CADERNO 2 CAP. 2 – AS REGÊNCIAS CADERNO 2 CAP. 2 – AS REGÊNCIAS EXERCÍCIO DE SALA Competência PARA ESTE EXERCÍCIO – 3 Habilidade H15 – Avaliar criticamente conflitos culturais, sociais, políticos, econômicos ou ambientais ao longo da história. 1. (Enem 2010) Após a abdicação de D. Pedro I, o Brasil atravessou um período marcado por inúmeras crises: as diversas forças políticas lutavam pelo poder e as reivindicações populares eram por melhores condições de vida e pelo direito de participação na vida política do país. Os conflitos representavam também o protesto contra a centralização do governo. Nesse período, ocorreu também a expansão da cultura cafeeira e o surgimento do poderoso grupo dos "barões do café", para o qual era fundamental a manutenção da escravidão e do tráfico negreiro. O contexto do Período Regencial foi marcado a) por revoltas populares que reclamavam a volta da monarquia. b) por várias crises e pela submissão das forças políticas ao poder central. c) pela luta entre os principais grupos políticos que reivindicavam melhores condições de vida. d) pelo governo dos chamados regentes, que promoveram a ascensão social dos "barões do café". e) pela convulsão política e por novas realidades econômicas que exigiam o reforço de velhas realidades sociais. 2. (Espcex (Aman) 2014) “O mais duradouro movimento rebelde do Império foi a Revolução Farroupilha, ocorrida no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, entre 1835-1845. [...] Em 1836, após importantes vitórias sobre as tropas legalistas, os farroupilhas proclamaram a República Rio Grandense”. (BOULOS JR, 2011) Em 1842, Luís Alves de Lima e Silva, então Barão de Caxias, é enviado pelo Império para comandar as forças legalistas. A atuação de Caxias pacificou a região já no ano de 1845. Abaixo são listadas algumas medidas que poderiam ser utilizadas para solução do conflito: I. Repressão violenta com prisão e fuzilamento de todos os líderes do movimento farroupilha. II. Aumento de taxas de importação do charque platino para tornar o similar rio-grandense-dosul mais competitivo no mercado nacional. III. Cerco impiedoso sobre as maiores cidades rebeladas, provocando a morte de milhares de civis, minando a moral do inimigo e levando os insurretos à rendição. IV. Incorporação ao Exército Brasileiro de comandantes farroupilhas com os mesmos postos que ocupavam nas tropas rebeldes. V. Reconhecimento, pelo governo imperial, da liberdade dos escravos que lutaram na revolução como soldados. Na ocasião, Caxias propôs a) todas as medidas acima listadas. b) apenas as medidas I, II e III. c) apenas as medidas I, III e IV. d) apenas as medidas II, III e V. e) apenas as medidas II, IV e V. 3. (Uece 2014) No Brasil, o período que seguiu logo após a abdicação de D. Pedro I foi marcado por um conjunto de crises. Observe o que é dito sobre o que ocorria nesse momento. I. As diversas forças políticas lutavam pelo poder, e as reivindicações populares eram por melhores condições de vida. Página 1 de 10 CADERNO 2 CAP. 2 – AS REGÊNCIAS II. Os conflitos ocorridos representavam o protesto do povo contra a centralização do governo, e eram marcados pela reivindicação por maior participação popular na vida política do País. III. As convulsões populares do período exigiam o reforço das antigas realidades sociais, bem como a submissão das forças políticas ao poder central. Está correto o que se afirma somente em a) II e III. b) I. c) I e II. d) III. 4. (Uece 2014) O período historicamente conhecido como Período Regencial foi caracterizado a) por rebeliões populares cujas ações exigiam o retorno da antiga realidade social com a volta de Pedro I ao poder. b) pela promoção política e pela ascensão social dos setores menos favorecidos proporcionadas pelos regentes. c) por um conjunto de rebeliões populares que clamavam pelo estabelecimento da republica e pelo final da escravidão. d) pela convulsão política que desencadeou varias rebeliões que questionavam as estruturas estabelecidas. 