Biologia

Propaganda
134
Biologia
Com base nessa figura e em seus conhecimentos sobre o tema,
A) Cite o nome do órgão que é alvo primário da eritropoetina.
Justifique sua resposta.
B) Explique como o aporte elevado de O2 aos tecidos pode
melhorar o desempenho físico.
C) O uso frequente da EPO artificial pode trazer diversos efeitos
colaterais indesejáveis. Cite um desses efeitos.
2. Na figura abaixo estão representadas hemácias de mamíferos e
de outros vertebrados.
Aula 37 – Sistema Imune
O sistema imunológico ou flogístico corresponde às
estruturas do nosso organismo responsáveis pela proteção do
organismo, a defesa contra agentes agressores.
Esse sistema imunológico é composto por uma série de
mecanismos de defesa inespecíficos, isto é, que não fazem
diferença entre os agentes agressores, tratando todos eles da
mesma maneira, e mecanismos de defesa específicos, que
reconhecem o agente agressor e elabora uma resposta específica
para cada tipo de agressor.
O sistema imune se organiza em 3 linhas de defesa,
descritas a seguir.
1ª linha de defesa: Barreiras
Com base nessa figura e em seus conhecimentos sobre o tema,
A) Justifique a seguinte afirmativa:
Hemácias de mamíferos possuem maior capacidade de transporte
de O2 quando comparadas às hemácias de outros vertebrados.
B) Tendo em vista a estrutura das hemácias de mamíferos,
explique a importância da EPO para a homeostase desse grupo
de vertebrados.
Barreiras são estruturas que impedem a penetração dos
agentes invasores.
Como exemplos de barreiras químicas, pode-se citar a
enzima lisozima, presente em saliva, suor e lágrimas e com ação
destruidora sobre a parede celular bacteriana, e o ácido
clorídrico (HCl) presente no suco gástrico, que elimina
microorganismos provenientes de água e alimento.
Como exemplo de barreiras mecânicas, pode-se citar o
muco das vias aéreas, que retém microorganismos para que não
atinjam os alvéolos pulmonares, e os epitélios de revestimento
em pele e mucosas, que dificultam a entrada de
microorganismos.
2ª linha de defesa: Defesa Inata
A defesa inata é inespecífica, agindo com o objetivo de
eliminar os agentes invasores que tenham ultrapassado as
barreiras e atingido a circulação sangüínea.
Como componentes da defesa inata, temos leucócitos
como neutrófilos e eosinófilos, a reação inflamatória e a febre.
Inflamação
A inflamação é uma resposta da defesa inata acionada
contra agentes físicos (como queimaduras por calor), mecânicos
(como pancadas), químicos (como queimaduras por ácidos) ou
biológicos (como infecções).
A reação inflamatória é desencadeada por mediadores
químicos, sendo os principais deles as prostaglandinas,
produzidas a partir dos constituintes das células danificadas.
Célula lesão celular
Fosfolipídios de membrana
Enzima Fosfolipase
Ácido araquidônico
Enzima Ciclooxigenase (Cox)
Prostaglandinas
Inflamação
Simétrico Pré-Universitário – Curso de Biologia – Prof. Landim – www.simetrico.com.br
Biologia
135
As prostaglandinas são responsáveis pela maior parte dos
efeitos da reação inflamatória, como:
- vasodilatação, o que leva uma maior quantidade de sangue e,
consequentemente, mais leucócitos para a defesa e mais
nutrientes e oxigênio para o reparo;
- aumento na permeabilidade vascular, o que permite ao plasma
abandonar os vasos, levando consigo mais leucócitos para a
defesa facilitando a diapedese) e mais nutrientes e oxigênio para o
reparo;
- dor, para impedir que o indivíduo force a área afetada,
agravando a lesão.
Como resultado desses efeitos, pode-se descrever 5 sinais
clássicos do processo inflamatório:
- edema, inchaço promovido pela vasodilatação e pelo
extravasamento de plasma;
- rubor ou vermelhidão, promovido pelo aumento do fluxo
sangüíneo relacionado à vasodilatação;
- calor local, devido ao atrito produzido pelo excesso de sangue
na área;
- dor;
- perda de função, devido à dor.
Febre
Em inflamações generalizadas no organismo, pode ocorrer
febre. As prostaglandinas agem sobre o hipotálamo, região do
encéfalo relacionada à regulação da temperatura corporal, levando
ao aumento da temperatura corporal por:
- aumentar a atividade metabólica corporal, intensificando a
queima de nutrientes nas mitocôndrias, com consequente
produção de calor;
- levar a uma vasoconstricção periférica (na pele), aumentando a
retenção de calor corporal.
O aumento da temperatura proporcionado pela febre
aumenta a velocidade das reações enzimáticas, potencializando a
multiplicação dos leucócitos e as demais reações de defesa.
Entretanto, a excessiva produção de prostaglandinas e a ação de
toxinas bacterianas de efeito pirógeno (gerador de febre) podem
levar a maiores elevações de temperatura, podendo desnaturar
enzimas e promover a morte celular.
Medicamentos antiinflamatórios não esteroidais
A maioria dos medicamentos antiinflamatórios tem efeito
basicamente analgésico (contra a dor) e antitérmico, sendo
substâncias que agem pela inibição da enzima ciclooxigenase
ou Cox, que leva à produção das prostaglandinas; sem
prostaglandinas, o processo inflamatório é então suprimido.
Essas drogas, conhecidas como antiinflamatórios não
esteroidais são exemplificados por princípios ativos como o ácido
acetilsalicílico ou AAS (da Aspirina), o paracetamol (do Tylenol), a
dipirona (do Dorflex e da Novalgina) e outros.
Medicamentos antiinflamatórios esteroidais
Esteróides são lipídios derivados do colesterol,
substância encontrada na membrana celular de células animais
com função de conferir fluidez e resistência à mesma. As drogas
antiinflamatórias esteroidais são derivadas do colesterol e agem
aumentando a resistência das membranas celulares e das
membranas dos lisossomos, evitando a sua ruptura e,
consequente, evitando a liberação de fosfolipídios de membrana e
ácido araquidônico que levariam à produção de prostaglandinas.
Como agem no início do processo inflamatório, essas drogas
apresentam forte efeito antiinflamatório.
Hormônios corticoides, como o cortisol, são
antiinflamatórios esteroidais liberados naturalmente junto com as
substâncias inflamatórias, modulando sua atividade para que não
ocorra de modo excessivamente intenso. Os antiinflamatórios
esteroidais usados como medicamentos são quimicamente
derivados do cortisol.
Os corticoides usados como medicamentos bloqueiam
completamente a atividade inflamatória, sendo usados apenas em
inflamações intensas, como em queimaduras extensas, para
evitar a perda de líquido pelo extravasamento e evaporação do
plasma, ou em aplicações tópicas, sobre pele e mucosas, onde
sua absorção para o sangue será mínima, evitando efeitos
colaterais mais violentos.
Como efeitos colaterais, os corticoides promovem
retenção de líquido e consequentes inchaços, retardo na
cicatrização e queda na atividade do sistema imune. Devido a
esse último efeito, essas drogas podem ser utilizadas em
condições relacionadas à hiperatividade do sistema imune, como
no tratamento de alergias e doenças autoimunes, e à atividade
indesejada do sistema imune, como para evitar a rejeição de
transplantes. Ainda por essa supressão do sistema imune,
corticoides são freqüentemente usados em associação com
antibióticos, com o objetivo de evitar infecções bacterianas.
Por terem ação hormonal, os corticoides sintéticos
promovem a inibição da produção de corticoides naturais por
mecanismos de feedback negativo. Assim, pacientes que fazem
tratamentos prolongados à base de corticoides não podem
interromper seu uso abruptamente, mas sim deve reduzir
gradualmente o uso dos corticoides sintéticos para que cesse o
efeito de feedback negativo e retorne a produção dos corticoides
naturais.
3ª linha de defesa: Defesa Adaptativa
A defesa adaptativa apresenta duas importantes
propriedades, a especificidade de ação e a memória. A
especificidade se refere ao fato do sistema imune reconhecer o
antígeno para poder combatê-lo da maneira mais eficiente
possível. A memória se refere ao fato de que, uma vez que se
entra em contato com um antígeno uma vez, todas as
informações sobre ele são armazenadas, de tal maneira que num
segundo contato a resposta ocorre de maneira muito mais rápida.
Como componentes da defesa adaptativa, temos os
anticorpos ou imunoglobulinas, que são proteínas produzidas
por células chamadas plasmócitos e que agem especificamente
contra determinadas substâncias, chamadas antígenos, e os
linfócitos T8 ou células assassinas, que agem especificamente
contra células infectadas por vírus ou contra células
cancerosas.
Antígenos
O sistema imune do indivíduo, antes do nascimento,
promove um reconhecimento das moléculas encontradas no
corpo, montando uma espécie de listagem de substância próprias
do organismo. Com o término desse reconhecimento, qualquer
substância que agora penetre no organismo será considerada
estranho a ele e por isso tratada como um invasor que merece ser
Simétrico Pré-Universitário – Curso de Biologia – Prof. Landim – www.simetrico.com.br
Biologia
136
eliminado do corpo, mesmo que seja inofensiva. Essa substância
estranha é agora chamada de antígeno.
Um antígeno é uma substância orgânica (proteína, lipídio
ou carboidrato) estranha a um determinado organismo. Um vírus,
bactéria ou qualquer outro organismo não pode ser considerado
um antígeno, uma vez que antígenos são moléculas. O que se
pode dizer é que vírus, bactérias ou outros organismos possuem
antígenos, que nesse caso são moléculas que os formam ou que
são produzidos por eles. O termo patógeno pode ser utilizado
para descrever vírus, bactérias ou outros organismos capazes de
causar doenças.
Uma vez reconhecida pelo sistema imune, uma série de
reações é ativada para eliminar a substância estranha, envolvendo
particularmente dois processos: a imunidade humoral, que envolve
a produção de anticorpos próprios para combater antígenos em
geral, e a imunidade celular, que envolve a produção de linfócitos
T8 próprios para combater invasores como vírus ou células
cancerosas.
receptor adequado, diz-se que houve a sensibilização do linfócito.
Esse processo é denominado de seleção clonal.
A seleção clonal é a etapa mais demorada do processo de
imunização, uma vez que há muitos linfócitos a serem testados e
apenas uma pequena quantidade de cada um deles. Assim, a
seleção clonal pode demorar várias semanas até que se
identifique o linfócito com receptor adequado.
Mecanismos de produção de imunidade
A maior parte dos linfócitos sensibilizados vai ser
diferenciada em células ativas, sejam eles linfócitos B ativados
em plasmócitos e linfócitos T8 ativados em células
assassinas. Uma pequena parte dos linfócitos sensibilizados, no
entanto, vai ficar inativa na forma de células de memória.
As células de memória podem ser rapidamente ativadas
quando houver necessidade, sem quer se precise repetir o
processo de seleção clonal. Elas permanecem inativas na
circulação, e caso haja nova penetração do antígeno específico,
as células de memória podem passar imediatamente à forma
ativa.
No primeiro contato com um determinado antígeno, o
desenvolvimento de imunidade demora várias semanas, sendo a
maior parte do tempo consumindo no processo de seleção clonal,
que demora a identificar algum dos poucos linfócitos com receptor
para o determinante antigênico em questão. Essa primeira
resposta é denominada resposta imunológica primária, sendo
bastante demorada e fraca.
A partir do segundo contato com o mesmo antígeno, a
seleção clonal é bem mais rápida, uma vez que há agora grande
quantidade de células de memória com receptor para o
determinante antigênico em questão, sendo facilmente
identificados. Essa resposta é denominada resposta imunológica
secundária, sendo bem mais rápida e forte.
Todos os tipos de linfócitos possuem na sua membrana
moléculas chamadas de receptores de membrana, que são
específicos para um certo determinante antigênico, ou seja, são
capaz de reconhecer um determinado determinante antigênico em
particular. Determinantes antigênicos são fragmentos de
antígenos que podem estimular uma resposta imunológica. Os
receptores combinam-se aos determinantes antigênicos de
maneira específica, de acordo com o modelo chave-fechadura.
Cada linfócito tem um tipo particular de receptor, sendo, portanto,
capaz de reconhecer apenas um tipo de determinante antigênico e
de se ligar só a ele. Estima-se que durante nossa vida, possamos
entrar em contato com cerca de um milhão de moléculas de
antígenos deferentes. Assim, necessitamos de um mesmo número
de tipos de linfócitos para fazer face a essa diversidade toda de
antígenos. De que maneira o organismo gera esse imenso número
de tipos de linfócitos, cada qual com um único receptor? De que
maneira o organismo aprende a reconhecer as próprias proteínas,
cancelando a produção de linfócitos que possuem receptor de
membrana para elas?
1. Fagocitose
Os dois mecanismos de imunidade se iniciam de maneira
idêntica, com a fagocitose do antígeno e/ou do patógeno onde ele
se encontra por macrófagos especiais denominados células
dendríticas ou células apresentadoras de antígenos ou APC
(do inglês Antigen Presenting Cells).
O antígeno fagocitado é então fragmentado em
determinantes antigênicos, que são expostos na membrana da
célula apresentadora para que haja contato com os linfócitos.
3. Expansão Clonal
Como existem apenas poucos linfócitos com receptores
específicos para o determinante antigênico em questão, uma vez
que o linfócito com receptor adequado é identificado, promove-se
a multiplicação do mesmo, num processo denominado expansão
clonal. Assim, ocorre a produção de grande número de cópias do
linfócito com receptor adequado (linfócito sensibilizado).
4. Diferenciação e Ativação
Resumo
antígeno no organismo → fagocitose pelas células
apresentadoras → apresentação aos linfócitos → seleção
clonal → expansão clonal → diferenciação e ativação →
formação de plasmócitos, células assassinas e células de
memória
Imunidade celular e Imunidade humoral
2. Seleção Clonal
As células apresentadoras com os determinantes
antigênicos expostos na superfície de suas membranas entram em
contato com os linfócitos, que então tentam reconhecer os
fragmentos de antígenos a partir de seus receptores. Como
existem muitos tipos de linfócitos que variam quanto aos seus
receptores de membrana, a identificação daquele capaz de se
ligar ao determinante antigênico em questão é feita pelo método
de tentativa e erro. Quando há identificação do linfócito com
A imunidade celular é aquela mediada pelos linfócitos
T8 ativados em células assassinas.
A imunidade humoral é aquela mediada pelos linfócitos
B ativados em plasmócitos e está relacionada à produção de
anticorpos contra determinado antígeno.
Simétrico Pré-Universitário – Curso de Biologia – Prof. Landim – www.simetrico.com.br
Biologia
137
Anticorpos ou Imunoglobulinas
Os anticorpos ou imunoglobulinas são proteínas
formadas por quatro cadeias peptídicas (duas cadeias pesadas e
duas cadeias leves), em uma estrutura molecular em forma de Y.
A extremidade da base do Y, denominada porção Fc é a mesma
para todos os anticorpos de uma mesma classe, sendo
inespecífica. Essa região inespecífica pode se ligar às células de
defesa do organismo, como os macrófagos, que por isso
reconhecem facilmente o anticorpo. As duas extremidades
superiores do Y, chamadas porções Fab, são idênticas aos
receptores de membrana que eles possuem, sendo, pois
específicas para determinante antigênico em questão. São essas
regiões que se ligam aos antígenos pelos determinantes
antigênicos.
O interessante em relação aos anticorpos é que eles são
específicos não apenas para os anticorpos, mas para os
determinantes antigênicos em si. Como para cada antígeno,
existem vários determinantes antigênicos, vários anticorpos
diferentes podem ser produzidos contra um mesmo antígeno, um
para cada diferente determinante antigênico, aumentando a
eficiência da resposta imune.
Representação de uma molécula de anticorpo.
