FRED MARTINS Destacado entre os artistas da sua geração, o cantor e compositor Fred Martins oferece um repertório autoral variado e muito relacionado com o artesanato da canção moderna brasileira. Num estilo particular e contemporâneo, as suas composições dialogam com o samba, a bossa nova e o nordeste modal, captando também elementos do rock e blues. Fred Martins desenvolveu uma relação especialmente profunda com a música brasileira ao transcrever, durante dez anos, partituras de compositores como Chico Buarque, Noel Rosa, Tom Jobim, Caetano Veloso e Gilberto Gil para os famosos songbooks produzidos por Almir Chediak. O talento do compositor foi reconhecido no último Prémio Visa de Música Brasileira, onde recebeu o prémio máximo por unanimidade do júri e o voto popular, conferido pelo público. Após esta distinção, Fred Martins gravou o especial de TV Tempo Afora (Canal Brasil), posteriormente lançado em DVD. As suas composições foram também gravadas por Ney Matogrosso (Tempo Afora, Novamente), Renato Braz (Por um Fio), Zélia Duncan (Hóspede do tempo, Flores) e Maria Rita (Sem Aviso, Perfeitamente), entre outros. O seu primeiro CD, Janelas, foi lançado em 2001, seguido por Raro e Comum (2005), Tempo Afora (2008) e Guanabara (2009). Em 2011, gravou também Acrobata em duo com Ugia Pedreira, na Galícia, e em 2015 o seu primeiro CD a solo, lançado na Europa, Para Além do Muro do Meu Quintal. Em 2017, lança um novo DVD, A Música é Meu País. Fred Martins participou em vários festivais internacionais como Lula World Festival (Canadá), Músicas Portuárias (Espanha), Cantos na Maré (Espanha), Jawhara Festival (Marrocos) e Músicas do Mundo (Portugal), entre outros. Outro trabalho importante desenvolvido na Europa foi S sua participação como compositor e intérprete no espetáculo Utopia (inspirado na obra de Oscar Niemeyer), da Companhia de Flamenco de María Pagés. JED BARAHAL Concertista com mais de 30 anos de carreira, é mestre em música pela Yale University e licenciado pela Juilliard School, de Nova Iorque. Nas suas atuações em Portugal, Estados Unidos, Brasil e outros países, registam-se dezenas de concertos a solo com orquestra, recitais com piano, a solo e de música de câmara. Foi violoncelo solo da Orquestra Sinfónica do Estado de São Paulo, Orquestra do Capitólio de Toulouse e da Régie Sinfonia do Porto. Durante os dez anos que permaneceu no Brasil, foi reconhecido como um dos maiores expoentes do seu instrumento. Foi primeiro violoncelo da Orquestra Armorial, da Orquestra Sinfônica da Paraíba, e da Orquestra Sinfónica do Estado de São Paulo. Tocou a solo com a maioria das orquestras sinfónicas importantes do país. Entre as inúmeras gravações realizadas ao longo da sua carreira, destaca-se um CD comemorativo lançado em 2006, com obras de Fernando Lopes Graça e Luís de Freitas Branco, em parceria com a pianista Christina Margotto, com a qual mantém um duo há mais de 20 anos. Com a Orquestra Raízes Ibéricas gravou para CD os concertos de Boccherini em Ré (Numérica, 2007) e em Sol (Numérica, 2011). Ministra com frequência seminários de violoncelo na Europa e no Brasil e é regularmante convidado para júri de concursos internacionais e nacionais. É professor adjunto da Escola Superior de Música, Artes e Espetáculo do Instituto Politécnico do Porto. RUCA REBORDÃO Percussionista e compositor com 30 anos de carreira como músico profissional, é natural de Angola, emigrou jovem para o Brasil, residiu na Austrália e atualmente vive entre Portugal e os Estados Unidos. As suas influências são muito variadas, oriundas quer da sua experiência de vida pessoal quer do contacto com músicos de todo o planeta, mas África Austral, países mediterrânicos, Brasil e Cuba são as mais marcantes na sua musicalidade e composições. Gravou e/ou tocou com artistas como Sadao Watanabe, Alejandro Sanz, Rão Kyao, Madredeus, Teresa Salgueiro, Paulo de Carvalho, António Chainho, Mariza, JP Simões, Melody Gardot, Ivan Linz, Martinho da Vila, Fafá de Belém e Touquinho, entre outros. Membro e fundador de bandas de enorme êxito como Palmares, A Fúria do Açúcar, N'Goma Makamba e Couple Coffee, tocou já por todo o planeta nos melhores teatros e salas de espetáculo de diferentes capitais mundiais. Gravou mais de 160 álbuns e 7 DVDs ao vivo. Lecionou múltiplos workshops e masterclasses para alunos de percussão no Japão, e em escolas e conservatórios em Portugal e nos EUA. Tem um novo projeto, D’Alambre, e acaba de estrear o álbum Tierra Seca y Caramelo. Em agosto de 2015 produziu e tocou com Luiz Caracol Trio em toda a costa leste dos EUA. Atualmente, prepara o seu álbum em nome próprio com composições originais e parcerias com companheiros de longa data.