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“Façam favor,
podem pousar as malas, vou só precisar de
uma identificação. Não podemos facilitar,
nunca facilitar. Como daquela vez… parecia
tão mulher… e afinal… queiram desculpar,
são histórias… são histórias…
O elevador nem sempre funciona , deve ser do
frio, ou da idade, nem eu às vezes… funciono.
As paredes deixam passar os gritos, mas não
as vozes. As janelas não abrem desde o dia …
desde um dia triste.
Sejam bem-vindos à Pensão Flor, meus
senhores, onde é noite todas as noites.“
nuno camarneiro
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Há um cheiro no ar .
E ao longe um pregão
a cruzar-se com o som de um navio que se despede da barra
do porto.
A tarde escurece e a viagem deve ser grande. Olho o mar.
Um dia também eu hei de partir. Sabe-se lá por quê, ou por
quem. Sabe-se lá para onde.
As horas passam. Perco-lhes a conta. E a noite fez-se fria.
Mão no bolso, gola levantada, mais um cigarro, rua fora. A
cidade não dorme e eu gosto de caminhar embalado por ela.
Às vezes tenho vontade de ir embora. Buscar outros lugares,
outros amores. Mas gosto de viver aqui. Talvez um dia assente e compre um casa. Não sei. Nunca sei bem o que quero.
Volto à Pensão. A porta continua perra. “Chegou correio pra
mim?” Subo as escadas, entro no quarto. Dispo o casaco e
pego na guitarra. Oiço os teus passos no corredor. Diria que
abrandaste. Gosto da tua incerteza.
Manuel portugal
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vâ n i a c o u t o
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Voz
Nasceu em Espinho no dia 6 de Janeiro de 1985 e desde sempre gostou de cantar.
Ainda muito jovem participou em associações de teatro amador e pequenas apresentações musicais.
Mais tarde, em Coimbra (onde estudou Psicologia), a paixão cresceu através do contacto com diversos
organismos culturais.
Entrou para o GEFAC (Grupo de Etnografia e Folclore da Academia de Coimbra) em 2006, onde descobriu as raízes da música portuguesa.
Em espaços míticos da cidade, como a Casa de Fados Diligência, deixou-se também embalar por intermináveis noites de Fado Vadio. Era um tempo de aventuras que acabaram por desaguar em projetos
mais sérios. Explorou novos caminhos que a levaram ao curso de Jazz da escola Sítio de Sons, onde fez
formação em guitarra e voz. Em 2010 realizou o Curso de Animadores Musicais da Casa da Música do
Porto, no âmbito do projeto Sonópolis, vocacionado para o trabalho com comunidades.
Em 2011, na Educoach, passou a coordenar e a desenvolver projetos educativos ligados à música e ao
teatro, leccionando, atualmente, expressão musical e dramática a alunos do ensino básico e pré-escolar.
Faz parte da banda Macadame (música tradicional portuguesa com interpretações contemporâneas), da
banda Tabacaria (poesia com interpretação musical) e continua a trabalhar ativamente no GEFAC, nas
componentes musical e dramática.
Em 2012 foi convidada para dar voz ao projeto Pensão Flor.
“Quando o Tiago me convidou para o primeiro ensaio da Pensão Flor, não sabia bem o que iria encontrar. Cheirava-me a fado e não consegui dizer que não. Confesso que não tinha grandes expectativas, mas assim que experimentei o primeiro tema fiquei conquistada. Depois vieram mais canções e eu
senti-me imediatamente seduzida pela beleza dos poemas e das composições do Tiago. Identifiquei-me
inteiramente com aquelas letras, aquela envolvência musical, como se finalmente tivesse encontrado o
meu ninho, onde ficar, onde cantar. Não quis mais sair daquela casa que se tornou minha e onde há, hoje,
muito de mim.”
tiagoc.almeida
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Guitarra Clássica, Guitarra Portuguesa, Voz.
Aos 12 anos de idade inicia-se na música com o estudo de Guitarra Clássica que prolongou até aos 16
anos. Um dia, por força de um acaso, teve o primeiro contacto a Guitarra Portuguesa. Desde então,
fixou-se no Fado e em sonoridades que explorou dentro de uma linguagem própria e que ao longo do
tempo o foi afastando do modo tradicional de tocar e de interpretar aquele instrumento.
