UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS ESCOLA DE VETERINÁRIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA ANIMAL Disciplina: SEMINÁRIOS APLICADOS TORQUE TENO VIRUS: aspectos biológicos e epidemiológicos em humanos e suínos Thelma Michella Saddi Orientadora: Profª Drª Wilia M. E. Diederichsen de Brito GOIÂNIA 2010 THELMA MICHELLA SADDI TORQUE TENO VIRUS: aspectos biológicos e epidemiológicos em humanos e suínos Seminário apresentado junto à disciplina Seminários Aplicados do Programa de PósGraduação em Ciência Animal da Escola de Veterinária da Universidade Federal de Goiás. Nível: Doutorado Área de Concentração: Sanidade Animal, Tecnologia, Higiene e Tecnologia de Alimentos (SANHTA) Linha de Pesquisa: Etiopatogenia, epidemiologia, diagnóstico e controle das doenças infecciosas dos animais Orientadora: Profª Drª Wilia M. E. Diederichsen de Brito Comitê de Orientação: Prof. Dr. Francisco J. D. Souto – FCM/UFMT Prof. Dr. Jurij Sobestiansky - EV/UFG GOIÂNIA 2010 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO................................................................................................................. 1 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA......................................................................................... 3 2.1 Agente ........................................................................................................................... 3 2.2 Epidemiologia ............................................................................................................. 7 2.3 Potencial patogênico em humanos e suínos ................................................... 13 2.4 Distribuição no organismo do hospedeiro ....................................................... 20 2.5 Diagnóstico................................................................................................................ 21 2.6 TTV como marcador de potabilidade e qualidade da água .......................... 21 3.0 CONSIDERAÇÃOES FINAIS .................................................................................. 24 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................. 25 LISTA DE FIGURA FIGURA 1 Genoma do TTV humano .............................................................. 5 FIGURA 2 Genoma do TTV suíno .............................................................. 5 1 INTRODUÇÃO A produção de suínos representa atualmente uma das mais importantes atividades econômicas em diversos países. No Brasil, a produção cresceu significativamente nos últimos anos sendo que entre 2000 e 2008, as exportações de carne suína cresceram 708% em valor e 290% em volume (RITTERBUSCH, 2009). Com a busca por melhores índices produtivos e consequente aumento da produção, houve um agravamento nos problemas sanitários dos rebanhos, fato que favoreceu o surgimento de enfermidades que acarretam grandes prejuízos econômicos (SOBESTIANSKY, 2002). As doenças reprodutivas no plantel das granjas de suínos são consideradas mundialmente a principal causa de prejuízo econômico. Muitos agentes infecciosos têm sido associados às falhas reprodutivas na produção de suínos, representando significativas perdas econômicas para os suinocultores (RITTERBUSCH, 2009). Entre os agentes causadores dessas doenças pode-se citar os parvovírus (PPV) e os circovírus (PCV). Recentemente, um agente viral, torque teno vírus (TTV) já identificado em outras espécies animais, foi identificado em suínos associado às infecções causadas pelo circovírus suíno do tipo 2 (PCV-2). Apesar de disseminado nessa espécie, a importância deste vírus ainda não está esclarecida. Alguns estudos já indicaram um possível papel do TTV em exacerbar a patogenia causada pelo PCV-2 em co-infecções nos leitões (KEKARAINEN et al., 2006; RITTERBUSCH, 2009). O TTV foi isolado pela primeira vez no Japão, em 1997, no soro de um paciente internado com um quadro de hepatite aguda pós-transfusional de etiologia desconhecida. O vírus detectado, após a amplificação, clonagem e sequenciamento do seu genoma, não apresentava similaridade com nenhuma outra sequência conhecida (NISHIZAWA et al., 1997). A sua denominação acredita-se estar associada às iniciais (TT) do primeiro paciente investigado pelo grupo de pesquisadores, no entanto essas iniciais também podem representar transfusion-transmitted vírus (WATANABE et 2 al., 2005; NASSER, 2007). Desde o seu primeiro isolamento, o TTV é detectado em pacientes com hepatite agudas ou crônicas sem etiologia definida, sendo altamente prevalente entre doadores de sangue e indivíduos em risco de ter patógenos sanguíneos, como os pacientes em hemodiálise e usuários de drogas injetáveis (BIAGINI, 1998; MACDONALD et al., 1999). Inicialmente suspeitou-se que o TTV estivesse relacionado a quadros de hepatites, mas esse é uma afirmação ainda controversa. Para ABE et al. (1999) existe a possibilidade de que este vírus não provoque sérios problemas de saúde. No entanto, TAKAHASHI et al. (1998) revelaram indícios de que vários genótipos podem ser responsáveis por provocar doenças em humanos. Ao certo, sabe-se que as maiores responsáveis por quadros de doenças hepáticas agudas e crônicas são os agentes das hepatites virais. Estas podem ser agrupadas em dois grandes grupos: hepatites virais de A a E, cujas etiologias são bem conhecidas e descritas; e hepatites virais não-A a não-E. O segundo grupo inclui vírus descobertos em um passado mais recente, como os vírus das hepatites G e F, o vírus SEM (SENV) e o TTV (DEODHARE, 2000). Neste contexto, tem o presente estudo o objetivo de realizar uma revisão bibliográfica sobre o torque teno vírus, abordando tanto informações inerentes à sua biologia, bem como alguns aspectos epidemiológicos e da enfermidade em humanos e suínos. 