FAULDCARBO carboplatina Solução injetável 10 mg/mL USO EXCLUSIVO INTRAVENOSO USO ADULTO FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÕES Solução injetável com 50 mg de carboplatina em cada frasco-ampola. Embalagem contendo 1 frasco-ampola com 5 mL cada. Solução injetável com 150 mg de carboplatina em cada frasco-ampola. Embalagem contendo 1 frasco-ampola com 15 mL cada. Solução injetável com 450 mg de carboplatina em cada frasco-ampola. Embalagem contendo 1 frasco-ampola com 45 mL cada. COMPOSIÇÃO Cada 1 mL de FAULDCARBO contém: carboplatina ....................................................................................................................10 mg água para injeção q.s.p......................................................................................................1 mL USO RESTRITO A HOSPITAIS Este medicamento é de uso restrito a hospitais ou clínicas especializadas, devendo ser manipulado apenas por pessoal treinado. As “Informações ao paciente” serão fornecidas pelo médico assistente conforme necessário. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO: conservar este medicamento em temperatura abaixo de 25ºC e protegido da luz. PRAZO DE VALIDADE: o prazo de validade é de 24 meses após a data de fabricação impressa na embalagem externa, desde que sejam observados os cuidados de armazenamento. Não deve ser usado medicamento após o prazo de validade, pois pode trazer prejuízos à saúde. TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS. INFORMAÇÕES TÉCNICAS CARACTERÍSTICAS FAULDCARBO é um medicamento antineoplásico, cujo princípio ativo é a carboplatina, denominada quimicamente de diamino[1,1-ciclobutanodicarboxilato(2-)]-platina, com peso molecular de 371,27 e fórmula empírica C 6 H 12 N 2 O 4 Pt. PROPRIEDADES FARMACODINÂMICAS A carboplatina apresenta propriedades bioquímicas semelhantes às da cisplatina, produzindo predominante ligações cruzadas intercadeias no DNA celular. A carboplatina inibe a síntese proteica bloqueando a replicação e a separação posterior das cadeias de DNA através da formação de pontes cruzadas (ligações alquílicas) entre duas cadeias de uma molécula de DNA ou entre cadeias de moléculas adjacentes de DNA. Consequentemente ocorre a inibição do RNA e das proteínas plasmáticas. PROPRIEDADES FARMACOCINÉTICAS Em pacientes com clearance de creatinina ≥ 60 mL/min que receberam doses de 300-500 mg/m2, as concentrações plasmáticas da carboplatina decaíram de modo bifásico com meia-vida média da fase inicial (tα) de aproximadamente 1,6 h e da fase final (tβ) de 3h. A carboplatina apresenta uma farmacocinética linear em pacientes com clearance de creatinina ≥ 60 mL/min. Não são encontradas no plasma quantidades significativas livres e ultrafiltráveis de outras estruturas contendo platina, além da carboplatina. Entretanto, a platina da carboplatina liga-se às proteínas plasmáticas e é lentamente eliminada, com uma meia-vida mínima de cinco dias. A principal via de eliminação da carboplatina é a excreção pelos rins. Pacientes com clearance de creatinina ≥ 60 mL/min excretam 70% da dose de carboplatina através da urina, sendo a maior parte entre 12-16 h. Em pacientes com clearance de creatinina < 60 mL/min, os clearances renal e corpóreo totais da carboplatina decrescem com a diminuição do clearance de creatinina, indicando assim a necessidade de ajuste de dose nos pacientes com função renal alterada. INDICAÇÕES FAULDCARBO está indicado no tratamento de diversas neoplasias como: 1 Carcinoma avançado de ovário, como terapia de primeira e segunda linha (no caso de falha de outros tratamentos). Carcinoma espinocelular de cabeça e pescoço. Carcinoma de pequenas células do pulmão. Foram observadas respostas significativas quando a carboplatina foi empregada no tratamento do carcinoma do colo uterino. A carboplatina é utilizada frequentemente em combinação com outros agentes quimioterápicos em várias indicações, como por exemplo, o paclitaxel, no tratamento do carcinoma avançado de ovário. CONTRAINDICAÇÕES FAULDCARBO é contraindicado para pacientes com histórico de reações alérgicas graves à carboplatina, ou a outros compostos contendo platina. Também é contraindicado em pacientes com tumores localizados que apresentem hemorragias, pacientes com mielossupressão severa e pacientes portadores de insuficiência renal grave (vide “Posologia” e “Advertências e precauções”). ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES Cuidados de Administração: FAULDCARBO solução injetável deve ser administrado por via intravenosa, podendo ser diluído em solução de cloreto de sódio 0,9% ou solução glicosada 5%. FAULDCARBO só deve ser administrado sob supervisão de um médico com experiência no uso de agentes quimioterápicos. A carboplatina deve ser administrada a cada quatro semanas, de acordo com a contagem de células sanguíneas, garantindo a recuperação de níveis satisfatórios. Reações alérgicas: hipersensibilidade e reações anafiláticas foram relatadas durante a terapia com carboplatina e com outros medicamentos que contêm platina. Essas reações podem ocorrer poucos minutos após a administração da carboplatina e, nesse caso, devem ser tratadas com terapia de suporte apropriada. Mielossupressão: a mielodepressão (leucopenia, neutropenia e trombocitopenia) é dependente e limitante da dose, estando intimamente relacionada ao clearance do fármaco. A contagem sanguínea deve ser monitorada frequentemente durante a terapia com carboplatina. O nadir (efeito deteriorante máximo) ocorre no 21º dia em pacientes recebendo FAULDCARBO sob monoterapia e no 15º dia em pacientes sob terapia combinada. Os ciclos de carboplatina não devem ser repetidos até que a contagem de plaquetas atinja o mínimo de 50.000/mm3 e a de leucócitos, mínimo de 2.000/mm3. No caso de contagens inferiores, deve-se suspender a terapia até que haja recuperação completa, que ocorre normalmente em cinco a seis semanas. A transfusão sanguínea é muitas vezes necessária durante o tratamento com carboplatina, uma vez que a anemia é cumulativa. A ocorrência de mielossupressão aumenta em pacientes que sofreram tratamento anterior (particularmente com cisplatina) e/ou com disfunção renal ou hepática. Pode ser necessário ajuste da posologia. Neurotoxicidade: a toxicidade neurológica periférica é geralmente branda e rara, e sua incidência é maior em pacientes com mais de 65 anos ou previamente tratados com cisplatina. A estabilização e melhora da neurotoxicidade preexistente induzida pela cisplatina ocorreu em cerca da metade dos pacientes que receberam carboplatina como tratamento secundário. Distúrbios visuais, inclusive perda de visão, foram raramente relatados após o uso da carboplatina quando pacientes com insuficiência renal receberam doses maiores do que as recomendadas. A visão pareceu recuperar-se totalmente ou a um grau significativo dentro de semanas após a interrupção dessas altas doses. Outros: embora a carboplatina apresente potencial nefrotóxico limitado, o tratamento concomitante com aminoglicosídios tem resultado em episódios de toxicidade renal e auditiva aumentadas. A perda clinicamente significativa da audição foi relatada em pacientes pediátricos que receberam doses maiores do que as recomendadas de carboplatina em combinação com outros agentes ototóxicos. Doses muito elevadas de carboplatina (até cinco vezes ou mais que a recomendada) resultaram em anormalidades graves na função hepática e renal. Pacientes previamente tratados com cisplatina podem apresentar náuseas e vômitos mais graves. Para redução da incidência e intensidade deste evento adverso, recomenda-se uma pré-medicação com antieméticos e o prolongamento do período de administração de carboplatina através de infusão contínua ou por mais cinco dias consecutivos. Carcinogênese, mutagênese, comprometimento da fertilidade: o potencial carcinogênico da carboplatina não foi estudado, porém, compostos com mecanismos de ação e mutagenicidade semelhantes foram relatados como carcinogênicos. A carboplatina demonstrou mutagenicidade tanto in vitro quanto in vivo. GRAVIDEZ E LACTAÇÃO Categoria de risco na gravidez: D. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informar imediatamente o médico em caso de suspeita de gravidez. A carboplatina revelou-se ser embriotóxica e teratogênica em ratos que receberam o fármaco durante a organogênese. Não existem estudos bem controlados em mulheres grávidas, portanto, não é recomendada sua administração em caso de gravidez. Caso a paciente engravide durante o tratamento, os riscos potenciais para o feto deverão ser informados. Mulheres em idade fértil devem utilizar métodos contraceptivos adequados. Não se sabe se a carboplatina é excretada no leite materno. Devido ao risco potencial ao lactente, mulheres em fase de lactação devem ser aconselhadas a não amamentar durante a terapia com carboplatina. USO EM IDOSOS, CRIANÇAS E OUTROS GRUPOS DE RISCO 2 Uso pediátrico: não há informações suficientes que garantam a eficácia e segurança do uso em crianças. Uso em idosos: as neuropatias periféricas associadas à terapia com carboplatina parecem ser mais comuns em pacientes com mais de 65 anos de idade, quando comparadas em pacientes mais jovens. Pacientes idosos são mais suscetíveis aos efeitos adversos do medicamento por apresentarem uma diminuição na função renal e no sistema hematopoiético. Nos estudos envolvendo a terapia combinada com carboplatina e ciclofosfamida, os pacientes idosos tratados com a carboplatina foram mais suscetíveis ao desenvolvimento de trombocitopenia grave do que os pacientes mais jovens; nos estudos envolvendo o tratamento com a carboplatina como agente único em diferentes tipos de tumores, a incidência de eventos adversos foi similar entre jovens e idosos; contudo, a maior sensibilidade de alguns pacientes idosos não pode ser excluída. Por estar a função renal frequentemente diminuída nos idosos, deve-se considerá-la para determinação da dosagem (vide “Posologia”). INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS Os efeitos nefrotóxicos da carboplatina podem ser potencializados com o uso de antibióticos aminoglicosídicos ou outras substâncias nefrotóxicas, levando às mudanças no clearance renal da carboplatina. Outros agentes mielossupressores podem exigir alterações posológicas a fim de minimizar a toxicidade hematológica associada à carboplatina. Em pacientes que estão recebendo carboplatina em associação com paclitaxel, mialgias e artralgias podem ocorrer com frequência. Casos de fadiga também foram reportados em pacientes que receberam esse tratamento. Dores, mais frequentemente relacionadas ao tamanho do tumor e astenia, ocorreram em pacientes que estavam recebendo carboplatina em associação com ciclofosfamida. A administração concomitante de carboplatina com medicamentos hematogênicos ou a administração em pacientes que estavam fazendo uso desse tipo de medicação pode aumentar o risco de vômitos e náuseas. Vacinas de vírus vivos não devem ser utilizadas durante o tratamento com carboplatina. REAÇÕES ADVERSAS E ALTERAÇÕES DE EXAMES LABORATORIAIS Sistema hematopoiético: a mielodepressão é o principal efeito adverso limitante da dose. Foram relatados casos de leucopenia em 55% dos pacientes, trombocitopenia em 62% dos pacientes e anemia em até 59% dos pacientes. A gravidade da mielodepressão é maior em pacientes que sofreram tratamento anterior (em particular com a cisplatina), em pacientes que receberam ou estão recebendo concomitantemente outros agentes mielodepressores ou radioterapia e em pacientes com função renal alterada. As doses iniciais de FAULDCARBO nestes grupos de pacientes devem ser reduzidas apropriadamente (vide “Posologia” e “Administração”) e os efeitos cuidadosamente monitorados através de