ANÁLISE MORFOLÓGICA E FUNCIONAL DO SISTEMA NERVOSO ENTÉRICO Sama Beatriz Kuhn¹, Betty Cristiane Kuhn², Sônia Aparecida de Mello ³ ¹acadêmica do PIC do curso de Ciências Biológicas da UNIPAR; ²mestranda de Genética e Melhoramento da UEM; ³docente da UNIPAR- Cascavel Introdução: O termo Sistema Nervoso Entérico (SNE) foi introduzido por Langley para descrever os elementos neurais do trato gastrointestinal1. Atualmente, o SNE é reconhecido como uma divisão própria do Sistema Nervoso Autônomo2, funcionando como um cérebro localizado no trato gastrointestinal3. Objetivo: Caracterizar o SNE do ponto de vista morfológico e funcional, bem como expor algumas linhas de pesquisas e espécies de cobaias utilizadas em seu estudo. Desenvolvimento: Vários experimentos foram realizados para caracterizar morfologicamente o SNE, suas funções e as alterações ocorridas quando submetido a algum tipo de estresse, como o alcoolismo, a carência de proteínas e o envelhecimento (natural e patológico), com a utilização de diversas espécies de cobaias, como ratos, gatos e coelhos, sendo observada uma redução em números de neurônios no SNE de roedores e seres humanos em muitos estudos relacionados a tais SITUAÇÕES DE estresse. Morfologicamente, o SNE apresenta-se organizado em plexos que podem ser ganglionados ou não. Dentre os plexos ganglionados, os principais são o plexo submucoso ou de Meissner e o plexo mientérico ou de Auerbach3. Geralmente, em mamíferos, o plexo mientérico localiza-se na túnica muscular, entre o estrato muscular circular e longitudinal, levemente deslocado para o interior de um desses estratos4. O SNE exibe grande complexidade anatômica, bioquímica e funcional, abrangendo redes neurais intrínsecas formadas por neurônios sensitivos, interneurônios e neurônios motores, sendo capaz de mediar reflexos na total ausência de informações do cérebro ou da medula espinhal, já que apenas mil ou duas mil fibras nervosas conectam o cérebro com as cem milhões de células nervosas do intestino delgado5. Os neurônios do SNE estão agrupados em complexos microcircuitos, sendo responsáveis pelo controle da motilidade gastrointestinal, da secreção de glândulas exócrinas e endócrinas e do fluxo sanguíneo local1. Conclusão: O controle neural das funções gastrointestinais é predominantemente mediado pelos neurônios entéricos, que estão localizados nos gânglios, são pequenos e ligados por fibras nervosas, formando uma rede que está presente ao longo de todo o comprimento do trato gastrointestinal. Palavras chave: neurônios, sistema gastrointestinal, gânglios mientéricos. Referêncial Bibliográfico: 1 - WOOD, D. J. Physiology of the Enteric Nervous System. Physiology of the gastrointestinal tract. 2 ed., edited by Leonard R. Johnson, Raven Press, p.67-109, 1987. 2 - FURLAN, M. M. D. P. ; Ontogenia do sistema nervoso entérico. Arq. Ciênc. Saúde Unipar, v.4, n.2, p.149-157, 2000. 3 - GERSHON, M. D. ; O Segundo Cérebro. ed. Campus, Rio de Janeiro, 2000. 4 - MELLO, E. V. S. L. ; MIRANDA-NETO, M. H. ; NATALI, M. R. M.; Morfologia do colo proximal de ratos. Acta Scientiarum (UEM), Maringa- Pr, v. 18, n. 02, p. 369-386, 1996. 5 - ZANIN, S. T. M.; et. al.; Neurônios NADH-diaforase positivos do jejuno de ratos adultos (Rattus norvegicus) desnutridos, Neuro-Psiquiatr, v.61, n.3A, p.650-653, 2003.