3 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 2.1 Agente Inicialmente, devido a suas características morfológicas, o TTV foi caracterizado como um parvovírus (MIYATA et al., 1999). No entanto, observações posteriores sobre a estrutura biofísica e molecular do TTV, o enquadraram junto aos circovírus (HIJIKATA et al.,1999, BENDINELLI et al., 2001), em função do seu genoma circular não-segmentado com capsídeos isométricos. Recentemente, foi proposta a criação de uma nova família, Anelloviridae, contendo Gammatorquevirus, nove gêneros Deltatorquevirus, (Alphatorquevirus, Epsilontorquevirus, Betatorquevirus, Zetatorquevirus, Etatorquevirus, Thetatorquevirus, Iotatorquevirus) que engloba todas as espécies de TTV. Já foram identificados pelo menos 47 espécies de TTVs (CARSTENS, 2010). O TTV é um vírus pequeno, com cerca de 30-50 nanômetros de diâmetro (JELCIC et al., 2004), não-envelopado, genoma DNA (ácido desoxirribonucléico) circular de fita simples, polaridade negativa, 2,9 kb (OKAMOTO et al., 2002) a 3,9 kb de comprimento (OKAMOTO et al, 1998; MIYATA et al., 1999; MUSHAHWAR et al., 1999; JELCIC et al., 2004). Partículas associadas ao TTV, com diâmetro de 30-32nm recuperadas de soro de humanos infectados são observadas, à microscopia eletrônica, como agregados de vários tamanhos (ITOH et al., 2000). TTVs geneticamente relacionados ao vírus humano, mas distintos desse, são relatados em diferentes espécies animais, incluindo os suínos. Até o momento, dois genogrupos distintos foram identificados em suínos domésticos: torque teno vírus do tipo 1 (TTV-1) e torque teno vírus do tipo 2 (TTV-2) (NIEL et al., 2005). As amostras de origem suínas, detectadas em diversos países, apresentam entre 71% e 100% de homologia de nucleotídeos (BIGARRÉ et al., 2005). As detecções virais por reação em cadeia de polimerase (PCR) para o genogrupo 1 em amostras de soro do Canadá, China, Coréia, Espanha, França, 4 Tailândia e Estados Unidos revelaram prevalência que variam de 33% a 100% (BIGARRÉ et al., 2005). Na Espanha a prevalência para o tipo 1 é de 60% e para o tipo 2 de 77% (KEKARAINEN et al., 2006). O TTV suíno está intimamente relacionado ao TTV humano e apresenta uma organização de genoma semelhante a este. O comprimento do genoma dos isolados parece diminuir conforme a ordem animal. As cepas suínas apresentam um genoma de 2,9 kb, em vez de 3,4 a 3,9 kb de isolados humanos (OKAMOTO et al., 2002). O genoma do TTV humano é composto por 3.852 nucleotídeos sendo dividido em duas regiões: uma sequência de codificação extremamente variável (2,6 kb) e outra mais conservada não-codificadoras (UTR) de 1,2 kb, que varia de comprimento entre 3,808 nucleotídeos (isolado SANBAN) e 3.853 nucleotídeos (isolados TA 278 e JA 20) (ERKER et al., 1999; HIJIKATA et al., 1999; TAKAHASHI et al., 2000a). A região de codificação consiste em seis quadros de leitura aberta (ORF1 até ORF6) (YOKOYAMA et al., 2002). Os dois principais genes codificadores de proteínas são os ORF1 e ORF2 (OKAMOTO et al;., 1999; MIYATA et al., 1999), de 770 e 150 aminoácidos respectivamente (HIJIKATA et al., 1999). Em alguns isolados há também uma pequena ORF adicional (ORF3) com capacidade para codificar 57 aminoácidos (ERKER et al., 1999) (Figura 1). As outras ORFs adicionais podem estar presentes, no entanto estas não devem ser funcionais (BENDINELLI et al., 2001). O TTV suíno apresenta organização genômica similar, contém 3 ORFs (Figura 2) mas compartilha menos de 45% de identidade de nucleotídeos (OKAMOTO et al., 2002). Os produtos de ORF1 do TTV contém sequências curtas de aminoácidos característicos das proteínas associadas à replicação (HAFNER et al., 1997). A ORF2 codifica uma proteína não-estrutural envolvida na replicação e, apesar de ser altamente heterogênea entre os isolados de TTV, seus segmentos 46-66 contém cinco regiões conservadas, quando considera-se os isolados analisados por HIJIKATA et al. (1999). A região não codificadora está situada entre o final e a ORF3 (ROMEO et al., 2000). Primers com PCR deduzidos da região não-codificante (UTR) podem detectar DNA de TTV de diferentes genótipos (OKAMOTO et al., 1999). 5 FIGURA 1: Genoma do TTV humano Fonte: adaptado de COSTA, 2009. FIGURA 2: Genoma do TTV suíno Fonte: adaptado de http://www.cresa.es 6 Apesar do escasso conhecimento sobre suas propriedades biológicas, sabe-se que o vírus apresenta sequências altamente divergentes (PENG et al., 2002; MAGGI et al., 2007) que, teoricamente, podem apresentar diferentes níveis de virulência (MAGGI et al., 2007). Vários genogrupos foram identificados, porém, até o momento, o TTV não tem sido ligado a nenhuma doença específica (JELCIC et al., 2004) e embora a associação do TTV com indução de patologia humana seja discutível, estudos indicam que o genótipo 1, especificamente, tem possível participação nestes processos (WATANABE et al., 2005). Desde 1999, diversos vírus semelhantes ao TTV, como o YONBAN (TAKAHASHI et al., 2000a), PMV (HALLET et al., 2000), SANBAM (HIJIRATA et al., 1999), torque teno minivirus (TTMV) (TAKAHASHI et al., 2000b), vírus SEN (SEM-V) (UEMURA et al., 2001) e o SAV (JONES et al., 2005) foram identificados em humanos e esses estudos apontam a existência desses novos membros da mesma família do TTV, como novas espécies virais com base nas divergências genômicas presentes nas amostras (HALLETT et al., 2000; TAKAHASHI et al., 2000a; DINIZ-MENDES et al., 2004). Em suínos, dois genogrupos de TTV (TTV-1 e TTV-2) já foram detectados (NIEL et al., 2005), no entanto, são escassas as informações disponíveis sobre a epidemiologia da infecção pelo TTV (RITTERBUSCH, 2009). O mecanismo de replicação do TTV permanece desconhecido, porém especula-se, com base nas semelhanças existentes com outros vírus de DNA circular, que o TTV use o mecanismo de círculo rolante. Assim, o vírus utiliza uma fita de DNA intermediário gerada pela célula do hospedeiro durante a fase de síntese do ciclo celular como molde para a geração do DNA viral (MUSHAHWAR et al., 1999). Os tratamentos com ação virucida conhecidos para inativação de vírus envelopados (como exemplo, solvente-detergente e aquecimento a 65°C/96 horas a seco) parecem ser pouco efetivos na destruição da infectividade por TTV (CHEN et al., 1999, BERNS, 2007). No entanto, a purificação de imuno-afinidade e tratamentos mais drásticos de aquecimento de fatores de coagulação demonstram mais efetividade para a inativação viral (PRESCOTT & SIMMONDS, 1998; CHEN et al., 1999) do TTV. Esses dados, associados a sua estrutura viral, sugerem que o vírus TTV possa ser tão estável quanto os parvovírus (BERNS, 7 2007). 