Deve-se notar que cada anticorpo se liga simultaneamente
à célula de defesa e ao antígeno, possibilitando o reconhecimento
desse último pelo sistema imunológico. Assim, anticorpos não
destoem antígenos, mas levam à destruição do antígeno por
facilitar a ação das células de defesa de três maneiras possíveis:
- opsoninas marcam os antígenos; ao se ligar à porção
inespecífica exposta, as células de defesa, como os macrófagos,
fagocitam o anticorpo e o antígeno ligado a ele;
- aglutininas aglomeram os antígenos, evitando que se dispersem
pelo organismo, permitindo que os leucócitos eliminem todos os
antígenos aglutinados de uma vez;
- antitoxinas neutralizam antígenos tóxicos, como venenos
evitando que eles exerçam sua ação; nesse caso, a porção
específica do anticorpo se liga à região do antígeno que
desempenha a ação tóxica.
Existem cinco classes de imunoglobulinas, estando as
mesmas descritas no quadro a seguir.
Classe
Principais funções
Imunoglobulinas A Atuam sobre antígenos presentes na
ou IgA
superfície na superfície de mucosas do
corpo, controlando as populações das
microbiotas como a intestinal. Estão
presentes também no colostro (o primeiro
leite formado no início da amamentação),
sendo fundamentais para evitar infecções
Imunoglobulinas D
ou IgD
Imunoglobulinas E
ou IgE
Imunoglobulinas G
ou igG
Imunoglobulinas M
ou igM
gastrointestinais nos bebês.
Participam da estimulação do sistema
imunitário relacionado aos linfócitos B.
Importantes nos processos alérgicos e
contra parasitas como os pertencentes
aos grupos dos protistas e vermes.
Única classe de anticorpos que atravessa
a placenta e passa para o feto,
protegendo-o. Quando a criança nasce,
ela já tem parte dos anticorpos G
produzidos pela mãe. Esses anticorpos
facilitam a fagocitose. Substituem as
imunoglobulinas M na medida em que a
infecção vai se tornando crônica.
Uma das primeiras a serem produzidas
na resposta imunitária, agindo nas
infecções agudas.
Imunização ativa e Imunização passiva
A ciência que estuda as reações do sistema imune é a
Imunologia. Essa ciência nasceu como um ramo da medicina
experimental, associada a estudos de doenças causadas por
bactérias e vírus. As primeiras noções sobre imunologia surgiram
por volta de 1798, com o médico inglês Edward Jenner. Nesse
período, a varíola era um verdadeiro flagelo para a humanidade.
Havia dois tipos de infecção variólica: um tipo brando, não
maligno, que provocava poucas pústulas no corpo e que era
causado por um agente infeccioso que normalmente atacava o
gado bovino – era a varíola bovina; e um tipo maligno, que
provocava muitas pústulas no corpo e podia levar o indivíduo à
morte. Era crença popular, na época, que os indivíduos que
adquiriam a varíola bovina ficavam imunes à varíola maligna. A fim
de testar essa observação, Jenner coletou material de pústulas de
vaca atacada pela varíola bovina e injetou-o em uma pessoa
sadia. Essa pessoa adquiria a varíola bovina (também chamada
de vacínia), curou-se e após algum tempo Jenner inoculou-a com
material colhido de pústulas de pessoas com varíola maligna. A
observação popular se confirmou: essa pessoa não adquiriu a
varíola maligna, tendo-se tornado imune à doença. A partir dessa
constatação, difundiu-se esse processo de imunização, recebendo
o nome de vacinação (do latim vaccina, ‘de vaca’). Posteriormente,
através de técnicas mais apuradas, conseguiu-se a erradicação da
varíola.
Com o desenvolvimento da Imunologia, surgiram várias
vacinas para a prevenção de muitas doenças, como o tétano, a
difteria, a poliomielite, a tuberculose, o sarampo e a rubéola. Além
das vacinas, surgiram também os soros, como os utilizados nos
casos de mordidas de animais peçonhentos – que possuem uma
estrutura denominada peçonha, empregada na inoculação do
veneno que produzem. Existem animais venenosos que não
possuem peçonha, como é o caso dos sapos. Esses animais
produzem veneno em uma glândula localizada atrás dos olhos
(glândula paratoide) e esse veneno só é eliminado quando a
glândula é pressionada.
O princípio de atuação das vacinas difere daquele dos
soros.
Simétrico Pré-Universitário – Curso de Biologia – Prof. Landim – www.simetrico.com.br
138
Biologia
Imunização ativa
A imunização ativa consiste na produção de anticorpos
próprios pelo organismos, podendo ocorrer de modo natural ou
artificial.
A imunização ativa natural ocorre através de infecções,
em que a própria doença desencadeia os fenômenos
imunológicos que culminam com a imunidade.
A imunização ativa artificial ocorre através da
administração de vacinas. Nesse processo, é introduzido no corpo
de um indivíduo sadio o antígeno que causa a doença, havendo
então a produção de anticorpos específicos para esse antígeno.
Os antígenos empregados nas vacinações correspondem a
formas atenuadas de toxinas, como a toxina que causa o tétano,
ou aos próprios microorganismos causadores das doenças, mas
mortos ou atenuados. Os anticorpos são produzidos como se a
toxina ou os microrganismos estivessem na forma ativa. Desse
modo, através de vacinações adquirimos imunidade contra
doenças sem que as tenhamos contraído.
O princípio que norteia a imunização ativa é o seguinte:
quando se inocula pela primeira vez um indivíduo sadio com uma
pequena quantidade de antígeno, ele passa a produzir anticorpos
que só estarão disponíveis no sangue para atuar contra os
antígenos após alguns dias. Se esse indivíduo receber uma
segunda inoculação do mesmo antígeno, a resposta imunológica
será muito mais rápida e a produção de anticorpos, muito maior.
Pelo grande tempo que demora para que os anticorpos e
células de memória sejam produzidos e pelo grande duração das
células de memória, vacina são úteis na prevenção de doenças.
Produção de vacinas
Nas vacinas, o antígeno a ser aplicado pode estar em
várias possíveis formas. Em alguns casos, a vacina é constituída
de um patógeno morto (contendo antígenos), tendo a vantagem de
ser bastante segura, pelo fato de não haver risco de infecção, mas
tendo a desvantagem de não estimular o sistema imunológico
muito intensamente. Em outros casos, a vacina é constituída de
um patógeno vivo atenuado (contendo antígenos), tendo a
vantagem de estimular o sistema imunológico mais intensamente,
mas tendo a desvantagem de poder causar uma infecção no
individuo vacinado.
Num exemplo importante, existem duas vacinas contra a
poliomielite (paralisia infantil). A vacina Salk é produzida a partir do
vírus da pólio morto, sendo bastante segura, mas só estimulando
o sistema imune de modo significativo se aplicada de modo
injetável. A vacina Sabin é produzida a partir do vírus da pólio vivo
atenuado, estimulando o sistema imune de modo significativo
mesmo se aplicada por via oral, mas trazendo a possibilidade de
desenvolvimento da doença. Para a vacinação em massa, o
sistema público de saúde brasileiro utiliza a vacina Sabin pela sua
praticidade de administração. No entanto, como a vacina Salk é
mais segura, vários países a utilizam mesmo para a vacinação em
larga escala, postura que o sistema público de saúde brasileiro
estará adotando nos próximos anos.
Num outro exemplo importante, a vacina contra a rubéola
é produzida a partir do vírus vivo atenuado, de modo que há um
pequeno risco de se adquirir a doença com a vacinação. Daí,
mulheres grávidas não podem receber a vacina, devido ao risco
de que desenvolva doença e transmita o vírus para a criança,
levando à má formação do sistema nervoso do feto, com
consequências como surdez e retardo mental.
Imunização passiva
Na resposta imunitária primária, que ocorre quando o
indivíduo entra em contato com o antígeno pela primeira vez, o
tempo para a produção de anticorpos é maior, e a quantidade de
anticorpos produzidos é menor, comparando-se com o que ocorre
na resposta secundária.
Na resposta imunitária secundária, que ocorre quando o
indivíduo recebe o mesmo antígeno pela segunda vez, o tempo
para a produção de anticorpos é menor, e a quantidade de
anticorpos produzidos é maior, comparando-se com o que ocorre
na resposta primária. A resposta secundária está relacionada á
presença de células de memória, que são prontamente ativadas
quando o organismo volta a entrar em contato com um certo
antígeno.
As vacinas atuariam como uma primeira inoculação de
antígeno, ficando assim o organismo já “programado” para
produzir rapidamente mais anticorpos caso o indivíduo entre em
contato com as formas ativas dos antígenos causadores de
doenças.
A imunização passiva consiste no recebimento de
anticorpos prontos, podendo ocorrer de modo natural ou artificial.
A imunização passiva natural ocorre através da
transferência de anticorpos de mãe para filho através da placenta
e do aleitamento.
A imunização passiva artificial ocorre através da
administração de soros. Nesse caso, são introduzidos no
organismo os anticorpos já prontos para o combate a um antígeno.
É um tipo de imunização utilizada quando se deseja uma resposta
rápida do organismo. Em caso de mordida de cobra peçonhenta,
por exemplo, cujas toxinas podem matar em pouco tempo, não é
possível esperar que o próprio organismo reaja produzindo
anticorpos. Injeta-se, então, um soro antiofídico que já contém os
anticorpos prontos para atuar. Outro exemplo de utilização de
soros é no caso de pessoas que se ferem e são contaminadas
pela bactéria causadora do tétano: deve-se aplicar o mais breve
possível o soro antitetânico, caso a pessoa não tenha recebido a
vacina antitetânica.
A duração da imunização passiva, no exemplo, é
passageira, ao contrário da imunização ativa. Isso porque a
pessoa recebe os anticorpos prontos que combaterão os
antígenos antes mesmo de eles terem ativado o próprio sistema
Simétrico Pré-Universitário – Curso de Biologia – Prof. Landim – www.simetrico.com.br
Biologia
139
imunológico da pessoa. A informação, nesse caso, não fica
registrada na “memória” do organismo.
Produção de soros
Os anticorpos contidos nos soros são produzidos do
seguinte modo: após atenuar o efeito de um certo antígeno, ele é
inoculado em um mamífero, geralmente um cavalo. Esse animal
passa a produzir anticorpos contra esse antígeno. Após algum
tempo, a dose é reforçada; de anticorpos no sangue. Após certo
tempo, coleta-se um pouco do sangue do cavalo inoculado e
separa-se dele o soro, que contém os anticorpos. Esse soro é
preparado e utilizado nas pessoas.
Para cada tipo de antígeno há um tipo específico de soro.
Por exemplo, se a pessoa for mordida por uma cascavel, deverá
tomar o soro anticrotálico; se for mordida por uma jararaca, deverá
tomar o soro antibotrópico; se for mordida por uma cobra coral,
deverá tomar o soro antielapídico. Caso a pessoa não saiba por
qual cobra foi mordida, recomenda-se o uso do soro polivalente,
que é uma mistura de soro anticrotálico e antibotrópico. Se a cobra
for vermelha, tomar o soro antielapídico.
Resumo
Tempo de resposta
Desenvolvimento
de memória
Ação
Imunização ativa
Longo
Sim
Imunização passiva
Curto
Não
Prevenção
Tratamento
Anticorpos monoclonais
Quando se injeta veneno de cobra num cavalo, pretendese estimular no animal a fabricação de anticorpos específicos
conta os antígenos existentes no veneno, para em seguida utilizar
esses anticorpos no tratamento de pessoas mordidas. Há um
problema sério: no soro do cavalo, além dos anticorpos contra o
veneno, existem centenas de outros anticorpos para antígenos
com os quais o cavalo tenha ficado em contato durante sua vida.
Esses anticorpos acabam sendo introduzidos também na
circulação da pessoa que sofreu a mordida, com a ocorrência, às
vezes, de reações indesejáveis.
Fica bastante óbvio que seria vantajoso produzir somente
o anticorpo que interessa e injetá-lo puro, sem mistura com outros
tipos de anticorpos, num indivíduo que necessite de um soro.
Existem hoje métodos bastante sofisticados, em biotecnologia,
que permitem isso.
A técnica consiste abreviadamente no seguinte: são
retirados linfócitos da circulação humana e expostos, "in vitro", a
um certo antígeno. Isso permitirá a seleção e a ativação dos
linfócitos que possuam receptores de membrana para o antígeno
em questão. Há, porém, um problema a ser resolvido: linfócitos
não sobrevivem muito tempo "in vitro". Assim, eles são fundidos a
células cancerosas, que têm uma capacidade de multiplicação
muito maior de que células normais. Ao resultado da fusão das
células, chamamos hibridoma.
O hibridoma passa agora a ter as características da célula
cancerosa, o que permite sua sobrevivência e multiplicação "in
vitro", como também conserva a capacidade de produzir o
anticorpo que o linfócito possuía. Os anticorpos produzidos por
hibridomas são chamados anticorpos monoclonais pelo fato de
serem do mesmo tipo e de terem sido produzidos por células
derivadas do mesmo ancestral (clone).
Há muitas utilizações possíveis para anticorpos
monoclonais, que são produzidos por várias firmas especializadas.
Trata-se de um mercado estimado em várias centenas de milhões
de dólares anuais. Uma das utilizações mais frequentes se
relaciona com certos testes, como de gravidez, por exemplo, em
que interessa pesquisar a gonadotrofina coriônica, hormônio
existente no sangue de mulheres grávidas. O uso de anticorpos
específicos para esse hormônio permite detectá-lo com facilidade,
mesmo em estágios muito precoces, em que a concentração do
hormônio no sangue é extremamente baixa. Os exames para HIV,
ELISA (teste indireto, que detecta anticorpos anti-HIV) e WesternBlot (teste direto, que detecta proteínas do HIV) detectam seus
alvos através de anticorpos monoclonais específicos.
Talvez as possibilidades mais interessantes dos anticorpos
monoclonais estejam ligadas ao diagnóstico e tratamento do
câncer. Laboratórios americanos desenvolveram um teste que
avalia a presença de uma enzima que se encontra em grande
quantidade no sangue de homens atacados por tumores na
próstata. A injeção de anticorpos específicos para receptores de
células cancerosas poderá permitir, no futuro, que se localizem
exatamente essas células e que se saiba se houve ou não
metástase (disseminação das células cancerosas por outras
partes do organismo), permitindo ao cirurgião a retirada das partes
realmente afetada. Está claro que seria necessário, para o
reconhecimento, marcar os anticorpos, por exemplo, ligando sua
molécula a uma substância radioativa que pudesse ser detectada
com facilidade. É fácil imaginar que, se anticorpos podem se ligar
de forma precisa a células cancerosas, eles podem vir a constituir
no futuro uma arma importante; bastaria, por exemplo, combinar a
molécula de anticorpo a determinada substância tóxica que agiria
somente nas células cancerosas, destruindo-as.
Desordens do sistema imune
Doenças autoimunes
Algumas vezes, por razões ainda pouco conhecidas, o
nosso sistema imune ataca o nosso próprio corpo, levando a
vários tipos de doenças autoimunes.
Algumas dessas doenças são:
- Lúpus eritematoso, na qual as pessoas desenvolvem reações
autoimunes contra componentes de suas próprias células,
especialmente contra o ácido nucleico eliminado no processo
natural de reposição das células da pele e de outros tecidos. Na
pele, formam-se pequenas manchas avermelhadas.
- Febre reumática, na qual anticorpos produzidos pela infecção
por bactérias do grupo dos estreptococos, que causam infecção
da garganta, também podem reagir em alguns casos com as
proteínas da musculatura cardíaca, danificando-a. Infecções
constantes por estreptococos aumentam ainda mais a produção
desses anticorpos, prejudicando bastante a musculatura do
coração.
