Aluno: Ano: 7º Data:___/___/___ Disciplina: Língua Portuguesa

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Aluno:
Ano: 7º
Data:___/___/___
Disciplina: Língua Portuguesa (Gramática)
Trimestre: 2º
Nome do Professor : Mariana e Margaret
ESTUDO PARA AVALIAÇÃO TRIMESTRAL
PARTE I
Caros alunos, seguem alguns poemas de Roseana Murray para vocês lerem e se encantarem.
Apesar de sabermos que os textos não devem ser restritos a discussões gramaticais, tomamos a
liberdade de usá-los como pretexto para que vocês façam uma revisão dos conteúdos do segundo trimestre e
se preparem para a avaliação trimestral.
Procurem fazer os exercícios em seu caderno.
Bom trabalho a todos!
Texto 1
MÁQUINA DE COSTURA
A avó tem uma máquina
de costura
que foi da mãe da sua mãe,
da sua avó.
A avó pedala a máquina
e costura rendas na barra
dos vestidos,
costura um sol e uma lua
no bolso das camisas,
costura uma hora na outra,
um carinho no outro.
E o chão fica cheio de fios
e linha colorida
enquanto a avó vai costurando
amor.
1- A partir da leitura do texto 1, deem respostas completas às questões que seguem:
a) Façam a análise morfossintática dos termos dos primeiros versos: “A avó tem uma máquina de costura”.
(Lembrem-se de que os substantivos acompanhados por uma preposição formam uma locução cuja função é
determinar, qualificar ou especificar um substantivo. Consultem os exercícios feitos em seu caderno ou em
seu livro de gramática antes de responder a essa questão).
b) Sabendo-se que, nessa mesma passagem, temos um verbo significativo e não um verbo de ligação, como
vocês classificariam o predicado dela? Copiem os termos que fazem parte dele.
c) Qual o sujeito do verbo que se repete na segunda estrofe? Podemos dizer que ele está oculto?
d) O verbo costurar, presente na segunda estrofe, é seguido de complementos que têm a mesma função
sintática.
- Qual é essa função?
- Qual o núcleo desses complementos?
2- Em sua opinião, o eu lírico do texto mostra, em seus versos, um sentimento de:
a)
b)
c)
d)
e)
amargura
nostalgia
alegria
euforia
tristeza
(Caso desconheçam o significado de alguns dos termos apresentados nas alternativas acima, consultem o
dicionário. Essa é uma excelente prática para melhorarmos nosso repertório!).
3- O objeto direto da passagem: “…a avó vai costurando amor” é um substantivo abstrato que se contrapõe
aos outros objetos bastante concretos. Como você entende essa oposição?
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Texto 2
PASSARINHOS
A avó é amestradora
de passarinhos.
Ela canta, assovia.
Do seu corpo o amor escapa
e enlaça o ar.
Então os passarinhos
voam para seus braços
e ela vira ninho.
1- Considerando o texto 2, vamos dar respostas a outras questões:
a) Os pronomes possessivos que aparecem no poema “Passarinhos” referem-se ao eu lírico ou ao
personagem de quem ele fala? Copiem os trechos em que esses pronomes aparecem antes de darem
resposta a essa questão.
b) Identifiquem os verbos intransitivos que o poema nos traz, registrando-os em seu caderno. Por que vocês
os classificaram como intransitivos?
c) Façam a análise morfossintática do período que compõe a primeira estrofe.
d) O sujeito e o objeto direto presentes na segunda estrofe emprestam ao poema uma abstração própria da
linguagem poética. Identifiquem esses termos, relacionando-os às funções sintáticas que eles exercem nos
respectivos versos.
2- Como vocês entenderam a última estrofe?
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Texto 3
CLASSIFICADOS POÉTICOS
Procura-se algum lugar no planeta
onde a vida seja sempre uma festa
onde o homem não mate
nem bicho nem homem
e deixe em paz
as árvores da floresta.
Procura-se algum lugar no planeta
onde a vida seja sempre uma dança
e mesmo as pessoas mais graves
tenham no rosto um olhar de criança.
1- Para entendermos melhor os “Classificados”, de Roseana Murray, façamos uma análise da estrutura
morfossintática do poema.
a) O eu lírico emprega um termo cuja função sintática é predicativo do sujeito, por meio do qual ela idealiza a
forma como a vida deve ser. Que termo é esse? Por que podemos identificá-lo como predicativo do sujeito?
