universidade estadual de goiás

Revista Faculdade Montes Belos (FMB), v. 7, n° 1, 2014, p (34-68), 2014 ISSN 18088597
Estudo farmacognóstico das folhas da Sterculia Striata St. Hil. Et.
Naid., coletadas em Itapuranga-Go1
Tathiane Helena Soares Mota2, Sara Rezende de Souza 2, Alexandre Pereira Santos3;
Carla Rosane Mendanha da Cunha4*
1
Trabalho realizado por discentes da Universidade Estadual de Goiás para obtenção do título de Bacharel em
Biológia.
2
Discentes do curso de Biologia da Universidade Estadual de Goiás.
3
Professor colaborador, Universidade Federal de Goiás.
4
Orientadora do trabalho de conclusão de curso Universidade Estadual de Goiás.

e-mail: [email protected]
Resumo- No bioma Cerrado há uma enorme variedade de plantas com valores terapêuticos,
que são utilizadas tanto pela população na cura de alguma enfermidade quanto em fabricação
de medicamentos a base de plantas medicinais (fitoterápicos). Dentre a grande biodiversidade
existente neste bioma, este trabalho propõe apresentar um estudo farmacognóstico das folhas
de uma árvore, típica do Cerrado brasileiro, a Sterculia striata, conhecida como chichá, que
pertence a antiga família Sterculiaceae, classificada atualmente como Malvaceae. Foram
coletadas 15 amostras das folhas no dia oito de julho de 2009, de manhã, as margens da
represa Lago Filostro Machado na cidade de Itapuranga Goiás. O material pulverizado foi
submetido a ensaios de prospecção fitoquímica, determinação de teores de umidade e de
cinzas totais e também determinação do Índice de Intumescência, assim como a descrição
macroscópica das folhas. Os resultados da prospecção fitoquímica detectou a presença de
cumarinas e a presença de flavonóides foi fraca, os outros metabólitos secundários como
taninos, heterosídeos digitálicos, saponínicos e antraquinônicos não foram encontrados nas
folhas da Sterculia striata. O teor de cinzas totais foi de 77% e o de umidade foi de 1,2% e em
decorrência da presença de mucilagens, foi determinado o índice de intumescência das folhas
sendo 1,5 e na descrição macroscópica das folhas constatou que são inteiras simples e
completa, coriácea e flexíveis, com ápice agudo e base foliar reentrante, a forma é cordiforme
com borda levemente ondulada, a nervação é palminérvea, a superfície do limbo é rugosa e
glabra e a parte inferior é pilosa, sua cor tem variação de verde a marrom e é considerada uma
planta desprovida de odor, quanto à filotaxia são opostas palmadas, tendo em média 24 cm de
comprimento e 40 cm de largura. Vários metabólitos secundários não foram encontrados
nesta espécie estudada, na época da realização da pesquisa, acredita-se que fatores externos
possam ter influenciado na produção dos metabólitos. Alguns pesquisadores fizeram estudos
com outras plantas, da família Sterculiaceae e também Malvaceae e foi possível detectar a
presença deles. Este estudo é considerado uma referência para futuras pesquisas, devido os
resultados obtidos (teor de cinzas de umidade, índice de intumescência, metabólitos e também
a descrição macroscópica) apresentarem grande importância na identificação das matériasprimas deste vegetal e por ser utilizado no controle de qualidade da mesma.
Palavras-chave: Sterculia striata. Metabólitos secundários. Folhas. Plantas medicinais.
Abstract- In bioma Cerrado is a huge variety of plants with therapeutic values, which are
used both for the populacion for cure the illness some and in manufacturing of drugs from
medicinal plants (herbal). Among the great existing biodiversity in this biome, this work
considers to present a farmacognóstico study of leaves of a tree, typical of the Brazilian
Cerrado, as Sterculia striata, known as chichá, that the old Sterculiaceae family belongs,
classified currently as Malvaceae. We collected 15 samples of leaves on the eighth day of
Revista Faculdade Montes Belos (FMB), v. 7, n° 1, 2014, p (34-68), 2014 ISSN 18088597
July 2009, morning, near the dam Filostro Lake Machado in the city of Itapuranga Goiás. The
sprayed material was submitted the assays of fitoquímica prospection, total leached ashes and
humidity text determination and also determination of the index of intumescência, as well as
the macrocospic description of leaves. The results of phytochemical screening detected the
presence of coumarins and the presence of flavonoids was weak, the other secondary
metabolites such as tannins, heterosides glycosides, saponins and anthraquinone were not
found in the leaves of Sterculia striata. The total ash content was 77% and moisture was
1.2% and due to the presence of mucilage, it was determined the rate of swelling of the leaves
is 1.5 and the macroscopic description of the leaves that are simple and whole complete,
flexible and leathery, with acute apex and leaf base concave, the shape is cordate with slightly
wavy edge, the venation is palminérvea, the blade surface is rough and hairless and the
bottom is hairy, has its color varying from green to brown and is considered a plant devoid of
smell, on the opposite phyllotaxy are spanking, averaging 24 cm long and 40 cm wide. Some
secondary metabolites have been found in the studied species at the time of the survey, it is
believed that external factors may have influenced the production of metabolites. Some
researchers have done studies with other plants, the family Sterculiaceae and Malvaceae and
was also able to detect their presence. This study a reference for future research is considered,
had the gotten results (leached ashes text of humidity, index of intumescência, metabólitos
and also the macrocospic description) to present great importance in the identification of raw
materials of this vegetable and for being used in the quality control of the same one.
Key-words: Sterculia striata. Secondary metabolites. Leaves. Medicinal plants.
Revista Faculdade Montes Belos (FMB), v. 7, n° 1, 2014, p (34-68), 2014 ISSN 18088597
medicinais, diferentes daqueles utilizados
1 Introdução
pelas populações que vivem perto de áreas
O
acúmulo
de
conhecimentos
florestais.
A
toxicidade
de
plantas
empíricos sobre os efeitos que os vegetais
medicinais e de fitoterápicos, comparada
possuem, vem sendo transmitido desde
com
antigas civilizações, e a utilização desses
tratamentos convencionais, pode parecer
pela população tornou-se uma prática na
notório. Mas isto não é verdade, pois essa
medicina popular (DORIGONI et al.,
toxicidade é um problema de saúde pública
2001). O homem primitivo, ao procurar
bastante sério (VEIGA JUNIOR; PINTO;
plantas para se alimentar, foi descobrindo
MACIEL, 2005).
os
medicamentos
usados
em
que algumas espécies tinham ação tóxica e
Em todo o mercado mundial, 80%
outras com potencial medicinal (POSER;
das pessoas utilizam o poder medicinal das
MENTZ, 2007).
plantas para cura de alguma doença. Por
“Os vegetais fazem parte da vida do homem
desde seus primórdios como fonte de
alimentos, de materiais para o vestuário,
habitação, utilidades domésticas, defesa e
ataque, na produção de meios de transporte,
como utensílios para manifestações artísticas,
culturais e religiosas e como meio restaurador
da saúde.” (SCHENKEL; GOSMANN;
PETROVICK, 2007, p.371).
isso, pesquisas e estudos químicos e
farmacológicos têm demonstrado que elas,
principalmente as que são usadas em
medicina popular, possuem propriedades
terapêuticas,
sendo
que
75%
dos
compostos puros naturais utilizados na
indústria
farmacêutica
foram
isolados
da
devido à orientação da medicina popular.
humanidade estar sempre buscando o bem
Estas propriedades têm resultado em
estar e uma vida melhor, a dor fez com que
descobertas de fármacos importantes que
o homem procurasse o medicamento, o
podem ser utilizados em clínicas como: a
analgésico. Sendo assim, é simples deduzir
morfina, a vincristina, a colchichina e
que a utilização de partes de plantas, na
outras (CECHINEL FILHO; YUNES,
luta contra as doenças seja tão antigo
1996).
quanto
biologicamente ativas de origem vegetal
Devido
a
a
necessidade
humanidade
(OLIVEIRA;
Além
dessas
substâncias
outras também já foram muito estudadas
AKISSUE, 1999).
O consumo de plantas medicinais é
como: emetina e rutina. Nos últimos anos
feito empiricamente com pouco respaldo
houve a descoberta de novas moléculas,
científico quanto à eficácia de suas
algumas
propriedades. Na maioria das vezes, essas
importantes
plantas,
forscolina e o taxol e várias empresas
são
empregadas
para
fins
com
ação
como
farmacológica
a
artemisinina,
Revista Faculdade Montes Belos (FMB), v. 7, n° 1, 2014, p (34-68), 2014 ISSN 18088597
nacionais têm empregado matéria-prima
enxergar a fitoterapia como sendo uma
vegetal diretamente na elaboração de
alternativa no tratamento de patologias
fitomedicamentos (FOGLIO et al., 2006).
(SIMÕES et al., 2007).
As descobertas desses fármacos
Há
diversos
tipos
de
plantas
forneceram uma diversidade de produtos
empregadas na área medicinal, de acordo
de importância econômica. Têm-se os
com Foglio et al. (2006) algumas plantas
fitofármacos e os fitoterápicos que são
são exemplos bastante conhecidos como a
definidos como:
Papaver somniferum L. (Papaveraceae),
“Fitoterápicos são aqueles medicamentos
conhecida por papoula, na qual se extraí o
preparados exclusivamente a base de plantas
medicinais. Este é o caso das sete-sangrias
(Cuphea carthagenensis (Jacq.) J. F. Macbr.) e
da espinheira-santa (Maytenus ilicifolia Mart.
ex Reissek). Fitofármacos são substâncias
extraídas de plantas, que apresentam
atividade(s) farmacológica(s), podendo ter
aplicação terapêutica. É o caso do jaborandi
(Pilocarpus spp.), cujas folhas produzem a
pilocarpina, substância ativa usada para o
tratamento do glaucoma.” (GUERRA;
NODARI, 2007, p. 13-14).
ópio, cujo componente melhor é a morfina,
utilizada para combater a dor; desta mesma
planta
é
possível extrair
a
codeína
(Robiquet) e também papaverina (Merck);
outro
exemplo
é a planta
Digitalis
purpúrea L. conhecida como erva-deda, e
a Digitalis lanata Ehr. conhecida como
digitalis, plantas que foram a origem da
Os fitoterápicos e os fitofármacos
descoberta
de
medicamentos
para
o
estão sendo responsáveis por 25% do
coração, sendo possível extrair glicosídeos
receituário
países
cardiotônicos. Essa plantas são conhecidas
desenvolvidos e aproximadamente 80%
desde a antiguidade, em que egípcios e
nos países que estão em desenvolvimento
romanos já faziam uso delas devido suas
(GUERRA;
Sendo
propriedades tóxicas e diuréticas. Com
nacionais
isso, é possível perceber que desde as mais
começaram a utilizar a matéria-prima
antigas civilizações as plantas já eram
vegetal diretamente na fabricação de seus
utilizadas
medicamentos. Os fitoterápicos estão se
fitoterápicos.
assim,
tornando
médico
NODARI,
diversas
o
nos
2007).
empresas
suporte
da
indústria
como
medicamentos
As pesquisas relacionadas com
farmacêutica nacional de pequeno e médio
plantas
medicinais
porte, e em porcentagem, o mercado de
áreas como a etnobotânica que é o estudo
medicamentos fitoterápicos crescem 15%
das conceituações desenvolvidas por uma
ao ano, enquanto que os de medicamentos
sociedade a respeito de mundo vegetal e
sintéticos varia de 3 a 4%. Com isso, até os
trabalha
sistemas de saúde públicos, passam a
etnofarmacologia
em
envolvem diversas
cumplicidade
(que
com
consiste
a
na
Revista Faculdade Montes Belos (FMB), v. 7, n° 1, 2014, p (34-68), 2014 ISSN 18088597
exploração científica interdisciplinar de
crescimento celular, respiração, estocagem
agentes
e
biologicamente
ativos);
a
reprodução
e
também
metabólitos
fitoquímica e a química orgânica que tem
secundários cujo conceito foi descrito por
como objetivo isolar e caracterizar os
Kossel em 1891 citado por Fulmagali et al.