2.2 Epidemiologia O TTV é um agente infeccioso de distribuição mundial (PRESCOTT & SIMMONDS, 1998; ABE et al., 1999). Sua transmissão não se dá somente pela via parenteral, mas também pela via fecal-oral, a partir da exposição às fezes (TAWARA et al., 2000). Ainda que inicialmente se acreditasse que a principal via de transmissão do TTV fosse a transfusão sanguínea, a presença de TTV nas fezes de indivíduos saudáveis é ubíqua, sendo presumível que a infecção esteja amplamente disseminada na população humana (FONG & LIPP, 2005). A transmissão aerógena também é suposta. A elevada carga viral em swabs de secreção nasal de crianças reforça a possibilidade de transmissão pela via aérea. Essa via explicaria o fato de indivíduos saudáveis, sem histórico de transfusões, provenientes de países considerados desenvolvidos serem positivos para o vírus, quando as prevalências para outros vírus de transmissão enteral são baixas (MAGGI et al., 2003). Para MAGGI et al. (2007) o TTV persiste por períodos prolongados ou indefinidamente no plasma de indivíduos infectados causando infecções crônicas e estando presente no plasma, tecidos e fluidos corporais de mais de 80% de doadores de sangue saudáveis. O TTV também já foi detectado na saliva, swab da garganta, sêmen, lágrimas, pele, cabelo (SABACK et al., 1999; GOTO et al., 2000; INAMI et al., 2000; OSIOWY & SAUDER, 2000) e leite cru ou pasteurizado (AL-MOSLIH et al., 2007). Elevadas soroprevalências são demonstradas em indivíduos saudáveis em diversos pontos do mundo. Há grande diversidade genética em diferentes áreas geográficas, no entanto alguns genótipos virais são distribuídos de forma global, mesmo em locais onde o contato entre as populações é restrito, como no caso de grupos que habitam florestas em Papua Nova Guiné, na Oceania (PRESCOTT et al., 1999). Em 1999, ABE et al. colheram amostras de soro de pessoas no Japão 8 (233 indivíduos sem histórico de patologia hepática), Miamar (51 indivíduos saudáveis e 92 com patologia hepática), doadores de sangue do Nepal (177), Egito (95), Bolívia (95), Vietnã (62 profissionais da saúde), Coréia (73 pacientes de hemodiálise), soropositivos para HIV de Camboja (8), Gana (95) e EUA (68) e encontraram prevalências que variaram entre 70% (Japão) a 100% (Camboja). Os genótipos mais prevalentes foram o tipo 1 e 2, no entanto não houve qualquer relação entre o genótipo encontrado e sua origem geográfica. GALIAN et al. (1999) testaram 150 pessoas de duas unidades de hemodiálise dos hospitais públicos de Marselha, na França, para a presença do genoma do TTV, utilizando uma metodologia baseada em PCR. Os autores encontraram a prevalência de viremia TTV de 28% (contra 5,3% em doadores de sangue controles da mesma região). Também verificaram a existência de infecções crônicas e superinfecções por estirpes pertencentes a diferentes genótipos. A prevalência da infecção foi maior nos pacientes provenientes da África, em pacientes com transfusão de sangue anteriores ou transplante de órgãos, em pacientes com anticorpos para o antígeno da hepatite B e em indívíduos com diabetes mellitus. A alta prevalência de infecção pelo TTV (50%) também foi observada em uma população de pacientes com diabetes mellitus, mas sem doença renal. No entanto, nenhuma relação significativa foi encontrada entre a viremia de TTV e o vírus da hepatite C, transaminases, idade, sexo ou duração do tratamento da hemodiálise. HSIEH et al. (1999) em estudo avaliando a infecção pelo TTV em 148 indivíduos com testes bioquímicos normais do fígado, incluindo 30 recémnascidos (soro colhido a partir do cordão umbilical), 23 crianças, 16 crianças préescolares, 21 indivíduos com idades entre 6 a 15 anos (considerados com idade anterior à da experiência sexual), 15 adultos jovens (com idade inferior a 30 anos) e 43 indivíduos com idade superior a 30 anos encontraram taxas de viremia de 0, 17, 25, 33, 47 e 54%, respectivamente. Os autores sugerem que estes achados podem relacionar a transmissão do TTV principalmente através do contato diário não-parenteral e que, frequentemente este contato ocorre muito precocemente. A transmissão vertical foi verificada por MORRICA et al. (2000), na Itália, que testaram o sangue do cordão umbilical de 15 bebês filhos de mulheres positivas para TTV e encontraram o vírus em 12 (80%) desses, sugerindo que a 9 transmissão uterina poderia ser importante. GERNER et al. (2000) observaram um aumento na prevalência da infecção pelo TTV em recém nascidos, após a primeira semana do nascimento. Os pesquisadores sugeriram, a partir da detecção viral no leite materno, que esta pode ser uma via de transmissão pósnatal. KREKULOVA et al. (2001) observaram correlação positiva entre a infecção por TTV e o número crescente de parceiros sexuais, sustentando a participação ocasional da via sexual na transmissão viral. SALÁKOVÁ et al. (2004) ao investigarem a epidemiologia, transmissão e filogenia de TTV na República Checa, em um grupo controle composto por 196 doadores de sangue, 20 pacientes hemofílicos, 49 usuários de drogas intravenosas, 100 prostitutas, 50 presos penitenciários, 208 crianças saudáveis (1-14 anos), 54 amostras de sangue de cordão umbilical, 52 pacientes com hepatite não AE, 74 pacientes com hepatite C e 51 doadores de sangue com níveis de ALT (alanino aminotransferase) aumentado, verificaram que a taxa de prevalência de TTV entre a população Checa foi de 52,6%, sendo que os adultos mostraram aumento na prevalência de TTV conforme aumenta a idade. A maior prevalência do TTV foi encontrado no grupo de pacientes politransfundidos. Não houve maior prevalência do TTV em indivíduos com risco aumentado de transmissão sexual do que na população geral. Em estudo realizado no Brasil por NIEL et al. (1999), analisando amostras de soro de pessoas sem histórico transfusional, no estado do Rio de Janeiro, encontraram uma prevalência de infecção por TTV em 65,4% dos amostrados. VASCONCELOS et al. (2001), em estudo realizado no sul do Brasil, testaram soro de 130 indivíduos, sendo 91 adultos e 39 crianças (idade de 0-10 anos) e encontraram uma prevalência de 