PNEP 2007/2008 Agrupamento de Escolas de Aveiro – Paula Carvalho Pó de Estrelas, de Jorge Sousa Braga, constitui uma revisitação poética do universo e de algumas das suas noções. Tomando como ponto de partida o cosmos e a própria astronomia, o sujeito poético recria poeticamente temas científicos, propondo leituras alternativas da realidade. Um pouco à semelhança do que já ocorrera com Herbário, trata-se, de alguma forma, de mostrar como todos os temas podem conhecer tratamento literário, interseccionando ciência e literatura. As ilustrações de Cristina Valadas, com recurso aos recortes e às colagens propõem leituras complementares dos poemas, sublinhando a dimensão humana do universo. Título Pó de Estrelas | Autor(es) Jorge Sousa Braga, Cristina Valadas (ilustrador) Editora Assírio & Alvim | Local Lisboa | Data de edição 2004 | Data da edição original 2004 | Área Temática Ciência, Linguagem, Jogo | Colecção Assirinha | Plano Nacional de Leitura Livro recomendado para o 4º ano de escolaridade destinado a leitura orientada na sala de aula - Grau de Dificuldade II. Nota) Esta obra pode acompanhar a área de Estudo do Meio relativa a estes temas e proporcionar diversificadas pesquisas… PNEP 2007/2008 Agrupamento de Escolas de Aveiro – Paula Carvalho 1ª Sessão Observar a ilustração da capa, contracapa e ler o título da obra; Desenvolver a capacidade de previsão/antecipação de tipo de textos; Colocar as questões: O que será Pó de Estrelas? Com que será feito? Será que alguém o fez?... Proporcionar um momento de discussão acerca das questões colocadas; Entregar os livros aos alunos e deixá-los folhear e constatar qual o tipo de textos aí incluso; Colocar as questões: Porque será que o autor escolheu este título? Será que nós podemos fazer Pó de Estrelas? Fazer com que os alunos se apercebam que todos os textos têm como ponto de partida o cosmos e a própria astronomia. Mobilizar os alunos para a magia e fantasia da poesia, brincar com os sons, com as palavras, emoções, com a realidade (neste caso a astronomia) … Texto: O Cometa (pp:8) a) O professor escreve no quadro o título do poema e pede aos alunos para explicarem o que é um cometa. b) Evocação, em pequenos grupos/pares, de sensações provocadas por um cometa ou pela sua imagem mental, escolhendo-se, para apresentar à turma, 3 ou 4 exemplos de tipo diferente. c) Apresentação das evocações de cada grupo, de modo a activar experiências sensoriais guardadas na memória. d) Elaboração pela turma, a partir das experiências relatadas, de um pequeno inventário de vivências sensoriais associadas ao cometa. Exemplo: – Sensações tácteis: Sentir o cometa a levantar os cabelos, a roçar o rosto… – Sensações auditivas: Ouvir o cometa a sussurrar, passar, que ruído fará? … – Sensações visuais: Ver a ondulação provocada pelo cometa, ver as cores no céu de um cometa a passar … PNEP 2007/2008 Agrupamento de Escolas de Aveiro – Paula Carvalho e) Leitura do poema pelo professor. f) Troca de impressões na turma sobre as sensações experimentadas durante a audição do poema. g) Identificação da sensação ou das sensações que estão representadas no poema (auditivas e visuais: «cauda branca, cabeça preta» e «que não se intrometa/ na sua rota/ nenhum planeta”). Porquê? h) O autor refere: “que ninguém tente cortar-lhe o cabelo” Porquê? Existe uma semi comparação no poema (noiva): com quem e porquê? Será que o vemos muitas vezes? Porquê? ??? i) Leitura do poema por cada criança. j) Após leitura, os alunos copiam o poema, utilizando uma cor para os nomes (cometa, cauda, cabeça) e outra para os adjectivos (preta, branca) que se repetem no poema. Propor a substituição do adjectivo preta por um outro vocábulo. Alunos devem constatar que preta rima com cometa. Assim, deverão substituir o adjectivo por um vocábulo que rime com cometa… l)Depois, sublinham ou escrevem, com outras cores, os sons semelhantes (eta/elo/uma/ar) que se encontram nas palavras do fim dos versos. Propor outros vocábulos que também rimem e não alterem o sentido do poema. l)Ilustração individual do poema, aproveitando, por exemplo, as imagens de cometas vistos num dicionário ilustrado, enciclopédias e na Internet. Apreciar, em conversa de grande grupo, as diferentes estratégias de ilustração seleccionadas pelos alunos. m) Os alunos são incentivados a criar um caderno/dossier de trabalhos realizados com a obra em estudo. Os alunos serão convidados a produzir um objecto atraente, escolhendo com cuidado um caderninho, o papel, as cores das canetas, as imagens, etc. Por vezes, basta um pormenor como transformar uma folha A4 em A6, colocar uma imagem bonita (um recorte, um pequeno desenho) para alterar a relação afectiva do aluno com o objecto a criar. O professor conversará com os alunos sobre os suportes a utilizar, dando sugestões. PNEP 2007/2008 Agrupamento de Escolas de Aveiro – Paula Carvalho No fim de cada página, o aluno poderá escrever uma frase sobre o poema. Devem ser frases de curta extensão em que o aluno manifeste, de uma forma impressionista, o gosto pelo texto. 