princípios ativos; química medicinal e
(2008), definindo eles como opostos aos
farmacológica que faz o estudo das
primários, sendo pouco abundantes com
relações e dos mecanismos de ação dos
baixa frequência, ou simplesmente por sua
princípios ativos e por último a produção
estocagem ocorrer em órgãos ou células
de fitoterápico. Contudo, essas áreas
específicas.
colaboram com a descoberta de diferentes
influenciada
tipos de constituintes existentes nas plantas
ambientais (GOBBO NETO; LOPES,
como os metabólitos, importantes para
2007).
produção
de
medicamentos
e
juntas
A
presença
por
Os
deles
diversos
metabólitos
é
fatores
secundários
enriquecem os conhecimentos sobre a
permitem o aumento da sobrevivência de
biodiversidade da flora mundial (MACIEL
um
et al., 2002).
diversas atividades biológicas podendo
espécie,
sendo
responsáveis
por
As plantas medicinais podem ser
atuar como antibióticos, antifúngicos e
definidas como sendo plantas que possuem
antivirais para que a planta seja protegida
atividades
dos
farmacológicas
terapêutica,
taninos,
com
metabólitos
flavonóides,
cumarínicos,
usadas
digitálicos,
na
patógenos,
com
atividades
(como
antigerminativas ou tóxicas para outras
heterosídeos
plantas, fitoalexinas ou ainda compostos
saponínicos,
que absorvem a luz ultravioleta evitando
alcalóides e outros) que a Indústria
que
Farmacêutica extrai e utiliza para a
(FUMAGALI et al., 2008).
fabricação de medicamentos (CUNHA,
2005).
as
folhas
sejam
danificadas
Os metabólitos encontrados são
considerados um dos fatores que têm
Segundo Fumagali et al. (2008) os
metabólitos
são
conhecidos
contribuído pelo grande interesse em
por
estudo de plantas, como os alcalóides
desempenharem um importante papel na
(efetivos em seus efeitos medicinais e
adaptação das plantas aos seus ambientes e
também
por
de
espécies de plantas tropicais) encontrado
substâncias farmacologicamente ativas. Há
na Catharanthus roseus G. Don (da família
metabólitos
Apocynaceae),
representarem
funções
uma
primários
básicas
que
vitais,
fonte
possuem
como
no
são
indispensáveis
distribuídos
em
muitas
considerados
para
o
tratamento
de
Revista Faculdade Montes Belos (FMB), v. 7, n° 1, 2014, p (34-68), 2014 ISSN 18088597
leucemia, taxóides extraídos de Taxus
Diante disso, de 250-500 mil espécies
brevifolia Nutt. (Taxaceae) e também T.
apenas
baccata
fitoquimicamente e um pouco a menos
L.
para
tratar
cânceres
ginecológicos (FOGLIO et al., 2006).
avaliada
Segundo Simões et al. (2007) os
não
tem
sob
sido
aspectos
estudadas
biológicos
(CECHINEL FILHO; YUNES, 1996).
metabólitos secundários são considerados
substâncias,
5%
Plantas encontradas no Brasil como
necessariamente,
Coleus barbatus, conhecido como falso
relacionadas de forma direta à manutenção
boldo, que contém a forcolina utilizada em
da vida do organismo produtor, mas eles
glaucoma, hipertensão e certos tumores;
garantem vantagens para sua sobrevivência
Artemísia annua, a erva-de-são-joão que,
e também a perpetuação de uma espécie
contribui com a artemisina que apresenta
em seu ecossistema.
atividades
promissoras
antimalárica
Montari (1995) mostra que um
(CECHINEL FILHO; YUNES, 1996).
outro fator que incentiva o estudo com
Cróton cajucara Benth, conhecida como
plantas medicinais é a complexidade na
sacaca,
descoberta
comprovada sua eficácia no combate a
necessário
de
novas
muitos
drogas,
anos
sendo
para
o
é
diarréia,
bastante
malária,
utilizada
febre,
sendo
problemas
desenvolvimento completo. Os diversos
estomacais; a Copaifera L. conhecida
recursos envolvidos nesses estudos com
como copaíba oferece um óleo fitoterápico
plantas explica a concentração da pesquisa
como estimulante, laxativo, expectorante,
e desenvolvimento de fármacos nos países
cicatrizante, antiemorrágico, diarréia e
mais desenvolvidos, dotados de tecnologia
tantos outros tipos de plantas importantes
e recursos. As plantas medicinais têm sido
(MACIEL et al., 2002).
utilizadas para o tratamento de diversas
O Brasil, sendo um país com uma
enfermidades, sua aplicação é grande e
megabiodiversidade, com abundância em
abrange desde o combate a microrganismo
plantas nativas, possui o bioma Cerrado, e
patogênicos até o câncer.
suas plantas são de grande importância
Nos últimos vinte anos no Brasil,
biotecnológica tanto na medicina quanto
considerado o país que possui uma enorme
na alimentação (CARAMORI; LIMA;
riqueza em biodiversidade do mundo
FERNANDES, 2004), com uma grande
(PLOTKIN,
1991),
de
quantidade de espécies potencialmente
informações
relacionadas
plantas
econômicas incluindo as ornamentais,
medicinais
anualmente
tem
o
crescido
(BRITO;
número
a
apenas
BRITO,
8%
1993).
medicinais,
alimentícias,
apícolas,
produtoras de madeira, fibras de óleo,
Revista Faculdade Montes Belos (FMB), v. 7, n° 1, 2014, p (34-68), 2014 ISSN 18088597
tanino e tantas outras que comprovam a
prioritária
de
pesquisas
em
plantas
sua importância no desenvolvimento e
medicinais e conservação de recursos
conhecimento das plantas (FELFILI et al.,
naturais e ainda descrevem:
2004).
Dos diversos biomas existentes no
Brasil
(Caatinga,
Mata
Atlântica,
Araucárias e Pradarias do Sul) o Cerrado é
dotado de uma enorme biodiversidade e
atraí o interesse de diversos estudiosos
como Mendonça et al. (1998) que fizeram
“Este bioma é apontado como grande detentor
de diversidade biológica, sendo a formação
savânica com maior diversidade vegetal do
mundo, especialmente quando se consideram
as espécies lenhosas [...]. Ainda há carência de
estudos voltados para a identificação de
plantas úteis do Cerrado, principalmente
quando comparada à diversidade e à área
ocupada”.
uma compilação relacionada ao cerrado
A
abundância
de
espécies
é
brasileiro e encontraram mais de 6.000
variável em um determinado ambiente e há
plantas vasculares, com 6671 táxons
gradientes geográficos da biodiversidade, o
nativos, distribuídos em 170 famílias e
que implica medidas urgentes para a
1140 gêneros. Devido à vasta extensão
preservação dos ecossistemas nos quais
territorial do cerrado, apenas 1,5% é
possui uma ampla variedade de espécies
protegida por lei, podendo a outra parte
que se relacionam e interagem, contudo as
levar a extinção de espécies de animais e
oportunidades para a identificação de
vegetais, sendo assim tem-se a necessidade
produtos
de preservação, deste bioma, devido os
econômica aumentam com a diversidade
vários recursos naturais que ele oferece
das espécies (GUERRA; NODARI, 2007).
com
possível
utilização
(GUARIM NETO; MORAIS, 2003). Esta
No Cerrado, Pereira et al. (2004)
diversidade do cerrado é relativa aos
fizeram um estudo e constataram presença
táxons gênero, família e ordem das plantas
de óleos essenciais na planta Ocimum
existentes nele e mostra sua importância
gratissimum L., conhecida como alfavacão,
para pesquisas com plantas medicinais,
Cymbopogon citratus (DC) Stapf. mais
pois quanto maior a variedade taxonômica
conhecido como capim-limão e Salvia
desses táxons, maior é o distanciamento
officinalis L. a sálvia com atividade
filogenético entre as espécies e maior a
antibacteriana
diversidade química entre elas (SILVA;
infecção
PROENÇA, 2008). Segundo Guarim Neto
realizado por Souza et al. (2002), em
e Morais (2003, p. 01) através dessas
Hyptis
características, que é possível perceber que
observaram a inibição do crescimento de
o bioma Cerrado deve ser considerado área
em
urinária.
ovalifolia
cepas
Em
e
isoladas
outro
Eugena
de
estudo
uniflora
Revista Faculdade Montes Belos (FMB), v. 7, n° 1, 2014, p (34-68), 2014 ISSN 18088597
fungos dermatófitos utilizando extratos
Agroindustrial de Anápolis, primeiro pólo
etanólicos em suas folhas. Já Passos et al.,
para a industrialização do interior do País,
(2002) observaram atividade antifúngicas
está localizado na região do centro-oeste
das folhas dos dois componentes principais
goiano,
presente no óleo essencial do arilo das
desenvolvida
sementes, além de óleos fixos da amêndoa
expressivos potenciais de crescimento
e do arilo da semente de Caryocar
sócio-econômico apresentados nas últimas
brasiliensis Camb., o pequizeiro. Um
décadas em todo o Brasil. A indústria
estudo que também revela o grande
farmacêutica em Goiás tem mostrado
potencial do cerrado foi realizado por
grande potencial de desenvolvimento,
Sanches et al. (2005) que observou
principalmente em farmacologia tendo
atividade antifúngica do extrato bruto de
como base plantas medicinais do cerrado.
partes
obovatum
O Estado já dispõe de mais de 15
Benth, contra cepas de Candida albicans,
indústrias do ramo, gerando cerca de 5 mil
Candida tropicalis, Candida parapsilosis e
empregos diretos e, aproximadamente, 12
a Candida krusei.
mil
da
O
Stryphnodendron
bioma
Cerrado
constantemente
tem
explorado
trata-se
e
indireto,
da
com
para
região
um
a
mais
dos
mais
fabricação
de
sido
medicamentos tantos sintéticos quanto
pelo
fitoterápicos (INSTITUTO DE GESTÃO
conhecimento popular na utilização de
TECNOLÓGICA FARMACÊUTICA).
suas plantas para a produção de remédios,
Em várias cidades do Estado de
produzindo medicamentos como xaropes,
Goiás é possível encontrar plantas com
pomadas, soluções tópicas cicatrizantes e
alguma utilidade na farmacopéia caseira.
fungicidas, soluções para o tratamento de
Na cidade de Serranópolis encontra-se a
vermes, problemas respiratórios, diarréias,
planta Croton aff. zehntneri, conhecido
as tradicionais garrafadas destinadas para o
como anis-do-cerrado, que possui uma
tratamento
elevada produção de óleo essencial, sendo
de
brônquio-respiratório
e
muitos outros, com isso o interesse por
uma
pesquisadores
(VILA VERDE et al., 2005). Souza e
e
estudiosos
vem
aumentando (SOUZA; FELFILI, 2006).