44% e 73%, respectivamente. Também no Brasil, BASSIT et al. (2002), observaram a presença do TTV em 85,3% dos doadores de sangue e em 81,2% das crianças e adolescentes pesquisados. Esses resultados, além de revelarem um grande número de relatos de detecção viral em indivíduos saudáveis e ausência de um modelo experimental adequado para a infecção, não permitiram confirmar a participação do TTV como agente etiológico de alguma doença específica em humanos, uma vez que o TTV 10 é um vírus presente em mais de 80% da população em todo o mundo. Os autores afirmaram que, ao que parece, a infecção por TTV parece estar bem difundida no Brasil, mesmo em indivíduos sem histórico transfusional. PINTO et al. (2007) avaliando a soroprevalência do TTV em 186 amostras de pacientes com risco de exposição parenteral, na região metropolitana de Belém (PA) detectaram positividade em 59,7% das amostras. AMARANTE et al. (2007) realizaram um estudo no Brasil, com 270 amostras de soro de doadores de sangue saudáveis e 75 amostras de indivíduos politransfundidos, sendo esses últimos divididos em dois grupos: grupo 1 (portadores de coagulopatias) e grupo 2 (portadores de hemoglobinopatias), encontrando a prevalência de infecções pelo TTV de 50,5% entre os doadores, 95% no grupo 1 e 82% no grupo 2. Para BENDINELLI et al. (2001), diferentes espécies animais podem albergar o vírus, promovendo transmissões inter-espécie, onde a necessidade de adaptação ao novo hospedeiro representaria um forte impulso a mudança genética. Infecções mistas com diferentes genótipos também são frequentes e a combinação genética entre eles poderiam ser fatores que contribuiriam à variabilidade. Por fim, a grande habilidade em promover infecções crônicas, caracterizadas por uma viremia persistente que segue por anos, poderia ser um fator que levaria o sistema imune hospedeiro a uma frequente pressão, induzindo o vírus a uma evolução. As transmissões espécie-específicas são relatadas com elevadas frequências entre chimpanzés e outros primatas não-humanos (LEARY et al., 1999; THOM et al., 2003; BARNETT et al., 2004). Relatos da transfecção experimental de TTV humano em chimpanzés e macacos Rhesus já foram feitos (OKAMOTO et al., 1999). Porém não há evidências sobre transfecção em mamíferos menores, devido à grande dificuldade de se obter a replicação desse vírus em cultura de tecido (MAGGI et al., 2001). Um estudo da transmissão experimental nos chimpanzés mostrou que esses animais podem ser infectados de forma cruzada por espécies humanas (OKAMOTO et al., 2000a, OKAMOTO et al., 2000b). Para entender mais sobre a relação entre o TTV e seus hospedeiros, ABE et al. (2000) testaram 400 amostras de soro de 24 espécies de primatas não- 11 humanos para a presença do DNA de TTV por PCR. O DNA viral foi detectado em 89% dos chimpanzés (87/98) e 14% (3/21) dos macacos caranguejeiros. Os autores puderam observar que as sequências de nucleotídeos dos produtos de PCR tinham entre 80 e 100% de identidade entre as duas espécies e que diferiam dos isolados em humanos em 24 a 33% ao nível de nucleotídeos e 36 a 50% no nível de aminoácidos. A análise filogenética demonstrou que todos os isolados de TTV símios eram distintos dos isolados humanos. Os autores afirmaram que estes resultados indicam que o TTV em símios representa um grupo diferente, mas está estreitamente relacionado TTV em seres humanos. CATROXO et al. (2008) visando uma melhor compreensão da relação entre o TTV e seus hospedeiros, conduziram um estudo de detecção viral no soro e sangue total de primatas não-humanos e no plasma de frangos, através da técnica de PCR para a região conservada UTR-A. O DNA viral foi detectado em soros de 5,3% (4/75) Cebus apella, 40% (2/5) de Alouata fusca, 20% (1/5) de Alouata caraya, 5,2% (1/19) de Callithrix penicilata, 4% (1/25) de Callithrix jacchus, 20% (1/5) de Saimiri sciureus e 25% (1/4) de Leontopithecus chrysomelas. A análise filogenética revelou que três sequências detectadas apresentaram similaridade com o torque teno minivirus humano (TLMV), um dos genótipos do TTV. O DNA de TTV foi detectado em uma amostra de soro e uma amostra de sangue total de primatas não-humanos e em uma amostra de plasma de frango, caracterizando este trabalho como o primeiro relato de TTV, nas Américas, em primatas não-humanos e frangos brasileiros. LEARY et al. (1999) observaram a presença de TTV em animais de produção, como em ovinos (30%), bovinos (25%), suínos (20%) e frangos (19%) e chegaram a sugerir que o consumo de carnes mal cozidas desses animais poderiam ser fonte de infecção para os humanos, porém seus estudos não foram conclusivos. O TTV suíno foi também reconhecido primeiramente no Japão (OKAMOTO et al., 2002), mas já foi relatado nos Estados Unidos, Canadá, Espanha, França, Itália, China, Coréia, Tailândia e também no Brasil (THOM et al., 2003; BIGARRÉ et al., 2005; NIEL et al., 2005; MARTELLI et al., 2006). Segundo SIBILA et al. (2009), a infecção pelo TTV ocorre precocemente nos sistemas de produção de suínos e pode ser transmitido tanto 12 da matriz aos leitões, quanto de leitão para leitão. No entanto afirmaram que maiores estudos devem ser realizados para elucidar as rotas de transmissão do TTV suíno, que ainda permanecem desconhecidas. BERNS (2007) afirmou que, embora sejam necessários estudos complementares para compreender o agente, as pesquisas moleculares apontam a presença do TTV em 60% a 80% da população suína em análises de amostras de soro. Resultados semelhantes foram encontrados por MCKEOWN et al. (2004), que identificaram a presença de TTV suíno em até 66% de amostras coletadas de animais sadios. Como a epidemiologia do TTV ainda é pouco compreendida, a rota fecal-oral é elencada como uma possível e importante via de transmissão do TTV também para os suínos (BERNS, 2007). BRASSARD et al. (2008) reportaram o TTV suíno em amostras de soro, plasma e fezes. Os pesquisadores afirmaram que esses resultados são indicativos de que a transmissão fecal-oral seja um importante meio de disseminação viral. BIGARRÉ et al. (2005) em um levantamento de TTV em rebanhos suínos da Bretanha e França, pelo método de PCR, relataram prevalências