5. (Espm 2014) Num momento da história do império conhecido como "avanço liberal", durante as regências, foram adotadas algumas medidas que concediam maior poder à representação local. (Sonia Guarita do Amaral. O Brasil como império) Aponte entre as alternativas aquela que apresente duas reformas liberais: a) Ato Adicional – Reforma do Código de Processo Criminal. b) Lei de Terras – Lei Saraiva Cotegipe. c) Lei Rio Branco – Código de Processo Criminal. d) Tarifa Alves Branco – Lei Interpretativa do Ato Adicional. e) Código de Processo Criminal – Ato Adicional. TAREFÃO 6. (Ufsj 2013) “[...] Nada mais liberal que um conservador na oposição; nada mais conservador que um liberal no governo.” SILVA, Francisco de Assis, BASTOS, Pedro Ivo de Assis. História do Brasil. São Paulo: Editora Moderna, 1976 p. 107. Analise as afirmativas a seguir, sobre a expressão acima. I. Muito propagada no Período Regencial, mostra que, embora com denominações diferentes, “conservadores” e “liberais” possuíam basicamente os mesmos interesses. II. Muito propagada no Período Regencial, mostra que “conservadores” e “liberais” possuíam posições políticas, sociais e econômicas muito distintas. III. Muito propagada no Período Regencial, mostra que “conservadores” e “liberais” possuíam as mesmas origens sociais e não se opunham, por exemplo, à escravidão. IV. Muito propagada no Período Regencial, mostra que “conservadores” e “liberais” possuíam concepções políticas muito diferentes e defendiam a participação popular no poder. De acordo com essa análise, são CORRETAS apenas as alternativas a) I e III b) II e IV c) I e IV d) II e III Página 2 de 10 CADERNO 2 CAP. 2 – AS REGÊNCIAS 7. (Fgv 2013) A independência oficial do Brasil, prevalecendo sobre a libertação sonhada pelos patriotas – para usar uma palavra em voga na época – frustrou grande parte da população. A independência oficial sedimentou uma estrutura econômica e política herdada da Colônia, pouco alterando a situação das massas e, por adotar um centralismo autoritário, pressionava também o sistema político nas províncias. A oportunidade perdida de democratizar a prática política, de um lado, e a insistência em manter inalterado o instituto da escravidão, de outro, praticamente fizeram aflorar todo o anacronismo do Estado brasileiro, provocando várias reações. Entre elas a Sabinada (...) (Júlio José Chiavenato, As lutas do povo brasileiro) É correto caracterizar essa rebelião como a) um movimento apoiado pelas camadas médias e baixas de Salvador, que tomou o poder da cidade e separou a província da Bahia do resto do Império do Brasil provisoriamente até a maioridade de D. Pedro de Alcântara. b) a mais radical revolução social ocorrida no Brasil do século XIX, já que o governo sabino foi efetivamente revolucionário, tendo como uma das primeiras ações a extinção do trabalho cativo em terras baianas. c) um episódio marcado pelo ingênuo republicanismo dos rebeldes baianos, derivado das reformas políticas ocorridas nos Estados Unidos do presidente Monroe e que defendia o poder advindo das classes populares. d) uma rebelião elitista, apoiada nos setores da elite baiana – brancos, proprietários e letrados –, que defendia o separatismo como forma de preservar os interesses econômicos da mais rica província nordestina. e) uma revolução liberal radical, inspirada no parlamentarismo inglês, que exigia a imediata convocação de uma Assembleia Nacional Constituinte e a proclamação de uma república federalista. 8. (Unesp 2013) A Revolução Farroupilha foi um dos movimentos armados contrários ao poder central no Período Regencial brasileiro (1831-1840). O movimento dos Farrapos teve algumas particularidades, quando comparado aos demais. Em nome do povo do Rio Grande, depus o governador Braga e entreguei o governo ao seu substituto legal Marciano Ribeiro. E em nome do Rio Grande do Sul eu lhe digo que nesta província extrema [...] não toleramos imposições humilhantes, nem insultos de qualquer espécie. [...] O Rio Grande é a sentinela do Brasil, que olha vigilante para o Rio da Prata. Merece, pois, maior consideração e respeito. Não pode e nem deve ser oprimido pelo despotismo. Exigimos que o governo imperial nos dê um governador de nossa confiança, que olhe pelos nossos interesses, pelo nosso progresso, pela nossa dignidade, ou nos separaremos do centro e com a espada na mão saberemos morrer com honra, ou viver com liberdade. (Bento Gonçalves [carta ao Regente Feijó, setembro de 1835] apud Sandra Jatahy Pesavento. A Revolução Farroupilha, 1986.) Entre os motivos da Revolução Farroupilha, podemos citar a) o desejo rio-grandense de maior autonomia política e econômica da província frente ao poder imperial, sediado no Rio de Janeiro. b) a