Goiás
oferece
hoje,
muitas
Felfili
espécie
economicamente
(2006)
fizeram
um
viável
estudo
etnobotânico na região de Alto Paraíso e
vantagens competitivas, por meio de uma
encontraram
política de incentivos, para a instalação e
população utiliza para tratar enfermidades,
expansão
uma delas é o Hymeneaea stigonocarpa
de
farmacêutico.
indústrias
O
DAIA
do
-
setor
Distrito
diversas
plantas
que
a
Revista Faculdade Montes Belos (FMB), v. 7, n° 1, 2014, p (34-68), 2014 ISSN 18088597
Mart. ex Hayne, conhecido como jatobá
de vermífugo, para gripe e rouquidão; o
com propriedades terapêuticas.
barbatimão, Stryphnodendron adstringens,
Vera et al. (2009) fizeram um
utilizado para infecções e tratar malária;
estudo com o barueiro, Dipteryx alata
assapeixe-branco,
Vog., uma árvore nativa do Cerrado que
também trata de infecções pulmonares.
apresenta amêndoas com ocorrência de
Essas e outras plantas são de grande
ácidos graxos como oléico e o linoléico,
interesse para pesquisadores, pois possuem
com teores
alguma propriedade terapêutica que a
de
proteínas
e
lipídeos
Vernonia
elevados, sendo importante fonte nutritiva.
população
Há também a utilização de plantas
PAULA; CANEIRO, 2003).
medicinais
associadas
condimentos
ou
aos
alimentar,
usos
de
como
o
utiliza
(VILA
ferruginea,
VERDE;
Em Goiás existem plantas que
pertencem à família Malvaceae, está é:
hortelãzinho (Mentha piperita), a laranjeira
(Citrus sinensis), o alecrim (Rosmarinus
officinalis),
a
erva-doce
(Foeniculum
vulgare), o abacateiro (Persea americana)
e a amora (Morus nigra) foram as mais
conhecidas do município de Ouro Verde de
Goiás e também as que são consideradas
ornamentais,
(Sambucus
como
o
australis),
“Constituída de cerca de 250 gêneros e 4.200
espécies de distribuição predominantemente
pantropical. No Brasil, ocorrem cerca de 80
gêneros e 400 espécies [...]. São ervas,
subarbustos ou arbustos, lianas e árvores com
canais mucilaginosos e indumento constituído,
frequentemente, de pelos ramificados ou
escamosos”. (CARVALHO; BERG, 2007, p.
130).
sabugueiro
o
algodão
No
circunspeção
sistema
da
APG,
família
a
atual
Malvaceae
(Gossypium hirsutum) e o artemígio
incluem algumas famílias consideradas
(Tanacetum
antigas como a Tiliaceae e Bombacaceae e
parthenium)
(SILVA;
PROENÇA, 2008).
Um
também a Sterculiaceae (CARVALHO;
levantamento
etnobotânico
BERG, 2007), que é representada no Brasil
feito em Mossâmedes descreve diversos
por 11 gêneros e 65 espécies (LIMA et al.
tipos de plantas utilizadas pela população
[s.d.]), a qual está incluso a Sterculia
para tratamento de doenças, dentre elas a
striata.
Anadenanthera falcata, conhecido como
A família Sterculiaceae engloba
angico, usado para infecções pulmonares;
espécies de grande importância, como a
Brosimum
a
Waltheria douradinha a douradinha do
vitiligo,
campo, a espécie Sterculia striata, mais
Don.
conhecida como chichá (Figura 2) e outras.
mamacadela
bronquite;
gaudichaudii
utilizada
Cássia
Tréc.
para
rugosa
G.
conhecido como fedegoso-do-campo serve
Revista Faculdade Montes Belos (FMB), v. 7, n° 1, 2014, p (34-68), 2014 ISSN 18088597
A Sterculia striata pode ocorrer na região
Apesar da enorme riqueza em
amazônica até o Estado do Piauí, Mato
biodiversidade de plantas no Brasil e
Grosso, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul
especialmente no bioma Cerrado, há
e São Paulo além de Goiás (CAMPOS;
poucos
CARAMORI [s.d.]); e segundo Diniz et al.
diversidade quanto ao seu verdadeiro
(2008) o chichá é originário da Índia e
potencial terapêutico e muitas plantas
Malásia.
ainda não são conhecidas.
estudos
relacionados
a
esta
É uma árvore dotada de fruto seco
Sob o ponto de vista fitoquímico,
do tipo cápsula lenhosa, e, às vezes,
diversidade de sua flora, o uso popular de
sementes
que
suas plantas pela população, a necessidade
quando são abertas expõe amêndoas que
de se descobrir outras moléculas bioativas
podem ser consumidas após uma torra ou
e o grande interesse por pesquisadores em
naturalmente
estudar
[s.d.]);
oleaginosas
deiscente
(CAMPOS;
sendo
a
CARAMORI
medicinais,
o
bioma
comestível
Cerrado ainda é pouco conhecido, portanto
classificada como semente devido o baixo
o estudo das folhas da Sterculia striata
teor
torna-se uma importante contribuição para
de umidade,
parte
plantas
seus
frutos ainda
possuem alta concentração de resíduo
o
avanço
nas
pesquisas
de
plantas
mineral fixo, que é confirmado em partes
medicinais, além de mostrar o importante
devido a concentração de cálcio, ferro e
papel que este bioma apresenta devido a
zinco (SILVA et al., 2008). Segundo
sua flora existente.
Chaves et al. (2004) as amêndoas do
É através dessas informações que
chichá possui um valor nutritivo que foi
tem-se a necessidades de conhecer melhor
avaliado e observou os seguintes teores de
uma planta, muito conhecida em nossa
alguns macronutrientes como 28,6% de
região, a Sterculia striata, popularmente
lipídios, 22,5% de proteínas e 45,8% de
chamada
carboidratos.
conhecida
Esta espécie é considerada uma
de
chichá,
como
mas
também
castanha-de-macaco,
amendoin-de-macaco entre outros nomes.
árvore ornamental podendo ser usada no
O objetivo deste trabalho é fazer
paisagismo em geral e proporciona uma
um estudo com uma planta típica da região
ótima sombra (BALERONI et al., 2002). A
de Itapuranga, a Sterculia striata, para
árvore Sterculia striata apresenta madeira
avaliar a composição química de suas, a
moderadamente
fim de contribuir com o avanço nas
pesada,
mole,
pouco
resistente e de baixa durabilidade quando
exposta (BALERONI et al., 2002).
pesquisas de plantas medicinais.
Revista Faculdade Montes Belos (FMB), v. 7, n° 1, 2014, p (34-68), 2014 ISSN 18088597
Laboratório da Faculdade de Farmácia da
2 Materiais e Métodos
UFG.
2.1
COLETA DE DADOS
2.4
Para a realização deste estudo,
DESCRIÇÃO MACROSCÓPICA
DAS FOLHAS da Sterculia striata
foram coletadas 15 amostras de folhas da
A
Sterculia striata, planta típica da região de
descrição
foi
macroscópica
realizada
por
das
Itapuranga – Go, popularmente conhecida
folhas
meio
de
como chichá, com a finalidade de avaliar a
observação do material fresco, a olho nu, e
constituição química existente em suas
com a ajuda de uma especialista, Profª
folhas.
Lana Carla Tiso. Nos estudos anatômicos
das folhas foram observados e analisados
2.2
LOCAL E DATA DA COLETA
os aspectos superficiais como consistência,
a forma (tipo de ápice, base, contorno
As folhas da Sterculia striata foram
foliar,
borda e nervação), quanto
à
coletadas no dia oito de julho de 2009, no
presença de pecíolo, superfície do limbo,
período matutino, por volta das dez horas,
tamanho, filotaxia, cor e odor.
perto do Parque da represa Lago Filostro
Machado, localizada a 15°33’30’’S, 49°
2.5
PROSPECÇÃO FITOQUÍMICA
56' 00'' W, a 630 metros de altitude, na
cidade de Itapuranga – Go. Após a coleta,
As folhas da Sterculia striata foram
realizou-se experimentos que avaliaram a
secas em estufa de circulação forçada de ar
composição química das folhas, que foram
(FABBE, marca PRIMAR) a 40 ºC.
feitas no laboratório de Farmacognosia da
Posteriormente este material vegetal foi
Faculdade de Farmácia, na Universidade
triturado
Federal de Goiás – UFG, em Goiânia.
WILLYE (TECNAL,
em
moinho
de
facas
tipo
marca TE-650),
reduzido a pó. Após a dessecação e
2.3
INSTRUMENTOS UTILIZADOS
O presente trabalho trata-se de uma
pesquisa
experimental,
cujo
material
vegetal foi adquirido em seu habitat
natural, e posteriormente levados para o
trituração,
o
realização
das
pó
foi
análises
utilizado
para
fitoquímicas,
determinação dos teores de cinzas totais e
de umidade, assim como para a preparação
de suas frações.
Revista Faculdade Montes Belos (FMB), v. 7, n° 1, 2014, p (34-68), 2014 ISSN 18088597
2.5.1 DETERMINAÇÃO DO TEOR DE
pulverizada, e em seguida transferiu-se
UMIDADE
para um cadinho calcinado, resfriado e
pesado;
A
Determinação
do
teor
de
depois
distribuiu-se
uniformemente, e incinerou aumentando
umidade foi feito segundo a Farmacopéia
gradativamente
a
Brasileira (1998). É preciso transferir cerca
passando a 450º C até que o carvão foi
de 3g.da amostra para pesa-filtro tarado,
eliminado e posteriormente resfriou-se em
dessecado a 100-105º C/min. Após a
dessecador
dessecação em estufa a 100-105º C por 5
porcentagem de cinzas em relação a
horas antes da primeira pesagem, resfriou-
amostra seca ao ar, utilizando a mesma
se em dessecador e pesou, enquanto isso a
fórmula
dessecação continuou pesando o material
umidade.
e
temperatura
pesou,
para
não
calculando
determinar
o
teor
a
de
% cinzas totais = Pu – Ps / Pa x
em intervalos de 1 em 1 hora; e quando
duas pesagens não diferiram entre si por
100,
mais de 5mg, calculou-se a porcentagem
Onde,
de água em relação a amostra seca ao ar,
Pu = peso úmido (cadinho mais o pó);
através da equação:
Ps = peso seco (cadinho após a mufla) e
Pa = peso da amostra.
% umidade = Pu – Ps / Pa x 100
Onde,
2.6
ESTUDO FITOQUÍMICO DAS
Pu = peso úmido (béquer mais o
FOLHAS DA Sterculia striata
pó);
Ps = peso seco (béquer após 5 horas
de estufa) e
O estudo fitoquímico das folhas
tem como objetivo avaliar qualitativamente
Pa = peso da amostra.
as
principais
secundários
2.5.2 Determinação do teor de cinzas
totais
classes
de
metabólitos
presentes
nas
folhas
de
Sterculia striata.
Foram pesquisados na matériaprima vegetal os seguintes metabólitos:
A determinação do teor de cinzas
taninos,
heterosídios
totais foi feita segundo os procedimentos
heterosídios
descrito
pela
Brasileira
flavonóides, heterosídios saponínicos e
(1998)
sendo
da
seguinte
heterosídios antraquinônicos. E para a
da
amostra
caracterização de cada grupo metabólito
maneira:
Farmacopéia
realizado
pesou-se 3 g.
digitálicos,
cumarínicos,
heterosídios
Revista Faculdade Montes Belos (FMB), v. 7, n° 1, 2014, p (34-68), 2014 ISSN 18088597
serão empregadas o método e as reações
específicas, descrita por Costa (2001).
- Reação com hidróxidos alcalinos:
no quinto tubo adicionou 4 gotas de
solução de hidróxido de sódio ou potássio
a 20%, e observou.
2.6.1 Pesquisa de taninos
2.6.2 Pesquisa
2.6.1.1Extração de taninos
da
Sterculia
striata
heterosídeos
de
heterosídeos
cumarínicos
Para a extração de taninos das
folhas
de
ferveu-se
2.6.2.1 Extração
cumarínicos
durante 5 minutos 2 g da amostra em pó
em 50 mL de água destilada, e filtrou ainda
Na
extração
de
heterosídeos
quente completando o volume para 100
cumarínicos extraiu-se 2 g da amostra com
mL.