Alergia ou Anafilaxia
A alergia ou anafilaxia é uma hipersensibilidade do nosso
sistema de defesa a certos antígenos fracos do meio ambiente,
denominados alergênicos. Dependendo da sensibilidade de cada
um, podem ser alergênicos os grãos de pólen, a poeira, os
esporos de fungos, substâncias químicas presentes em certos
Simétrico Pré-Universitário – Curso de Biologia – Prof. Landim – www.simetrico.com.br
140
Biologia
alimentos ou produzidas por certos organismos e mesmo
remédios, dentre muitas outras substâncias.
Os tipos mais comuns de alergia estão relacionados aos
anticorpos do grupo das imunoglobulinas E (ou IgE). A febre do
feno, por exemplo, e outras alergias provocadas por pólen
ocorrem quando o IgE reconhece esses alergênicos. Os IgEs
ficam aderidos à membrana plasmática dos mastócitos, que não
circulam no nosso corpo, mas ficam no tecido conjuntivo.
Ocorrendo a união do antígeno com o IgE dos mastócitos, essas
células respondem imediatamente e liberam histamina e outros
agentes inflamatórios, armazenados em vesículas no citoplasma.
Essas substâncias, conforme já comentado, provocam a dilatação
dos casos sangüíneos e alteram sua permeabilidade, fazendo com
que fiquemos com o nariz, os olhos ou outra região do corpo
afetados, vermelhos e inchados. No caso das alergias
respiratórias, é comum ocorrerem espirros, coriza e contração da
musculatura lisa, o que freqüentemente provoca dificuldades
respiratórias. Drogas anti-histamínicas servem para conter a
atuação da histamina nos processos alérgicos.
O choque anafilático é uma reação alérgica mais
violenta, devido a uma hipersensibilidade, por exemplo, a picadas
de vespas e de abelhas ou a anestésicos usados em cirurgias.
Nesses casos, ocorre uma rápida eliminação de histamina pelos
mastócitos, havendo dilatação dos vasos sangüíneos periféricos e
consequente queda da pressão sangüínea, com possível morte.
Outra possível causa de morte nos casos de choque anafilático é
o edema de glote, em que o inchaço dessa região pode levar à
asfixia.
A aplicação de adrenalina em pacientes que estão
apresentando choque anafilático permite a elevação da pressão
arterial pelo efeito vasoconstritor da mesma, havendo ação
antagônica ao efeito vasodilatador promovido pela histamina.
Imunodeficiência
Certos indivíduos são geneticamente incapazes de
desenvolver mecanismos imunológicos. Para pessoas que têm
esse problema, a solução é o transplante de medula óssea, para
que possa haver a formação de linfócitos. Em outros casos, nem
isso é possível, e os indivíduos devem ser mantidos em ambiente
hermeticamente fechado, dentro de uma bolha, isolados do
contato com o meio ambiente. Essa doença é a síndrome da
imunodeficiência combinada severa ou doença da bolha, que
se dá devido à falta de uma enzima denominada adenosinadesaminase (ADA). Qualquer microrganismo que consiga penetrar
em seu corpo leva-os à morte em pouco tempo. Hoje essa doença
pode ser curadas por técnicas de terapia gênica.
Quando vemos casos extremos como da foto acima é que
compreendemos a grande importância do nosso sistema imune,
que nos possibilita ter uma vida normal, enfrentando todos os
micróbios que ocorrem naturalmente nos ecossistemas e que
atacam o nosso corpo a todo instante.
A imunodeficiência não é necessariamente uma doença
genética, que a pessoa já nasce com ela. Ela pode ser adquirida
durante a vida de um indivíduo. Certos tipos de câncer, por
exemplo, deprimem o sistema imunológico. É o caso da doença
linfoma de Hodgkin, que danifica o sistema linfático e torna o
indivíduo suscetível a várias infecções. A AIDS é outro exemplo de
imunodeficiência, que no caso é adquirida em função do ataque de
vírus aos linfócitos T.
Existem muitas evidências de que o estresse físico ou
emocional pode comprometer o sistema imune, desencadeando
várias doenças, inclusive o câncer.
Exercícios
Questões estilo múltipla escolha
1. (ENEM)
O vírus do papiloma humano (HPV, na sigla em inglês) causa o
aparecimento de verrugas e infecção persistente, sendo o principal
fator ambiental do câncer de colo de útero nas mulheres. O vírus
pode entrar pela pele ou por mucosas do corpo, o qual desenvolve
anticorpos contra a ameaça, embora em alguns casos a defesa
natural do organismo não seja suficiente. Foi desenvolvida uma
vacina contra o HPV, que reduz em até 90% as verrugas e 85,6%
dos casos de infecção persistente em comparação com pessoas
não vacinadas.
Disponível em: http://g1.globo.com. Acesso em: 12 jun. 2011.
O benefício da utilização dessa vacina é que pessoas vacinadas,
em comparação com as não vacinadas, apresentam diferentes
respostas ao vírus HPV em decorrência da
A) alta concentração de macrófagos.
B) elevada taxa de anticorpos específicos anti-HPV circulantes.
C) aumento na produção de hemácias após a infecção por vírus
HPV.
D) rapidez na produção de altas concentrações de linfócitos
matadores.
E) presença de células de memória que atuam na resposta
secundária.
2. (ENEM)
Segundo Jeffrey M. Smith, pesquisador de um laboratório que faz
análises de organismos geneticamente modificados, após a
introdução da soja transgênica no Reino Unido, aumentaram em
50% os casos de alergias. “O gene que é colocado na soja cria
uma proteína nova que até então não existia na alimentação
humana, a qual poderia ser potencialmente alergênica, explica o
pesquisador.”
Correio do Estado/MS. 19 abr. 2004 (adaptado).
Considerando-se as informações do texto, os grãos transgênicos
que podem causar alergias aos indivíduos que irão consumi-los
são aqueles que apresentam, em sua composição, proteínas
A) que podem ser reconhecidas como antigênicas pelo sistema
imunológico desses consumidores.
B) que não são reconhecidas pelos anticorpos produzidos pelo
sistema imunológico desses consumidores.
C) com estrutura primária idêntica às já encontradas no sistema
sanguíneo desses consumidores.
D) com sequência de aminoácidos idêntica às produzidas pelas
células brancas do sistema sanguíneo desses consumidores.
E) com estrutura quaternária idêntica à dos anticorpos produzidos
pelo sistema imunológico desses consumidores.
3. (ENEM) A vacina, o soro e os antibióticos submetem os
organismos a processos biológicos diferentes. Pessoas que viajam
para regiões em que ocorrem altas incidências de febre amarela,
de picadas de cobras peçonhentas e de leptospirose e querem
evitar ou tratar problemas de saúde relacionados a essas
ocorrências devem seguir determinadas orientações. Ao procurar
um posto de saúde, um viajante deveria ser orientado por um
médico a tomar preventivamente ou como medida de
tratamento
Simétrico Pré-Universitário – Curso de Biologia – Prof. Landim – www.simetrico.com.br
Biologia
141
A) antibiótico contra o vírus da febre amarela, soro antiofídico
caso seja picado por uma cobra e vacina contra a leptospirose.
B) vacina contra o vírus da febre amarela, soro antiofídico caso
seja picado por uma cobra e antibiótico caso entre em contato
com a Leptospira sp.
C) soro contra o vírus da febre amarela, antibiótico caso seja
picado por uma cobra e soro contra toxinas bacterianas.
D) antibiótico ou soro, tanto contra o vírus da febre amarela como
para veneno de cobras, e vacina contra a leptospirose.
E) soro antiofídico e antibiótico contra a Leptospira sp e vacina
contra a febre amarela caso entre em contato com o vírus
causador da doença.
4. (ENEM) A variação da quantidade de anticorpos específicos foi
medida por meio de uma experiência controlada, em duas
crianças durante um certo período de tempo. Para a imunização
de cada uma das crianças foram utilizados dois procedimentos
diferentes:
Criança I: aplicação de soro imune.
Criança II: vacinação.
O gráfico que melhor representa as taxas de variação da
quantidade de anticorpos nas crianças I e II é:
D) possuir uma substância análoga à causadora da alergia, porém
numa mesma concentração e pela mesma via causadora da
alergia;
E) possuir uma substância análoga à causadora da alergia, porém
numa concentração muito menor e administrada por uma via
diferente causadora da alergia.
6. (FMJ) Nosso corpo constitui um ambiente ideal para a
proliferação de organismos invasivos, como vírus e bactérias.
Durante o processo evolutivo, desenvolvemos um mecanismo
onde os invasores são reconhecidos e, contra eles, são
produzidos elementos que os neutralizam. Células são
responsáveis por todo esse processo. A identificação do invasor e
a produção de anticorpos são efetuadas, respectivamente, por:
A) fibroblastos e linfócitos B. B) linfócitos B e eritrócitos.
C) eritrócitos e macrófagos.
D) macrófagos e linfócitos B.
E) eritrócitos e linfócitos B.
7. (FMJ)
BANCO DE LEITE BUSCA DOADORAS
Instituto Fernandes Filgueiras faz campanha para abastecer
estoque. O leite materno e Importante porque o leite é utilizado
como uma das medicações para bebês recém-nascidos internados
em UTIs neonatais.
Jornal O Globo, 02 julho de 2002
O texto refere-se ao fato do leite ser considerado um medicamento
por causa de sua capacidade de:
A) hidratar os bebês.
B) conferir imunidade passiva.
C) estimular a produção de anticorpos.
D) estimular o crescimento.
E) fornecer energia aos bebês.
5. (UNIFOR)
Apesar de não haver cura, as alergias podem ser tratadas e,
quando o tratamento é bem feito, todos os sintomas podem
desaparecer. O tratamento consiste em usar medicamentos para
cortar os efeitos da alergia juntamente com o controle do ambiente
e a eliminação de alimentos e substâncias que causam a alergia.
Outra possibilidade terapêutica são as vacinas. De acordo com o
alergista Dr. Marcello Bossois, coordenador do projeto Brasil Sem
Alergias, a vacina funciona como um regulador do equilíbrio
corporal do paciente.
MENEZES, Samira. Como se defender do próprio organismo. In: Revista dos Vegetarianos,
ano 3, n. 42, abril 2009 (com adaptações)
A terapia de dessensibilização – nome apropriado para o
tratamento com “vacinas” na alergia, deve considerar o princípio
básico de uma reação alérgica. Assim, é correto afirmar que tal
terapia deve:
A) possuir a mesma substância causadora da alergia, porém numa
concentração maior e administrada por uma via diferente
causadora da alergia;
B) possuir a mesma substância causadora da alergia, porém numa
concentração muito menor e administrada pela mesma via
causadora da alergia;
C) possuir a mesma substância causadora da alergia, porém
numa concentração muito menor e administrada por uma via
diferente causadora da alergia;
8. (FMJ) Em um programa de auditório, Jorge, um participante que
já assegurou a quantia de 500 mil reais, foi desafiado pelo
apresentar a dobrar seu prêmio. Deveria, para isso, responder
corretamente à seguinte pergunta:
“Qual dos fenômenos citados que não pode ser considerado uma
defesa do organismo contra a invasão de germes patogênicos?”
Apesar de ter vastos conhecimentos gerais, biologia não é o forte
de Jorge, e ele resolveu pedir ajuda a você. Ajude-o a ganhar um
milhão de reais, assinalando a alternativa que corresponde
corretamente à pergunta feita pelo apresentador:
A) espirro.
B) produção de ácido no estômago.
C) produção de muco nas vias respiratórias.
D) produção de hemácias na medula óssea.
E) febre.
9. (UNICHRISTUS)
VENUS WILLIAMS JUSTIFICA ABANDONO E REVELA QUE
SOFRE DE DOENÇA AUTOIMUNE
10/9/2011 10h44min.
Americana iniciará tratamento e não tem data para voltar às
quadras
Por SporTV.com Nova York, EUA
Simétrico Pré-Universitário – Curso de Biologia – Prof. Landim – www.simetrico.com.br
142
Biologia
Venus na estréia no US Open (Foto: Getty
Images)
Venus Williams não apareceu para disputar a segunda rodada e
acabou eliminada do US Open. Após a desistência, na noite desta
quarta-feira, a americana divulgou uma nota oficial em que diz
sofrer da Síndrome de Sjörgren, uma doença autoimune que
atinge principalmente mulheres na faixa dos 40 anos. Com o
diagnóstico, a tenista iniciará o tratamento específico e não tem
data para voltar às quadras. – Recentemente, fui diagnosticada
com Síndrome de Sjögren, uma doença autoimune que afeta meu
nível de energia e causa fadiga e dores nas articulações. Gostei
de ter jogado a primeira partida e queria ter continuado; mas, no
momento, sou incapaz de fazê-lo. Estou grata por finalmente ter
um diagnóstico e agora estou concentrada em melhorar e voltar
logo às quadras – disse. Bicampeã do US Open, Venus perderá a
condição de top 100 com a desistência nesta edição do torneio.
Enquanto isso, a caçula da família Williams segue subindo no
ranking. Nesta quinta-feira, Serena, atual número 28 da WTA,
encara a holandesa Michaella Krajicek pela segunda rodada.
http://sportv.globo.com/site/eventos/US-Open/noticia/2011/09/venus-williams-justificaabandono-ao-revelar-que-tem-doenca-autoimune.html
A atleta acima sofre de uma doença autoimune grave. Sobre esse
tema podemos afirmar que:
A) As doenças autoimunes são um tipo de desordem imunológica
caracterizada pela diminuição da tolerância aos componentes do
próprio organismo, de modo que ocorre uma falha no mecanismo
de distinção entre antígenos constituintes do organismo e aqueles
externos, como vírus e bactérias.
B) As doenças autoimunes ocorrem devido à formação de
anticorpos contra constituintes de outro organismo. Nesse caso,
tais constituintes passam a significar, erroneamente, agressores
(anticorpos) ao sistema imunológico.
C) As doenças autoimunes são um grupo de mais de 100 doenças
relacionadas entre si, que envolvem sempre apenas um órgão do
organismo. Inclui doenças que atingem simultaneamente ou
sequencialmente esse órgão.
D) A Síndrome relatada no texto é uma doença autoimune crônica,
em que o sistema imune, que normalmente protege o nosso
organismo de doenças e o defende de infecções, fica regulado e
ataca tecidos necrosados do próprio corpo.
E) Doença autoimune é a situação médica na qual se desenvolve
uma enfermidade a partir de uma agressão do organismo contra
elementos constitutivos anormais, através dos antígenos.
10. (UNICHRISTUS)
QUADROS ALÉRGICOS X MUDANÇAS CLIMÁTICAS
Os cuidados devem ser redobrados nesta época do ano, quando o
clima alterna períodos de chuva e de sol. As mudanças climáticas
favorecem o aumento dos quadros alérgicos e daqueles causados
por vírus. A pessoa alérgica, segundo a Dra. Judith Arruda, deve
ficar atenta e evitar as viroses, que geralmente acabam agravando
os sintomas. Esse paciente é mais vulnerável, uma vez que acaba
ocorrendo um estado inflamatório crônico que atinge as mucosas
respiratórias.
Extraído de http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=777220, em 02 de outubro
de 2010.
Um aluno do Ensino Médio, ao ler a reportagem, buscou estudar o
Sistema Imunológico e entender como ocorre o processo das
alergias. De acordo com o tema abordado e seus conhecimentos,
responda as duas questões seguintes: O aluno, ao estudar,
verificou que a alergia é uma hipersensibilidade do sistema
imunológico desencadeada pela ação de células que sofrem
desgranulação e liberação de substâncias. Marque a opção que
indica, corretamente, a célula do tecido conjuntivo, que sofre a
desgranulação, a principal substância liberada e seu efeito
fisiológico no organismo.
A) Eosinófilos; heparina; induz vasoconstrição.
B) Linfócitos; interleucinas; ativa os linfócitos T CD-8.
C) Mastócitos; histamina; induz vasodilatação.
D) Basófilos; anticorpos; aglutina o alérgeno.
E) Neutrófilos; prostaglandinas; induz vasoconstricção.