Mesmo analisando o predicativo como um termo cuja função é especificar, determinar um substantivo,
podemos dizer que o termo que cumpre essa função pertence à classe gramatical dos adjetivos?
b) Em seu sonho de um mundo ideal, o eu lírico procura um lugar em que os homens e a natureza sejam
respeitados, e essa tarefa ele atribui a um termo específico da oração: o sujeito. Lendo com a atenção a
primeira estrofe, vocês poderão identificar a palavra que exerce essa função sintática, registrando-a como
resposta a essa questão.
c) Qual é a locução adjetiva presente na segunda estrofe? Que função sintática ela exerce no verso em que
aparece?
d) O predicativo do sujeito presente na segunda estrofe compõe a linguagem poética dos “Classificados”, de
Roseana Murray. Apontem o termo que exerce a função sintática de predicativo do sujeito e identifiquem sua
classe gramatical.
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e) O núcleo do objeto direto presente no último verso do texto não pode ser considerado um verbo no
infinitivo porque ele vem precedido por um artigo indefinido. Qual é esse termo e a que classe gramatical ele
pertence?
2- Como vocês entenderam os dois últimos versos do poema?
PARTE II
Nesta segunda parte das atividades propostas, vocês terão a oportunidade de ler um extraordinário
conto de uma célebre autora da literatura brasileira: Clarice Lispector. A ideia é trabalharmos um pouco
importantes elementos da estrutura os quais compõem uma narrativa.
Vamos, então, ao trabalho.
Felicidade clandestina
Ela era gorda, baixa, sardenta e de cabelos excessivamente crespos, meio arruivados. Tinha um busto
enorme, enquanto nós todas ainda éramos achatadas. Como se não bastasse, enchia os dois bolsos da
blusa, por cima do busto, com balas. Mas possuía o que qualquer criança devoradora de histórias gostaria de
ter: um pai dono de livraria. Pouco aproveitava. E nós menos ainda: até para aniversário, em vez de pelo
menos um livrinho barato, ela nos entregava em mãos um cartão-postal da loja do pai. Ainda por cima era de
paisagem do Recife mesmo, onde morávamos, com suas pontes mais do que vistas. Atrás escrevia com letra
bordadíssima palavras como "data natalícia" e "saudade".
Mas que talento tinha para a crueldade. Ela toda era pura vingança, chupando balas com barulho.
Como essa menina devia nos odiar, nós que éramos imperdoavelmente bonitinhas, esguias, altinhas, de
cabelos livres. Comigo exerceu com calma ferocidade o seu sadismo. Na minha ânsia de ler, eu nem notava
as humilhações a que ela me submetia: continuava a implorar-lhe emprestados os livros que ela não lia.
Até que veio para ela o magno dia de começar a exercer sobre mim uma tortura chinesa. Como
casualmente, informou-me que possuía As Reinações de Narizinho, de Monteiro Lobato. Era um livro grosso,
meu Deus, era um livro para se ficar vivendo com ele, comendo-o, dormindo-o. E completamente acima de
minhas posses. Disse-me que eu passasse pela sua casa no dia seguinte e que ela o emprestaria. Até o dia
seguinte eu me transformei na própria esperança da alegria: eu não vivia, eu nadava devagar num mar
suave, as ondas me levavam e me traziam. No dia seguinte, fui à sua casa, literalmente correndo. Ela não
morava num sobrado como eu, e sim numa casa. Não me mandou entrar. Olhando bem para meus olhos,
disse-me que havia emprestado o livro a outra menina, e que eu voltasse no dia seguinte para buscá-lo.
Boquiaberta, saí devagar, mas em breve a esperança de novo me tomava toda e eu recomeçava na rua a
andar pulando, que era o meu modo estranho de andar pelas ruas de Recife. Dessa vez nem caí: guiava-me
a promessa do livro, o dia seguinte viria, os dias seguintes seriam mais tarde a minha vida inteira, o amor pelo
mundo me esperava, andei pulando pelas ruas como sempre e não caí nenhuma vez. Mas não ficou
simplesmente nisso.
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O plano secreto da filha do dono de livraria era tranquilo e diabólico. No dia seguinte, lá estava eu à
porta de sua casa, com um sorriso e o coração batendo. Para ouvir a resposta calma: o livro ainda não estava
em seu poder, que eu voltasse no dia seguinte. Mal sabia eu como mais tarde, no decorrer da vida, o drama
do "dia seguinte" com ela ia se repetir com meu coração batendo.