30 mL de água (a quente). Posteriormente
filtrou-se, e depois adicionou 1 mL de HCl
2.6.1.2 Reações de identificação de taninos
1 N (até pH 1). Transferiu-se para um funil
de separação e extraiu com 10 mL de éter,
Utilizou-se 5 tubos de ensaio, e
reduziu-se o volume e gotejou sobre o
transferiu para cada um 5 mL da solução
papel de filtro. Acrescentou-se 1 gota de
extrativa. E em cada tubo procedeu de
NaOH 1 N em uma das regiões onde foi
acordo com as seguintes reações:
aplicado o extrato etéreo e observou na luz
- Reação com gelatina: adicionou
UV.
ao primeiro tubo 4 gotas de solução de
gelatina a 2,5% em solução de cloreto de
sódio 5%, e posteriormente observou o
2.6.3 Pesquisa de heterosídeos digitálicos
desenvolvimento do precipitado;
2.6.3.1 Extração
- Reação com os alcalóides: no
de
heterosídeos
digitálicos
segundo tubo de ensaio, adicionou 4 gotas
de solução de sulfato de quinina a 1%;
Na
extração
de
heterosídeos
- Reação com sais metálicos: no
digitálicos ferveu-se durante 4 minutos, 2,5
terceiro tubo adicionou 4 gotas de acetato
g da amostra em pó, com 25 mL de álcool
de cobre 4%, e no quarto tubo de 1 gotas
a 50% e 10 mL de solução de acetato de
de cloreto férrico a 2%, e depois diluiu
chumbo a 10%. Resfriou-se e filtrou
com 10 mL de água destilada, e observou.
completamente o volume para 25 mL e
Revista Faculdade Montes Belos (FMB), v. 7, n° 1, 2014, p (34-68), 2014 ISSN 18088597
novamente,
filtrou
a
solução
ácido acético glacial e 0,1 mL de FeCL2
hidroalcoólica. Adicionou ao filtrado, 15
9%. Homogeneízou e verteu esta solução,
mL de clorofórmico, com agitação após a
lentamente, para um tubo de ensaio
adição do solvente orgânico, separou-se a
contendo 2 mL de H2SO4 P.A. Observou-
fase clorofórmica, e posteriormente fez-se
se a coloração, sendo positiva se formar
a caracterização de três tipos de reações,
anel castanho – avermelhado na fase de
que seguem abaixo.
contato e a camada acética com coloração
esverdeada. Esta reação é específica para
2.6.3.2 Reações
de
caracterização
de
heterosídeos digitálicos
desoxiaçúcares presentes na extremidade
da parte glicídica.
Reação de Liebermann-Burchard
2.6.4 Pesquisa
(esta reação se deve a desidratação ou
flavonóides
desidrogenação
2.6.4.1 Extração
do
núcleo
esteróide):
transferiu-se 3 mL de solução clorofórmica
de
heterosídeos
de
heterosídeos
flavonóides
para um tubo de ensaio e evaporou até
secar, juntou-se ao resíduo 1 mL do reativo
Ferveu-se durante 5 minutos, 7
de Liebermann-Burchard recém-preparado
gramas da amostra vegetal em pó em 60
e homogeneizou, deixando repousar por 5
mL de etanol a 70%. Filtrou-se com papel
minutos. Observou-se a coloração.
de filtro, previamente umedecido com
- Reação de Pesez: transferiu-se 3
etanol 70%. E reservou para realizar as
mL da solução clorofórmica para uma
seguintes reações relacionadas com o
cápsula de porcelana e evaporou até secar
núcleo fundamental e de caracterização de
em chapa aquecedora. Adicionou ao
hidroxilas fenólicas.
resíduo, após o resfriamento, 3 a 6 gotas de
H3PO4 P.A. Misturou com o auxílio de um
2.6.4.2 Reações
bastão e observou sob luz UV, sendo
heterosídeos flavonóides relacionadas com
positiva
o núcleo fundamental
se
for
fluorescência
verde-
de
caracterização
de
amarelada.
-
Reação
de
Keller-Kiliani:
- Reação da cianidina ou reação de
transferiu-se 5 mL da solução clorofórmica
shinoda: Transferiu-se cerca de 3 mL do
para um tubo de ensaio e evaporou em
filtrado
banho Maria até secar. Dissolveu o resíduo
Adicionou-se cerca de 1 cm de fita de
em 3 mL do seguinte reagente: 3 mL de
magnésio finamente cortada, e juntou cerca
para
um
tubo
de
ensaio.
Revista Faculdade Montes Belos (FMB), v. 7, n° 1, 2014, p (34-68), 2014 ISSN 18088597
de 1 mL de HCl concentrado. Observou-se
esta solução concentrada para um pedaço
a cor.
de papel de filtro espalhando sobre toda a
- Reação oxalo-bórica: é exclusiva
superfície deste. Em seguida, umedeceu
dos flavonóides. Evaporou-se em cápsula
uma das regiões do papel com solução de
de porcelana 5 mL da solução extrativa.
cloreto de alumínio a 5% e observou a
Juntou-se ao resíduo semi-seco 3 mL de
fluorescência sob luz ultravioleta.
solução de ácido bórico a 3% e 1 mL de
- Reação com o cloreto férrico:
solução de ácido oxálico a 10 %.
transferiu-se cerca de 3 mL da solução
Evaporou-se até secar. Juntou o resíduo
extrativa para um tubo de ensaio, juntou-se
seco a 7 mL de éter etílico. Observou-se
2 gotas de cloreto férrico a 4,5%.
sob luz ultravioleta, sendo positivo se
Observou e anotou a cor.
aparecer
fluorescência
amarelado-
esverdeado.
2.6.5 Pesquisa
- Reação com H2SO4 concentrado:
2.6.5.1 Extração
extrativa numa cápsula de porcelana.
saponínicos
até
semi-secura,
heterosídeos
de
heterosídeos
saponínicos
Adicionou-se cerca de 3 mL de solução
Evaporou-se
de
depois
adicionou 0,5 mL de H2SO4 concentrado e
Na
extração
de
heterosídeos
observou-se sob luz ultravioleta, anotando
saponínicos pesou-se 1 grama do material
a fluorescência.
vegetal pulverizado e transferiu-se para um
erlenmeyer, contendo 50 mL de água
2.6.4.3 Reações
de
caracterização
de
hidroxilas fenólicas
fervente. Manteve sob fervura moderada
durante 30 minutos. Resfriou-se e filtrou
para um balão volumétrico de 100 mL.
-
hidróxidos
Repetiu-se a extração do mesmo material
alcalinos: transferiu-se 3 mL da solução
utilizando 10 mL de água fervente
extrativa para um tubo de ensaio, e
sucessivas vezes até completar o volume
adicionou cerca de 1 mL de NaOH 20%.
de 100 mL. Distribuiu-se em 10 tubos de
Agitou-se o tubo e observou a cor.
ensaio com tampas iguais, em uma série
-
Reação
Reação
com
com
os
o
cloreto
de
contínua de 1, 2, 3, 4 até 10 mL e ajustou-
alumínio: transferiu-se cerca de 5 mL de
se o volume do líquido em cada tubo a 10
solução extrativa para um béquer ou
mL com água.
cápsula de porcelana. Concentrou até mais
Tampou-se os tubos e agitou com
ou menos a metade, depois transferiu-se
movimentos verticais por 15 segundos,
Revista Faculdade Montes Belos (FMB), v. 7, n° 1, 2014, p (34-68), 2014 ISSN 18088597
deixou-se em repouso por 15 minutos e
mediu a altura da espuma; sendo que se a
2.7
DETERMINAÇÃO DO ÍNDICE
altura da espuma de todos os tubos for
DE INTUMESCÊNCIA
inferior a 1 cm, o índice de espuma é
menor do que 100; se for maior que 1 cm
O índice de intumescência é a
em todos, o índice é maior do que 100; se a
medida
do
volume
ocupado
pelo
altura da espuma for 1 cm em qualquer
inchamento de 1 grama da amostra vegetal
tubo, a diluição do material vegetal nesse
pela adição de água ou outro agente
tubo é o índice de espuma observado.
intumescente, sob condições definidas.
Para determinar o índice de intumescência
2.6.6 Pesquisa
de
heterosídeos
antraquinônicos
pesou-se 1 grama da amostra vegetal
pulverizada e colocou-se numa proveta de
25 mL com tampa esmerilhada, mediu-se o
2.6.6.1 Extração
de
heterosídeos
antraquinônicos
volume ocupado pela planta seca (Vi).
Adicionou 25 mL de água e agitou-se a
cada 10 min., por 1 hora. Deixou a mistura
Na
extração
de
heterosídeos
em repouso por 3 horas, à temperatura
antraquinônicos ferveu-se 1 grama do
ambiente. Em seguida, mediu-se o volume
material vegetal pulverizado, com 30 mL
(mL)
de álcool a 75% v/v, por 3 minutos, em
acrescido da mucilagem = Vf (ou qualquer
seguida filtrou-se o líquido ainda quente.
material aderido). Posteriormente calculou-
Após este procedimento, transferiu-se 10
se o valor médio obtido, utilizando a
mL para um béquer I (de 40 mL) e 10 mL
seguinte fórmula:
ocupado
pelo
material
vegetal
para um béquer II. No primeiro béquer
I I = V f – V i,
colocou-se 0,5 mL de HCl SR e ferveu-se
durante 2 minutos,
e posteriormente
Onde
repetiu com o béquer II, mas não adicionou
V f = volume final da droga
ácido. Em seguida transferiu-se os líquidos
V i = volume inicial.
para tubos de ensaio e resfriou, adicionouse a cada tubo 10 ml de hexano, agitou
3
Resultados
3.1
DESCRIÇÃO MACROSCÓPICA
levemente e então, separou 5 mL de cada
tubo e colocou 4 mL de amônia SR
deixando em repouso por 5 minutos.
DAS FOLHAS DA Sterculia striata
Revista Faculdade Montes Belos (FMB), v. 7, n° 1, 2014, p (34-68), 2014 ISSN 18088597
em média 40 cm de largura sendo
Na
análise
macroscópica,
a
considerada médio peciolada, com pecíolo
Sterculia striata, observou-se que esta, é
em média 22 cm e levemente piloso; a
uma árvore que pode ter de 10 a 12 metros
nervação é palminérvea; o pecíolo é reto e
de altura (Figura 2), as folhas desta
cilíndrico, com inserção central e secção
espécime (Figura 1) coletadas são inteiras
transversal obtuso. A superfície superior
simples e completa, quanto à consistência
do limbo é rugosa e glabra e a inferior é
são folhas coriácea e flexíveis, o ápice é
pilosa; a cor tem variação de verde a
agudo, a base foliar é reentrante. O
marrom; é uma planta desprovida de odor
contorno foliar, ou seja, a forma é
e quanto à filotaxia é considerada opostas
cordiforme, a borda é levemente ondulada,
palmada.
tendo em média 24 cm de comprimento e
Figura 1Folhas da Sterculia striata. Fonte: Acervo pessoal. Local: Parque da represa
Lago F. Machado, Itapuranga-Go.
Revista Faculdade Montes Belos (FMB), v. 7, n° 1, 2014, p (34-68), 2014 ISSN 18088597
Figura 2. Árvore da Sterculia striata. Fonte: Acervo pessoal. Local: Parque da represa Lago
F. Machado, Itapuranga-Go.
3.2
DETERMINAÇÃO DO TEOR DE
UMIDADE
Após a primeira pesagem, anotouse o peso (53,319 g.) e 1 hora depois fez-se
uma
segunda
pesagem
(53,312
g.);
Revista Faculdade Montes Belos (FMB), v. 7, n° 1, 2014, p (34-68), 2014 ISSN 18088597
portanto depois de 6 horas obtive-se o
resultado (tabela 1) devido as essas duas
Após o carvão ser eliminado e
pesagens não terem diferido por mais de 5
ocorrer o resfriamento em dessecador,
mg. Posteriormente determinou-se o teor
pesou-se o material, sendo o peso do
de umidade, medindo o peso úmido (Pu =
cadinho com o pó 23,28 g (Pu), o peso do
53,336 g); o peso seco (Ps = 53,312 g) e o
cadinho após a mufla 21,74 g (Ps) e o peso
peso da amostra (Pa = 2 g) e calculou-se a
da amostra 2 g (Pa); calculou-se a
porcentagem através da fórmula citada
porcentagem
anteriormente, concluindo o experimento,
anteriormente),
sendo o teor de umidade 1,2%.
resultado (Tabela 1) sendo 77% de cinzas
(formula
citada
obtendo-se
assim
o
totais
3.3
DETERMINAÇÃO DO TEOR DE
CINZAS TOTAIS
Tabela 1-
Teor de umidade e teor de cinzas totais expressos em porcentagem.