Em 2012 compõe a sua primeira obra de temas originais para a peça de teatro “Deja Vu” da companhia
Estaca Zero, Porto. Mas é com a Pensão Flor que se estreia no campo da escrita e da composição de canções. É aqui que parece ter encontrado o seu caminho musical.
Tirou a Licenciatura e o Mestrado em Arquitectuta na Arca-Euac Coimbra, tendo colaborado entre 2010
e 2012 com o Arq. J.M.Carvalho Araújo até abrir em 2013 gabinete próprio com o designer Henrique
Patrício alargando assim a sua actividade à área de comunicação e imagem.
Foi finalista do Prémio Secil Universidades 2010, conquistou o 1º Prémio Europan 10 e teve uma Menção Honrosa no concurso internacional para o museu Maia, Tulum México.
Vive e trabalha, actualmente, em Coimbra.
“A pensão flor é, entre muitas outras coisas, um lugar de partilha de emoções que ao longo do tempo
foram ganhando a forma de amizade. É o resultado do esforço e dedicação colectiva ao trabalho, do
potenciar as ideias que cada um partilhou e da persistência de 7 amigos em lutar por algo que acreditam
em conjunto.
O nosso contributo? Gostava que o projecto ajudasse a lançar as bases de uma nova indústria de produção
cultural que dê a merecida atenção a novos projectos.
Este poderá ser o nosso contributo.”
luíspedromadeira
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Piano, Acordeão, Guitarra de Aço, Cavaquinho.
Nasceu em Coimbra a 24 de Julho de 1970, onde vive atualmente.
É licenciado em Educação Musical pela Escola Superior de Educação de Coimbra, que frequentou entre
1994 e 1998. Estudou múltiplos instrumentos, como baixo eléctrico, percussão tradicional portuguesa,
piano de jazz e bandolim.
Realizou múltiplas formações na área do teatro (Comédia del’Arte, oficinas de voz, oficina de construção
e manipulação de marionetas, oficina sobre máscara e mímica, etc.)
É, desde 1999, professor de Educação Musical no I Jardim-Escola João de Deus e tem, na área do ensino,
um vasto caminho percorrido, (Parque Infantil da Maternidade Bissaya Barreto, ITAP, Associação Portuguesa de Paralisia Cerebral).
Destacado sócio do GEFAC - Grupo de Etnografia e Folclore da Academia de Coimbra, onde foi músico
e ator, tendo ainda exercido, durante 7 anos, a função de coordenador da Tocata;
Foi músico e compositor em reconhecidos projetos, como Belle Chase Hotel, Wray Gunn (co-produtor
do álbum “Soul Jam”) e Azembla’s Quartet (bandas sonoras originais dos filmes “Respirar Debaixo De
Água” e “Esquece Tudo O Que Te Disse”)
É também compositor de reportório infantil, com trabalho publicado em diversos álbuns e coleções. E
é autor de múltiplas bandas sonoras para teatro, cinema e dança, tendo assumido, em muitos casos, a
Direção Musical de muitas obras conhecidas do grande público.
Produziu o disco “O Caso da Pensão Flor”, da banda “Pensão Flor”, presentemente em edição.
“Comecei por produzir este trabalho, com o Tiago, mas acabei por me envolver de tal forma que, ao cabo
de algumas sessões, dei por mim do lado de dentro do estúdio a gravar diversos instrumentos. Gosto das
canções e acredito que têm potencial para conquistar um público muito vasto. E a verdade é que, desde
os últimos concertos com os Belle Chase Hotel e os Wray Gunn, já tinha saudades de voltar aos palcos.
Definitivamente, não quero estar na música apenas como produtor“.
luísgarçãonunes
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Guitarra Clássica, Guitarra de Aço, Viola Beiroa.