contagens sanguíneas frequentes entre os ciclos. A terapia combinada de FAULDCARBO com outras formas de tratamento mielodepressivo deve ser planejada muito cuidadosamente com relação às dosagens e ao tempo, a fim de minimizar os efeitos aditivos. Quando a carboplatina é utilizada como terapia única, a toxicidade é, em geral, reversível e não cumulativa, embora nos casos mais graves possa ser necessário recorrer à terapia transfusional. Foi observada anemia com taxa de hemoglobina abaixo de 11 g/dL em 71% dos pacientes com valores basais normais. A incidência de anemia aumenta com o aumento da exposição à carboplatina. Gastrintestinais: vômitos ocorrem em 65% dos pacientes, um terço dos quais de forma grave. Náuseas ocorrem em mais de 15% dos pacientes. Pacientes previamente tratados (em particular, com a cisplatina) estão aparentemente mais propensos ao vômito. Outros efeitos adversos gastrintestinais consistem em dor (17%), diarreia (6%) e constipação (6%). Foi relatada também a ocorrência de estomatites e mucosites. As náuseas e vômitos podem surgir entre 6-12 horas após a administração de carboplatina e geralmente desaparecem dentro de 24 horas. Deve-se utilizar medicação antiemética para o controle adequado desses efeitos. Sistema renal: quando administradas nas doses usuais, a redução da função renal tem sido pouco comum. Ocorreu elevação da creatinina sérica em 6% dos pacientes, da ureia no sangue em 14% e do ácido úrico em 5%. Vinte e sete por cento dos pacientes com valor basal de 60 mL/min ou mais tiveram uma redução do clearance de creatinina durante a terapia com carboplatina. Estes efeitos são, geralmente moderados, e reversíveis em cerca de 50% dos pacientes. Eletrólitos: diminuição dos níveis séricos de sódio, potássio, cálcio e magnésio ocorreram em 29%, 20%, 22% e 29% dos pacientes, respectivamente. Relatou-se de forma espontânea vários casos de hiponatremia precoce. Neurotoxicidade: neuropatias periféricas foram relatadas em 4% dos pacientes tratados com carboplatina, manifestadas principalmente como parestesias e diminuição dos reflexos do tendão. Pacientes com mais de 65 anos de idade e previamente tratados com a cisplatina, bem como aqueles que receberam tratamento prolongado com carboplatina, parecem ter maior risco de desenvolver neuropatias periféricas. Sintomas do sistema nervoso central foram relatados em 5% dos pacientes e frequentemente parecem estar relacionados ao uso de antieméticos. Ototoxicidade: a ototoxicidade clinicamente significativa e outros distúrbios sensoriais, por exemplo, distúrbios visuais e alterações do paladar, ocorreram em 1% dos pacientes. A ototoxicidade clínica manifestou-se normalmente através de zumbido no ouvido. Distúrbios auditivos preexistentes podem permanecer ou até mesmo aumentar durante a terapia com carboplatina. Sistema hepático: foi observada alteração da função hepática em pacientes com valores basais normais, incluindo elevação da bilirrubina total em 5%, da TGO sérica em 15% e da fosfatase alcalina em 24% dos pacientes. Tais alterações são geralmente transitórias e desaparecem espontaneamente. Alterações significativas nos testes de função 3 hepática ocorreram em um número limitado de pacientes que receberam doses elevadas de carboplatina para transplante autólogo de medula óssea. Reações alérgicas: há relatos de reações de hipersensibilidade em menos de 2% dos pacientes. As reações alérgicas associadas à carboplatina foram similares àquelas observadas após terapia com cisplatina e incluem erupções cutâneas, urticária, eritema, prurido, raramente broncoespasmos e hipotensão. Reações do tipo anafiláticas têm ocorrido minutos após a administração do fármaco. As reações de hipersensibilidade foram tratadas com sucesso mediante epinefrinapadrão, corticosteroide e terapia anti-histamínica. Visão: distúrbios visuais, incluindo perda de visão, foram raramente relatados após o uso da carboplatina