2ª Sessão Texto: Rotação (pp:32) Leitura silenciosa; Leitura oral; Descoberta de que existem vocábulos/formas verbais que se repetem ao longo do texto (Tudo gira, gira, giram, gire); Leitura individual e os restantes alunos fazem refrão nas formas verbais repetidas (Tudo gira, gira, giram, gire); Descoberta de vocábulos desconhecidos e seu registo; Explicar: Porque é que o autor estará sempre a repetir-se no verbo girar? E em redor? Quais são os sentimentos/estado de espírito do autor quando refere “Que eu gire/em redor de ti/ não admira”; Sublinhar ou escrever, com cores, os sons semelhantes (or/ol/em/ira) que se encontram nas palavras do fim dos versos. Fazer listas de palavras (5/10) com esses sons terminais e propor outros vocábulos que também rimem e não alterem o sentido do poema; Descobrir todos os verbos do texto e o seu tempo verbal. Justificar a opção do autor por redigir sempre no presente (porque actualmente está apaixonado, porque a terra está sempre a girar, porque…); Propor a alteração do tempo verbal: uns grupos para o Pretérito perfeito, outros para o Pretérito Imperfeito, Futuro… Leitura à turma das diferentes versões; Ilustração individual do poema alterado… 3ª Sessão Texto: Buracos Negros (pp:10) (sessão alusiva à imaginação. Professor pode propor Dia/Aula da Fantasia.) Descoberta de vocábulos desconhecidos e seu registo; PNEP 2007/2008 Agrupamento de Escolas de Aveiro – Paula Carvalho Os quasares (abreviatura de Quasi stelars objectus, do latim Objectos quase estrelares) são objectos de extrema luminosidade encontrados nos confins do Universo conhecido, mais precisamente a partir de dois biliões de anos-luz da Terra (a maioria dominante dos quasares, entretanto, está a mais de dez biliões de anos-luz). Devido ao facto de estarem tão distantes não é possível saber ao certo o que é um quasar, mas acredita-se que sejam núcleos galácticos activados por buracos negros super-maciços, que absorvem gás e poeira da galáxia libertando no processo energia muito superior à libertada pela fusão nuclear. O professor lê em voz alta para a turma todo o poema. b) Lê em seguida só as duas primeiras estrofes. c) Questiona o grupo sobre: - Porque é que será que as estrelas gostam de brincar às escondidas? - Acham que as estrelas só gostam de brincar às escondidas? Que outros jogos poderiam gostar de brincar (direccionar para os jogos tradicionais…)? d) O professor lê em seguida a terceira e quarta estrofes. e) Questiona o grupo sobre: - Porque é que se escondem umas atrás das outras? - Que efeito teria na natureza do nosso planeta se cá chegasse um quasar? - Existirá a possibilidade de tal acontecer? d) O professor lê em seguida as últimas estrofes. e) Questiona o grupo sobre: - Pensam que será um bom sítio para as estrelas se esconderem? -Em que outros sítios se poderão as estrelas esconder? E brincar? Propor aos alunos a escrita de um poema similar, isto é, um poema que escrevam o mesmo utilizando só os sinónimos. Para isso os alunos deverão substituir palavra a palavra pelo seu sinónimo (os determinantes, conjunções, advérbios, etc. não entrarão neste jogo). Para isso deverão copiar as palavras que irão ser substituídas e procurar/descobrir (dicionário, estrutura, contexto) e PNEP 2007/2008 Agrupamento de Escolas de Aveiro – Paula Carvalho registar a similar. Finalmente reescreverão um novo texto. Ilustração do mesmo. Buracos negros também gostam brincar Maioria …. Leitura das diferentes versões aos colegas 4ª Sessão Texto: A Terra (pp:58) Leitura silenciosa; Leitura oral; Descoberta de vocábulos desconhecidos e seu registo; Pedir aos alunos se conseguem descobrir algumas características nesta poesia: quadra, quintilha, terminações (eta), repetições (eu). Sublinhar a cores diferentes. Propor aos alunos dar um final diferente ao poema. A quadra