Umidade
Cinzas
totais
Sterculia striata
1,2%
3.4
ESTUDO FITOQUÍMICO
77%
o grupamento amina e com sais metálicos
não reagiram não formando precipitado,
No estudo fitoquímico das folhas
portanto todos estes foram negativos, já na
de Sterculia striata realizado para detectar
reação
metabólitos,
resultado foi positivo, pois houve a
obteve-se
os
seguintes
resultados (Tabela 2) que seguem abaixo:
com
hidróxidos
alcalinos
o
formação de um precipitado. De acordo
com os resultados significa que nas folhas
3.4.1 Pesquisa de taninos
Para a caracterização de taninos
foram necessários 4 tipos de reações em
da Sterculia striata não possui taninos.
3.4.2 Pesquisa
de
heterosídeos
cumarínicos
que: na reação com gelatina não houve a
formação de um precipitado após a adição
A cumarinas possui um espectro
de cloreto de sódio, com alcalóides não
UV característico que quando ocorre a
houve reação, pois as folhas não possuem
incidência de luz UV se apresentam com
Revista Faculdade Montes Belos (FMB), v. 7, n° 1, 2014, p (34-68), 2014 ISSN 18088597
mais evidencia. No ensaio realizado para
Com
relação
às
reações
de
detectar cumarinas, foi observado em
caracterização de heterosídeos flavonóides
câmara
coloração
relacionadas com o núcleo fundamental,
fluorescência amarelo verde, portanto o
obtivemos os seguintes resultados: na
resultado é positivo.
reação da cianidina ou de shinoda não
de
luz
UV
uma
houve
3.4.3 Pesquisa de heterosídeos digitálicos
a
presença
flavonóides,
sendo
de
heterosídeos
negativo
não
evidenciado a coloração em tons variados
Foram necessários 3 tipos de
de vermelho (Figura 3). Na reação Oxalo-
reações para a pesquisa com heterosídeos
bórica a presença de flavonóides foi fraca,
digitálicos: com relação à reação de
devido à visualização de uma cor amarelo-
Liebermann-Burchard o resultado obtido
verde bem claro e com H2SO4 concentrado
foi negativo, não encontrou heterosídeos
também
digitálicos. Na reação de Pesez também foi
flavonóides,
negativo, não presenciou fluorescência
reação fraca a presença deles, com pouca
verde e apenas na reação de Keller-Kiliani
fluorescência.
o resultado foi positivo, na qual houve a
formação
avermelhado
de
um
na
fase
anel
de
castanhocontato
Com
foi
evidenciado
sendo
relação
poucos
considerada
às
reações
nesta
de
caracterização de hidroxilas fenólicas os
e
resultados são: na reação com hidróxidos
coloração esverdeada na camada acética.
alcalinos foi possível observar a cor
Através dos resultados das 3 reações pode-
amarelo escuro (Figura 3), portanto é uma
se dizer que nas folhas da Sterculia striata
reação positiva; na reação com cloreto de
não possui digitálicos.
alumínio observou-se a cor amarelada
clara (Figura 3), considerado fraco a
3.4.4 Pesquisa
flavonóides
de
heterosídeos
presença de flavonóides e na reação cloreto
férrico obteve-se a cor castanho (Figura 3),
também considerado fraco.
Figura 3. Resultado das reações (da esquerda para direita): hidróxidos alcalinos, cloreto de
alumínio, cianidina ou de shinoda e cloreto férrico. Fonte: Acervo pessoal. Local: Lab. de
Farmacog. da UFG, Goiânia.
Revista Faculdade Montes Belos (FMB), v. 7, n° 1, 2014, p (34-68), 2014 ISSN 18088597
3.4.5 Pesquisa
de
heterosídeos
saponínicos
Depois de transferir os líquidos
para os tubos de ensaio, resfriá-los, colocar
hexano, agitar e separar 5 ml de cada tubo
Após
a
agitação
dos
tubos
adicionando amônia SR, esperou-se por 5
sucessivas vezes, detectamos que nas
minutos e o resultado para este teste foi
folhas da Sterculia striata não tem
negativo, o que indica que a amostra das
heterosídeos saponínicos, sendo, portanto
folhas coletadas para a análise não possui
um resultado negativo em que não houve a
heterosídeos antraquinônicos.
formação de espuma em nenhum dos tubos
utilizados.
3.4.6 Pesquisa
de
heterosídeos
antraquinônicos
Tabela 2. Resultados obtidos no ensaio da prospecção fitoquímica para detectar a presença de
metabólitos secundários nas folhas da Sterculia striata.
Testes
Reação/Reagente
Resultados
Revista Faculdade Montes Belos (FMB), v. 7, n° 1, 2014, p (34-68), 2014 ISSN 18088597
3.5
Taninos
Reação com Gelatina
Reação com Alcalóides
Reação com Sais metálicos
Reação com hidróxidos alcalinos
Negativo
Negativo
Negativo
Positivo
Heterosídeos Cumarínicos
Fluorescência após o extrato etéreo
Positivo
Heterosídeos Digitálicos
Reação de Liebermann
Reação de Pesez
Reação de Keller-Kiliani
Negativo
Negativo
Positivo
Heterosídeos Flavonóides
Reação de Cianidina ou Shinoda
Reação Oxalo-bórica
Reação com H2SO4
Reação com Hidróxidos Alcalinos
Reação com Cloreto de alumínio
Reação com Cloreto Férrico
Negativo
Fraco
Fraco
Positivo
Fraco
Fraco
Heterosídeos Saponínicos
Índice de Espuma
Negativo
Heterosídeos Antraquinônicos
Borntrager
Negativo
DETERMINAÇÃO DO ÍNDICE
DE INTUMESCÊNCIA
ocupado pelo material vegetal acrescido da
mucilagem,
volume
final
Vf=3,0,
e
apresentou-se como resultado um teor de
Após a agitação do tubo a cada 10
mucilagem de no máximo 1,5.
min. durante 1 hora, esperou-se por 3 horas
e calculou-se o índice de intumescência
(Tabela 3). No ensaio mediu-se o volume
ocupado pela planta seca, volume inicial
Vi= 1,5; depois mediu-se o volume
Tabela 3. Resultado da Determinação do índice de intumescência
Teste
Reação
Resultado
Revista Faculdade Montes Belos (FMB), v. 7, n° 1, 2014, p (34-68), 2014 ISSN 18088597
índice de intumescência
Mucilagem
1,5
ponto. A secção transversal é obtusa e
4 Discussão
quanto à superfície do limbo na parte
4.1
DESCRIÇÃO MACROSCÓPICA
DAS FOLHAS DA Sterculia striata
superior é rugosa e glabra o que indica que
são desprovidas de pêlos já a parte inferior
é toda revestida de pequenos pêlos sendo
As características macroscópicas da
uma superfície pilosa. De acordo com a
folha da espécime analisada neste trabalho
filotaxia são opostas palmadas em que as
corroboram com os dados de Lorenzi
folhas estão dispostas uma em frente à
(2002)
outra.
quando
descreve
sobre
o
comprimento da folha e também o
tamanho do pecíolo. Segundo Vidal e
4.2
DETERMINAÇÃO DO TEOR DE
Vidal (2000) toda folha que é considerada
UMIDADE
completa possui limbo, bainha e pecíolo, e
a Sterculia striata contém essas três partes.
A determinação do teor de umidade
As folhas da Sterculia striata são
analisado foi 1,2% nas folhas já secas e
coriáceas, que lembram à consistência do
reduzidas a pó, sendo considerado um
couro bovino (VIDAL; VIDAL, 2000), e
resultado bom, que tem o intuito de sugerir
são típicas de plantas do cerrado. A borda
valores que são usados para caracterizar o
é levemente ondulada, pois possui suaves
controle de qualidade da folha; devido o
ondulações, o contorno foliar é cordiforme
excesso de umidade permitir a atuação de
devido à forma ser semelhante a um
enzimas
coração. Com relação à coloração são
constituintes químicos e proporcionar o
verdes quando jovens e quando vão se
desenvolvimento de fungos e bactérias
tornando adultas ocorre à despigmentação
(SIMÕES et al., 2007).
das folhas adquirindo a cor marrom.
algumas
espécies
da
podem
degradar
os
De acordo com Costa (2001) as
De acordo com Carvalho e Berg
(2007)
que
matérias-primas vegetais possuem certa
família
quantidade de água que se conservam até a
Malvaceae podem ser palminérvea, assim
secagem delas. Contudo é de extrema
como a Sterculia striata, em que as
importância conhecer o valor do teor de
principais nervações saem do mesmo
umidade que está relacionado com uma
Revista Faculdade Montes Belos (FMB), v. 7, n° 1, 2014, p (34-68), 2014 ISSN 18088597
preparação e segurança na conservação das
apresentam
drogas vegetais.
antifúngicas. Uma planta que também
pertence
4.3
DETERMINAÇÃO DO TEOR DE
CINZAS TOTAIS
como
à
Guazuma
antimicrobianas
família
Sterculiaceae,
ulmifolia
conhecida
e
a
como
mutamba, o resultado para taninos em suas
cascas foi positivo (GALINA et al., 2005),
O
valor
na
sendo bastante importante para estudos
determinação do teor de cinzas totais foi de
com plantas medicinais, assim como
77%. Este resultado tem como objetivo
também na Pavonia varians da família
verificar
Malvaceae, também possui taninos (LEAL
a
encontrado
presença
de
impurezas
inorgânicas não-voláteis que podem estar
et al., [s.d.]).
presentes como contaminantes (SIMÕES
et al., 2007).
produtos naturais muito heterogêneos, que
As cinzas são resíduos não-voláteis,
isentos
de
Os taninos constituem um grupo de
carbono,
necessariamente,
dos
que
provêm,
apresentam uma distribuição praticamente
generalizada
nas
plantas
vasculares,
constituintes
embora em concentrações muito variáveis
minerais e dos organo-metálicos, que
dependendo dos órgãos, idade e o estado
integram a planta (cinzas fisiológicas) e de
de
materiais estranhos como areia e terra que
(predominando nos frutos verdes). Nas
juntam na superfície da planta (cinzas não
plantas que biossintetizam, quantidades
fisiológicas) (COSTA, 2001). Portanto o
apreciáveis destes metabólitos secundários,
valor encontrado determina que na análise
a sua localização encontra-se confinada a
das folhas da Sterculia striata há a
certos órgãos como folhas, frutos, cascas e
presença de impurezas inorgânicas não-
madeiras (CUNHA, 2005).
voláteis.
desenvolvimento
O tanino é de grande importância
na medicina, sendo usados no tratamento
4.4
ESTUDO FITOQUÍMICO
de diarréias, problemas estomacais e
também é antiinflamatório, anti-séptico e
4.4.1 Pesquisa de taninos
hemostático. Estudos recentes demonstram
que os taninos atuam como captadores de
Nas folhas da Sterculia striata não
radicais e como antioxidantes, fato que tem
foi detectado a presença de taninos. De
atraído o interesse científico quanto ao
fato seria importante ter encontrado este
desenvolvimento
metabólito, devido propriedades que eles
eficácia de novos produtos farmacêuticos à
e
a
verificação
da
Revista Faculdade Montes Belos (FMB), v. 7, n° 1, 2014, p (34-68), 2014 ISSN 18088597
base de extratos de plantas (CUNHA,
nos solventes clorados, com os quais se
2005).
extraem. As atividades das cumarinas e seu
interesse farmacêutico e também em
4.4.2 Pesquisa
de
heterosídeos
cumarínicos
diversas áreas industriais é um pouco
limitado,
mas
em
certos
casos
foi
necessário para a descoberta de novos
Na luz ultravioleta os compostos
cumarínicos apresentam colorações que se
medicamentos,
como
o
dicumarol,
utilizado como raticida (CUNHA, 2005).
intensificam após serem sujeitas a vapores
Furanocumarinas, piranocumarinas
amoníacos podendo variar do azul ao
lineares
amarelo (CUNHA, 2005), portanto, no
cumarinas diméricas e triméricas são
teste realizado com a Sterculia striata a
cumarinas encontradas notadamente nas
coloração
famílias mais primitivas, já as cumarinas
observada
foi
fluorescência
verde, sendo um resultado positivo.