quando pacientes com insuficiência renal receberam doses maiores que as recomendadas. A visão parece recuperar-se totalmente ou a uma significativa extensão dentro de semanas após a interrupção dessas altas doses. Outras reações: casos de alopecia ocorreram em 3% dos pacientes, astenia em 8%, sintomas semelhantes à gripe em 1% e reações no local da injeção em menos de 1% dos pacientes. Efeitos adversos sobre os sistemas respiratório, cardiovascular e geniturinário, da mucosa, cutâneos e musculoesqueléticos ocorreram em menos de 5% dos pacientes. Embora tenha ocorrido óbito por complicações cardiovasculares (insuficiência cardíaca, embolia, acidente vascular cerebral) em menos de 1% dos pacientes, não está claro se estava relacionado à quimioterapia ou às condições gerais do paciente. Houve casos raros de síndrome hemolítico urêmica. Reações no local da aplicação: foram relatadas reações no local da injeção como vermelhidão, inchaço e dor local. Foi relatada necrose associada ao extravasamento. ADMINISTRAÇÃO Nota: dada à possibilidade de extravasamento, é aconselhável monitorar cautelosamente o local da infusão quanto à possível infiltração durante a administração do medicamento (vide “Reações adversas e alterações de exames laboratoriais”). Todos os procedimentos para manuseio, dispensação e descarte adequado de fármacos e medicamentos antineoplásicos devem ser considerados Todo o procedimento de manuseio e dispensação devem ser realizados por pessoal altamente treinado. Qualquer manipulação deve ser realizada em capela de fluxo laminar, mediante material de proteção adequado como luvas, máscaras e vestimenta apropriada. Evitar contato acidental da preparação citotóxica com os olhos, pele ou mucosa. Se a solução de FAULDCARBO entrar em contato com a pele ou olhos, recomenda-se lavar imediatamente a região com grande quantidade de água ou solução salina isotônica; caso o contato seja com as mucosas, lavar a região atingida com água corrente abundantemente. Qualquer preparação citotóxica não deve ser manipulada por funcionárias que possam estar grávidas. Todos os dispositivos utilizados na reconstituição (seringas, agulhas, etc.) devem ser adequada e cuidadosamente descartados. Em caso de derramamento acidental, o acesso ao local deve ser restrito. O líquido derramado deve ser absorvido mediante toalhas absorventes próprias e a área contaminada limpa com água, sabão e desinfetante adequado. O material utilizado deve ser descartado em contêineres e/ou sacos plásticos duplos, próprios para o descarte. O rótulo deve conter os seguintes dizeres: LIXO TÓXICO PARA INCINERAÇÃO. A incineração deve ser a 1100°C. Preparação para administração intravenosa: FAULDCARBO deve ser usado unicamente por via intravenosa. A solução pode ser diluída em soro glicosado 5 % ou solução fisiológica 0,9% até a concentração mínima de 0,5 mg/mL. Agulhas ou equipos que contenham partes de alumínio que possam entrar em contato com a carboplatina não devem ser utilizados para sua preparação ou administração. O alumínio reage com a carboplatina levando à formação de um precipitado e à perda da potência. Recomenda-se inspecionar visualmente a solução diluída, buscando partículas ou descoloração antes da administração, sempre que a solução e o recipiente permitirem. Estabilidade e condições de armazenamento: FAULDCARBO solução injetável pode ser diluído em glicose a 5 % ou soro fisiológico 0,9%. A solução diluída é quimicamente estável por 24 horas quando estocada sob refrigeração (entre 2°C e 8°C) e protegida da luz. FAULDCARBO não contém qualquer agente conservante, por isso, para evitar a possibilidade de contaminação microbiológica, deve iniciar-se a administração da infusão logo após a sua preparação. POSOLOGIA Adultos: a dose recomendada para adultos não tratados previamente e com função renal normal é de 400 mg/m2 em dose única, administrada por infusão de 15 a 60 minutos. O