11. (UNICHRISTUS) Podemos afirmar que um dos motivos pelo
qual os quadros de viroses e alergias aumentam nas mudanças
climáticas é porque:
A) a maioria dos microorganismos se desenvolve em condições
específicas de temperatura e de umidade, e esta favorece a
proliferação de fungos, ácaros, bactérias e vetores de muitas
doenças.
B) a maioria dos microorganismos se desenvolve em quaisquer
condições de temperatura e de umidade. Entretanto, o período
chuvoso favorece a reprodução dos vírus e de muitas bactérias.
C) a maioria dos microorganismos se desenvolve em condições
específicas de temperatura e de umidade, e a água das chuvas
transporta, para a região, muitos vetores de doenças.
D) apenas alguns microorganismos se desenvolvem em condições
específicas de temperatura e de umidade, e a água das chuvas
favorece o crescimento dos hospedeiros.
E) apenas alguns microorganismos se desenvolvem em condições
específicas de temperatura e de umidade, e a esta favorece a
proliferação de fungos, ácaros e baratas, organismos vetores de
doenças.
12. (UNICHRISTUS) Macrófagos são células que desempenham
papel importante no mecanismo de defesa do nosso organismo.
Marque a afirmativa que não se relaciona aos macrófagos.
A) São células do sistema mononuclear fagocitário.
B) Originam-se de monócitos do sangue.
C) Apresentam antígenos.
D) Secretam anticorpos.
E) Secretam citocinas (interleucinas).
13. (UECE) As alergias são respostas do sistema imunológico a
substâncias estranhas ao nosso organismo e os sintomas mais
comuns das alergias são causados pela ação do exército de
defesa do nosso corpo. Em casos mais graves pode ocorrer um
processo denominado choque anafilático, que é uma reação
alérgica intensa. Dentre os tipos celulares principalmente
relacionados a esse tipo de reação estão
A) macrófagos e neutrófilos.
B) linfócitos e macrófagos.
C) mastócitos e basófilos.
D) leucócitos e mastócitos.
14. (UECE)
Uma pesquisa realizada pela Faculdade de Medicina de Ribeirão
Preto (FMRP) da USP constatou que crianças que sofrem dores
de cabeça com frequência apresentam mais problemas de
comportamento, como retraimento, reação emocional e
agressividade, quando comparadas a um grupo de crianças sem
Simétrico Pré-Universitário – Curso de Biologia – Prof. Landim – www.simetrico.com.br
Biologia
143
essas queixas. De acordo com a pesquisa, estas crianças também
apresentam reação de desconforto em relação à intensidade de
som, luz e movimento, que podem aparecer nos primeiros meses
de vida, sendo um importante potencial indicador de dor de
cabeça em fases posteriores do desenvolvimento.
Disponível em:
http://www.diariodopara.com.br/N-87478DOR+DE+CABECA+PODE+AFETAR+COMPORTAMENTO+DA+CRIANCA.html.
A dor de cabeça, queixa frequente nos dias atuais, ocorre quando
A) crianças em fase de desenvolvimento apresentam dificuldade
de respiração, seguida de diminuição da pressão arterial.
B) há o depósito de gordura nas artérias, como resultado de uma
alimentação inadequada.
C) um desequilíbrio metabólico produz substâncias tóxicas que se
depositam na corrente sanguínea e provocam o aumento da
pressão arterial.
D) os vasos sanguíneos cerebrais ficam dilatados e pressionam os
nervos.
15. (UECE) A denominação vacina foi uma homenagem de
Pasteur a Jenner, descobridor da vacina como a varíola; para os
processos de imunização contra doenças passou-se a usar o
termo vacinação. A figura apresenta o esquema utilizado por
Pasteur para a produção de vacina contra a cólera aviária. Nela,
Vacina (1) e a obtenção de imunização pela Vacinação (2) são
representados, respectivamente, por:
A) cultura jovem (1); inoculadas em galinhas não inoculadas
previamente (2)
B) cultura jovem (1); inoculadas em galinhas inoculadas
previamente com cultura atenuada (2)
C) cultura atenuada (1); inoculadas em galinhas que passam
várias semanas para obter imunização, quando poderão ser
inoculadas com culturas jovens sem sofrer danos fatais (2)
D) cultura atenuada (1); inoculadas em galinhas que
instantaneamente obtêm imunização, podendo ser imediatamente
submetidas à inoculação com cultura jovem sem sofrer danos
fatais (2)
16. (FACID) As proteínas podem ser consideradas como uma das
classes de compostos químicos com maior diversidade de formas
e funções em um organismo. Normalmente se configuram como a
expressão final da informação gênica. Um grupo particular desses
polímeros de aminoácidos são as imunoglobulinas, popularmente
denominadas anticorpos. A respeito destes é incorreto afirmar que
A) são responsáveis por mediar a imunidade humoral ou adquirida
quando circulantes nos fluidos corporais.
B) reagem especificamente com moléculas estranhas que causam
resposta imunitária no hospedeiro: os imunógenos.
C) são secretados pelos plasmócitos a partir da proliferação e
diferenciação de linfócitos B.
D) podem se relacionar com as reações alérgicas como o choque
anafilático.
E) sua síntese se dá por ligações peptídicas de um único tipo de
aminoácido.
17. (NOVAFAPI) Assinale a alternativa que contenha as
associações corretas entre as colunas.
a. Imunização ativa artificial.
I. Infecção por rubéola.
II. Passagem de anticorpos b. Imunização passiva artificial.
c. Imunização passiva natural.
maternos pela placenta.
III. Administração de soro d. Imunização ativa natural.
antiofídico.
IV. Vacinação Sabin.
A) Ia, IIb, IIIc, IVd.
B) Id, IIb, IIIc, IVa.
C) Ib, IIc, IIIa, IVd.
D) Ic, IIa, IIIb, IVd.
E) Id, IIc, IIIb, IVa.
18. (UFPE) Quando uma proteína estranha (antígeno) penetra em
um organismo animal, ocorre a produção de anticorpos para
neutralizar a ação desse antígeno. Quando os antígenos agem
rapidamente após a sua penetração, como os venenos de cobra, é
necessário usar anticorpos. Para obtenção desses anticorpos
injetam-se pequenas doses de veneno em um animal, como, por
exemplo, em um cavalo, e em seguida observa-se que:
1. no sangue do animal deve começar a aumentar a concentração
de anticorpos específicos.
2. na parte líquida do sangue do animal (soro), ficam os anticorpos
produzidos.
3. o soro produzido terá a propriedade de curar uma pessoa que
tenha sido mordida por cobra cujo veneno foi injetado no animal.
4. as preparações obtidas, denominadas de soros terapêuticos,
contêm anticorpos específicos.
Está(ão) correta(s):
A) 1, 2, 3 e 4.
B) 1, 3 e 4 apenas.
C) 2 e 3 apenas.
D) 4 apenas.
E) 1 apenas.
19. (UPE) O sistema imune é aparelhado para enfrentar a ação de
diferentes agentes infecciosos, prevenindo doenças. Dentre as
estratégias de combate aos patógenos, existem no nosso
organismo proteínas, cujo mecanismo de defesa inespecífico vai
atuar nos diferentes micro-organismos, como acontece com a
ação apresentada pelo interferon (interferão – IFN), na figura
abaixo.
Simétrico Pré-Universitário – Curso de Biologia – Prof. Landim – www.simetrico.com.br
144
Biologia
Disponível em: http://biologia12eportefolio.blogspot.com.br/p/imunidade-e-controlo-dedoencas.html.
Sobre seu mecanismo de ação, é correto afirmar que
A) corresponde a um grupo de proteínas fibrosas, conhecidas
como citocinas produzidas pelos vírus que aumentam a
capacidade das células hospedeiras infectadas para resistir a uma
nova infecção pelo vírus. Certos sintomas, tais como febre e dores
musculares, estão relacionados com a produção de IFN durante a
infecção.
B) se trata de um grupo de glicoproteínas naturalmente
sintetizadas em nosso corpo, pelos linfócitos T, macrófagos,
fibroblastos e outros tipos de células, que atuam na primeira linha
de defesa contra as infecções e fazem parte do sistema imunitário
não específico.
C) ativa as células do sistema imunológico, tais como as células
assassinas naturais e os plasmócitos, resultando em memória
imunológica, o que aumenta o reconhecimento da infecção pelos
anticorpos de linfócitos T.
D) o IFN do tipo alfa e aquele produzido por fibroblastos
infectados; o do tipo beta é aquele produzido por leucócitos
infectados, e o do tipo gama aquele produzido pelas células T
ativas e células NK determinadas.
E) se constitui em um grupo de proteínas imunorreguladoras, que
aumentam a capacidade dos leucócitos para destruir células
tumorais, vírus e bactérias; além disso, os interferons alfa e gama
podem ativar os macrófagos, que podem, por sua vez, matar as
células infectadas pelos vírus.
20. (UPE) Considere o gráfico abaixo sobre a variação da
concentração de anticorpos presentes no plasma, ao longo de 60
dias, em resposta à introdução de antígenos no organismo de um
mesmo indivíduo.
corresponde à imunização passiva, e a segunda, à imunização
ativa.
II. Na primeira inoculação, os antígenos são fagocitados pelos
linfócitos T auxiliadores. Estes passam a
“informação” para os linfócitos T citotóxicos, produtores de
anticorpos.
III. A resposta secundária está relacionada com memória
imunológica, por isso é mais rápido o aumento da concentração de
anticorpos.
IV. Os anticorpos produzidos são específicos para cada tipo de
antígeno e são denominados genericamente imunoglobulinas (Ig).
As IgG são imunoglobulinas que passam para o feto, via
placentária.
V. A primeira inoculação corresponde à administração de vacina,
com resposta lenta, mas de duradoura eficiência, e a segunda
inoculação corresponde à administração de soro, com resposta
imediata, porém de pouca duração.
Assinale a alternativa correta.
A) Apenas I, II e III estão corretas.
B) Apenas I, II e V estão corretas.
C) Apenas III e IV estão corretas.
D) Apenas IV e V estão corretas.
E) Apenas a V está correta.
21. (UPE)
SUS vacina contra o rotavírus: crianças de dois meses poderão, a
partir de amanhã, ser vacinadas no serviço público contra doença
responsável por maior parte das mortes por diarreia.
Jornal do Commercio; Recife, março de 2006.
Em relação às imunizações, é correto afirmar.
I. BCG: contra o tétano, cujo agente causador é a bactéria do
gênero Clostridium.
II. Antipólio: contra a poliomielite, doença com duas fases:
intestinal e neurológica.
III. Tríplice (coqueluche, difteria e tétano): doenças causadas por
bactérias.
IV. Tríplice (sarampo, rubéola e caxumba): previne contra doenças
tanto de origem viral, como sarampo e rubéola, quanto bacteriana,
como a caxumba.
Assinale a alternativa correta.
A) Apenas I e IV.
B) Apenas II, III e IV.
C) Apenas I, III e IV.
D) Apenas I e III.
E) Apenas II e III.
22. (FUVEST) Um camundongo recebeu uma injeção de proteína
A e, quatro semanas depois, outra injeção de igual dose da
proteína A, juntamente com uma dose da proteína B. No gráfico
abaixo, as curvas X, Y e Z mostram as concentrações de
anticorpos contra essas proteínas, medidas no plasma sanguíneo,
durante oito semanas.
Biologia – Sônia Lopes vol.1, Ed. Saraiva
Em relação às respostas imunológicas, analise as afirmativas a
seguir.
I. Na resposta imunológica primária, o tempo para produção de
anticorpos é maior que na resposta secundária. A primeira
Simétrico Pré-Universitário – Curso de Biologia – Prof. Landim – www.simetrico.com.br
Biologia
145
W. K. Purves, D. Sadava, G. H. Orians, H. C. Heller. Life, The Science of Biology. Sinauer
Associates, Inc. W. H. Freeman & Comp., 6a ed., 2001. Adaptado.
As curvas
A) X e Z representam as concentrações de anticorpos contra a
proteína A, produzidos pelos linfócitos, respectivamente, nas
respostas imunológicas primária e secundária.
B) X e Y representam as concentrações de anticorpos contra a
proteína A, produzidos pelos linfócitos, respectivamente, nas
respostas imunológicas primária e secundária.
C) X e Z representam as concentrações de anticorpos contra a
proteína A, produzidos pelos macrófagos, respectivamente, nas
respostas imunológicas primária e secundária.
D) Y e Z representam as concentrações de anticorpos contra a
proteína B, produzidos pelos linfócitos, respectivamente, nas
respostas imunológicas primária e secundária.
E) Y e Z representam as concentrações de anticorpos contra a
proteína B, produzidos pelos macrófagos, respectivamente, nas
respostas imunológicas primária e secundária.
23. (FUVEST) A alergia é uma hipersensibilidade desenvolvida em
relação a determinadas substâncias, os alergênicos, que são
reconhecidas por um tipo especial de anticorpo. A reação alérgica
ocorre quando as moléculas do alergênico
A) ligam-se a moléculas do anticorpo presas à membrana dos
mastócitos, que reagem liberando histaminas.
B) desencadeiam, nos gânglios linfáticos, uma grande proliferação
de linfócitos específicos.
C) são reconhecidas pelas células de memória, que se
reproduzem e fabricam grande quantidade de histaminas.
D) ligam-se aos anticorpos e migram para os órgãos imunitários
primários onde são destruídas.
E) são fagocitadas pelos mastócitos e estimulam a fabricação das
interleucinas.
24. (UNESP) No filme Eu sou a lenda, um vírus criado pelo
homem espalhou-se por toda a população de Nova Iorque. As
vítimas do vírus, verdadeiros zumbis, vagam à noite pela cidade, à
procura de novas vítimas. No filme, Robert Neville (Will Smith) é
um cientista que, sem saber como, tornou-se imune ao vírus. A
obsessão de Neville é encontrar outros que, como ele, não estão
infectados, e possibilitar um mecanismo para a cura. A cura vem
através do sangue: amostras de sangue de pessoas doentes que
melhoraram depois de infectadas pelo vírus, quando
administradas a outros doentes, podem promover a melhora.
I Am Legend, Francis Lawrence, Warner Bros. Pictures, 2007.
Considerando-se o contido na sinopse do filme, pode-se inferir
que, mais provavelmente, o princípio biológico utilizado por Neville
para debelar a doença é a administração de
A) soro, composto de anticorpos presentes no sangue de
pacientes contaminados.
B) soro, composto de antígenos presentes no sangue de pacientes
contaminados.
C) vacina, composta de anticorpos presentes no sangue de
pacientes contaminados.
D) vacina, composta de antígenos presentes no sangue de
pacientes contaminados.
E) vírus atenuados, presentes no sangue de pacientes que
melhoraram ou no sangue de pessoas imunes.
25. (UNIFESP) A revista “Veja” (28.07.2004) noticiou que a
quantidade de imunoglobulina extraída do sangue dos europeus é,
em média, de 3 gramas por litro, enquanto a extraída do sangue
dos brasileiros é de 5,2 gramas por litro. Assinale a hipótese que
pode explicar corretamente a causa de tal diferença.
A) Os europeus tomam maior quantidade de vacinas ao longo de
sua vida.
B) Os brasileiros estão expostos a uma maior variedade de
doenças.
C) Os antígenos presentes no sangue do europeu são mais
resistentes.
D) Os anticorpos presentes no sangue do brasileiro são menos
eficientes.
E) Os europeus são mais resistentes às doenças que os
brasileiros.
26. (UFV) Os principais produtos da resposta imune humoral são
os anticorpos ou imunoglobulinas. Cada imunoglobulina é
constituída de cadeias de polipeptídios ligadas por pontes
dissulfeto (S), conforme a representação abaixo. Os números I, II,
III, IV e V indicam componentes ou regiões básicas dessa
molécula.
Assinale a alternativa correta:
A) As cadeias pesadas estão indicadas por III.