E assim continuou. Quanto tempo? Não sei. Ela sabia que era tempo indefinido, enquanto o fel não
escorresse todo de seu corpo grosso. Eu já começara a adivinhar que ela me escolhera para eu sofrer, às
vezes adivinho. Mas, adivinhando mesmo, às vezes aceito: como se quem quer me fazer sofrer esteja
precisando danadamente que eu sofra. Quanto tempo?
Eu ia diariamente à sua casa, sem faltar um dia sequer. Às vezes ela dizia: pois o livro esteve comigo
ontem de tarde, mas você só veio de manhã, de modo que o emprestei a outra menina. E eu, que não era
dada a olheiras, sentia as olheiras se cavando sob os meus olhos espantados.
Até que, um dia, quando eu estava à porta de sua casa, ouvindo humilde e silenciosa a sua recusa,
apareceu sua mãe. Ela devia estar estranhando a aparição muda e diária daquela menina à porta de sua
casa. Pediu explicações a nós duas. Houve uma confusão silenciosa, entrecortada de palavras pouco
elucidativas. A senhora achava cada vez mais estranho o fato de não estar entendendo.
Até que essa mãe boa entendeu. Voltou-se para a filha e com enorme surpresa exclamou: mas este
livro nunca saiu daqui de casa e você nem quis ler! E o pior para essa mulher não era a descoberta do que
acontecia. Devia ser a descoberta horrorizada da filha que tinha. Ela nos espiava em silêncio: a potência de
perversidade de sua filha desconhecida e a menina loura em pé à porta, exausta, ao vento das ruas de
Recife. Foi então que, finalmente se refazendo, disse firme e calma para a filha: você vai emprestar o livro
agora mesmo. E para mim: "E você fica com o livro por quanto tempo quiser." Entendem?
Valia mais do que me dar o livro: "pelo tempo que eu quisesse" é tudo o que uma pessoa, grande ou
pequena, pode ter a ousadia de querer. Como contar o que se seguiu? Eu estava estonteada, e assim recebi
o livro na mão. Acho que eu não disse nada. Peguei o livro. Não, não saí pulando como sempre. Saí andando
bem devagar. Sei que segurava o livro grosso com as duas mãos, comprimindo-o contra o peito. Quanto
tempo levei até chegar em casa, também pouco importa. Meu peito estava quente, meu coração pensativo.
Chegando a casa, não comecei a ler. Fingia que não o tinha, só para depois ter o susto de o ter. Horas depois
abri-o, li algumas linhas maravilhosas, fechei-o de novo, fui passear pela casa, adiei ainda mais indo comer
pão com manteiga, fingi que não sabia onde guardara o livro, achava-o, abria-o por alguns instantes. Criava
as mais falsas dificuldades para aquela coisa clandestina que era a felicidade. A felicidade sempre iria ser
clandestina para mim. Parece que eu já pressentia. Como demorei! Eu vivia no ar... Havia orgulho e pudor em
mim. Eu era uma rainha delicada. Às vezes sentava-me na rede, balançando-me com o livro aberto no colo,
sem tocá-lo, em êxtase puríssimo. Não era mais uma menina com um livro: era uma mulher com o seu
amante.
Clarice Lispector
1- Depois de uma leitura atenciosa do texto, façam as propostas que seguem:
a) Identifiquem o tempo verbal que mais se repete na narrativa, copiando algumas passagens que possam
servir de exemplos para sua resposta.
b) Como vocês justificam o emprego desse tempo verbal identificado?
(Procurem verificar as anotações em seu caderno a propósito das diferentes formas de expressão dos
pretéritos).
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c) Encontramos, em poucos parágrafos, verbos conjugados no pretérito perfeito do indicativo. Apontem
alguns deles e expliquem por que esse tempo foi empregado.
2- Diante da promessa do empréstimo do livro, a narradora afirma: “… eu não vivia, eu nadava devagar num
mar suave, as ondas me levavam e me traziam.”
Como vocês explicam essa passagem?
3- De acordo com o texto, a mãe de uma das protagonistas da narrativa enfrentou uma dolorida verdade.
Analisem esse trecho do conto, explicando a reação dessa mãe.
4-Como vocês definiriam o sentimento da narradora depois de ter conseguido ter o livro em suas mãos:
a)
b)
c)
d)
e)
f)
g)
felicidade
euforia
ansiedade
aflição
apreensão
medo
angústia
Justifiquem a(s) escolha(s) que fizerem.
PARTE III
Os exercícios que seguem trazem assuntos estudados no início do primeiro trimestre. Vamos revê-los.
1- A propósito do trecho que segue, aponte a classificação correta referente ao termo em destaque:
“Minha bela Marília, tudo passa,
A sorte deste mundo é mal segura...”