tratamento não deve ser repetido até que se completem quatro semanas após a administração anterior e/ou até que a contagem de neutrófilos seja de pelo menos 2.000 células/mm3 e a de plaquetas de 100.000 células/mm3. Recomenda-se a redução da dose inicial em 20-25% nos pacientes que apresentam fatores de risco, tais como, tratamento mielossupressor prévio e mal estado geral (ECOG-Zubrod 2-4 ou Karnofsky <80). A determinação do nadir hematológico através de hemogramas semanais durante os ciclos iniciais de tratamento com carboplatina é recomendada para ajustes de dosagens nos ciclos subsequentes. Pacientes com função renal alterada: pacientes com função renal alterada (clearance de creatinina< 60 mL/min) apresentam risco aumentado para a ocorrência de mielodepressão grave. A incidência de leucopenia grave, neutropenia ou trombocitopenia manteve-se em cerca de 25% quando utilizadas as doses recomendadas abaixo : 4 Clearance da creatinina basal (mL/min) 41-59 16-40 Dose de carboplatina (mg/m2) 250 200 Não há dados suficientes disponíveis para pacientes com função renal gravemente prejudicada (clearance de creatinina < 15 mL/min) que permitam recomendações de dose nesses casos. As doses recomendadas acima se aplicam ao ciclo inicial de tratamento. Doses subsequentes devem ser ajustadas de acordo com a tolerabilidade e grau de mielodepressão do paciente. Terapia associada: ajustes de acordo com o esquema posológico utilizado são necessários quando a carboplatina for administrada em associação com outros agentes mielossupressores. Fórmula para cálculo de dose: outra maneira de se determinar a dose inicial de carboplatina é através do uso de uma fórmula matemática, que se baseia na função renal preexistente do paciente e no nadir de plaquetas desejado. O uso da fórmula possibilita o ajuste da dose nos pacientes que apresentam variabilidade da função renal antes do tratamento, a fim de evitar doses insuficientes ou excessivas, de acordo com o grau de comprometimento renal do paciente. A fórmula proposta por Calvert, baseia-se na taxa de filtração glomerular (GFR em mL/min) e na área sob concentração pelo tempo (ASC em mg/mL/min). Dose (mg) = (ASC desejado) X (taxa de filtração glomerular + 25) Nota: na fórmula de Calvert, a dose total de carboplatina é calculada em mg e não em mg/m2 ASC desejado 5-7 mg/mL/min 4-6 mg/mL/min 4-6 mg/mL/min Quimioterapia desejada carboplatina como agente único carboplatina como agente único carboplatina com ciclofosfamida Status do paciente Previamente não tratado Previamente não tratado Previamente não tratado Uso em pacientes idosos: a fórmula para cálculo de dose de carboplatina baseada na estimativa GFR deve ser utilizada nesses pacientes para a determinação da ASC plasmática de carboplatina pretendida, a fim de minimizar o risco de toxicidade. SUPERDOSE Não existe antídoto conhecido para a superdose de carboplatina. As complicações de superdose podem estar relacionadas à mielossupressão bem como a danos na função hepática e renal. O uso de carboplatina em doses maiores que as recomendadas tem sido associado a casos de perda de visão, diarreia e alopecia. Em caso de superdose, o tratamento deve ser sintomático e de suporte. PACIENTES IDOSOS Como os pacientes idosos frequentemente apresentam redução da função hepática, recomenda-se o ajuste da dosagem a fim de que seja minimizada a toxicidade (vide “Posologia”). TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS. VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA USO RESTRITO A HOSPITAIS MS nº. 1.0033.0133. Farmacêutica Responsável: Cintia Delphino de Andrade - CRF - SP 25.125. Registrado por: LIBBS FARMACÊUTICA LTDA. Rua Josef Kryss, 250 – São Paulo – SP CNPJ: 61.230.314/0001-75 Fabricado por: LIBBS FARMACÊUTICA LTDA. Rua Alberto Correia Francfort, 88 – Embu – SP 5 Indústria brasileira www.libbs.com.br Data de fabricação, lote e validade: vide cartucho FCARB_5 6