de 93 e 73% em 15 leitões e 33 suínos adultos, respectivamente. O pulmão foi o órgão que apresentou maior positividade por PCR. Os autores afirmaram que apesar de não haver confirmação do potencial patogênico do vírus, a potencial carga viral transportada pelos suínos deve ser avaliada como uma ameaça sanitária. MARTINEZ et al. (2006) realizaram o primeiro levantamento soroepidemiológico de torque teno vírus (TTV) em javalis (Sus scrofa) na Europa (Espanha). Analisando os dois genogrupos distintos de TTV suíno em 178 soros de javalis selvagens espanhóis de diferentes regiões geográficas, pelo método de PCR nested, verificaram a prevalência geral de 84% (58% para genogrupo 1 e 66% para genogrupo 2), sendo esta significativamente maior para o genogrupo 2, em animais jovens e fêmeas. Na análise filogenética perceberam que a infecção por TTV em javalis e suínos domésticos se dá pelos mesmos genogrupos. Os autores afirmaram que estes resultados indicam que o TTV é, aparentemente, onipresente nas populações de javalis da Espanha. KEKARAINEN et al. (2007) relataram elevada prevalência dos 13 genogrupos de TTV em amostras de sêmen, sugerindo que a transmissão vertical via sêmen pode contribuir para a disseminação do vírus. MARTINÉZ-GUINÓ et al. (2009) realizando testes no soro de fetos e frações de colostro provenientes de fêmeas suínas negativas e positivas para TTV-1 e TTV-2, concluíram que porcas negativas sempre originavam leitões negativos. Contudo, porcas positivas podiam originar produtos negativos ou positivos. Além disso, os fetos positivos eram sempre infectados com o mesmo genogrupo da mãe, gerando fortes indícios da transmissão transplacentária do vírus. Os autores relataram que a detecção do agente em tecidos reprodutivos das fêmeas são os primeiros indícios de transmissão in útero ou transplacentária de TTV suíno e que isso pode possibilitar a contaminação intra-uterina e favorecer a disseminação do vírus do plantel. No estado de Goiás, SOARES et al. (2010b) buscando a identificação do DNA viral de TTV-1 e TTV-2 em suínos mantidos em sistema de criação intensivo analisaram 47 amostras de soro sanguíneo, pela técnica de PCR. O DNA viral foi detectado em 46,8% das amostras, sendo que 12,8% foram positivos para TTV-1 e 21,3% para TTV-2. Ambos os vírus foram identificados em 12,8% dos soros amostrados. Os autores afirmaram que o papel do TTV como agente causador de doenças deve ser avaliado. Este é a primeira identificação de co-infecção entre o TTV e PCV-2 no estado de Goiás. 2.3 Potencial patogênico em humanos e suínos Os estudos sobre o potencial patogênico do TTV foi realizado inicialmente em amostras identificadas em humanos. A relação entre a infecção pelo TTV e a doença hepática permanece controversa (WATANABE et al., 2005). Inicialmente os estudos sugeriam que o vírus causaria um aumento das transaminases hepáticas e que possuía capacidade de induzir a quadros agudos de hepatite (TAWARA et al., 2000). OKAMOTO et al. (1998) identificaram a presença do TTV em aproximadamente 50% dos casos de hepatites crônicas ou agudas, além de em 12% de doadores de sangue em uma pesquisa realizada no Japão. 14 Visando avaliar o papel patogênico do TTV em doenças hepáticas e potenciais modos de transmissão, HSIEH et al. (1999) usaram a técnica de PCR para detectar DNA viral no soro sanguíneo. As taxas de viremia de TTV encontradas em 13 pacientes com hepatite aguda idiopática, 14 pacientes com hepatite fulminante idiopática, 22 pacientes com doenças hepáticas crônicas e 19 pacientes com cirrose hepática foram 46, 64, 55 e 63%, respectivamente, e os resultados encontrados não foram significativamente diferentes daqueles encontrados em 50 indivíduos saudáveis (53%). Os autores afirmaram que a infecção pelo TTV não teve um efeito significativo sobre a doença hepática. SALÁKOVÁ et al. (2004) ao investigarem a epidemiologia, transmissão e filogenia de TTV na República Checa, em vários grupos, incluindo 52 pacientes com hepatite não AE e 74 pacientes com hepatite C verificaram que a taxa de soroprevalência de TTV foi maior entre os indivíduos positivos para VHB e/ou VHC. Os autores acreditam existir uma via comum de transmissão destas três infecções. HAFEZ et al. (2007), em pesquisa realizada no Egito, tentando esclarecer a relação entre TTV e a presença de carcinoma hepatocelular em pacientes egípcios, analisaram o soro de indivíduos com histórico de cirrose hepática e carcinoma hepatocelular e de pessoas saudáveis, por nested-PCR. Detectaram a presença viral em 46,7% dos pacientes com carcinoma hepatocelular, 40% dos com cirrose hepática e 36,7% dos indivíduos saudáveis, sendo o genótipo 1 o mais prevalente. Os autores sugeriram que este estudo foi indicativo de que o TTV parece não contribuir para o aumento da gravidade dessas patologias. No Brasil, o TTV foi detectado em pacientes com doenças hepáticas crônicas nas Regiões Sudeste (São Paulo) e Norte do país (Pará), onde os índices de positividade encontrados foram de 20% e 45%, respectivamente (PINTO et al., 1998). Apesar dos indícios que associavam o TTV à doença hepática e a elevada mortalidade entre pacientes com hepatite aguda, causadas pelo vírus da hepatite B (HBV), esta associação não foi confirmada por estudos mais recentes. Não foram verificadas quaisquer alterações morfológicas nos hepatócitos infectados pelo TTV, bem como não foram evidenciadas diferenças entre o curso 15 clínico e os parâmetros laboratoriais dos pacientes co-infectados com TTV, daqueles sem a co-infecção (WATANABE et al., 2005). Estudos epidemiológicos têm evidenciado a presença de TTV em diversas outras patologias, tais como: doença de Hodkin, anemia aplásica, fibrose pulmonar idiopática, doença pulmonar aguda, pênfigo bolhoso, piora de prognóstico de câncer de laringe e redução da sobrevida em pacientes soropositivos para HIV (CHRISTENSEN et al., 2000; MAGGI et al., 2003; JONES et al., 2005). No entanto, esses estudos não conseguiram caracterizar, de fato, o real significado do vírus nessas enfermidades (GERGELY et al., 2006). CHRISTENSEN et al. (2000) sugeriram que o vírus da imunodeficiência humana (HIV) poderia, de forma indireta, facilitar