As principais características do Império Romano

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HISTÓRIA
7º ANO – Ensino Fundamental - GABARITO
Trabalho de Investigação (individual): aula 8
Professora: Paloma Oliveira
Aluno(a)
nº
Turma:
OBJETIVOS
Identificar os aspectos políticos, econômicos sociais e culturais do Império Romano.
Estabelecer relações de CAUSA e CONSEQUÊNCIA para explicar o declínio do Império
Romano.
Aprofundar e relacionar os conceitos históricos:
IMPÉRIO – SOCIEDADE – ECONOMIA – POLÍTICA – CULTURA - APOGEU –
DECLÍNIO – ANTIGUIDADE – MUDANÇA – PERMANÊNCIA – TRANSIÇÃO - CRISE
ATIVIDADE 1
Para investigar as características e as transformações de uma determinada sociedade
precisamos observar quatro aspectos fundamentais: sua estrutura política, econômica, social e
cultural. Saiba como identificar cada uma delas, revendo os conceitos que estudamos em sala:
Estrutura Política: forma de organização do Estado ou de exercício de poder . Ou seja, refere-se
ao poder que alguns grupos sociais exercem sobre o restante da população de uma determinada
sociedade. Principalmente através do controle da organização do Estado.
Estrutura Econômica: forma de organização das atividades produtivas, como a agricultura, o
comércio, a indústria, a propriedade, o trabalho, os bancos, a tecnologia. Ou seja, diz respeito à
forma como os homens se organizam para trabalhar e sobreviver em uma dada sociedade.
Estrutura Social: situação dos diferentes grupos sociais de uma dada sociedade ou da relação entre
eles. Diz respeito não apenas às formas de convívio entre os diversos grupos sociais, mas às ideias que
influenciam toda a sociedade ou grandes grupos como a filosofia, a ciência e as leis.
Estrutura Cultural: é o conjunto de manifestações artísticas, lingüísticas e comportamentais de um
povo ou civilização. Portanto, fazem parte da cultura de um povo as seguintes atividades e
manifestações: música, teatro, religião, língua falada e escrita, mitos, hábitos alimentares, danças,
arquitetura e costumes.
ATIVIDADE 2:
Ao longo da história, diferentes sociedades atravessaram processos de crise. Da mesma forma, com
o Império Romano não foi diferente. A partir do século III d.e.C. uma série de crises ameaçaram
sua estabilidade.
Agora, preste atenção às definições dos conceitos abaixo para realizar os itens a, b e c:
Crise Econômica: diminuição da produção, falta de certos produtos, aumento de preços e
surgimento de novas formas de produção.
Crise Social: pobreza, desemprego, violência, revoltas e conflitos sociais.
Crise Política: revoltas contra governantes, lutas entre setores do governo, renúncias e cassações de
mandatos políticos, ameaças a estabilidade das fronteiras do Estado.
a) Leia os textos abaixo sobre os diferentes tipos de crise que o Império
Romano enfrentou a partir do século III e grife de amarelo as palavraschave que definem as características da crise econômica, de vermelho, as
características da crise social, e de azul, as características da crise política.
b) Complete o título de cada texto com a palavra que melhor define as
características por ele abordada.
c) Atenção para a definição dos conceitos:
Causa: razão, motivo.
Conseqüência: resultado de um fato, ação ou circunstância.
A Crise Econômica no Império Romano
Durante o longo período de conquistas, a riqueza do Império cresceu continuamente, por meio
do confisco dos tesouros dos governantes vencidos, da cobrança de impostos, da aquisição constante de
novas terras, e da escravização de parte dos povos dominados.
A economia romana tornou-se, assim, excessivamente dependente dos produtos e impostos
vindos das suas províncias. Qualquer alteração na situação das mais distantes regiões sob o domínio romano
tinha reflexos imediatos na vida econômica de Roma.
Essa dependência ficou mais evidente após o século II da nossa era, quando a política de
conquistas foi suspensa, interrompendo a anexação de novas terras e a entrada de mais riquezas e
escravos. Porém, continuava a ser necessária uma grande quantidade de dinheiro para garantir o
pagamento dos numerosos funcionários do governo, civis e militares, responsáveis pelo controle das
províncias e pela cobrança de impostos.
Para conseguir esses recursos, os governantes romanos recorreram a várias medidas, entre as
quais o aumento constante dos impostos e a desvalorização da moeda, realizada por meio da redução
da de metal em sua fabricação.
No entanto, o aumento dos tributos empobrecia as províncias, o que gerou um grande número
de revoltas. Essas rebeliões dificultaram o comércio a ponto de os alimentos básicos começarem a faltar
nas cidades da península Itálica.
A falta de produtos fez com que seus preços subissem muito. Esse processo de alta de preços,
aliado à queda no valor da moeda, é chamado de inflação.
A diminuição do expansionismo significou também a redução no número de novos
escravos, fazendo com que seu preço subisse. Como eles eram a principal mão-de-obra utilizada
tanto nos campos quanto nas cidades, houve um aumento ainda maior nos preços, gerando mais
inflação.
A Crise Política no Império Romano
Paralelamente à crise econômica, o Império Romano viveu uma crise política que se
expressou em violentas disputas pelo poder entre os vários líderes militares. Após a morte de
Otávio Augusto, no ano 14 da nossa era, quatro diferentes dinastias ocuparam sucessivamente o
trono imperial. Os reis da dinastia Severiana (193-235) estenderam a cidadania romana a todos os
habitantes livres das províncias.