B) Uma das cadeias leves está indicada por V.
C) O sítio de ligação dos antígenos está indicado por II.
D) A região constante está indicada por I.
E) A região variável está indicada por IV.
27. (UEG) O termo inflamação pode ser definido como
A) o processo de instalação, multiplicação e dano tecidual pela
ação de um determinado patógeno.
B) a resposta do organismo contra diversos tipos de agentes
lesivos, na tentativa de combatê-los e regenerar o tecido.
C) a produção de anticorpos específicos contra microrganismos
invasores no organismo hospedeiro.
D) o estabelecimento de células tumorais em determinados
tecidos, que originam o câncer.
E) a reação da memória imunitária a uma exposição antigênica
subsequente.
Simétrico Pré-Universitário – Curso de Biologia – Prof. Landim – www.simetrico.com.br
146
Biologia
28. (UFT) O esquema a seguir representa o mecanismo de ação
de componentes do sistema imunitário.
As células representadas pelas letras A, B, C e D e os tipos de
imunidade representados por I e II são, respectivamente:
A) Linfócitos B, linfócitos T auxiliares, linfócitos T citotóxicos,
macrófagos, imunidade humoral, imunidade celular.
B) Macrófagos, linfócitos B, linfócitos T auxiliares, linfócitos T
citotóxicos, imunidade celular, imunidade humoral.
C) Linfócitos T citotóxicos, macrófagos, linfócitos T auxiliares,
linfócitos B, imunidade celular, imunidade humoral.
D) Macrófagos, linfócitos T citotóxicos, linfócitos B, linfócitos T
auxiliares, imunidade humoral, imunidade celular.
E) Macrófagos, linfócitos T auxiliares, linfócitos B, linfócitos
citotóxicos, imunidade humoral, imunidade celular.
29. (UFPI) O organismo dos mamíferos é suscetível à infecção por
muitos agentes patogênicos, os quais devem, em primeiro lugar,
fazer contato com o hospedeiro, para então estabelecer um foco
de infecção, causando a doença. Tais microrganismos diferem
muito em seus estilos de vida, nas estruturas de suas superfícies e
nos métodos patogênicos, exigindo repostas diferentes do sistema
imunológico. Sobre a imunidade, é correto afirmar:
A) A imunidade inata funciona como primeira linha de defesa pela
habilidade de reconhecer certos patógenos e de permitir uma
imunidade protetora específica.
B) A imunidade adaptativa está baseada na seleção clonal de um
repertório de linfócitos portadores de diferentes receptores
antígeno-específicos, que permitam ao sistema imune reconhecer
qualquer antígeno estranho.
C) A imunidade adquirida não é específica e não muda de
intensidade com a exposição ao agente invasor, depende da
produção de substâncias e da ação de células fagocitárias.
D) Os linfócitos B, que sofrem maturação no timo, diferenciam-se
em células de memória, que reconhecem os antígenos na
resposta imune primária.
E) Os linfócitos T, que sofrem maturação na própria medula óssea,
diferenciam-se em plasmócitos, que possam produzir anticorpos,
liberando-os no plasma sanguíneo para a imunidade humoral.
31. (UFRN) A vacinação é muito eficaz na prevenção de doenças
virais, como a poliomielite e o sarampo. No entanto, a eficácia das
vacinas diminui quando são aplicadas em indivíduos que não se
alimentam adequadamente. Uma explicação para esse fato é que,
nesses indivíduos, ocorre
A) contato mais frequente com os agentes causadores das
doenças.
B) produção menor de anticorpos contra o componente da vacina.
C) carência de vitaminas, como a C e a E, sujeitando-os a
infecções.
D) queda na multiplicação de hemácias e leucócitos na medula
óssea.
32. (UFF) A Organização Mundial de Saúde (OMS) está fazendo
uma campanha de vacinação contra a poliomielite, na Somália,
visto que essa doença está se espalhando pela Etiópia e pelo
Yemen, podendo alcançar as crianças somalianas, deixando-as
paralíticas pelo resto da vida (adaptado do site da OMS, junho de
2005). Supondo-se que uma vacina deve ser aplicada no mínimo
duas vezes para garantir a imunização de um individuo, assinale a
opção que melhor represente a concentração sangüínea dos
anticorpos IgM e IgG, produzidos em resposta à presença do
antígeno, após a aplicação de cada uma das doses da vacina.
A)
B)
C)
D)
30. (UFRN) Nosso sistema imunológico funciona como um
exército em uma guerra realmente necessária. Há células-soldado,
sempre prontas para uma defesa imediata ao encontrar um
inimigo, e células-estrategistas, que, primeiro, reconhecem o
inimigo e, depois, preparam as melhores armas para destruí-lo.
Essas células são, respectivamente,
A) neutrófilos e linfócitos.
B) linfócitos e basófilos.
C) monócitos e neutrófilos.
D) basófilos e monócitos.
Simétrico Pré-Universitário – Curso de Biologia – Prof. Landim – www.simetrico.com.br
Biologia
147
E)
33. (UFF) Escolha a opção que apresenta o agente imunizante
ativo contra-indicado em pacientes com imunidade alterada
(imunossupressão ou imunodeficiência) e em mulheres grávidas,
pelo risco de desenvolvimento da doença disseminada:
A) Vacina a base de vírus vivo.
B) Vacina a base de polissacarídeo bacteriano.
C) Vacina a base de toxoide bacteriano.
D) Gamaglobulina hiperimune.
E) Soro extraído de equinos.
34. (UFMG) Uma pancada na cabeça leva frequentemente à
formação de um “galo” que pode ser explicado por
A) extravasamento de plasma.
B) formação de tecido cicatricial.
C) formação de um calo ósseo.
D) proliferação de células do tecido epitelial.
eficientes em estimular linfócitos B de memória, responsáveis pela
produção de anticorpos.
(_) O título de anticorpos no sangue não se altera após a
aplicação da primeira dose de vacinas, como a Tetravalente e a
Hepatite B; daí a necessidade da administração de novas doses
da vacina.
(_) A VORH, aplicada contra rotavírus humanos em três doses,
não induz uma boa imunidade na maioria das pessoas, diferente
da vacina contra febre amarela, que somente precisa de um
reforço.
(_) A vacina VOP, contra a poliomielite, é uma das vacinas mais
modernas do mundo, pois a simples administração de uma gotinha
contendo antígenos do vírus é suficiente para induzir imunidade.
(_) Vacinas de DNA, diferentemente das vacinas mostradas na
tabela acima, induzem imunidade após a introdução de
sequências genéticas microbianas, que se fundem ao
cromossomo humano na célula do hospedeiro.
Questões discursivas
36. (FMJ) O esquema abaixo está representando uma área de
infecção no corpo humano.
Questões estilo V ou F
35. (UFPE) As vacinas representam algumas das principais
ferramentas humanas para o combate às infecções. Sobre este
assunto, leia a tabela abaixo, onde consta o calendário básico de
vacinação adotado no Brasil, para crianças, e considere as
afirmações feitas a seguir.
IDADE
VACINAS
DOSE
Ao nascer BCG-ID
única
Hepatite B
1ª dose
1 mês
Hepatite B
2ª dose
2 meses
Tetravalente (DTP + Hib)
1ª dose
VOP (vacina oral contra pólio, 1ª dose
Sabin)
1ª dose
VORH (vacina oral contra
rotavírus humano)
4 meses
Tetravalente (DTP + Hib)
2ª dose
VOP (vacina oral contra pólio, 2ª dose
Sabin)
6 meses
VORH (vacina oral contra 2ª dose
3ª dose
rotavírus humano)
3ª dose
Tetravalente (DTP + Hib)
VOP (vacina oral contra pólio, 3ª dose
Sabin)
Hepatite B
9 meses
Febre amarela
única
12 meses SRC (tríplice viral, MMR)
única
15 meses DTP (tríplice bacteriana)
1º reforço
VOP (vacina oral contra pólio, reforço
Sabin)
4-6 anos
DTP (tríplice bacteriana)
2º reforço
SRC (tríplice viral, MMR)
reforço
10 anos
Febre amarela
reforço
Fonte: Ministério da Saúde do Brasil
(_) Vacinas como a BCG, aplicadas para prevenção da
tuberculose, são realizadas em dose única, pois são muito
Com relação ao esquema, pergunta-se:
A) A que correspondem os eventos 1, 2, 3 e 4?
B) O que indica tratar-se de uma infecção e não inflamação
exclusivamente?
C) Que mecanismos são inibidos pelos antimicrobianos no
tratamento das infecções?
37. (FMJ) O processo de vacinação constitui atualmente a melhor
forma de prevenção de determinadas doenças que não possuem
outra forma de controle. Sobre este procedimento, responda:
A) Como funciona, no organismo, o processo de vacinação?
B) Quais os órgãos envolvidos no processo de resposta
imunológica?
38. (FMJ) As doenças contraídas por portadores da Síndrome da
Imunodeficiência Adquirida (SIDA ou AIDS) são semelhantes
àquelas que podem atingir pacientes recém-transplantados.
Explique por quê.
39. (UNICAMP) Os médicos verificam se os gânglios linfáticos
estão inchados e doloridos para avaliar se o paciente apresenta
algum processo infeccioso. O sistema imunitário, que atua no
combate a infecções, é constituído por diferentes tipos de glóbulos
brancos e pelos órgãos responsáveis pela produção e maturação
desses glóbulos.
A) Explique como macrófagos, linfócitos T e linfócitos B atuam no
sistema imunitário.
B) Explique que mecanismos induzem a proliferação de linfócitos
nos gânglios linfáticos.
Simétrico Pré-Universitário – Curso de Biologia – Prof. Landim – www.simetrico.com.br
148
Biologia
40. (UNICAMP) Notícias recentes veiculadas pela imprensa
informam que o surto de sarampo no Estado de São Paulo foi
devido à diminuição do número de pessoas vacinadas nos últimos
anos. As autoridades sanitárias também atribuíram o alto número
de casos em crianças abaixo de um ano ao fato de muitas mães
nunca terem recebido a vacina contra o sarampo.
A) Se a mãe já foi vacinada ou já teve sarampo, o bebê fica
temporariamente protegido contra essa doença. Por quê?
B) Por que uma pessoa que teve sarampo ou foi vacinada fica
permanentemente imune à doença? De que forma a vacina atua
no organismo?
41. (UNESP) Em 2012, assim como em anos anteriores, o
Ministério da Saúde promoveu a campanha para vacinação contra
a gripe.
No cartaz, lemos que devem ser vacinadas “Pessoas com 60 anos
ou mais”. Essa recomendação aplica-se a todos os que têm mais
de 60 anos, independentemente de terem sido vacinados antes,
ou somente àqueles que têm mais de 60 anos e que não tinham
sido vacinados em anos anteriores? Justifique sua resposta, tendo
por base as características antigênicas do vírus da gripe, e
explicando como a vacina protege o indivíduo contra a doença.
42. (UNESP) Leia os seguintes fragmentos de textos:
1. Edward Jenner, um médico inglês, observou no final do século
XVIII que um número expressivo de pessoas mostrava-se imune à
varíola. Todas eram ordenhadoras e tinham se contaminado com
“cowpox”, uma doença do gado semelhante à varíola pela
formação de pústulas, mas que não causava a morte dos animais.
Após uma série de experiências, constatou que estes indivíduos
mantinham-se refratários à varíola, mesmo quando inoculados
com o vírus.
www.bio.fiocruz.br
2. A 6 de julho de 1885, chegava ao laboratório de Louis Pasteur
um menino alsaciano de nove anos, Joseph Meister, que havia
sido mordido por um cão raivoso. Pasteur, que vinha
desenvolvendo pesquisas na atenuação do vírus da raiva, injetou
na criança material proveniente de medula de um coelho
infectado. Ao todo, foram 13 inoculações, cada uma com material
mais virulento. Meister não chegou a contrair a doença.
www.bio.fiocruz.br
A) Qual dos fragmentos, 1 ou 2, refere-se a processos de
imunização passiva? Justifique sua resposta.
B) Que tipos de produtos (medicamentos) puderam ser produzidos
a partir das experiências relatadas, respectivamente, nos
fragmentos de textos 1 e 2? Que relação existe entre o fenômeno
observado no relato 1 e as chamadas células de memória?
43. (UERJ)
Finalmente, uma vacina combateu em humanos a infecção pelo
HIV, o vírus causador da AIDS. Na verdade, uma vacina não.
Duas. A combinação de dois imunizantes que já haviam
fracassado quando testados isoladamente, em estudos anteriores,
reduziu em 31,2% o risco de contaminação.
As vacinas são um meio eficiente de prevenção contra doenças
infecciosas, causadas tanto por vírus como por bactérias. Indique
três princípios ativos encontrados nas vacinas e explique como
atuam no organismo.
44. (UERJ) O hormônio cortisol, devido a sua acentuada ação antiinflamatória, é muito usado como medicamento. Observe o
seguinte procedimento de terapia hormonal prescrito para um
paciente:
- administração de doses altas de cortisol diariamente, durante
trinta dias;
- diminuição progressiva das doses, após esse prazo, até o final
do tratamento.
No gráfico a seguir, são mostradas a taxa de produção de cortisol
pelo organismo do paciente e a concentração desse hormônio no
sangue, nos primeiros trinta dias de tratamento.
A) Descreva a alteração da taxa de produção de cortisol durante
os primeiros trinta dias.
B) Explique o motivo pelo qual, ao final do tratamento, as doses de
cortisol devem ser diminuídas progressivamente.
45. (UFC) Leia o texto a seguir.
Um exame, ainda que em linhas gerais, do panorama da saúde
dos brasileiros ao longo dos últimos 500 anos revela uma história
de descaso e sofrimento (...). A varíola teve papel destacado na
rápida redução da população indígena, extinguindo tribos inteiras.
Os colonizadores logo perceberam essa vulnerabilidade dos
nativos e, segundo registros históricos, intencionalmente
disseminaram certas doenças entre eles, para diminuir sua
resistência aos europeus. No final do século 18, uma violenta
epidemia nas áreas colonizadas do Brasil levou Portugal a ordenar
uma “variolização”. Essa medida começava com a infecção de
jovens escravos que, se não morriam, ficavam com bolhas de pus
pelo corpo. Um pouco desse pus era posto em contato com um
arranhão na pele de pessoas sadias, para imunizá-las.
Ciência Hoje, vol. 28, no.165, pág.34,36, outubro 2000.
A) Que categoria de organismos é causadora da varíola?
B) Cite uma característica que identifique essa categoria de
organismo.
C) Qual a explicação para a imunização das pessoas com o pus?
Que tipo de imunização ocorreu?
D) Qual a explicação biológica para a vulnerabilidade das
populações indígenas à varíola?
46. (UFRJ) As curvas abaixo mostram a produção de anticorpos
específicos de dois indivíduos inoculados com antígenos proteicos
do vírus X no dia 0. Com base nas respostas de cada um deles ao
antígeno, suspeitou-se de que um dos indivíduos fosse originário
de uma região onde a infecção pelo vírus X atinge grande número
de indivíduos.
Adaptado de Isto É, 30/09/2009
Simétrico Pré-Universitário – Curso de Biologia – Prof. Landim – www.simetrico.com.br
Biologia
149
Aula 38 – Tecidos Cartilaginoso e
Ósseo
Tecido cartilaginoso
Qual dos dois indivíduos é originário da região com alta
incidência do vírus X? Justifique.
47. (UFRJ) Uma pessoa só contrai o cólera se ingerir água
contendo, no mínimo, 108 vibriões, o microorganismo causador
dessa doença. No entanto, se uma pessoa beber água contendo
bicarbonato de sódio – um antiácido – são necessários apenas 104
vibriões para iniciar a doença. Por que ocorre essa diferença?