a replicação de TTV devido ao seu efeito imunossupressor. Além disso, observaram que o TTV estava relacionado à piora do prognóstico dos pacientes infectados por HIV. DINIZMENDES et al. (2004) observaram soroprevalências mais elevadas, inclusive por genótipos diferentes (co-infecções) em indivíduos soropositivos para HIV do que em indivíduos sadios controles. De acordo com o estudo feito por NASSER (2007), o TTV é mais prevalente em indivíduos soropositivos ao HIV em comparação com indivíduos saudáveis. Embora a significância clínica da associação do TTV com HIV necessite ser elucidada, é sugerido que a presença do TTV pode estar relacionada a uma diminuição da carga viral do HIV em indivíduos portadores. A frequência de TTV em pessoas consideradas com alto risco de infecções sexuais e parenterais foi investigada por MACDONALD et al. (1999) em 52 prostitutas, 81 homossexuais do sexo masculino e 65 usuários de drogas injetáveis visando avaliar o seu modo de transmissão. Após busca do DNA viral por PCR observaram a frequência de viremia em 4,5% a 13,0% dos indivíduos do estudo, o que não foi significativamente diferente do encontrado nas amostras controle (4,5%). Puderam observar ainda o aumento significativo da viremia de acordo com a idade, porém sem associação alguma com a co-infecção vírus da imunodeficiência humana. Os autores relataram que a baixa frequência de infecção detectadas em ambos os grupos de risco sugere que a via sexual ou parenteral (uso de drogas intravenosas) é relativamente ineficaz e pouco provável para explicar a alta prevalência de TTV observadas mundialmente. 16 ÀLVAREZ-LAFUENTE et al. (2005) tem discutido o papel das infecções virais em patologias auto-imunes e os conhecimentos mais atuais sobre a biologia do TTV permitiram elaborar a hipótese de que o vírus possa agir desencadeando doenças reumáticas auto-imunes (GERGELY et al., 2006). No que diz respeito a correlação entre a infecção pelo TTV e doenças auto-imunes, MAGGI et al. (1999) pesquisou o DNA viral em grupo de 660 indivíduos, sendo 221 pacientes de diferentes diagnósticos e idades, que tinham o soro estocado no Centro de Virologia da Universidade de Pisa (Itália) e outros 439 indivíduos escolhidos com base em diagnóstico clínico específico, entre eles lúpus eritematoso sistêmico, artrite reumatóide e psoríase. A prevalência detectada para a infecção viral nestas doenças auto-imunes foi igual ou inferior, no caso da artrite reumatóide, que a do grupo de soros estocados o que levou os autores a sugerirem que o TTV não representa um fator importante ao desenvolvimento dessas doenças. SEEMAYER et al. (2001) em estudo sorológico de pacientes com esclerodermia, artrite reumatóide e osteoartrite e indivíduos doadores de sangue saudáveis, não encontraram diferenças significativas na prevalência da infecção pelo TTV entre os portadores das patologias e os controles saudáveis. Já GERGELY et al. (2005a) ao buscar o DNA de TTV em indivíduos com lúpus, em seus parentes de primeiro grau saudáveis e em doadores de sangue encontraram prevalência mais elevada em pacientes lúpicos (58,87%) do que nos saudáveis (33,16%). A prevalência dos parentes de primeiro grau (51,3%) também foram maiores que as dos indivíduos saudáveis sugerindo que fatores genéticos desconhecidos para lúpus eritematoso sistêmico poderiam influenciar a infecção por TTV. No Brasil, COSTA (2009) fez um estudo para avaliar a frequência da infecção pelo TTV em pacientes com lúpus eritematoso sistêmico, onde buscou verificar se existe alguma correlação entre a presença de vírus, as manifestações clínicas e o perfil sorológico de auto-anticorpos apresentados pelos pacientes lúpicos. Nesse estudo observou haver uma relação significativa entre os pacientes com lúpus e o TTV, onde 37% (17/46) apresentavam-se TTV positivos e apenas 15% (7/46) dos controles apresentavam a infecção viral. No entanto não foi possível estabelecer relação entre a sintomatologia clínica e o perfil sorológico 17 dos pacientes e a infecção pelo TTV. Em outro estudo realizado por GERGELY et al.(2005b) não houve diferença entre a prevalência de infecção por TTV entre pacientes com miopatia inflamatória idiopática, portadores de artrite reumatóide e doadores de sangue saudáveis. GERGELY at al. (2006) afirmaram que devido a sua ampla distribuição geográfica e sua presença em populações de indivíduos saudáveis, o TTV pode se comportar como uma agente comensal. No entanto diversos aspectos da sua interação com o hospedeiro ainda permanecem desconhecidos e mais estudos precisam ser realizados para que o seu potencial patogênico possa ser determinado. Sangue e produtos derivados de sangue usados em medicamentos humanos podem conter TTVs. AZZI et al. (2001) relataram que 35% dos produtos comerciais de fatores VIII e IX, produtos aos quais a albumina humana foi adicionada, foram PCR positivo para o TTV. Assim os autores observaram que as amostras de albumina humana podem estar contaminadas com TTV. AZZI et al. (2006) constataram que a profundidade de filtração utilizada para a albumina humana no processo de purificação é incapaz de eliminar o vírus. Os materiais de suínos são importantes fontes de componentes utilizados na fabricação de vacinas suínas, medicamentos humanos e enzimas comerciais. No entanto, há pouca informação disponível sobre a possível existência de vírus em produtos que contenham componentes derivados de suínos (KEKARAINEN et al., 2009a). KEKARAINEN et al. (2009b) testaram 26 vacinas comerciais suína, sete medicamentos de uso humano e três produtos enzimáticos para a presença de genomas TTV-1 e TTV-2, pela técnica de PCR e, observaram que quatro vacinas contra Mycoplasma hyopneumoniae foram positivas para TTV-2 e três delas para TTV-1, bem como uma contra o vírus da parvovirose suína e uma contra a síndrome respiratória e reprodutiva suína foram PCR positivos para TTV-1. Uma droga humana continha DNA de TTV-1, bem como uma enzima tripsina, um produto derivado de elastase porcina foi positivo para ambos os genogrupos de TTVs. Os autores afirmaram que estes resultados revelam que TTVs suína são contaminantes, não só das vacinas suínas, mas também de