Tomás Antônio Gonzaga
a-(
b-(
c-(
d-(
) vocativo
) sujeito
) aposto
) adjunto adnominal
2- Destaque o aposto referente às seguintes orações:
a – Viajamos por três países: França, Alemanha e Itália
b- Cecília Meireles, uma importante escritora da literatura, pertenceu à era moderna.
c – Santos Dumont, o inventor do 14 Bis, tornou-se um cânone na história da humanidade.
d- São Paulo, a maior metrópole brasileira, enfrenta vários problemas sociais.
e – Dia 21 de abril: Dia de Tiradentes
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3- Aponte o vocativo nos casos abaixo:
a – Tenha esperança, meu filho! Não desanime!
b – Tome cuidado, garoto! Poderás se machucar.
c – Ó Pai, obrigada por proteger-me.
d – Amigo, posso pedir-lhe um favor?
e - Participem todos da comemoração, caros colegas!
4- Identifique, no texto abaixo, a expressão que exerce a função de vocativo.
5- Assinale a alternativa em que o aposto NÃO se refere ao sujeito.
a- Fernanda, minha filha, tem cabelos loiros e compridos.
b- Fernanda Montenegro, grande atriz brasileira, está na próxima novela da Globo.
c- Rio de Janeiro, cidade maravilhosa, recebe milhões de turistas de todo o mundo.
d- Conheci a Amazônia, maior reserva florestal do mundo.
6 - Há um aposto que não é marcado por sinais de pontuação. É o aposto que individualiza um nome comum
e vem sempre representado por um nome próprio. Identifique-o em cada oração.
a- O poeta Castro Alves escreveu obra social de temas ligados à escravidão.
b- Era a presidenta Dilma Houssef acompanhada de seus ministros.
c- A serra do Mar acompanha grande parte do litoral brasileiro.
d- A cidade de Recife é recortada por dois rios.
7- Aposto é uma palavra ou expressão que explica, esclarece ou resume um termo a que se refere. Na
escrita, em geral, o aposto vem separado do termo a que se refere por meio de todos os sinais de pontuação
a seguir, EXCETO
abcd-
dois-pontos.
ponto final.
travessão.
vírgula.
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8- Identifique a alternativa que precisa de dois-pontos.
a- Quero só uma coisa a tua alegria.
b- Pedro II ex-imperador do Brasil foi deportado.
c- Todos os alunos principalmente os do 8º ano receberam elogios.
d- Pedro o delegado estava com o prefeito.
9- Vocativo é a palavra ou expressão que serve para chamar, invocar uma pessoa, animal ou coisa
personificada. Sublinhe o vocativo das orações a seguir.
a- Ei, garota, empreste-me um pouco a sua caneta?
b- Tomem cuidado, rapazes!
c- Marina, onde pensa que está para gritar assim?
d- Sabe, Hélen, não encontrei o livro que você me pediu.
10- Leia e compare o emprego do vocativo nas frases abaixo:


Minha amada, que olhos os teus!
Ó minha amada, que olhos os teus!
Em qual das frases a entoação é mais exclamativa? Por quê?
11- Qual termo estes períodos apresentam: aposto ou vocativo? Justifique.
a- Admiradora de Rita Lee, Elis Regina, não se conteve e escreveu-lhe uma carta, começando assim
uma grande amizade entre as duas já então famosas cantoras.
b- Os primeiros escritores indianistas do Brasil, isto é, José de Alencar e Gonçalves Dias, viam o nosso
índio como um herói. Hoje, outros escritores, como Antônio Callado e Márcio Souza, mostram-nos o
índio destruído lentamente pelos brancos.
Texto para as questões 12, 13 e 14.
12- Observe a fala do Menino Maluquinho no último balão.
a- Sua linguagem imita supostamente a linguagem de quem?
b- Explique o sentido da palavra caçar no contexto.
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13- A linguagem que o Menino Maluquinho empregou não está de acordo com a variedade padrão da língua
nem com nenhuma outra variedade.
a- Que modificações você faria nessa fala, para que ela ficasse aceitável em nossa língua?
b- O emprego do pronome mim está adequado? Por quê?
14- Transcreva da tira um termo que desempenha a função de vocativo.
PARTE IV
A quarta parte do trabalho consiste na leitura indicada pela professora Thaís, de LPT. Para essa leitura,
proporemos algumas questões que estarão na Avaliação Trimestral de Gramática.
Bom trabalho!
Mariana e Margaret
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