48. (UFF)
O termo amamentação designa o ato de amamentar, de aceitar
uma criança no próprio peito. Mais do que um simples ato de
amor, representa a maneira mais eficiente e prática de alimentar e
nutrir o filho sem os riscos que a alimentação artificial pode
oferecer. Escreva sobre a importância da amamentação para a
mãe e para o filho.
O tecido conjuntivo cartilaginoso é uma forma
especializada de tecido conjuntivo de consistência rígida, embora
razoavelmente flexível. Desempenha funções como o suporte de
tecidos moles, reveste superfícies articulares, onde absorve
choques, facilita os deslizamentos e é essencial para a formação e
crescimento dos ossos longos.
As células características do tecido cartilaginoso são os
condrócitos. Elas se originam a partir de células de origem
embrionária chamadas condroblastos. Os condroblastos
secretam a matriz extracelular da cartilagem. Essa matriz é
formada basicamente por fibras protéicas e por um material com
consistência cartilaginosa, a condrina, além de ácido hialurônico e
ácido condroitinossulfúrico.
À medida que a matriz da cartilagem vai sendo formada,
os condroblastos vão ficando aprisionados na matriz. Como essa
matriz é semi-rígida, não fornece espaços para vasos sangüíneos
ou nervos. Cartilagens são, consequentemente, não irrigadas e
não inervadas. Assim, os condroblastos não têm nutrição
adequada, passando a uma forma de metabolismo bastante
reduzido, os condrócitos. Esses são células menores, que se
nutrem por difusão e têm função de manter a matriz cartilaginosa
na área. A obtenção de energia nessas células se dá por
mecanismos de fermentação láctica.
Os condrócitos são observados em grupos de duas, três
ou quatro células em cavidades na matriz cartilaginosa chamadas
lacunas.
49. (UFRRJ) Explique a relação funcional entre as células do
esquema abaixo.
Adaptado de JUNQUEIRA, L. C. U. & CARNEIRO, J. Histologia Básica. Rio de Janeiro,
Guanabara Koogan, 1995. p. 83.
50. (UFOP) No ambiente há uma grande variedade de agentes
infecciosos microbianos – vírus, bactérias, fungos e parasitos.
Estes podem causar danos patológicos e, se eventualmente
puderem se multiplicar, são capazes de levar à morte do
hospedeiro. Em um primeiro momento, as defesas externas do
organismo se apresentam como uma barreira eficiente contra a
maioria dos organismos agressores e são poucos os agentes que
conseguem penetrar através da pele intacta. Em relação e este
contexto, responda:
A) Que tipos de defesas inespecíficas os mamíferos possuem?
B) Quais são as células do sistema imune e que substâncias
produzem?
C) Cite dois exemplos de doenças auto-imunes, em que o corpo
passa a destruir suas próprias células através de auto-anticorpos.
Histogênese da cartilagem hialina, a partir do mesênquima
(primeiro desenho, à esquerda). A multiplicação das células
mesenquimatosas forma um tecido muito celular. Em seguida,
pela produção da matriz, os condroblastos se afastam.
Finalmente, a multiplicação mitótica destas células dá origem aos
grupos condrócitos (grupos isógenos).
Envolvendo a cartilagem, há um tecido conjuntivo denso,
denominado pericôndrio. Este possui vasos sangüíneos que
nutrem e oxigenam a cartilagem por difusão. Além disso, ele
forma novos condroblastos por diferenciação de suas células
adventícias. Observe então que o crescimento da cartilagem se dá
da periferia para o centro: novos condroblastos são formados no
pericôndrio que envolve a cartilagem, e quando esses
condroblastos formam mais matriz, são aprisionados nela
originando condrócitos.
Simétrico Pré-Universitário – Curso de Biologia – Prof. Landim – www.simetrico.com.br
Aula 37 - Sistema Imune
1.
Resposta: E
Comentário: A imunização ativa consiste na produção de anticorpos (imunoglobulinas) contra um certo antígeno pelo próprio
organismo, envolvendo também a produção de células de memória, de modo a conferir memória imunológica. As vacinas
desencadeiam um mecanismo de imunização ativa. Nesse processo, é introduzido no corpo de um indivíduo sadio um antígeno,
havendo então a produção de anticorpos específicos para esse antígeno. Os antígenos empregados nas vacinações correspondem a
formas atenuadas de toxinas ou aos próprios microorganismos causadores das doenças, mas enfraquecidos ou mortos. Os anticorpos e
as células de memória são então produzidos para combater o antígeno ou o microorganismo ao qual pertence. O inconveniente das
vacinas está no longo tempo necessário para a produção de anticorpos, de modo que sua utilização está restrita à prevenção de
doenças, mas não ao tratamento. A resposta imunitária primária ocorre quando o indivíduo recebe o antígeno pela primeira vez: o
tempo para a produção de anticorpos é maior, e a quantidade de anticorpos produzidos é menor, comparando-se com o que ocorre na
resposta secundária. A resposta imunitária secundária ocorre quando o indivíduo recebe o mesmo antígeno pela segunda vez: o tempo
para a produção de anticorpos é menor, e a quantidade de anticorpos produzidos é maior, comparando-se com o que ocorre na resposta
primária.
Observe o gráfico abaixo:
Pessoas vacinadas apresentam melhores condições de defesa em relação às pessoas não vacinadas porque possuem, além de
anticorpos, células de memória que atuam na resposta secundária contra o agressor.
2.
Resposta: A
Comentário: Antígenos são substâncias orgânicas estranhas ao organismo e que geram uma resposta do sistema imunológico. A
alergia (ou anafilaxia) é uma hipersensibilidade do nosso sistema de defesa a certos antígenos fracos, conhecidos como alérgenos,
contra os quais nem todos os indivíduos oferecem uma resposta. Os tipos mais comuns de alergia estão relacionados aos anticorpos do
grupo das imunoglobulinas E (ou IgE), que ficam aderidos à membrana plasmática dos mastócitos; ocorrendo a união do antígeno com
o IgE dos mastócitos, essas células liberam histamina e outros agentes inflamatórios, armazenados em vesículas no citoplasma, que
provocam a dilatação dos vasos sangüíneos e alteram sua permeabilidade, gerando edema, vermelhidão e prurido (coceira). Uma vez
que vegetais transgênicos contêm algumas proteínas diferentes daquelas encontradas nos vegetais não transgênicos, alguns indivíduos
podem apresentar reações alérgicas ao consumir produtos transgênicos.
3.
Resposta: B
Comentário: Existem vários métodos utilizados na prevenção e no tratamento de doenças, como vacinas, soros e antibióticos. As
vacinas desencadeiam um mecanismo de imunização ativa. Nesse processo, é introduzido no corpo de um indivíduo sadio um
antígeno, havendo então a produção de anticorpos específicos para esse antígeno. Os antígenos empregados nas vacinações
correspondem a formas atenuadas de toxinas ou aos próprios microorganismos causadores das doenças, mas enfraquecidos ou mortos.
Os anticorpos e as células de memória são então produzidos para combater o antígeno ou o microorganismo ao qual pertence. O
inconveniente das vacinas está no longo tempo necessário para a produção de anticorpos, de modo que sua utilização está restrita à
prevenção de doenças, mas não ao tratamento. Nem todas as doenças podem ser prevenidas através de vacinação, como ocorre com
algumas doenças onde ocorre grande variação antigênica do agente etiológico, impedindo a produção de uma vacina única contra
todas as variantes. Assim, doenças virais como dengue e AIDS e doenças bacterianas como cólera e leptospirose não possuem vacinas
disponíveis, enquanto que doenças virais como febre amarela e raiva e doenças bacterianas como tétano e tuberculose possuem
vacinas disponíveis. Os soros desencadeiam um mecanismo de imunização passiva. Como fornece anticorpos já formados, o soro tem
efeito imediato, sendo indicado para o tratamento de doenças. Seu inconveniente está no efeito temporário, pois não leva à formação
de células de memória e os anticorpos têm uma validade limitada, de modo a não ser útil na prevenção de doenças. Doenças virais
como raiva e doenças bacterianas como tétano, quando apresentam o parasita já instalado, são tratadas com soros, que também são
aplicados em casos de picadas por animais peçonhentos como cobras (soro antiofídico), escorpiões (soro antiescorpionídeo) e aranhas
(soro antiaraneídeo). Soros não são úteis no tratamento de algumas doenças, como febre amarela e dengue causadas por vírus e cólera
e leptospirose causadas por bactérias. Antibióticos são substâncias químicas capazes de interferir no metabolismo de bactérias, como
pelo impedimento na produção da parede celular (como ocorre com penicilina e derivados) ou pelo impedimento da síntese protéica
por inibição do ribossomo bacteriano 70S (como ocorre com tetraciclina e cloranfenicol). Assim, antibióticos são utilizados no
tratamento de doenças bacterianas. Como vírus não apresentam metabolismo próprio, não são afetados por antibióticos. Assim,
analisando cada item:
Item A: falso. Antibióticos não agem contra vírus, bem como não há vacina contra a leptospirose.
Item B: verdadeiro.
Item C: falso. Soros não são úteis no tratamento de febre amarela, bem como antibióticos não são úteis no caso de picadas de
cobras, que devem ser tratadas por soros.
Item D: falso. Antibióticos não agem contra vírus ou veneno de cobras, bem como não há vacina contra a leptospirose.
Item E: falso. Soros não são úteis no tratamento da leptospirose, sendo que o soro antiofídico é específico para o caso de picadas
de cobras, bem como a vacina só funciona para prevenção, não sendo útil caso já tenha havido contato com o vírus da febre amarela.
4.
Resposta: B
Comentário: As vacinas desencadeiam um mecanismo de imunização ativa. Nesse processo, é introduzido no corpo de um indivíduo
sadio o antígeno que causa a doença, havendo então a produção de anticorpos específicos para esse antígeno. Os antígenos
empregados nas vacinações correspondem a formas atenuadas de toxinas ou aos próprios microorganismos causadores das doenças,
mas enfraquecidos ou mortos. Os anticorpos e as células de memória são então produzidos para combater o antígeno ou o
microorganismo ao qual pertence. O inconveniente das vacinas está no longo tempo necessário para a produção de anticorpos, de
modo que sua utilização está restrita à prevenção de doenças, mas não ao tratamento. Os soros desencadeiam um mecanismo de
imunização passiva. Como fornece anticorpos já formados, o soro tem efeito imediato, sendo indicado para o tratamento de doenças.
Seu inconveniente está no efeito temporário, pois não leva à formação de células de memória e os anticorpos têm uma validade
limitada, de modo a não ser útil na prevenção de doenças. Assim,
- se a criança I recebe soro, o número de anticorpos recebidos inicialmente é alto, mas logo cai porque não há memória imunológica;
- se a criança II recebe vacina, o número de anticorpos aumenta gradativamente ao longo de um certo período de tempo, uma vez que
sua produção é lenta no processo de imunização ativa.
5.
Resposta: C
Comentário: A alergia (ou anafilaxia) é uma hipersensibilidade do nosso sistema de defesa a certos antígenos fracos, conhecidos
como alérgenos, contra os quais nem todos os indivíduos oferecem uma resposta. Os tipos mais comuns de alergia estão relacionados
aos anticorpos do grupo das imunoglobulinas E (ou IgE), que ficam aderidos à membrana plasmática dos mastócitos; ocorrendo a
união do antígeno com o IgE dos mastócitos, essas células liberam histamina e outros agentes inflamatórios, armazenados em
vesículas no citoplasma, que provocam a dilatação dos vasos sangüíneos e alteram sua permeabilidade, gerando edema, vermelhidão e
prurido (coceira). Assim, a aplicação do alérgeno em concentrações baixíssimas e por uma via diferente da causadora da alergia leva à
produção de outras categorias de anticorpos contra ele, levando à sua destruição sem que promovam a reação alérgica.
6.
Resposta: D
Comentário: A imunidade inata ou inespecífica envolve uma série de mecanismos de defesa que não reconhecem os agentes
invasores, combatendo todos os tipos de patógenos da mesma maneira, como ocorre com a reação inflamatória e com a ação de
leucócitos neutrófilos. A imunidade adquirida ou específica envolve o reconhecimento do agente invasor e a produção de células de
defesa específicas contra eles. Nesse processo, o agente invasor é fagocitado por um tipo de macrófago denominado APC (célula
apresentadora de antígeno), que expõe seus antígenos em suas membranas e os apresenta aos linfócitos. Dos vários tipos de linfócitos
existentes no organismo, há o reconhecimento daquele tipo com receptores específicos para se ligar o antígeno em questão, que é
então selecionado, num processo denominado seleção clonal. Os linfócitos sensibilizados (selecionados) se multiplicam, num processo
denominado expansão clonal. Por fim, alguns linfócitos sensibilizados de diferenciam em células ativas e outros permanecem como
células de memória. No caso dos linfócitos B, as células ativas são os plasmócitos, que produzem anticorpos, no processo de
imunidade humoral, e no caso dos linfócitos T8 (ou Tc), as células ativas vão combater vírus e câncer, no processo de imunidade
celular. Assim, a identificação do invasor e a produção de anticorpos são efetuadas, respectivamente, por macrófagos e linfócitos B.
7.
Resposta: B
Comentário: A imunização passiva consiste no recebimento de anticorpos prontos, sem que haja produção de anticorpos próprios ou
células de memória, de modo que o efeito é temporário, não conferindo memória imunológica. Esse processo pode ocorrer
artificialmente, através de soros, ou naturalmente, através da transferência de anticorpos de mãe para filho via placenta ou via
aleitamento. Assim, o leite materno pode ser considerado um medicamento por causa de sua capacidade de conferir imunidade
passiva.
8.
Resposta: D
Comentário:
9.
Resposta: A
Comentário: Algumas vezes, por razões ainda pouco conhecidas, o nosso sistema imune ataca o nosso próprio corpo, levando a
vários tipos de doenças auto-imunes. Doenças auto-imunes são condições em que o organismo é atacado pelo próprio sistema
imunológico, podendo ocorrer por falhas no reconhecimento de antígenos por parte das células imunes ou pelo fato de os anticorpos
produzidos contra um microorganismo patogênico acabarem por prejudicar o órgão onde o mesmo se encontra instalado. São
exemplos o lúpus eritematoso sistêmico, a diabetes tipo I e a febre reumática. Assim, analisando cada item:
Item A: verdadeiro.
Item B: falso. As doenças autoimunes ocorrem devido à formação de anticorpos contra constituintes do próprio organismo, e não de
outro organismo.
Item C: falso. As doenças autoimunes podem afetar vários órgãos do corpo, não envolvendo apenas um órgão do organismo.
Item D: falso. A síndrome relatada no texto é uma doença autoimune crônica, em que o sistema imune fica desregulado e ataca
tecidos sadios do próprio corpo.
Item E: falso. Doença autoimune é a situação médica na qual se desenvolve uma enfermidade a partir de uma agressão do organismo
contra elementos constitutivos normais, e não de anormais.
10.
Resposta: C
Comentário: A alergia (ou anafilaxia) é uma hipersensibilidade do nosso sistema de defesa a certos antígenos fracos, conhecidos
como alérgenos, contra os quais nem todos os indivíduos oferecem uma resposta. Os tipos mais comuns de alergia estão relacionados
aos anticorpos do grupo das imunoglobulinas E (ou IgE), que ficam aderidos à membrana plasmática dos mastócitos; ocorrendo a
união do antígeno com o IgE dos mastócitos, essas células liberam histamina e outros agentes inflamatórios, armazenados em
vesículas no citoplasma, que provocam a dilatação dos vasos sangüíneos e alteram sua permeabilidade, gerando edema, vermelhidão e
prurido (coceira).
11.
Resposta: A
Comentário: Uma vez que água é o componente mais abundante da matéria viva, seres vivos em geral dependem de água para
poderem se proliferar. Assim, organismos microscópicos que se proliferam em gotículas de saliva e/ou poeira, como fungos, ácaros e
bactérias acabam sendo favorecidos por uma maior umidade.