Os imperadores dessa dinastia governaram com o apoio dos principais chefes do
exército. Contudo, após a morte de seu último representante, Alexandre Severo, os generais romanos
entraram em violenta disputa pelo poder. Entre 235 e 284, mais de vinte generais sucederam-se no
trono imperial.
E m 2 8 4 , s u b i u a o p o d e r o imperador Diocleciano, que governou até 305. Visando
facilitar a administração, ele instituiu uma nova organização política, em que quatro imperadores
governavam diferentes regiões do Império. Pelo fato de serem quatro os governantes, essa
nova forma de governo ficou co nhecida como tetrarquia.
Presidida por Diocleciano, a tetrarquia era composta por dois imperadores principais (um
deles o próprio Diocleciano), e dois imperadores auxiliares.
Para fortalecer o poder dos governantes, reforçou-se ainda mais seu caráter sagrado. Os
imperadores deveriam ser reverenciados como deuses e chefes máximos da religião. Os
cristãos, que haviam aumentado muito em número entre os séculos II e III, não aceitavam
reverenciar os imperadores como deuses. Por isso foram perseguidos por Diocleciano.
Tentando diminuir os efeitos da crise econômica e combater a inflação, Diocleciano criou a
Lei do Máximo, pela qual congelou os preços e os salários e diminuiu o valor de alguns
impostos, para incentivar o aumento da produção.
Para enfrentar o problema da falta de mão-de-obra, Diocleciano criou uma lei que
estabelecia a organização dos trabalhadores de acordo com o ofício que exerciam e tornava as
profissões hereditárias. Assim, os filhos de camponeses, por exemplo, deveriam permanecer
trabalhando na agricultura, e os filhos de artesãos deveriam seguir a profissão dos pais.
Com o intuito de diminuir a burocracia e as despesas do Império, Diocleciano buscou
diminuir o número de funcionários civis e militares e criou um novo sistema de controle em parte
das fronteiras, entregando sua defesa a lideranças locais, que recebiam terras em troca
dessa atividade.
Portanto, durante o governo de Diocleciano, a crise política e econômica foi
temporariamente controlada. Contudo, ao long o dos séculos IV e V, a crise se intensificou
novamente, e foi agravada pelas invasões de povos que viviam fora das fronteiras do
Império, como veremos a seguir.
A Crise Social Império Romano
As invasões dos germanos nos territórios romanos foram facilitadas pelo aprofundamento
da crise política e econômica pela qual passava o Império no final do século IV e início do
século V.
A dificuldade de arrecadar recursos para a manutenção do exército levou os
governantes romanos a desmobilizar grande parte das tropas que vigiavam as fronteiras. A falta de
controle sobre as fronteiras favoreceu os deslocamentos de povos germânicos, que começaram a entrar
em grandes grupos no território do Império. As migrações, de início pacíficas, logo se tornaram confrontos
armados.
Entre 375 e 475, diferentes povos invadiram o Império Romano. Os visigodos, por
exemplo, que depois de um confronto em 378 permaneceram leais a Roma até o início do
Século V, atacaram a península Itálica em 402, mas foram expulsos. Em 410, voltaram a invadir o
Império e chegaram até Roma. Depois de ocupar e saquear a cidade durante três dias, dirigiram-se
para a região sul da Gália, onde se fixaram.
Os burgúndios, por sua vez, penetraram pela região central do Império em 443 e os
francos invadiram o norte da Gália em 450. Em conseqüência das invasões, o comércio foi
prejudicado, gerando falta de alimentos em muitas cidades romanas. Isso causou mais uma vez
aumento dos preços, o que agravou a crise econômica.
As invasões geraram também uma grande crise social. Em meio aos saques e à crise
econômica, muitos romanos abandonaram as cidades, indo morar no campo. Os que tinham
melhores condições econômicas instalaram-se em suas propriedades rurais, chamadas vilas, onde
desenvolviam uma produção auto-suficiente.
Os romanos mais pobres passaram a trabalhar nessas vilas, onde encontravam proteção contra
os ataques dos invasores e melhores condições de sobrevivência.
Ao mesmo tempo, cresceram as disputas pelo poder político entre os diversos generais que
comandavam os exércitos romanos, o que enfraqueceu ainda mais a defesa do Império às invasões.
Em 455, os vândalos que haviam se fixado em Cartago partiram para Roma, onde realizaram
saques e prenderam os descendentes do imperador romano Valentiniano III.
Entre 455 e 476, os governantes romanos foram escolhidos por líderes militares germânicos
que controlavam diferentes partes do Império. Finalmente, em 476, um desses líderes, chamado
Odoacro, depôs Rômulo Augústulo, o último imperador romano, e passou a controlar Roma. Essa data
costuma ser tomada como o marco do fim definitivo do Império Romano do Ocidente.
O Império Romano do Oriente, contudo, se manteve. Beneficiando-se do intenso comércio que
mantinha com regiões asiáticas, continuou a se desenvolver, dando origem ao Império Bizantino, que
perduraria até 1453, quando sua capital, Constantinopla, foi tomada pelos turcos otomanos.
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