permanece inalterável e o aluno deverá escolher ser estrela ou cometa. Assim, deverá redigir uma nova quintilha, utilizando argumentos poéticos… 5ª Sessão Texto: A música das estrelas (pp:46) Leitura silenciosa; Leitura oral (grupos de alunos: 1º grupo; 2º grupo…); Ler como se fosse uma canção de embalar… Descoberta de vocábulos desconhecidos e seu registo; Que outras formas de cantar conheces? Fado, rap, rock, ópera… As estrelas cantam sobre o quê? Qual é o melhor lugar para se ouvir? Qual é a melhor altura para se ouvir? PNEP 2007/2008 Agrupamento de Escolas de Aveiro – Paula Carvalho Propor a escrita de um poema (Fornecer registo de planificação – grelha, esquema): Se fosses uma estrela que forma gostarias de utilizar para cantar? Cantarias sobre o quê? Onde gostarias de ouvir essas canções? E em que altura do dia? Leitura das poesias aos colegas e ilustração. 6ª Sessão Texto: O astrónomo (pp:38) Leitura silenciosa; Leitura oral; Descoberta de vocábulos desconhecidos e seu registo; Pedir aos alunos se conseguem descobrir algumas características nesta poesia: quadras, terminações. Sublinhar a cores diferentes. O que faz um astrónomo? O que é que o autor quer dizer com “varre o céu de lado a lado”? Ele utiliza um sentido real da palavra ou um segundo sentido? Porque é que o astrónomo trata todas as estrelas como se fossem irmãs? Porque é que ele dorme de dia e não de noite? Qual será o grito do astrónomo? Entregar uma grelha aos alunos em que eles seleccionarão da poesia: Nomes Nomes Verbos Próprios comuns (tempo, Adjectivos possessivos pessoa, número conjugação) Pronomes e PNEP 2007/2008 Agrupamento de Escolas de Aveiro – Paula Carvalho Questionar os alunos para a profissão que querem ser no futuro e propor-lhes a escrita de um poema com a mesma estrutura de acordo com a sua escolha. Aluno deve rever o texto. Leitura aos colegas e ilustração. 7ª Sessão Texto: A Madalena (pp:28) Leitura oral pelo professor; Descoberta de vocábulos desconhecidos e seu registo; De quem fala este poema? Onde se encontra? Em que altura do dia? Porque é que ela nem metade das estrelas conseguiu contar? A que é que o autor compara o céu? Concordam com essa comparação? Porquê? A poesia tem sinais de pontuação? Pensam que deveria ter mais? Quais os sinas de pontuação que utilizariam e em que locais? Deixar os alunos pontuar o texto e ouvir a sua argumentação; Propor aos alunos fazer um texto ao contrário, isto é, só utilizar antónimos: Já é de_______ ________ no jardim O (escolher um nome) Olha o céu sem _______ E o que vê ______ Ao olhar pró céu? Um __________ véu _____________ de estrelas E põe-se a contar As estrelas que ________ PNEP 2007/2008 Agrupamento de Escolas de Aveiro – Paula Carvalho Nem _________ contou E já é de ____________ Aluno deve rever o texto e fazer a ilustração; Leitura aos colegas. 7ª Sessão Texto: O universo (pp:24) Leitura silenciosa; Descoberta de vocábulos desconhecidos e seu registo; Qual é a forma do universo para o autor? E para os outros? E para ti? Copiar o texto para o caderno das poesias e ilustrar de acordo com a forma escolhida. 8ª Sessão Texto: Refrão (pp:18) Leitura silenciosa; Leitura oral; Leitura com refrão: Nas estrofes com os nomes dos planetas a turma repete; Descoberta de vocábulos desconhecidos e seu registo; Ficha escrita: Qual é a questão que o sol coloca? Quando é que ele a coloca? Quem responde? Em que altura? O que respondem? Porquê? O que aconteceria se os planetas não estivessem em conjunção? PNEP 2007/2008 Agrupamento de Escolas de Aveiro – Paula Carvalho Ilustração: Planetas em conjunção; Planetas não estão em conjunção; Escolhe os teus dois planetas preferidos e escreve um acróstico acerca deles: 9ª Sessão Outras actividades: Pesquisar acerca do autor e da ilustradora e redigir um texto biográfico (metade da turma faz sobre o autor e a outra metade acerca da ilustradora). Apresentam à turma e/ou escola (cartazes de divulgação); Utilizando os títulos dos textos trabalhados cada grupo de 3 alunos elabora um caligrama ou acróstico ao seu gosto: Refrão; O universo; A Madalena; O astrónomo; A música das estrelas; A Terra; Buracos Negros; Rotação; O Cometa. Também podem escolher outros temas relacionados com o universo… Imaginar que estão (grupos de dois) a fazer uma entrevista a: estrelas, planetas (quais), buraco negro… Escrever uma carta a: estrelas, planetas (quais), buraco negro… Descrever um planeta, uma estrela…