É difícil traduzir num pequeno parágrafo o vasto curriculum musical daquele que é um dos mais experientes músicos a integrar o projeto Pensão Flor. Luís Garção Nunes iniciou muito cedo uma demorada
viagem musical que começou no GEFAC (Grupo de Etnografia e Folclore da Academia de Coimbra),
passou pela TUNA Académica (Grupo de Música Popular) e continuou, a partir de 1981, com um projeto que haveria de marcar para sempre a história da música portuguesa, a Brigada Victor Jara. Exímio
executante de guitarras acústicas e instrumentos tradicionais, como as violas toeira e beiroa, já passou
por alguns dos mais importantes palcos do mundo, cruzando experiencias com destacados nomes da
cena Folk nacional e internacional.
“Sempre foram as águas do tradicional que me fizeram mover e percorrer várias sonoridades. Depois
de muitos quilómetros, estrada fora, com a Brigada Victor Jara, o projeto da “Pensão Flor” é para mim
um desafio bastante motivador. Lugar onde celebro fortes laços de amizade e uma oportunidade para
trocar experiências com pessoas que estão em áreas musicais muito diversas. Entramos na Pensão Flor
e olhamos, ouvindo, os vários quadros expostos na parede com as rugas do tempo passado, mas com as
cores do presente.”
manuelportugal
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Guitarra Portuguesa
Aprendeu a tocar guitarra com o seu pai, António Portugal, e estreou-se em palco ao lado de António
Brojo, Aurélio Reis, Luís Filipe Roxo e Humberto Matias. O famoso Grupo de Guitarras e Cantares
de Coimbra foi a sua escola. E na música de Francisco Martins e Rui Pato bebeu também importantes
influencias. Nunca foi um musico conformado com a redução do fado à sua expressão tradicional e,
com João Queirós e Rui Rodrigues, compôs inúmeros fados e canções que o grupo Baladas de Outono
apresentou, durante duas décadas, em Portugal e no estrangeiro. Mais recentemente, com Tiago Almeida
e José Filipe Martins redescobriu o prazer de desafiar as tradições e buscar novas formas de expressão
musical através da guitarra portuguesa. O projeto Pensão Flor é o resultado desse trabalho que nasceu na
mesma sala onde antes tocaram e cantaram alguns dos grandes nomes do Fado e da música tradicional
portuguesa.
“Quando ouvi a Vânia, no primeiro ensaio, estremeci por dentro. Percebi, na sua voz, que alguma coisa
podia acontecer. Desatámos a trabalhar e o futuro começou naquele momento.
Até ali a minha casa era o Fado. Literalmente. E o meu universo de sons era o da guitarra de Coimbra
que o meu pai tocava com os amigos que estavam sempre a entrar pela porta dentro. O Zeca, o Adriano,
o Luís Góis, o António Bernardino, o António Brojo, o Francisco Martins, o Rui Pato, entre tantos outros. Às vezes apareciam também o Vitorino e o Janita. Gostava de os ver mexer nas canções e nos fados.
Quem conta um conto acrescenta um ponto - essa foi, para mim, a grande lição. Sem a qual não seria
hoje capaz de pegar de adaptar a guitarra portuguesa a novas linguagens mais neutras e até sons que nos
chegam de outras paragens (Africa, América Latina, etc).
Não é um adeus ao fado. Apenas um até já. Como um dia cantou Paradela de Oliveira, eu hei de voltar
um dia, que eu sou como as andorinhas.”
pedrolopes
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Viola Fado
A sua vida cruza-se, desde a infância, com a guitarra clássica e a viola de fado. Frequentou as casas de
António Portugal e António Brojo, cultores referenciais da guitarra e do fado, e mais tarde foi ativo dirigente da Secção de Fado da Associação Académica de Coimbra.
É um dos mais consagrados nomes da atual geração do fado, tendo contribuído, durante mais de 20 anos,
como músico, dinamizador e produtor, em destacados projetos que levaram o fado aos quatro cantos
do mundo: “Quinteto de Coimbra” (2000), idealização, organização e execução do Centro Cultural “à
Capella” (2003), “Movimentos Perpétuos”– Homenagem a Carlos Paredes (2003), direção artística do
projeto “República Carlos Paredes” (2006), promotor do programa “Rio de Fado” (2008), “Guitarras do
Meu País” (2010), entre muitos outros.
Instrumentista sempre aberto a novas pontes para a música portuguesa e para a música do mundo,
abraçou o trabalho da Pensão Flor e ajudou a construir a sonoridade e a identidade do projeto.