medicamentos de 18 uso humano que contenham componentes suínos e de enzimas para uso laboratórial. Este foi o primeiro estudo que avaliou a presença de TTVs suína em produtos comerciais utilizados para suínos ou mesmo medicamentos para uso humano. Em suínos, O TTV isoladamente não tem se mostrado patogênico. Contudo, seu papel em co-infecções com outros patógenos, principalmente com o PCV-2 vem sendo investigado (RITTERBUSCH, 2009). Alguns estudos já indicaram um possível papel do TTV em exacerbar a patogenia causada pelo circovírus suíno tipo 2 (PCV-2) em leitões, na ocorrência da síndrome multissistêmica de definhamento dos suínos (SMDS) (KEKARAINEN et al., 2006) porém, não se sabe qual a sua importância em animais adultos em fase reprodutiva. Relatos evidenciam a prevalência de TTV suíno em amostras de soro (SIBILA et al., 2009), porém, poucos dados foram encontrados referindo-se à detecção do vírus em tecidos. KEKARAINEN et al. (2006) relataram que o TTV está disseminado na população de suínos da Espanha, pois ao investigarem a presença de TTV-1 e TTV-2 em amostras de soro de suínos infectados e não infectados pela SMDS, verificaram elevada prevalência dos dois genogrupos nos animais testados. A maior prevalência da infecção por TTV foi encontrado em soros de animais afetados pela SMDS (97%); os não afetados pela síndrome, porém positivos para TTV, corresponderam a 78%. Houve diferença estatística significativa e os suínos afetados pela síndrome tinham risco de 1,25 vezes maior de estareem infectados por TTV do que os suínos não afetados pela SMDS. ELLIS et al. (2008) relataram que a inoculação de TTV-1 em leitões gnotobióticos antes da infecção pelo PCV-2, facilitou o desenvolvimento da SMDS. TAIRA et al. (2009) analisaram a prevalência do TTV (TTV-2) em populações de suínos do Japão (TTV-1) e 2 com suspeita síndrome multissistêmica de definhamento dos suínos e doença respiratória de suínos, utilizando um método de nested-PCR. Das amostras de soro de rebanhos diferentes no Japão, TTV-1 foi detectado em 30% das amostras, TTV-2 em 31% e ambos em 10% das amostras. A prevalência geral de genogrupos TTV foi significativamente menor nos suínos com menos de 30 dias de idade (11%) em 19 relação ao que nos grupos etários mais velhos (54-82%). Estes resultados sugerem que o TTV suína pode ser disseminada em suínos pós-desmame e que poderia desempenhar papéis etiológicos em doenças de suínos no Japão. Este foi o primeiro relatório sobre a prevalência do TTV suína no Japão. RITTERBUSCH (2009) observou a presença de TTV suíno em órgãos reprodutivos de porcas de rebanhos comerciais do sul do Brasil, verificando maior ocorrência de TTV-2 nas amostras testadas. Detectou a presença de TTV suíno em ambos os sistemas reprodutores, tanto em fêmeas quanto em machos testados. Para o pesquisador, este fato levanta a hipótese de que o TTV pode ser mais importante do que já se imaginou, considerando a via de transmissão reprodutiva. Ao analisar amostras de fetos positivas para PCV-2 pela técnica de PCR, também as testaram para TTV, observando a ocorrência de coinfecção entre estes agentes. Os resultados obtidos em seus estudos evidenciaram o provável envolvimento do PCV-2 em falhas reprodutivas em fêmeas suínas, bem como revelam que o TTV estava presente nas amostras analisadas, confirmando a associação com o PCV-2 (RITTERBUSCH, 2009). SOARES et al. (2010a) visando detectar a infecção pelo PCV-2 associado ao TTV, em suínos criados de forma intensiva, analisaram 47 amostras de soro de animais com idade compreendida entre 20 e 121 dias de idade, pela reação em cadeia da polimerase (PCR). O DNA de PCV-2 associado ao TTV-1 foi identificado em 12,8% das amostras e a associação de DNA de PCV-2 com TTV2, também em 12,8% das amostras. O PCV-2 associado tanto ao DNA de TTV-1 e TTV-2 foi detectado em 10,6% dos soros amostrados. As amostras de soro, as quais foram observadas as co-infecções com qualquer TTV e PCV-2 coincidiram com os animais que apresentavam sinais clínicos sugestivos de síndrome SMDS. Os pesquisadores afirmaram ser necessários mais estudos para entender melhor o papel desta co-infecção na ocorrência da síndrome. Esta é a primeira identificação de co-infecção entre o TTV e PCV-2 no estado de Goiás. 20 2.4 Distribuição no organismo do hospedeiro Na espécie humana, o TTV faz sua replicação, preferencialmente, em células hematopoiéticas da medula óssea, mas também o faz nos hepatócitos (IRSHAD et al., 2006). Além disso, o TTV é capaz de replicar-se no fígado, sendo eliminado pelas fezes (OKAMOTO et al., 1998). O DNA viral já foi quantificado em sangue, linfonodos, musculatura esquelética, tireóide, pâncreas, rins, pulmões, baço, fígado e medula óssea, sendo os títulos mais elevados encontrados nos quatro últimos órgãos (ABRAHAM, 2005). O vírus também já foi detectado na saliva, swab da garganta, sêmen, lágrimas, pele, cabelo (SABACK et al., 1999; GOTO et al., 2000; INAMI et al., 2000; OSIOWY & SAUDER, 2000) e leite cru ou pasteurizado (AL-MOSLIH et al., 2007). Em estudo com pacientes infectados por TTV, TAKAHASHI et al. (2002) observaram, que a carga viral no sangue total era muito superior a encontrada no plasma sanguíneo. Ao analisarem isoladamente indivíduos com elevada viremia, visando detectar a carga viral nas diferentes células sanguíneas, observaram as maiores em neutrófilos, seguidos por monócitos, células natural killer (NK) e linfócitos T e B. Não houve detecção viral nas hemácias. Apesar do TTV não se replicar em células mononucleares em repouso, quando ocorre um estímulo um processo de replicação muito ativo é iniciado (MAGGI et al., 2001). A possibilidade do TTV invadir e se replicar de forma ativa em células responsáveis pela resposta imune, poderia desencadear a longo prazo, anormalidades no sistema imune (TAKAHASHI et al., 2002). O DNA de TTVs é relatado em soro sanguíneo de diferentes espécies animais como suínos, frangos, vacas, ovelhas (LEARY et al., 1999; OKAMOTO et al., 2002; BIGARRÉ et al., 2005; NIEL et al., 2005; KEKARAINEN et al., 2006; SOARES et al, 2010a,b), cães e gatos (OKAMOTO et al., 2002), além de primatas não-humanos (LEARY et al., 1999; ABE et al., 2000) e em um mamífero chamado Tupaia belangeri chinensis (OKAMOTO et al., 2001). Sabe-se que o DNA em tecidos de suínos já foi isolado em material proveniente de sistemas reprodutores de machos e fêmeas (RITTERBUSCH, 2009), no entanto esses estudos ainda são escassos. 