12.
Resposta: D
Comentário: Macrófagos são células do tecido conjuntivo com atividade fagocítica e produtora de citocinas (como as interleucinas),
sendo derivadas de uma classe de leucócitos denominados monócitos, que abandonam os vasos sangüíneos por diapedese. Existem
vários tipos de macrófagos no corpo humano, sendo reunidos num conjunto denominado sistema mononuclear fagocítico ou sistema
retículo-endotelial. Como exemplo de macrófagos, tem-se as células apresentadoras de antígenos ou APC, que fagocitam
microorganismos e os fragmentam em determinantes antigênicos que são apresentados aos linfócitos. No caso dos linfócitos B, há
diferenciação em plasmócitos, que então produzem anticorpos.
13.
Resposta: C
Comentário: A alergia é uma hipersensibilidade do nosso sistema de defesa a certos antígenos do meio ambiente, denominados
alergênicos. Dependendo da sensibilidade de cada um, podem ser alergênicos os grãos de pólen, a poeira, os esporos de fungos,
substâncias químicas presentes em certos alimentos ou produzidas por certos organismos e mesmo remédios, dentre muitas outras
substâncias. Em contato com o alérgeno, células como os mastócitos do tecido conjuntivo e os basófilos do sangue liberam histamina
e outros agentes inflamatórios, armazenados em vesículas no citoplasma. Essas substâncias, conforme já comentado, provocam a
dilatação dos casos sangüíneos e alteram sua permeabilidade, fazendo com que fiquemos com o nariz, os olhos ou outra região
afetada, vermelhos e inchados. No caso das alergias respiratórias, é comum ocorrerem espirros, coriza e contração da musculatura lisa,
o que freqüentemente provoca dificuldades respiratórias. A reação alérgica é desencadeada principalmente por mastócitos e basófilos.
14.
Resposta: D
Comentário: A inflamação consiste em um conjunto de reações que têm como objetivo otimizar os processos de reparo e defesa,
sendo desencadeado por mediadores químicos (principalmente prostaglandinas) liberados por células lesadas por agentes físicos,
mecânicos, químicos ou biológicos. Dentro do sistema imune, o processo inflamatório se enquadra na defesa inata (inespecífica). Os
mediadores da inflamação, como a histamina e as prostaglandinas, desencadeiam:
- vasodilatação, aumentando o fluxo de sangue, e, conseqüentemente, de nutrientes para o reparo e de leucócitos e anticorpos para
defesa contra infecções.
- aumento na permeabilidade vascular, facilitando a diapedese, e
- dor, evitando a utilização da região inflamada para prevenir um agravamento da lesão.
São descritos 5 sinais clássicos que caracterizam a inflamação:
- rubor ou vermelhidão, devido à vasodilatação e ao aumento do aporte de sangue para a área;
- calor local, devido ao atrito gerado entre o sangue e a parede dos vasos sangüíneos;
- edema ou inchaço, promovido pelo extravasamento de plasma do sangue para os tecidos vizinhos devido ao aumento na
permeabilidade desses vasos;
- dor;
- perda de função, devido à dor.
Na cabeça, a vasodilatação que ocorre no processo inflamatório potencializa a dor, uma vez que a parede óssea do crânio é rígida e
oferece resistência à expansão dos vasos.
15.
Resposta: C
Comentário: As vacinas desencadeiam um mecanismo de imunização ativa. Nesse processo, é introduzido no corpo de um indivíduo
sadio o antígeno que causa a doença, havendo então a produção de anticorpos específicos para esse antígeno. Os antígenos
empregados nas vacinações correspondem a formas atenuadas de toxinas ou aos próprios microorganismos causadores das doenças,
mas enfraquecidos ou mortos. Os anticorpos e as células de memória são então produzidos para combater o antígeno ou o
microorganismo ao qual pertence. No caso da galinha ter sido inoculado com a cultura atenuada de bactéria, ocorre imunização
passiva, tanto é que ela permanece saudável e, ao ser inoculada com a cultura virulenta de bactéria, sobrevive (ao contrário da galinha
não inoculada previamente, que morre quando inoculada com a cultura virulenta de bactéria). Assim, a cultura atenuada que
desencadeia a imunização ativa faz o papel de vacina (1), e sua inoculação na galinha desempenha o papel de vacinação (2).
16.
Resposta: E
Comentário:
17.
Resposta: E
Comentário:
18.
Resposta: A
Comentário: Os soros desencadeiam um mecanismo de imunização passiva. Como fornece anticorpos já formados, o soro tem efeito
imediato, sendo indicado para o tratamento de doenças. Seu inconveniente está no efeito temporário, pois não leva à formação de
células de memória e os anticorpos têm uma validade limitada, de modo a não ser útil na prevenção de doenças. Assim, no caso de
picadas de cobras peçonhentas, o efeito imediato do soro impede a morte do indivíduo picado pela ação do veneno. Os anticorpos
contidos nos soros são produzidos com a atenuação do efeito de um certo antígeno, que é então inoculado em um mamífero,
geralmente um cavalo. Esse animal passa a produzir anticorpos contra esse antígeno. Após algum tempo, a dose é reforçada; de
anticorpos no sangue. Após certo tempo, coleta-se um pouco do sangue do cavalo inoculado e separa-se dele o soro, que contém os
anticorpos. Esse soro é preparado e utilizado nas pessoas. Assim, 1, 2, 3 e 4 são verdadeiras.
19.
Resposta: B
Comentário:
20.
Resposta: C
Comentário: A imunização ativa consiste na produção de anticorpos (imunoglobulinas) contra um certo antígeno pelo próprio
organismo, envolvendo também a produção de células de memória, de modo a conferir memória imunológica. A resposta imunitária
primária ocorre quando o indivíduo recebe o antígeno pela primeira vez: o tempo para a produção de anticorpos é maior, e a
quantidade de anticorpos produzidos é menor, comparando-se com o que ocorre na resposta secundária. A resposta imunitária
secundária ocorre quando o indivíduo recebe o mesmo antígeno pela segunda vez: o tempo para a produção de anticorpos é menor, e a
quantidade de anticorpos produzidos é maior, comparando-se com o que ocorre na resposta primária. Observe o gráfico abaixo:
A imunização passiva consiste no recebimento de anticorpos prontos, sem que haja produção de anticorpos próprios ou células de
memória, de modo que o efeito é temporário, não conferindo memória imunológica. Assim:
Item I: falso. Na resposta imunológica primária, o tempo para produção de anticorpos é maior que na resposta secundária, uma vez
que ainda não há células de memória contra o antígeno em questão. Ambas são formas de imunização ativa.
Item II: falso. Na resposta imune, os antígenos são fagocitados por macrófagos denominados APC (células apresentadoras de
antígeno), que expõe seus antígenos em suas membranas e os apresenta aos linfócitos T. Estes passam a “informação” para os
linfócitos B, que se concertem em plasmócitos produtores de anticorpos.
Item III: verdadeiro. Na resposta imune secundária, o tempo para produção de anticorpos é menor por que já há células de memória
contra o antígeno em questão, o que também leva a uma resposta mais intensa.
Item IV: verdadeiro. Os anticorpos produzidos são específicos para cada tipo de antígeno e são denominados genericamente
imunoglobulinas (Ig). Dos cinco tipos de imunoglobulina (IgA, IgD, IgE, IgG e IgM), as IgG são as únicas que passam para o feto, via
placentária, promovendo imunização passiva.
Item V: falso. As duas inoculações são de antígenos, podendo uma delas representar a primeira dose de uma vacina (com resposta
imune 1ª) e a outra a segunda dose da mesma vacina (com resposta imune 2ª).
21.
Resposta: E
Comentário: As vacinas desencadeiam um mecanismo de imunização ativa. Nesse processo, é introduzido no corpo de um indivíduo
sadio um antígeno, havendo então a produção de anticorpos específicos para esse antígeno. Os antígenos empregados nas vacinações
correspondem a formas atenuadas de toxinas ou aos próprios microorganismos causadores das doenças, mas enfraquecidos ou mortos.
Os anticorpos e as células de memória são então produzidos para combater o antígeno ou o microorganismo ao qual pertence. O
inconveniente das vacinas está no longo tempo necessário para a produção de anticorpos, de modo que sua utilização está restrita à
prevenção de doenças, mas não ao tratamento. Nem todas as doenças podem ser prevenidas através de vacinação, como ocorre com
algumas doenças onde ocorre grande variação antigênica do agente etiológico, impedindo a produção de uma vacina única contra
todas as variantes. Assim, doenças virais como dengue e AIDS e doenças bacterianas como cólera e leptospirose não possuem vacinas
disponíveis, enquanto que doenças virais como febre amarela e raiva e doenças bacterianas como tétano e tuberculose possuem
vacinas disponíveis. Algumas das vacinas obrigatórias na infância e disponibilizadas pelo sistema público de saúde brasileiro são:
- BCG, contra a tuberculose, causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis (contraída pela inalação de aerossóis de saliva e que
afeta pulmões, pele, ossos e fígado);
- DPT ou Tríplice Bacteriana, contra coqueluche causada pela bactéria Haemophilus pertussis (contraída pela inalação de aerossóis de
saliva e que afeta o sistema respiratório), difteria causada pela bactéria Corynebacterium diphteriae (contraída pela inalação de
aerossóis de saliva e que afeta o sistema respiratório), e tétano causado pela bactéria Clostridium tetani (contraída pela penetração de
esporos em ferimentos e que afeta o sistema nervoso);
- Antipólio, sendo a Sabin por via oral e a Salk por via injetável, contra a poliomielite ou paralisia infantil causada pelo poliovírus
(contraída pela ingestão de gotículas de saliva e que afeta os nervos motores do sistema nervoso);
- MMR ou Tríplice viral, contra rubéola (contraída pela inalação de aerossóis de saliva e que afeta pele), sarampo (contraída pela
inalação de aerossóis de saliva e que afeta pele), e caxumba (contraída pela inalação de aerossóis de saliva e que afeta as glândulas
salivares parótidas).
Analisando cada item:
Item I: falso. A vacina BCG age contra a tuberculose causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis.
Item II: verdadeiro. A vacina antipólio age contra a poliomielite, adquirida por via oral, penetrando pelo tubo digestivo (intestino) e
afetando o sistema nervoso.
Item III: verdadeiro. A vacina DPT ou tríplice bacteriana age contra coqueluche, difteria e tétano, todas doenças causadas por
bactérias.
Item IV: falso. A vacina MMR ou tríplice viral age contra sarampo, rubéola e caxumba, todas doenças causadas por vírus.
22.
Resposta: A
Comentário: A imunização ativa consiste na produção de anticorpos (imunoglobulinas) contra um certo antígeno pelo próprio
organismo, envolvendo também a produção de células de memória, de modo a conferir memória imunológica. A resposta imunitária
primária ocorre quando o indivíduo recebe o antígeno pela primeira vez: o tempo para a produção de anticorpos é maior, e a
quantidade de anticorpos produzidos é menor, comparando-se com o que ocorre na resposta secundária. A resposta imunitária
secundária ocorre quando o indivíduo recebe o mesmo antígeno pela segunda vez: o tempo para a produção de anticorpos é menor, e a
quantidade de anticorpos produzidos é maior, comparando-se com o que ocorre na resposta primária. Observe o gráfico abaixo:
A imunização passiva consiste no recebimento de anticorpos prontos, sem que haja produção de anticorpos próprios ou células de
memória, de modo que o efeito é temporário, não conferindo memória imunológica. Assim, analisando cada situação:
- Como o camundongo recebe inicialmente a proteína A, apresenta uma resposta imune primária (mais fraca) contra ela, o que está
representado pela curva X;
- Quando o camundongo recebe nova dose da proteína A juntamente com uma dose da proteína B, apresenta uma resposta imune
secundária (mais forte) contra a proteína A, o que está representado pela curva Z, e uma resposta imune primária (mais fraca) contra a
proteína B, o que está representado pela curva Y.
Assim, X e Z representam as concentrações de anticorpos contra a proteína A, produzidos pelos linfócitos, respectivamente, nas
respostas imunológicas primária e secundária.
23.
Resposta: A
Comentário: A alergia é uma hipersensibilidade do nosso sistema de defesa a certos antígenos fracos, conhecidos como alérgenos,
contra os quais nem todos os indivíduos oferecem uma resposta. Os tipos mais comuns de alergia estão relacionados aos anticorpos
do grupo das imunoglobulinas E (ou IgE), que ficam aderidos à membrana plasmática dos mastócitos; ocorrendo a união do antígeno
com o IgE dos mastócitos, essas células liberam histamina e outros agentes inflamatórios, armazenados em vesículas no citoplasma,
que provocam a dilatação dos vasos sangüíneos e alteram sua permeabilidade, gerando edema, vermelhidão e prurido (coceira).
24.
Resposta: A
Comentário: As vacinas desencadeiam um mecanismo de imunização ativa. Nesse processo, é introduzido no corpo de um indivíduo
sadio o antígeno que causa a doença, havendo então a produção de anticorpos específicos para esse antígeno. Os antígenos
empregados nas vacinações correspondem a formas atenuadas de toxinas ou aos próprios microorganismos causadores das doenças,
mas enfraquecidos ou mortos. Os anticorpos e as células de memória são então produzidos para combater o antígeno ou o
microorganismo ao qual pertence. O inconveniente das vacinas está no longo tempo necessário para a produção de anticorpos, de
modo que sua utilização está restrita à prevenção de doenças, mas não ao tratamento. Os soros desencadeiam um mecanismo de
imunização passiva. Como fornece anticorpos já formados, o soro tem efeito imediato, sendo indicado para o tratamento de doenças.
Seu inconveniente está no efeito temporário, pois não leva à formação de células de memória e os anticorpos têm uma validade
limitada, de modo a não ser útil na prevenção de doenças. Assim, mais provavelmente, o princípio biológico utilizado por Neville para
debelar a doença é a administração de soro, composto de anticorpos presentes no sangue de pacientes contaminados.
25.
Resposta: B
Comentário: A imunização ativa consiste na produção de anticorpos pelo próprio organismo, envolvendo também a produção de
células de memória, de modo a conferir memória imunológica. Nesse processo, há introdução no corpo de um indivíduo de um
antígeno, havendo então a produção de anticorpos e células de memória específicos para combater o antígeno ou o microorganismo ao
qual pertence. Assim, uma maior diversidade e quantidade de anticorpos está relacionada a uma maior exposição a antígenos, o que
poderia se dar por um maior recebimento de vacinas ou uma maior exposição a diferentes organismos patogênicos. Como no Brasil há
aplicação das mesmas vacinas que se aplica na Europa, a explicação mais plausível para a maior quantidade de anticorpos nos
brasileiros está na exposição a uma maior quantidade de doenças. Isso se explica pela baixa cobertura de saneamento básico e água
tratada no Brasil, procedimentos que evitam a maior parte das doenças infecciosas (que têm transmissão oral-fecal, ou seja, por água
ou alimentos contaminados por fezes de indivíduos doentes).
26.
Resposta: B
Comentário: Os anticorpos, também chamados de imunoglobulinas, são proteínas que têm uma estrutura molecular em forma de Y.
A extremidade da base do Y, denominada porção Fc é a mesma para todos os anticorpos de uma mesma classe, sendo inespecífica.
Essa região inespecífica pode se ligar às células de defesa do organismo, como os macrófagos, que por isso reconhecem facilmente o
anticorpo. As duas extremidades superiores do Y, chamadas porções Fab, são idênticas aos receptores de membrana que eles possuem,
sendo, pois específicas para determinante antigênico em questão. São essas regiões que se ligam aos antígenos pelos determinantes
antigênicos. Observe o esquema abaixo:
Assim,
- I representa o sítio de ligação com o antígeno;
- II representa as cadeias pesadas;
- III representa a porção específica (Fab), que varia de anticorpo para anticorpo;
- IV representa a porção inespecífica (Fc), constante para uma determinada classe de anticorpos e que se liga às células de defesa.