As cumarinas são
distribuídas
simples
amplamente
nos
e
angulares,
são
as
lignocumarinas,
mais
encontradas
(KUSTER; ROCHA, 2007).
vegetais,
As cumarinas estão distribuídas em
predominantemente em angiospermas em
diferentes famílias como Myrtaceae, na
diferentes partes tanto nas raízes como nas
espécie
folhas e frutos, entretanto, também podem
(PAULA et al., 2008), como na Apiaceae
ser encontradas em bactérias e fungos.
conhecidas
por
Possui atividade broncodilatadora indicada
essenciais
e
para
(MARTINS et al., 2008).
asma
brônquica
e
também
Pimenta
pseudocaryophyllus
apresentarem
também
óleos
cumarinas
vasodilatadora que pode ser usada no
tratamento
outras
de
impotência
possuem
masculina,
atividades
anti-HIV
(Imunodeficiência
humana)
que
recentemente
identificadas
em
foram
4.4.3 Pesquisa de heterosídeos digitálicos
fontes de vegetais. Possuem um anel
Nas folhas da Sterculia striata não
lactônico que facilita, em alguns casos, o
há heterosídeos digitálicos, apesar de em
processo de extração (KUSTER; ROCHA,
uma outra espécie a Waltheria douradinha,
2007).
família
Sterculiaceae,
foi
encontrado
Os heterosídeos cumarínicos, ou
cardiôtonicos no cilindro central da raiz em
cumarinas, são solúveis nos álcoois e nos
grande quantidades (HOELZEL et al.,
solventes orgânicos, tais como o éter, ou
2003).
Revista Faculdade Montes Belos (FMB), v. 7, n° 1, 2014, p (34-68), 2014 ISSN 18088597
Na reação de Liebermann-Burchard
Os heterosídeos flavonóides são
e de Pesez o resultado foi negativo,
metabólitos vegetais coloridos, solúveis
indicando que não há a presença de um
em água ou insolúveis em solventes
núcleo esteroidal, na reação de Keller-
orgânicos apolares (CUNHA, 2005). Eles
Kiliani foi positivo em que houve a
possuem propriedades como antitumoral,
formação
antiinflamatória,
de
um
anel
castanho-
antimicrobiana,
avermelhado na fase de contato e com
antiespasmódica, antiúlcera, antioxidante e
coloração esverdeada na camada acética,
outras (PAULA et al., 2008).
indicando
assim
desoxiaçúcares
a
presença
que
são
de
2-
geralmente
Nas folhas da Sterculia striata foi
evidenciado
fraco
a
presença
de
associados à glicosídicos cardiotônicos,
heterosídeos flavonóides, um resultado que
considerados
pode ser considerado importante, pois eles
substâncias
de
natureza
terpenóica (DOMINGUEZ, 1973).
Dos
digitálicos,
superficiais (como as folhas), e deve-se
também conhecidos como heterosídeos
levar em conta em que época foi realizada
cardiotônicos,
os
a coleta do material, sendo que a
cardioglicosídeos, substâncias cardioativas,
quantidade e até mesmo a natureza do
que exercem ação sobre o músculo
constituinte não é constante durante todo o
cardíaco aumentando sua força contrátil,
ano (GOBBO NETO; LOPES, 2007).
levando
heterosídeos
são acumulados principalmente nos tecidos
pode-se
assim
a
extrair
uma
melhora
na
Vários são os fatores ambientais
insuficiência cardíaca, remove edemas e
que
outras
metabólito em plantas, como temperatura,
funções
PEREIRA,
(SOLDÁ;
[s.d.].
PIMENTA;
produção
deste
nutrição, metabolismo do açúcar e do
terapêutico dos cardioglicosídeos deve-se
nitrogênio e a radiação incidente (GOBBO
principalmente
NETO; LOPES, 2007).
sua
o
a
uso
a
Contudo,
influenciam
capacidade
de
aumentar a força da contração sistólica, e
Em
outras
ulmifolia
plantas,
como
conhecida
a
assim o coração tem mais tempo para
Guazuma
como
repousar entre as contrações (ROBBERS;
mutamba, que também pertence à família
SPEEDIE; TYLER, 1997).
Sterculiaceae, evidenciou a presença de
flavonóides em suas cascas (GALINA et
4.4.4 Pesquisa
flavonóides
de
heterosídeos
al., 2005), e estudos feito com Pavonia
varians,
também
que
pertence
detectou
a
a
Malvaceae,
presença
de
flavonóides (LEAL et al., [s.d.]), o que
Revista Faculdade Montes Belos (FMB), v. 7, n° 1, 2014, p (34-68), 2014 ISSN 18088597
indica a existência de desses metabólitos
de sua raiz, verificou a presença de
em espécies da família Malvaceae e
saponinas (HOELZEL et al., 2003). Para a
Sterculiaceae.
espécie
Pavonia
varians
da
família
Malvaceae nos estudos feito com suas
4.4.5 Pesquisa
de
heterosídeos
saponínicos
presença de saponinas.
Os heterosídeos saponínicos são
compostos
folhas por Leal et al. [s.d.], indicou rico a
com
características
mais
4.4.6 Pesquisa
de
heterosídeos
antraquinônicos
evidentes, como a produção de espuma
quando agitados em solução aquosas e
Nas folhas da Sterculia striata, não
apresentarem ação hemolítica. Podem ser
ocorreu o surgimento de uma coloração
utilizados para preparo de detergentes ou
rósea na fase amoniacal, indicando que não
agentes espumantes (CUNHA, 2005).
possui heterosídeos antraquinônicos, em
O índice de espuma observado em
outras
espécies
como
Strychnos
todos os tubos foi negativo, devido a altura
pseudoquina A. da família Longaniacea
da espuma ser inferior a 1 cm nos tubos
(MENDONÇA
utilizados para o teste, indicando que não
Stryphnodendron adstringens (Mart.) da
há presença desse princípio ativo nas
família Leguminosae-Mimosoidae também
folhas da Sterculia striata. Em uma outra
não há a presença dos heterosídeos
espécie a Stryphnodendron adstringens da
antraquinônicos
família Leguminosae, o resultado foi
FIGUEIREDO,
positivo para a presença de saponinas em
espécie Pimenta pseudocaryophyllus da
suas folhas o que torna esta planta,
família Myrtaceae verificou traços desse
conhecida como barbatimão, importante na
metabólito (PAULA et al., 2008). Através
medicina, pois muitas saponinas são
desses dados percebe-se que a presença
capazes de romper a membrana celular de
desses metabólitos podem ocorrer em
microrganismos,
sendo
diferentes famílias.
efeito
bactérias
contra
significante
e
o
fungos
(OLIVEIRA; FIGUEIREDO, 2007).
Em uma espécie da mesma família
da
Sterculia
striata,
a
et
al.,
2007)
e
(OLIVEIRA;
2007).
Entretanto,
na
Os heterosídeos antraquinônicos
são utilizados desde a antiguidade como
laxativos e purgativos, assim como outras
Waltheria
atividades como antiinflamatória. Dentre
douradinha, conhecida como douradinha-
os vegetais mais utilizados na terapêutica,
do-campo, através da análise histoquímica
que contém este metabólito estão a cáscara
Revista Faculdade Montes Belos (FMB), v. 7, n° 1, 2014, p (34-68), 2014 ISSN 18088597
sagrada (Rhamnus purshiana) da família
Através do resultado do estudo
Rhamnaceae; a sene (Cássia angustifólia)
fitoquímico das folhas da Sterculia striata,
da Cesalpinaceae e também a babosa (Aloe
percebe-se que esta planta ainda tem um
vera e outras) da família
grande potencial biológico. Mesmo que
Liliaceae
(CUNHA, 2005).
foram encontrados metabólitos secundários
(cumarinas positivo e flavonóides fraco)
4.5
DETERMINAÇÃO DO ÍNDICE
DE INTUMESCÊNCIA
nas folhas da Sterculia striata é necessário
estudos farmacológicos para que esta
pesquisa tenha continuidade.
Depois de medir e calcular o
Quando nos propomos a realizar
volume do inchamento da droga constatou
este estudo escolhendo uma planta típica
a presença de mucilagens, com isso
de nossa região, e percebemos a extensão
determinou-se o índice de intumescência,
deste estudo e a grandiosidade ao iniciar as
sendo 1,5, um resultado considerado baixo
pesquisas, que independente dos resultados
se for comparado com a espécie Malva
obtidos é preciso tratá-los como sendo uma
sylvestris L., conhecida como malva-
contribuição às pesquisas com plantas
branca,
medicinais.
da
família
Malvaceae
que
apresenta um teor de mucilagem no
mínimo 14 (BRASIL, [s.d.]).
As
mucilagens
atividades emolientes,
É
importante
ressaltar
que
quantidade de metabólitos é variável em
apresentam
a
interessante verificar os resultados dos
produção de xaropes com propriedades
metabólitos que deram como resultado
expectorantes e também demulcentes, são
negativo e também o que evidenciou fraca
considerados polissacarídeos acídicos. De
a presença em outras épocas, sendo
acordo com Hoelzel et al (2003) espécies
também importante realizar um estudo
da família Sterculiaceae são ricas em
microscópicos das folhas da Sterculia
mucilagem, como nas raízes da espécie
striata, afim de conhecer melhor toda sua
Waltheria
estrutura.
douradinha
e permitem
diferentes épocas do ano, por isso é
da
família
Sterculiaceae.
5 Considerações Finais
4.6
PERSPECTIVAS
FUTURAS
QUANTO AO ESTUDO DAS FOLHAS
DA Sterculia striata
A espécie analisada, proveniente da
cidade de Itapuranga, local onde está
situada a Universidade Estadual de Goiás –
Revista Faculdade Montes Belos (FMB), v. 7, n° 1, 2014, p (34-68), 2014 ISSN 18088597
UEG, região do bioma Cerrado, apresentou
extraídas de plantas. Os outros tipos de
resultados que poderão ser utilizados no
metabólitos não foram detectados, o que
controle de qualidade e identificação de
não significa que as folhas estudadas não
matérias-primas vegetais obtidas das folhas
tenham estes, devido os fatores naturais
da Sterculia striata. E acreditamos que este
abióticos
resultado poderá servir como base para
estações do ano e outros) influenciarem no
pesquisadores de plantas medicinais, que
metabolismo, na produção e concentração
utilizam as propriedades existentes nas
dos metabólitos em diferentes épocas do
plantas para fabricação de fármacos.
ano (SANTOS; BLATT, 1998).