21 2.5 Diagnóstico O TTV pode ser detectado por meio de ensaios moleculares que possuem características de sensibilidade e rapidez como, por exemplo, a reação em cadeia de polimerase (PCR) (GRIFFIN et al., 2008). O desenho de oligonucleotídeos para detecção de TTV muitas vezes está voltado para a amplificação de sequências de uma região codificante, com sucesso para detectar TTV do grupo 1, ao passo que para detectar TTV de todos os grupos conhecidos normalmente têm sido utilizados iniciadores baseados em uma região não codificante (OKAMOTO et al., 1998; OKAMOTO 2000b). Além disso, regiões conservadas do genoma viral podem constituir alvos capazes de permitir a detecção de um número maior de amostras de TTV, mesmo de genogrupos não conhecidos (DEVALLE & NIEL 2004). O uso da PCR é de grande importância na detecção viral (VAIDYA et al., 2002). Essa metodologia ainda tem o benefício adicional da determinação de sequências específicas do material genético detectado, auxiliando na caracterização dos agentes encontrados por filogenia molecular. A principal desvantagem é que a PCR ou outros métodos de detecção molecular não permitem distinguir partículas virais viáveis de partículas não infecciosas na amostra em teste, o que só é possível complementando os ensaios com cultivos celulares (TAVARES et al., 2005). 2.6 TTV como marcador de potabilidade e qualidade da água No sistema atual de monitoramento da qualidade da água, a Escherichia coli, bem como os demais microrganismos pertencentes ao grupo dos coliformes termotolerantes são as bactérias marcadoras da poluição fecal em águas e esgoto (Resolução CONSEMA nº 128/2006). No entanto, tal indicador tem se mostrado insuficiente, pois esses microrganismos podem não atestar o real risco virológico ambiental. Muitas doenças de origem viral podem ser provenientes de águas nas quais a ausência de bactérias tenha sido detectada e de se observar que após o tratamento da água ainda se existe a presença do TTV 22 e de outros vírus (GRIFFIN et al., 2008). Os vírus não envelopados são geralmente mais resistentes às intempéries ambientais, aos métodos químicos e físicos utilizados no tratamento de água e esgoto. Assim, os vírus apresentam vantagens quando comparados às bactérias, se utilizados como marcadores de eficiência do processo de descontaminação da água (JIANG et al., 2007). O TTV, assim como outros vírus entéricos, pode estar presente em esgotos e contaminarem ambientes aquáticos que poderiam ser fontes de água potável futura. TEIXEIRA & LEAL (2002) relataram a contaminação viral por TTV de águas subterrâneas e poços. O TTV tem sido considerado como um possível agente biológico marcador no estudo de contaminação fecal de águas, tal como ocorre com outros microrganismos dotados de disseminação hídrica (FONG & LIPP, 2005). A presença de TTV é relatada em diversos estudos realizados com amostras de águas, antes e após tratamento (GRIFFIN et al., 2008). Estudo semelhante foi realizado por VAIDYA et al. (2002), na Índia, no qual observaram a presença de 14,5% e 2% de amostras positivas para o TTV, respectivamente antes e após tratamento, o que significa prevalência muito mais baixa, quando comparados aos dados japoneses (HARAMOTO et al., 2005a). Em análise realizada no Japão, o TTV foi detectado em 97% das amostras de esgoto, sendo 18% antes da cloração e 24% após a cloração, o que indica que o vírus esteve amplamente disseminado na população japonesa durante um ano de estudo (HARAMOTO et al., 2005). Em estudo conduzido na cidade de Manaus por DINIZ-MENDEZ et al. (2008) testando amostras de água colhidas em cursos d’água que atravessam a cidade observou-se presença de TTV em 92% das amostras de água analisadas e processadas por PCR em tempo real. Na mesma pesquisa também foram analisadas as amostras seguindo a metodologia por PCR convencional, na qual o resultado positivo para o TTV foi de 36,5%. DALLA VECCHIA & SPILKI (2009), avaliando amostras de diferentes procedências, como água de rio, de estações de tratamento, água mineral e efluentes de origem pecuária, através da técnica de PCR detectaram a presença de TTV em aproximadamente 10,7% (3/28) das amostras analisadas. Os autores 23 afirmam que, de acordo com seus dados, a ocorrência do TTV é apenas esporádica em água considerada contaminada, na região e que mais amostras devem ser analisadas para que haja a certificação de tais resultados. 24 3.0 CONSIDERAÇÃOES FINAIS Novos estudos devem ser realizados com o propósito de investigar o comportamento e o papel do TTV na natureza. Além disso é importante buscar métodos e protocolos que passem a fazer parte das rotinas dos sistemas de monitoramento de águas e esgoto, que sejam efetivos e ajam de forma complementar à análise de contaminação fecal da água, bem como à análise do impacto causado ao ambiente relacionado à ocupação humana. É necessário que sejam realizados novos estudos que envolvam a pesquisa do TTV, associada ou não à detecção de outros agentes virais, buscando relacionar a possibilidade de este vírus estar relacionado ao desenvolvimento de patologias em humanos e animais. Até o momento não há evidências do desenvolvimento de doenças diretamente associadas à presença deste vírus, assim como não há manifestações clínicas exclusivas do TTV. Portanto, é necessária a realização de estudos complementares que levem à compreensão da biologia e especialmente das estratégias de disseminação deste agente em populações humanas e animais. 25 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. ABE, K.; INAMI, T.; ASANO, K.; MIYOSHI, C.; MASAKI, N.; HAYASHI, S.; ISHIKAWA, K.; TAKEBE, Y.; WIN, KM.; EL-ZAYADI, A.R.; HAN, K.H.; ZHANG, D.Y. TT virus infection is widespread in the general populations from different geographic regions. Journal of Clinical Microbiology, Washington, v. 37, p. 2703-2705, out. 1999. 2. 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