- V representa uma cadeia leve.
27.
Resposta: B
Comentário: A inflamação consiste em um conjunto de reações que têm como objetivo otimizar os processos de reparo e defesa,
sendo desencadeado por mediadores químicos (principalmente prostaglandinas) liberados por células lesadas por agentes físicos,
mecânicos, químicos ou biológicos. Dentro do sistema imune, o processo inflamatório se enquadra na defesa inata (inespecífica).
Os mediadores da inflamação desencadeiam vasodilatação (aumentando o fluxo de sangue, e conseqüentemente de nutrientes para o
reparo e leucócitos e anticorpos para defesa contra infecções), aumento na permeabilidade vascular (facilitando a diapedese) e dor
(evitando a utilização da região inflamada para prevenir um agravamento da lesão).
São descritos 5 sinais clássicos que caracterizam a inflamação:
- rubor ou vermelhidão, devido à vasodilatação e ao aumento do aporte de sangue para a área;
- calor local, devido ao atrito gerado entre o sangue e a parede dos vasos sangüíneos;
- edema ou inchaço, promovido pelo extravasamento de plasma do sangue para os tecidos vizinhos devido ao aumento na
permeabilidade desses vasos;
- dor;
- perda de função, devido à dor.
28.
Resposta: E
Comentário:
29.
Resposta: B
Comentário: A imunidade inata ou inespecífica envolve uma série de mecanismos de defesa que não reconhecem os agentes
invasores, combatendo todos os tipos de patógenos da mesma maneira, como ocorre com a reação inflamatória e com a ação de
leucócitos neutrófilos. A imunidade adquirida ou específica envolve o reconhecimento do agente invasor e a produção de células de
defesa específicas contra eles. Nesse processo, o agente invasor é fagocitado por um tipo de macrófago denominado APC (célula
apresentadora de antígeno), que expõe seus antígenos em suas membranas e os apresenta aos linfócitos. Dos vários tipos de linfócitos
existentes no organismo, há o reconhecimento daquele tipo com receptores específicos para se ligar o antígeno em questão, que é
então selecionado, num processo denominado seleção clonal. Os linfócitos sensibilizados (selecionados) se multiplicam, num processo
denominado expansão clonal. Por fim, alguns linfócitos sensibilizados de diferenciam em células ativas e outros permanecem como
células de memória. No caso dos linfócitos B, as células ativas são os plasmócitos, que produzem anticorpos, no processo de
imunidade humoral, e no caso dos linfócitos T8 (ou Tc), as células ativas vão combater vírus e câncer, no processo de imunidade
celular. Assim:
Item A: falso. A imunidade inata funciona como primeira linha de defesa, mas não tem a habilidade de reconhecer patógenos, sendo
inespecífica.
Item B: verdadeiro.
Item C: falso. A imunidade adquirida é específica e se torna mais intensa com a repetição da exposição ao agente invasor, graças ao
estímulo às células de memória.
Item D: falso. Os linfócitos B que originam os plasmócitos sofrem maturação no tecido linfóide difuso espalhado em várias regiões
do corpo, principalmente no intestino.
Item E: falso. Os linfócitos T sofrem maturação no timo.
30.
Resposta: A
Comentário: Neutrófilos são leucócitos de ação fagocítica relacionados à defesa inespecífica, uma vez que agem indistintamente
contra quaisquer invasores; já os linfócitos estão envolvidos na defesa específica, pois, uma vez que os linfócitos B são apresentados
aos antígenos dos invasores, passam a plasmócitos que produzirão anticorpos específicos contra o antígeno em questão.
31.
Resposta: B
Comentário: As vacinas desencadeiam um mecanismo de imunização ativa. Nesse processo, é introduzido no corpo de um indivíduo
sadio o antígeno que causa a doença, havendo então a produção de anticorpos específicos para esse antígeno. Os antígenos
empregados nas vacinações correspondem a formas atenuadas de toxinas ou aos próprios microorganismos causadores das doenças,
mas enfraquecidos ou mortos. Os anticorpos e as células de memória são então produzidos para combater o antígeno ou o
microorganismo ao qual pertence. Como os anticorpos são proteínas, a carência nutricional das mesmas impede a formação adequada
dos anticorpos, mesmo em indivíduos vacinados, pela falta de aminoácidos como matéria-prima para sua produção.
32.
Resposta: A
Comentário: A resposta imunitária primária ocorre quando o indivíduo recebe o antígeno pela primeira vez: o tempo para a produção
de anticorpos é maior, e a quantidade de anticorpos produzidos é menor, comparando-se com o que ocorre na resposta secundária. Isso
se dá pela inexistência de células de memória específicas para combater o antígeno em questão. A resposta imunitária secundária
ocorre quando o indivíduo recebe o mesmo antígeno pela segunda vez: o tempo para a produção de anticorpos é menor, e a quantidade
de anticorpos produzidos é maior, comparando-se com o que ocorre na resposta primária. Isso se dá pela existência de células de
memória específicas para combater o antígeno em questão, que foram formadas na resposta imune 1ª. Observe o gráfico abaixo:
Assim, a resposta imune 1ª sempre é bem menos intensa que a resposta imune 2ª, não importando o tipo de anticorpo analisado, o que
se pode notar nos dois gráficos do item A.
33.
Resposta: A
Comentário: Os soros desencadeiam um mecanismo de imunização passiva, que consiste no recebimento de anticorpos prontos, sem
que haja produção de anticorpos próprios ou células de memória. As vacinas desencadeiam um mecanismo de imunização ativa. Nesse
processo, é introduzido no corpo de um indivíduo sadio o antígeno que causa a doença, havendo então a produção de anticorpos
específicos para esse antígeno. Os antígenos empregados nas vacinações correspondem a formas atenuadas de toxinas ou aos próprios
microorganismos causadores das doenças, mas enfraquecidos ou mortos. Os anticorpos e as células de memória são então produzidos
para combater o antígeno ou o microorganismo ao qual pertence. Em indivíduos com imunidade adequada, os microorganismos
atenuados são facilmente eliminados pelo sistema imune, não oferecendo risco algum. No caso de indivíduos com baixa imunidade e
no caso de mulheres grávidas, entretanto, as vacinas à base de microorganismos atenuados oferecem o risco de contração da doença,
uma vez que o microorganismo está vivo Nesses casos, é mais seguro a administração de vacinas à base de microorganismos mortos,
que não oferecem risco algum. Essas vacinas podem ser constituídas de partes do microorganismo que não seja tóxicas, como, por
exemplo, seus polissacarídeos.
34.
Resposta: A
Comentário: A inflamação consiste em um conjunto de reações que têm como objetivo otimizar os processos de reparo e defesa,
sendo desencadeado por mediadores químicos (principalmente prostaglandinas) liberados por células lesadas por agentes físicos,
mecânicos, químicos ou biológicos. Dentro do sistema imune, o processo inflamatório se enquadra na defesa inata (inespecífica).
Os mediadores da inflamação desencadeiam vasodilatação (aumentando o fluxo de sangue, e conseqüentemente de nutrientes para o
reparo e leucócitos e anticorpos para defesa contra infecções), aumento na permeabilidade vascular (facilitando a diapedese) e dor
(evitando a utilização da região inflamada para prevenir um agravamento da lesão). São descritos 5 sinais clássicos que caracterizam a
inflamação:
- rubor ou vermelhidão, devido à vasodilatação e ao aumento do aporte de sangue para a área;
- calor local, devido ao atrito gerado entre o sangue e a parede dos vasos sangüíneos;
- edema ou inchaço, promovido pelo extravasamento de plasma do sangue para os tecidos vizinhos devido ao aumento na
permeabilidade desses vasos;
- dor;
- perda de função, devido à dor.
Assim, o “galo” equivale ao edema da inflamação, sendo desencadeado basicamente pelo extravasamento de plasma.
35.
Resposta: FFFVF
Comentário:
1º item: falso. A vacina BCG (Bacilo Calmette-Guérin) é utilizada para a prevenção da tuberculose, sendo obtida a partir da cultura
de um bacilo de tuberculose bovina atenuado. O Ministério da Saúde no Brasil recomenda que a primeira vacinação da BCG aconteça
a partir do primeiro mês de vida ou durante o primeiro ano de vida. A dose de reforço acontece após os 10 anos de idade. As reações
previsíveis são as erupções avermelhadas na pele, as chamadas exantemas. A vacina, em alguns casos, pode deixar uma pequena
cicatriz. Ela é muito eficiente em estimular linfócitos B a formarem plasmócitos, responsáveis pela produção de anticorpos, e células
de memória, que podem facilmente passar a plasmócitos, o que justifica um intervalo tão grande (cerca de 10 anos) entre a primeira
dose e o reforço.
2º item: falso. Após a aplicação da primeira dose de vacinas, há produção de anticorpos, aumentando sua concentração no sangue,
mas com a administração de novas doses da vacina, a resposta imunitária 2ª mais intensa aumenta ainda mais essa concentração.
3º item: falso. A VORH, aplicada contra rotavírus humanos em três doses, induz uma boa imunidade na maioria das pessoas, apesar
dos reforços serem necessários para otimizar essa imunidade.
4º item: verdadeiro. A vacina VOP, contra a poliomielite (paralisia infantil) é administrada por via oral.
5º item: falso. Vacinas de DNA consistem na introdução, por técnicas de engenharia genética, de seqüencias genéticas microbianas
nas células humanas, levando à produção de antígenos, que estimulam a produção permanente de anticorpos no indivíduo vacinado;
no entanto, os genes microbianos são aplicados através de vetores, não se fusionando necessariamente ao cromossomo humano na
célula do hospedeiro.
36.
Resposta:
A) diapedese (1), fagocitose (2), digestão intracelular (3) e formação de pus (4).
B) A presença de bactérias.
C) Inibindo a síntese da parede celular de bactérias, inibindo mecanismos de produção de ATP das bactérias.
37.
Resposta:
A) A vacinação consiste na aplicação de antígenos para estimular a produção de anticorpos pelo corpo.
B) Gânglios ou nódulos linfáticos, timo, baço, medula óssea vermelha, etc.
38.
Resposta: Para evitar a rejeição do transplante, deve-se fazer uso de drogas imunossupressoras. Tanto pacientes com AIDS
(imunodeficientes) como pacientes transplantados (imunossuprimidos) não têm sistema imune em funcionamento adequado, o que
aumenta a chance da ocorrência de infecções oportunistas.
39.
Resposta:
A) Macrófagos fazem fagocitose específica. Linfócitos T4 controlam o sistema imune através da produção de citocinas; os linfócitos
T8 combatem vírus e câncer; linfócitos B originam plasmócitos produtores de anticorpos específicos.
B) A passagem e contato dos agentes infecciosos com os linfócitos presentes nos gânglios linfáticos induz a proliferação destes
glóbulos brancos.
40.
Resposta:
A) Os anticorpos maternos passam para o organismo do bebê através do aleitamento ou na fase fetal, pela placenta.
B) A vacina contém o próprio agente viral causador do sarampo e induz o organismo vacinado à produzir ativamente anticorpos
específicos. A imunização por vacinação pode ser considerada quase permanente, pois existe uma memória imunológica que é
prontamente ativada cada vez que o corpo humano entra em contato com o antígeno causador da doença.
41. Resposta: A vacinação contra a gripe deve ser feita anualmente em indivíduos com mais de 60 anos, independentemente de já terem
tomado a vacina anteriormente ou não. Essa recomendação é feita com base na alta capacidade mutagênica do vírus da gripe e, desta
forma, vacinas dos anos anteriores não combateriam os novos antígenos que, por ventura, teriam se formado. Assim sendo, a
vacinação anual introduziria novos antígenos virais na população, os quais provocam a produção de anticorpos específicos para esses
novos vírus.
42.
Resposta:
A) 2. Ao injetar na criança material proveniente de medula do coelho infectado, Pasteur forneceu-lhe anticorpos aí produzidos.
B) Vacinas e soros. As pessoas que se infectavam com a varíola bovina eram expostas a antígenos que estimulavam nelas a produção
de células de memória, que se diferenciam em plasmócitos para produzir anticorpos caso o antígeno reapareça.
43.
Resposta: Microrganismos mortos, atenuados (inativados) ou antígenos específicos extraídos desses patógenos. Estimulam as defesas
do organismo a produzir anticorpos específicos.
44.
Resposta:
A) O nível aumentado de cortisol na circulação, após sua administração, inibe a produção do hormônio adrenocorticotrófico (ACTH)
pelo lobo anterior da hipófise (adenoipófise), o que promove uma diminuição do estímulo da produção do cortisol pelas glândulas
supra-renais.
B) A retirada progressiva do cortisol permite um aumento também progressivo do ACTH circulante, evitando um quadro de
hipofunção do córtex supra-renal após o término do tratamento.
45.
Resposta: Os vírus constituem a categoria de organismos causadores da varíola, cujas características são: não possuem organização
celular, sendo constituídos basicamente por uma cápsula protéica em cujo interior existe apensa um tipo de ácido nucléico, DNA ou
RNA; não apresentam metabolismo próprio, permanecendo inativos quando fora das células vivas e reproduzindo-se no interior
de células vivas, utilizando os recursos da célula hospedeira. A imunização das pessoas com pus deveu-se ao fato deste conter
os vírus atenuados, que, quando em contato com um arranhão na pele de pessoas sadias, tinham a capacidade de imunizá-las.
Esse tipo de imunização denomina-se ativa e artificial, pois o organismo é estimulado a produzir anticorpos. No caso, o pus
contém vírus atenuados, que são incapazes de causar a doença, mas potentes para estimular a produção de anticorpos e induzir a
proliferação de células de memória. No outro tipo de imunização, chamada passiva, o indivíduo recebe os anticorpos prontos
contra a doença, já que seu organismo não os produziu. É o caso da imunização através da placenta e do leite materno. No
entanto a ação desses anticorpos é imediata, iniciando-se logo que entram no organismo receptor, mas desaparecem após algumas
semanas ou meses. No caso da vulnerabilidade das populações indígenas à doença, por estarem confinados no continente
americano por milhares de anos, os índios não desenvolveram resistências imunológicas contra várias doenças disseminadas
pelos europeus, sendo dizimados ao contrair gripe, sarampo, sífilis e varíola.
46.
Resposta: Indivíduo A, uma vez que sua resposta imunológica é mais rápida intensa, demonstrando que ele já estava sensibilizado
para o referido vírus.
47.
Resposta: O ácido clorídrico (HCl) elimina bactérias. Com o antiácido, o teor de acidez não é suficiente para eliminar as bactérias, o
que aumenta a possibilidade do desenvolvimento de cólera mesmo com poucas bactérias (que têm então mais chances de sobreviver).
48.
Resposta: O leite materno é isento de contaminação e oferece as condições ótimas de assimilação pela criança, não sofre manipulação
nem está sujeito à armazenagem que pode modificá-lo; possui anticorpos que passam da mãe para a criança, imunizando-a
temporariamente contra diversas doenças; evita distúrbios digestivos no lactente, como costuma acontecer com a alimentação
artificial; apresenta temperatura adequada e não tem custo. A amamentação provoca um maior estreitamento psicológico no
relacionamento mãe-filho.
49.
Resposta: A bactéria no organismo sofre fagocitose pelos macrófagos, que então fazem a apresentação dos antígenos aos linfócitos B,
que sofrem diferenciação em plasmócitos para produzir anticorpos.
50.
Resposta:
A)
Tecido epitelial que recobre a superfície externa do corpo, do trato respiratório e gastrintestinal, com suas secreções.
Macrófagos também podem fagocitar de forma inespecífica.
B)
Linfócitos – produzem anticorpos
Macrófagos – produzem linfocinas
C)
Lupus eritematoso
Esclerose múltipla
Distrofias musculares
Diabetes tipo I.
Download