Informe Sangue Oculto 01

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Informe Científico
Set/2009 - número 1
O câncer de colo-retal pode comprometer ambos os
sexos e está presente com maior incidência nas
regiões sul e sudeste do Brasil. De acordo com o
Instituto Nacional do Câncer (INCA), Santa Catarina é
o quinto Estado mais acometido por essa doença.
Entre 40 e 50% dos pacientes com diagnóstico em
fase inicial da enfermidade têm sobrevida média de
cinco anos.
A Organização Mundail de Saúde (OMS), a
Sociedade Americana de Câncer (American Cancer
Society - ACS) e o INCA recomendam rastreamento
para câncer colo-retal a partir dos 50 anos de idade,
através da pesquisa anual de sangue oculto nas fezes,
ou sigmoidoscopia a cada cinco anos. A colonoscopia é
indicada como triagem a cada dez anos e também
como método confirmatório para os demais exames.
Pessoas com histórico familiar de câncer colo-retal e
de outros tipos de câncer (mama, útero, ovário), bem
como de pólipos, doenças de Crohn, retocolite
ulcerativa ou diverticulite fazem parte do grupo de
risco. Para elas, sugere-se o rastreamento do câncer
colo-retal a partir dos 40 anos.
O exame de sangue oculto não é invasivo e
fundamenta-se na detecção de pequenos
sangramentos nas fezes, antes do surgimento dos
sintomas. Estudos controlados indicam que o
rastreamento com sangue oculto está associado à
redução de 33% na mortalidade por esse tipo de
câncer. Entre os métodos disponíveis para sangue
oculto, estão os colorimétricos tradicionais e os
imunológicos.
Os métodos tradicionais detectam sangue nas fezes
através da atividade pseudoperoxidase da porção
heme da hemoglobina. Esse exame é suscetível à
interferência de alimentos e medicamentos. Além
disso, não é específico para hemoglobina humana, o
que pode levar a resultados falso-positivos ou falsonegativos. Por exemplo, o uso de medicamentos como
antiinflamatórios não esteroidais, ferro, vitamina C,
laxantes, bem como bebidas alcóolicas podem
interferir no resultado. Para minimizar tais
interferências, nos três dias que antecedem a coleta
A pesquisa de sangue oculto como
triagem para o câncer colo-retal
da amostra, a pessoa deve submeter-se a uma dieta
indicada pelo laboratório.
O método imunológico detecta sangue humano nas
fezes com o auxílio de anticorpos monoclonais antiglobina humana, não sofrendo interferência de
hemoglobinas de outras espécies animais. Assim
torna-se dispensável a dieta. Recomenda-se, a critério
clínico, antes da realização do exame, a suspensão do
uso de medicamentos que agridem o trato
gastrintestinal (TGI). Por ser a globina degradada
pelas enzimas do TGI superior, essa metodologia
apresenta maior especificidade para sangramentos do
TGI inferior e, conseqüentemente, para o câncer coloretal.
Para a realização de ambas as metodologias, a
coleta da amostra não deve ser realizada quando
houver sangramentos menstrual e gengival,
hemorróidas sangrantes ou hematúria. O Cepac
Laboratório disponibiliza as duas metodologias para
sangue oculto.
PARTICULARIDADES DAS METODOLOGIAS
Método imunológico:
- especificidade para sangue humano;
- baixos resultados falso-positivos;
- necessidade de suspensão de anfiinflamatórios não
esteroidais;
- não realizado pela maioria dos convênios médicos.
Método tradicional:
- reação com outras hemoglobinas animais (carnes
brancas e vermelhas);
- altos resultados falso-positivos;
- necessidade de dieta antes do teste;
- necessidade de suspensão de antiinflamatórios não
esteroidais, vitamina C e ferro (a critério médico);
- realizado pela maioria dos convênios médicos.
COMO SOLICITAR
- Pesquisa de sangue oculto tradicional
- Pesquisa de sangue oculto por método imunológico
O Informe Científico é uma publicação idealizada pelo Cepac Laboratório
Responsáveis Técnicos: Christian Ouriques Breda (CRF 4318) / Morgana Baú (CRF 2705) / Silvana Lunelli (CRF 2596)
Edição e redação: Elissa Bonato (DRT/SC 01760) ([email protected])
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