(luz
UV,
irradiação,
seca,
Cabe ressaltar a necessidade de
A importância desse estudo foi
estudos mais detalhados que busquem
apresentar as propriedades existentes nas
elucidar a descrição microscópica das
folhas da Sterculia striata, devido à
folhas, bem como analisar as estruturas
carência de trabalhos científicos a respeito.
histológicas internas através da elaboração
Por isso enfocamos a realização das
de cortes no material.
análises fitoquímicas, a determinação dos
O método de secagem adotado para
desenvolver
este
trabalho
teores de cinzas totais e de umidade e do
permitiu
índice de intumescência, assim como a
determinar o teor de umidade que foi baixo
descrição macroscópica para um melhor
(1,2%) sendo importante, pois propiciará a
conhecimento das folhas estudadas, porque
conservação do vegetal, determinar o
assim teríamos resultados que permitiriam
índice de intumescência que indica a
a
presença de mucilagens, encontrando um
referência para posteriores estudos.
valor de 1,5 e também determinar o teor de
cinzas totais que indicam a presença de
impurezas inorgânicas (77%).
Com base nos estudos obtidos feito
através do estudo fitoquímico, que tem a
finalidade de verificar a presença de
metabólitos, constatou-se a presença de
pelo menos dois tipos: os heterosídeos
cumarínicos
e
flavonóides.
Estes
metabólitos, assim como os outros, são de
grande importância para a produção de
medicamentos a base de propriedades
caracterização
das
folhas
como
Revista Faculdade Montes Belos (FMB), v. 7, n° 1, 2014, p (34-68), 2014 ISSN 18088597
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL - Agência Nacional de Vigilância
Sanitária.
Malva:
Malvae folium.
Disponível
em:<http://www.anvisa.gov.br/hotsite/farm
acopeia/arquivos/sp_240509/malva_final_.
pdf> Acesso em: 15 set. 2009.
BALERONI, C. R. S; MORAES, M. L. T.
De; MORAES, S. M. B; SOUZA, C. S.
De; SÁ, M. E. Composição química de
sementes das espécies florestais mamicade-cadela (Brosimum gaudichaudii Trec),
marolo arbóreo (Annona crassiflora
Mart.), marolo rasteiro (Annona dióica St.
Hil.), chichá-do-cerrado (Sterculia striata
St. Hil. Ex Turpin) e imbuia (Ocotea
porosa (Nees) L. Barroso). Revista de
Ciências Agrárias e da Saúde, FEA,
Andradina, v. 2, n. 1, jan./jun., 2002, p.2832.
Disponível
em:
<
http://www.fea.br/revista/ciencias%20agra
rias%20e%20da%20
saude%20v2%20n1%202002/artigo%205
%20v2%20n1%202002.pdf> Acesso: em
20 abr. 2009.
BRITO, A. R. M; BRITO A. A. S. Forty
years of Brazilian medicinal plant research.
Journal of Etnopharmacology, v. 39,
1993, p. 53-67.
CAMPOS, P. E; CARAMORI, S. S.
Caracterização do perfil protéico da
semente de chichá (Sterculia striata St.
Hil. et Naudin – Sterculiaceae):
Aplicações biotecnológicas. Disponível
em:
<http://www.prp.ueg.br/sic2008/fronteira/f
lashsic/animacao/VISIC/arquivos/resumos/
re sumo63.pdf> Acesso em: 04 jun. 2009.
CARAMORI, S. S; LIMA, C. S;
FERNANDES, K. F. Biochemical
characterization of selected plant species
from Brazilian Savannas. Brazilian
Archivesof Biology and technology,
Curitiba, v. 47, n. 2, p. 253 – 259,
jun. 2004.
Disponível
em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sc
i_
arttext&pid=S151689132004000200013&l
ng=en&nrm=iso>
Acesso
em: 04
jun. 2009.
CARVALHO, D. A; BERG, E. V. D.
Sistemática
Vegetal:
pteridófitas,
gimnospermas, angiospermas. Lavras:
UFLA, 2007, p. 130.
CECHINEL FILHO, V; YUNES, R. A.
Estratégias para a obtenção de compostos
farmacologicamente ativos a partir de
plantas medicinais: conceitos sobre
modificação estrutural para otimização da
atividade. Nova Química, Santa Catarina,
v. 21, n. 4, 1996. Disponível em:
<http://www.scielo.br/pdf/qn/v21n1/3475.
pdf> Acesso em: 19 mar. 2009.
CHAVES, M. H; BARBOSA, A. S;
MOITA NETO, J. M; PIMENTEL, S. A;
LAGO, J. H. G. Caracterização química do
óleo da amêndoa de Sterculia striata St.
Hil. et Naud. Química Nova, São Paulo, v.
27, n. 3, jun. 2004. Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.
php?script
=sci_arttext&pid=S010040422004000300008&lng=e n&nrm=iso>
Acesso em: 20 jun. 2009.
COSTA, A. F. Farmacognosia. 3. ed. v 3.
Lisboa: Fundação Caluoste Gulbenkian,
2001.
CUNHA, A. P. Farmacognosia e
fitoquímica. Lisboa: Fundação Calouste
Gulbenkian, 2005.
DINIZ, Z. N; BORA, P. S; QUEIROGA
NETO, V; CAVALHEIRO, J. M. O.
Sterculia striata seed Kernel oil:
characterization and thermal stability.
Grasas y aceites. João Pessoa, v. 59, n. 2,
jun.
2008.
Disponível
em:
<http://grasasyaceites.revistas.csic.es/index
.php/grasas
yaceites/article/viewFile/505/507> Acesso
em: 15 ago. 2009.
Revista Faculdade Montes Belos (FMB), v. 7, n° 1, 2014, p (34-68), 2014 ISSN 18088597
DOMINGUEZ, X. A. Métodos de
investigación
fitoquímica.
México:
Limusa, 1973, p. 281.
DORIGONI, P. A; GHEDINI, P. C;
FRÓES, L. F; BAPTISTA, K. C; ETHUR,
A. B. M; BALDISSEROTTO, B;
BÜRGER, M. E; ALMEIDA, C. E;
LOPES, A. M. V; ZÁCHIA, R. A.
Levantamento de dados sobre plantas
medicinais de uso popular no município de
São João do Polêsine, RS, Brasil. IRelação entre enfermidades e espécies
utilizadas. Revista Brasileira de Plantas
Medicinais, Botucatu, v. 4, n. 1, 2001.
Disponível
em:
<http://www.ibb.unesp.br/servicos/publica
coes/rbpm/pdf_v4_n1_2001/artigo_9_v4_
%20n1.pdf> Acesso em: 20 jun. 2009.
FARMACOPÉIA BRASILEIRA. 4. ed.
São Paulo: Atheneu, 1988. parte I.
FELFILI, J. M; RIBEIRO, J. F; BORGES
FILHO, H. C; VALE, A. T. Potencial
econômico da biodiversidade do Cerrado:
estádio atual e possibilidades de manejo
sustentável dos recursos da flora. In:
AGUIAR, L. M. S; CAMARGO, A. J. A.
Cerrado: ecologia e caracterização.
Brasília:
Embrapa
Informação
Tecnológica, 2004, P. 177 – 220.
Disponível
em:
<http://www.biotaneotropica.org.br/v9n3/p
t/fullpaper?bn02209032009+e>
Acesso
em: 10 jun. 2009.
FOGLIO, M. A; QUEIROGA, C. L;
SOUSA, I. M. de O; RODRIGUES, R. A.
F. Plantas medicinais como fonte de
recursos
terapêuticos:
um
modelo
multidisciplinar. MultiCiencia, out. 2006.
Disponível
em:
<
http://www.geplam.com.br/artigos_files/art
18.pdf> Acesso em: 20 maio 2009.
FUMAGALI, E; GONÇALVES, R. A. C;
MACHADO, M. de F. P. S; VIDOTI, G. J;
OLIVEIRA, A. J. B. de. Produção de
metabólitos secundários em cultura de
células e tecidos de plantas: o exemplo dos
gêneros
Tabernaemontana
e
Aspidosperma.
Revista
brasileira
Farmacognosia, João Pessoa, v. 18, n. 4,
dez.
2008.
Disponível
em:
<http://www.scielo.br/scielo.
php?script=sci_arttext&pid=S0102695X2008000400022&Ing=pt&nrm=iso>
Acesso em: 03 ago. 2009.
GALINA, K. J; SAKURAGUI, C. M;
ROCHA, J. C. B; LORENZETTI, E. R;
MELLO, J. C. P. de. Contribuição ao
Estudo Farmacognóstico da mutamba
(Guazuma ulmifolia – Sterculiaceae). Acta
Farmacêutica Bonaerense, Maringá, v.
24, n. 2, jan. 2005. Disponível em: <
http://www.latamjpharm.org/trabajos/24/2/
LAJOP_24_2_1_9_15EXCN7O04.pdf>
Acesso em: 19 set. 2009.
GOBBO NETO, L; LOPES, N. P. Plantas
medicinais: fatores de influência no
conteúdo de metabólitos secundários.
Química Nova, São Paulo, v. 30, n. 2, abr.
2007.
Disponível
em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sc
iarttext&pid=S010040422007000200026&lng=en &nrm=iso>
Acesso em: 15 set. 2009
GUARIM NETO, G; MORAIS, R. G. de.
Recursos medicinais de espécies do
Cerrado de Mato Grosso: um estudo
bibliográfico. Acta Botânica Brasileira,
São Paulo, v. 17, n. 4, dez. 2003.
Disponível
em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sc
i_arttext&pid=S0102-330620030
00400009&lng=pt&nrm=iso> Acesso em:
09 mar. 2009.
GUERRA, M. P; NODARI, R. O.
Biodiversidade:
Aspectos biológicos,
geográficos, legais e éticos. In: SIMÕES,
C. M. O. et al. Farmacognosia: da planta
ao
medicamento.
Porto
Alegre;
Florianópolis: UFRGS/UFSC, 2007. p.1320.
Revista Faculdade Montes Belos (FMB), v. 7, n° 1, 2014, p (34-68), 2014 ISSN 18088597
HOELZEL, S. C. da S. M; MOREL, A. F;
ZANETTI, G. D; MANFRON, M. P;
SCHMIDT, C. Estudo morfo-anatômico da
raiz de Waltheria douradinha Saint Hilaire
(Sterculiaceae).
Acta
Farmacêutica
Bonaerense, Rio Grande do Sul, v. 22, n.
2, jan. 2003. Disponível em: <
http://www.latamjpharm.org/trabajos/22/2/
LAJOP_22_2_1_3_HM0RJILEFR.pdf>
Acesso em: 20 set. 2009.
INSTITUTO
DE
GESTÃO
TECNOLÓGICA
FARMACÊUTICA.
Disponível
em:
<<http://www.anapolino.com/anapolis/?vi
ew=polofarmo&tit=PoloFarmoquímico>
Acesso em: 01 abr. 2009
KUSTER, R. M; ROCHA, L. M.
Cumarinas, cromonas e xantonas. In:
SIMÕES, C. M. O. et al. Farmacognosia:
da planta ao medicamento. Porto Alegre;
Florianópolis: UFRGS/UFSC, 2007, p.536
- 542.
LAKATOS, E. M; MARCONI, M. de A.
Fundamentos de metodologia científica.
3. ed. São Paulo: Atlas S.A., 1991, p. 101 –
106.
LEAL, R. S; MACIEL, M. A. M;
DANTAS, T. N. C; FREITAS, F. S. S;
PIRES, P. A; VANDERLLINDE, F. A.
Perfil fitoquímico e potencial analgésico
do extrato hidroalcoólico de Pavonia
varians Moric (Malvaceae). Disponível
em: <http://sec.sbq.org.br /cdrom/32ra/
resumos/T1011-1.pdf> Acesso em: 20 set.
2009.
LIMA, M. M. de C; DAVID, J. P; DAVID,
J. M; SILVA, E. P. da; LOPEZ, J. A.
Alcalóides quinolônicos das folhas da
Waltheria
brachypetala
Turks
(Sterculiaceae).