“Um dia o Manel, o Tiago e o Luís Garção bateram-me à porta. Traziam um conjunto de canções e a
ideia de fazer um trabalho com músicas novas. Queriam fazer pontes entre as raízes do fado, a música
portuguesa e também a lusofonia. Em poucos minutos já me sentia envolvido no projeto. Pensão Flor é
uma porta aberta para imensos caminhos. Agrada-me essa ideia. E sinto nesta música um aroma fresco,
intenso, mas simples, muito simples. Uma linguagem que julgo poder traduzir em apenas uma palavra:
verdade.”
gonçaloleonardo
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Contrabaixo
Nasceu em Caldas da Rainha em 1983. Estudou violino no Conservatório de Caldas da Rainha e também
no Conservatório de Coimbra, onde se licenciou como Professor de Educação Musical. É em Coimbra
que começa a tocar Contrabaixo e que integra o GEFAC (Grupo de Etnografia e Folclore da Academia de
Coimbra). Em 2006 ingressa no Hot Clube de Portugal, em Lisboa, onde estuda com Bernardo Moreira,
Nelson Cascais e Nuno Correia. Paralelamente teve aulas particulares com Demian Cabaud. Participou
em oficinas de trabalho com diversos músicos do panorama do jazz português, nomeadamente Carlos
Barretto e Carlos Bica. Viveu durante um ano em Nova Iorque, onde teve oportunidade de estudar com
Ben Street, Drew Gress e Chris Lightcap. Licenciou-se no curso de Jazz da Escola Superior de Música de
Lisboa tendo como professores Nelson Cascais, Pedro Moreira, João Moreira, entre outros. Atualmente
integra diferentes formações, de vários estilos musicais, colaborando regularmente com destacados
músicos da nova geração do jazz português.
“Pensão Flor é o projeto do qual sentia falta. Estando habitualmente num meio ligado ao jazz, este grupo
vem conectar-me com gostos e raízes ligados à música tradicional e à chamada world music. A ligação ao
fado e à guitarra portuguesa era também algo que há muito procurava. Quando me foi feito este convite
nem hesitei e desde logo senti que a Pensão Flor era também a minha casa.”
o caso da pensão flor
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01 PROFANO (letra e música de Tiago c. almeida)
02 NA VOLTA DE UM BEIJO (letra e música de Tiago c. almeida)
03 BEIJO (letra e música Tiago c. almeida)
04 NÃO SEI NADA SOBRE O AMOR (letra e música de Tiago c. almeida)
05 CAIXINHA DE MÃO (letra e música de Tiago c. almeida)
06 basta um sorriso (letra e música de tiaGO C. ALMEIDA)
07 quebranto (letra e música de VÂNIA COUTO)
08 balão (letra e música de vânia couto)
09 entrega (letra e música de Tiago c. almeida)
10 na minha rua (letra e música de Tiago c. almeida)
11 maria madalena (letra e música de Tiago c. almeida)
PRODUZIDO POR: LUÍS PEDRO MADEIRA & TIAGO C. ALMEIDA
PENSÃO FLOR: VÂNIA COUTO, TIAGO C. ALMEIDA , LUÍS PEDRO
MADEIRA , MANUEL PORTUGAL, LUÍS GARÇÃO NUNES, PEDRO LOPES
E GONÇALO LEONARDO .
CONVIDADOS ESPECIAIS: MANUEL ROCHA (violino), JOÃO
VENTURA (1º violino), DANIEL SILVA (2º violino), FILIPA
BANDEIRA (viola de arco)E LYDIA PINTO (violoncelo).
GRAVADO EM: CASA DAS CALDEIRAS [COIMBRA], ESTÚDIO GRB
[COIMBRA] E ESTÚDIO HCU [LISBOA ] .
MISTURADO POR: JORGE BARATA EM ESTÚDIO HCU [LISBOA ].
MASTERIZADO POR: ANTÓNIO PINHEIRO .
CONCEPÇÃO GRÁFICA: TIAGO C. ALMEIDA & HENRIQUE PATRÍCIO .
FOTOGRAFIA POR: HENRIQUE PATRÍCIO
textos: nuno camarneiro (prémio leya 2012)
recepcionista: rui damasceno
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