pois anteriormente as ações ocorriam prioritariamente após a
contaminação do vírus.
Adesão da população a vacina
Osis, et al., (2011), relata que a ideia da vacinação precocemente ao
contato com o vírus não tem uma boa aceitação pelos pais e nem pelos
médicos pediatras. Os autores ressaltam também as dificuldades das pessoas
que não têm acesso aos serviços públicos de saúde, como a quantidade de
doses e a falta de conhecimento sobre a vacina a respeito da sua efetividade.
Estudos selecionados
Vacina contra o HPV e a Prevenção do Câncer do Colo do Útero: Subsídios
para a Prática; Conhecimento, atitude e prática na prevenção do câncer de colo
uterino e HPV em adolescentes; Prevalência de infecção genital pelo HPV em
populações urbana e rural da Amazônia Oriental Brasileira; Ser mulher
portadora do HPV: uma abordagem cultural; Associação entre a carga viral de
HPV de alto risco, expressão de p16INK4a e lesões intra-epiteliais escamosas
do colo uterino; Aplicação de três técnicas para avaliação de tendência de
mortalidade por câncer do colo do útero em série temporal no Brasil, 19802009; Aspectos imunológicos da infecção pelo vírus do papiloma humano
(HPV); Vírus HPV e câncer de colo de útero Vírus HPV e câncer de colo de
útero; Conhecimento e atitude de usuários do SUS sobre o HPV e as vacinas
disponíveis no Brasil; Prevalência do HPV em mulheres rastreadas para o
câncer cervical; Papilomavírus humano e neoplasia cervical; Diagnóstico de
HPV: o processo de interação da mulher com seu parceiro; A enfermagem na
assistência à saúde e prevenção do HPV no homem; vacina como agente de
imunização contra o HPv.
QUADRO 01: síntese dos artigos pesquisados segundo, autor, titulo, ano,
base, objetivos. Recife 2015.
AUTOR
TITULO
Vacina
como
agente
de
imunização contra
o HPV
Zardo et al
Borsatto, Vidal e
Rocha
Vacina contra o
HPV
e
a
prevenção
do
câncer do colo do
Útero:
subsídios
para a pratica
Limberger et al
Aspectos
imunológicos
da
infecção pelo vírus
do
papiloma
humano
Ministério
Saúde
da
Guia pratico sobre
o HPV perguntas e
respostas
ANO
2013
2011
BASE
LILACS
Coleciona SUS
2012
LILACS
2013
Ministério
da Saúde
OBJETIVOS
Apresentar
uma
revisão
da
literatura da vacina
como
agente
contra o papiloma
vírus
humano
como contribuição
para
formulação
de politicas publica
na
área
de
prevenção
da
doença
em
questão
Descrever
os
aspectos relativos
à
vacina
quadrivalente,
encontrados
na
literatura nacional
e
internacional
quanto
à
sua
descrição química,
indicações,
esquema vacinal,
apresentação
e
conservação,
interações
com
outras
vacinas,
duração
da
proteção, proteção
cruzada,
segurança, contra
indicações,
impacto
epidemiológico e
econômico.
Revisar
os
avanços sobre a
infecção
pelo
HPV, os aspectos
imunológicos e as
vacinas profiláticas
disponíveis.
_______
CONCLUSÃO
Diante do que foi exposto no desenvolvimento da pesquisa, pode-se
perceber um grande esforço no que se refere a estudos que visam minimizar a
disseminação do HPV e suas comorbidades. A temática é de grande
relevância por estarem relacionados a carcinoma do colo de útero.
Mesmo sendo a vacinação preconizada pela Organização Mundial da
Saúde, este tema não foi abordado por grande parte dos autores referenciados
nesta pesquisa.
Contudo, percebe-se que há um grande desafio no processo de
aceitação e entendimento da população quanto à importância da vacina.
Fazem-se necessárias assim, ações de cunho educativo para maior adesão da
comunidade.
REFERÊNCIAS
BORSATTO, A. Z.; VIDAL, M.L.B.; ROCHA, R.C.N.P. Vacina contra o HPV e a Prevenção do
Câncer do Colo do Útero: Subsídios para a Prática. Rev. bras. cancerol, p. 67-74, 2011.
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