António Calpi nasceu em Lisboa a 15 de Abril de 1952. Formou-se na Escola Superior de Teatro do Conservatório Nacional (1974-77) e no The Lee Strasberg Theatre Institute de Nova Iorque (1981-82). Tem o Curso de Gestão das Artes – Instituto Nacional de Administração (1991). Posteriormente foi bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian e FLAD em Nova Iorque junto de Marcia Haufrecht especializando-se na técnica do Método (1996-97). Estreou-se no teatro na Tragédia Infantil de Wedekind (1979), encenado por Osório Mateus com quem voltou a trabalhar juntamente com Ana Jotta em Peça para dois actores de Tennessee Williams (1987). Com Nuno Carinhas fez o Perlimplim de "D. Perlimplim com Beliza em seu jardim de Lorca, no ACARTE (1987) e Um Auto para Jerusalém de Mário Cesariny, no Teatro Nacional D. Maria II (2002). Participou no espectáculo de Lúcia Sigalho Puro Sangue (1995). Integrou o elenco do Bridge Project – Lisbon de Richard Foreman, material integrante do espectáculo Wake up Mr. Sleepy, Your Unconscious Mind Is Dead em Nova Iorque (2007). Encenou, entre outros, Balancé de William Gibson com Suzana Borges e Virgílio Castelo (1989). Como actor/ encenador fez no Armazém do Ferro Dançai Todos (1999) e Tetaro (2000) e na Culturgest Sirynx sobre poema de António Franco Alexandre (2001). No cinema destaca a sua participação no filme de João Mário Grilo A Falha (2001) e também em Francisca (1980) e Soulier de Satin (1985) de Manoel de Oliveira. Entre 1991 e 2003 desenvolveu actividade pedagógica regular. Desde 1998 que ocupa as funções de Consultor para o Sector de Teatro no Serviço de Belas Artes da Fundação Calouste Gulbenkian. Fernando Matos de Oliveira é docente da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, onde lecciona diversas disciplinas do curso de Estudos Artísticos, nas áreas de História do Teatro, Crítica Teatral, Análise do Espectáculo e Teorias da Performatividade. Vem publicando ensaios sobre teatro, narrativa e poesia em diversas revistas nacionais e estrangeiras. É autor do livro O Destino da Mimese e a Voz do Palco: O Teatro Português Moderno (1997) e de Teatralidades. 12 Percursos pelo Território do Espectáculo (2003). Organizou e editou a Antologia Poética (1998) e os Escritos sobre Teatro (2001) de António Pedro, o fundador do TEP. Reuniu no volume Teatro. Ódio de Raça. O Cedro Vermelho (2000, em colaboração com Maria Aparecida Ribeiro) os textos de temática social mais significativos de Gomes de Amorim. Traduziu o volume de poesia Aos Queridos Mortos, de Durs Grünbein (2004) e, juntamente com Ana R. Luís, o ensaio Epistemologia do Armário (2003), de Eve Kosofsky Sedgwick. Coordenou o Nº 4 da revista Sinais de Cena, editada pela Associação Portuguesa de Críticos de Teatro e pelo Centro de Estudos de Teatro e, em 2005, organizou Melodrama I (com José Oliveira Barata e Maria Helena Santana), primeiro volume de uma série de estudos sobre a cultura melodramática na época moderna e contemporânea, a decorrer no Centro de Literatura Portuguesa da FLUC. Ultima a redacção do livro O Teatro na Escola. História, Crítica e Teoria, com publicação prevista para o primeiro trimestre de 2009. Giacomo Scalisi nasceu em Itália a 10 de Novembro de 1958, onde fez a sua formação como actor de teatro e cinema. Trabalhou com a companhia Teatro Laboratorium de Wroclaw, em Itália e na Polónia, sob direcção de Jerzy Grotowski. Continuou a sua formação no Odin Teatret, sob direcção de Eugenio Barba, em Itália e na Dinamarca. Em 1978 integrou o Teatro di Ventura per l’Arte dell’Attore e, com esta companhia, fundou o Istituto di Cultura Teatrale em Santarcangelo de Romagna. Organizou algumas edições do Festival Internacional de Teatro e, paralelamente, estruturou uma actividade pedagógica intensa no seio do Istituto di Cultura Teatrale. Colaborou com outras importantes realidades teatrais europeias, das quais destaca o Roy Hart Theatre, em França. Em 1989 integra a companhia Teatro delle Briciole, em Parma, dedicando-se ao teatro para um público jovem. Entre 1995 e 2000 assume a direcção artística do festival Vetrina Europa. A partir de 1998, desenvolve em Portugal actividade como programador cultural e director artístico, realizando um trabalho de concepção de programas de espectáculos, exposições e formação em torno das várias artes: teatro, dança, música, novo circo, artes plásticas e projectos multidisciplinares que envolvem também as novas tecnologias. Dirigiu, em parceria com Madalena Victorino, o Percursos, Festival Europeu de Artes do Espectáculo para um Público Jovem. Entre 2004 e 2008, foi programador para a área do teatro e novo circo no Centro Cultural de Belém. Actualmente desenvolve actividade de ensino nos cursos organizados pelo Fórum Dança, pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (Programa de Pós-Graduação em Estudos de Teatro) e noutras entidades culturais. Desenvolve sessões de formação em cursos de qualificação e especialização na área cultural, em torno dos temas da arte e educação, estratégias de programação e conceitos artísticos teatrais. Em 2008, a pedido da Câmara Municipal de Portimão, desenhou o projecto artístico do Teatro Municipal de Portimão, para a sua inauguração e parte da sua primeira temporada.