Disponível
em:
<
http://sec.sbq.org.br/cdrom/30ra/resumos/T
1821-1.pdf> Acesso em: 10 set. 2009.
LORENZI, H. Árvores brasileiras:
manual de identificação e cultivo de
plantas arbóreas nativas do Brasil. v. 1, 4.
ed. São Paulo: Instituto Plantarum, 2002,
p. 346.
MACIEL, M. A. M; PINTO, A. C; VEIGA
JR., V. F; GRYNBERG, N. F;
ECHEVARRIA, A. Plantas medicinais: a
necessidade de estudos multidisciplinares.
Química Nova, São Paulo, v. 25, n.
3, maio
2002. Disponível
em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sc
iarttext&pi
d=S0100-40422002000300016&lng=e
n&nrm=iso> Acesso em: 15 mar. 2009.
MARTINS, M. B. G; MARCONI, A. P;
CAVALHEIRO, A. J; RODRIGUES, S. D.
Caracterização anatômica e química da
folha e do sistema radicular de
Hydrocotyle
umbellata
(Apiaceae).
Revista Brasileira de farmacognosia,
João Pessoa, v. 18, n. 3, set. 2008.
Disponível
em
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sc
i_arttext&pid=S0102695X2008000300015
&lng=pt&nrm=iso> Acesso em: 15 set.
2009.
MENDONÇA, R. C. et al. Flora Vascular
do Cerrado. In: SANO, S. M.; ALMEIDA,
S. P. Cerrado: ambiente e flora.
Planaltina: Embrapa Cerrados, 1998. p.
287-556.
MENDONÇA, V. G; BARA, M. T. F;
REZENDE, M. H; FERREIRA, H. D;
PAULA, J. R. Estudo farmacognóstico das
folhas de Strychnos pseudoquina A. ST. HILL. Revista Eletrônica de Farmácia.
Goiânia, v. 4, n. 2, 2007. Disponível em: <
http://www.revistas.ufg.br/index.php/
REF/article/view/2778/2829> Acesso em:
14 ago. 2009.
MONTARI, M. A. Química Medicinal:
Contribuição
e
Perspectiva
No
Desenvolvimento da Farmacoterapia.
Química Nova, v. 18, n.1, 1995, p. 56-64.
Revista Faculdade Montes Belos (FMB), v. 7, n° 1, 2014, p (34-68), 2014 ISSN 18088597
OLIVEIRA, F. de; AKISSUE, G.
Fundamentos de Farmacobotânica. 1.
ed. São Paulo: Atheneu, 1999. p.221.
OLIVEIRA, A. L. S; FIGUEIREDO, A. D.
L. Prospecção fitoquímica das folhas de
Stryphonodendron adstringens (Mart.)
Coville
(Leguminosae-Mimosoidae).
Revista Brasileira de Biociências, Porto
Alegre, v. 5, p. 384-386, jul. 2007.
Disponível
em:
<http//www
.ufrgs.br/seerbio/ojs/index.php/rbb/article/
view/342/299> Acesso em 10 set. 2009.
— Comunicação, Saúde, Educação.
[s.l.], v. 1, n. 1, ago. 1997. Disponível em:
<http://bases.bireme.br/cgibin/wxislind.exe/iah/online/?IsisScript=iah
/iah.xis&src=google&b
ase=LILACS&lang=p> Acesso em: 05
nov. 2009.
PLOTKIN, M. J. Traditional knowledge of
medicinal plants: the search for new jungle
medicines.
1991.
Disponível
em:
<http://www6.ufrgs.br/seerbio/ojs/index.ph
p/rbb/article/ viewFile/1026/765> Acesso
em: 24 abr. 2009
PASSOS, X. S; SANTOS, S. da C; FERRI,
P. H; FERNANDES, O. de F. L; PAULA,
T. de F; GARCIA, A. C. F; SILVA, M. do
R. R. Atividade antifúngica de Caryocar
brasiliensis
(Caryocaraceae)
sobre
Cryptococcus neoformans. Revista da
Sociedade Brasileira de Medicina
Tropical, v. 35, n. 6, 2002. Disponível em:
<http://www.scielo.br/pdf/rsbmt/v35n6/a1
3.pdf> Acesso em: 10 setembro 2009.
POSER, G. L. V; MENTZ, L. A.
Diversidade biológica e sistemas de
classificação. In: SIMÕES, C. M. O. et al.
Farmacognosia:
da
planta
ao
medicamento. Porto Alegre; Florianópolis:
UFRGS/UFSC, 2007, p. 71 – 79.
PAULA, J. A. M; PAULA, J. R; BARA,
M. T. F; REZENDE, M. H; FERREIRA,
H. D. Estudo farmacognóstico das folhas
de Pimenta pseudocaryophyllus (Gomes)
L. R. Landrum – Myrtaceae. Revista
Brasileira de Farmacogonosia., Goiânia,
v. 18, n. 2, p. 265-278, jun. 2008.
Disponível
em:<http:
http://www.revistas.ufg.br/index.php/REF/
article/viewFile/2001/1969> Acesso em:
25 ago. 2009.
SANCHES, A. A. C; LOPES, G. C;
NAKAMURA, C. V; DIAS FILHO, B. P;
MELLO, J. C. P. de. Antioxidant and
antifungal activities of extracts and
condensed tannins from Stryphnodendron
obovatum Benth. Revista Brasileira de
Ciências Farmacêuticas, v. 41, n. 1, mar.
2005.
Disponível
em:
<http://docs.google.com/gview?a=v&q=ca
che:Bgza
3AgC2gQJ:www.scielo.br/pdf/rbcf/v41n1/
v41n1a11.pdf+Antioxidant+and+antifunga
l+activities+of+extracts+and+condensed+t
annins+from+Stryphnodendron+obovatum
+Benth&hl=ptBR&gl=br&sig=AFQjCNH242hQkCiEr3u
8FxIc0dOri_tltw> Acesso em: 05 ago.
2009.
PEREIRA, R. S; SUMITA, T. C;
FURLAN, M. R; JORGE, A. O. C; UENO,
M. Atividade antibacteriana de óleos
essenciais em cepas isoladas de infecção
urinária. Revista de Saúde Pública, v. 38,
n. 2, p. 326-328, 2004. Disponível em:
<http://www.scielo.br/pdf
/rsp/v38n2/19796.pdf> Acesso em: 13 ago.
2009.
PIRES, M. F. de C. O materialismo
histórico-dialético e a Educação. Interface
ROBBERS, J. E; SPEEDIE, M. K;
TYLER, V. E. Farmacognosia e
Biotecnologia. [s.l.]: Premier, 1997.
SANTOS, M. D. dos; BLATT, C. T. T.
Teor de flavonóides e fenóis totais em
folhas de Pyrostegia venusta Miers. de
mata e de cerrado. Revista brasileira de
Botânica, São Paulo, v. 21, n. 2, ago.
Revista Faculdade Montes Belos (FMB), v. 7, n° 1, 2014, p (34-68), 2014 ISSN 18088597
1998.
Disponível
em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sc
i_arttext&pid=S010084041998000200004&lng=en&nrm=iso>
Acesso em: 05 set. 2009.
SCHENKEL, A. P; GOSMANN, M;
PETROVICK, D.D. Produtos de origem
vegetal e o desenvolvimento de
medicamentos. In: SIMÕES, C. M. O. et
al. Farmacognosia da planta ao
medicamento.
Porto
Alegre;
Florianópolis: UFRGS/UFSC, 2007, p.
371.
SILVA, M. R; LACERDA, D. B. C. L;
SANTOS, G. G; MARTINS, D. M. de O.
Caracterização química dos frutos nativos
do cerrado. Ciência Rural, Santa Maria,
v. 38, n. 6, set. 2008. Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sc
i_arttext&pid=S0103
84782008000600051&lng=en&nrm=iso>
Acesso em: 24 mar. 2009
SILVA, C. S. P. da; PROENÇA, C. E. B.
Uso e disponibilidade de recursos
medicinais no município de Ouro Verde de
Goiás, GO, Brasil. Acta Botânica
Brasileira, São Paulo, v. 22, n. 2, jun.
2008.
Disponível
em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sc
i_arttext&pid=S0102-33062
008000200016&lng=pt&nrm=iso> Acesso
em: 10 abr. 2009.
SIMÕES, C. M. O. et al. (Org.).
Farmacognosia
da
planta
ao
medicamento. 5. ed. Porto Alegre;
Florianópolis: UFRGS/UFSC, 2007, p.
1102.
SOLDÁ, R; PIMENTA, J; PEREIRA, C.
B. Cardiotônicos digitálicos. Disponível
em:
<http://bases.bireme.br/cgibin/wxislind.exe/iah/online/?IsisScript=iah
/iah.xis&src=google&b
ase=LILACS&lang=p&nextAction=lnk&e
xprSearch=295482&indexSearch=ID>
Acesso em: 21 out. 2009.
SOUZA, C. D. de; FELFILI, J. M. Uso de
plantas medicinais na região de Alto
Paraíso de Goiás, GO, Brasil. Acta
Botânica Brasileira., São Paulo, v. 20, n.
1, mar. 2006.
Disponível
em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sc
i_arttext&pid=S010233062006000100013&lng=p t&nrm=iso>
Acesso em: 09 mar. 2009.
SOUZA, L. K. H. e; OLIVEIRA, C. M. A.
de; FERRI, P. H; SANTOS, S. C;
OLIVIERA JÚNIOR,
J.
G.
de;
MIRANDA, A. T. B; LIÃO, L. M;
SILVA, M. do R. R. Antifungal Properties
of Brazilian Cerrado Plants. Brazilian
Journal of Microbiology, São Paulo, v.
33, n. 3, 2002, p. 247 – 249. Diponível
em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sc
i_
arttext&pid=S151783822002000300012> Acesso em: 16 set.
2009.
VEIGA JUNIOR, V, F; PINTO, A. C;
MACIEL, M. A. M. Plantas medicinais:
cura segura?.
Química
Nova, São
Paulo, v. 28, n. 3, jun. 2005. Disponível
em:
<http://www.scielo.br/
scielo.php?script=sci_arttext&pid=S010040422005000300026&lng=e n&nrm=iso>
Acesso em: 25 jun. 2009.
VERA, R. et al. Características químicas
de amêndoas de barueiros (Dipteryx alata
vog.) de ocorrência natural no cerrado do
estado de Goiás, Brasil. Revista Brasileira
de Fruticultura., Jaboticabal, v. 31, n.
1, mar. 2009.
Disponível
em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sc
i_
arttext&pid=S010029452009000100017&lng=pt&nrm=iso>
Acesso em: 11 agosto 2009.
VIDAL, W. N; VIDAL, M. R. R. Botânica
organografia: quadros sinóticos ilustrados
de fanerógamos. 4. ed. Viçosa: UFV, 2000.
Revista Faculdade Montes Belos (FMB), v. 7, n° 1, 2014, p (34-68), 2014 ISSN 18088597
VILA VERDE, G. M; FERREIRA, H. D;
REZENDE, M. H; PAULA, J. R. Estudo
farmacognóstico das folhas do anis-docerrado, Croton aff. zehntneri Pax & H.
Hoffm coletado em Serranópolis – Go.
Rev. Elet. de Farm., v. 2, n. 2, 2005.
Disponível
em:
<http
://www.revistas.ufg.br/index.php/REF/artic
le/view/2023/1990> Acesso em: 20 jun.
2009.
VILA VERDE, G. M. PAULA, J. R;
CANEIRO,
D.
M.
Levantamento
etnobotânico das plantas medicinais do
cerrado utilizadas pela população de
Mossâmedes (GO). Revista Brasileira de
Farmacognosia, v. 13, 2003. Disponível
em:
<http://www.sbfgnosia.org.br/admin/pages
/
revista/artigo/arquivos/4042003_64_66.pdf> Acesso em: 12 ago.
2009.