incorporação, ao território brasileiro, da Província Cisplatina, que passou a concorrer com os gaúchos pelo controle do mercado interno do charque. c) a dificuldade de controle e vigilância da fronteira sul do império, que representava constante ameaça de invasão espanhola e platina. d) a proteção do charque rio-grandense pela Corte, evitando a concorrência do charque estrangeiro e garantindo os baixos preços dos produtos locais. e) a destruição das lavouras gaúchas pelas guerras de independência na região do Prata e a decorrente redução da produção agrícola no Sul do Brasil. Página 3 de 10 CADERNO 2 CAP. 2 – AS REGÊNCIAS 9. (Ufsj 2013) “Entretanto, a revolta não uniu toda a população gaúcha. Ela foi preparada por estancieiros da fronteira e algumas figuras da classe média das cidades, obtendo apoio principalmente nesses setores sociais. Eles pretendiam acabar com a taxação de gado na fronteira com o Uruguai ou reduzi-la, estabelecendo a livre circulação dos rebanhos que possuíam nos dois países [...]. Nas fileiras dos revoltosos, destacaram-se pelo menos duas dezenas de revolucionários italianos refugiados no Brasil, sendo o mais célebre deles Giuseppe Garibaldi”. FAUSTO, Boris. História do Brasil. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2003, p. 169. O texto refere-se a um dos períodos mais agitados da história política do país, pois estavam em jogo a unidade nacional, a centralização e a descentralização do poder, a autonomia das províncias e a organização das forças armadas. A passagem descreve a revolta da a) Sabinada. b) Cabanagem. c) Balaiada. d) Farroupilha. 10. (Cefet MG 2013) “[...] nasci e me criei no tempo da regência; e que neste tempo o Brasil vivia, por assim dizer, muito mais na praça pública do que mesmo no lar doméstico; ou, em outros termos, vivia em uma atmosfera tão essencialmente política que o menino [...] em casa muito depressa aprendia a falar liberdade e pátria [...], começava logo a ler e aprender a constituição política do império. Daqui resultava que não só o cidadão extremamente se interessava por tudo quanto dizia respeito à vida pública; mas que não se apresentava um motivo, por mais insignificante que fosse de regozijo nacional ou político, que imediatamente todos não se comovessem [...] e se tratasse de por na rua uma bonita alvorada. [...] eu vou dizer o que é que então se tinha por costume de chamar de alvorada. Quando se tratava [...] de regozijo geral por qualquer ato político ou público, apenas a noite começava a escurecer, toda a vila tratava logo de iluminar-se [...].” REZENDE, Francisco de Paula Ferreira de. Minhas Recordações. Belo Horizonte: Imprensa Oficial, 1987 (1887). p. 67-68. (Adaptado) O texto acima se refere a um período da história brasileira no qual se a) confirmou o princípio político do republicanismo. b) constatou a influência política de ideários socialistas. c) atribuiu a conquista de direitos humanos à luta política. d) presenciou a emergência de diferentes projetos políticos. e) reproduziu a forma norte-americana de manifestação política. 11. (Uel 2013) No contexto histórico das transformações ocorridas no século XIX, que envolveram questões da identidade nacional e da política, no Brasil, após a abdicação de D. Pedro I, ocorreu uma grave crise institucional. As tentativas de superação por meio das Regências provocaram uma série de revoltas como a Sabinada (BA), a Balaiada (MA) e a Cabanagem (PA). A superação da crise, que coincidiu com o fim do período regencial, deveu-se à a) antecipação da maioridade do príncipe herdeiro. b) consolidação da Regência Una e Permanente. c) formação e consolidação do Partido Republicano. d) fundação das agremiações abolicionistas. e) volta imediata de D. Pedro I às terras brasileiras. 12. (Udesc 2012) Observe as imagens e o excerto: “Tudo assenta pois, neste país, no escravo negro; na roça, ele rega com seu suor as plantações do agricultor; na cidade, o comerciante fá-lo carregar pesados fardos; se pertence ao capitalista é como operário ou na qualidade de moço de recados que aumenta a renda senhor”. Página 4 de 10 CADERNO 2 CAP. 2 – AS REGÊNCIAS DEBRET, Jean Baptiste. Viagem Pitoresca e Histórica ao Brasil. São Paulo: Livraria Martins Editora, 1979, p. 85. Sobre o contexto histórico e as relações sociais e de poder que lhes são inerentes, representados nas reproduções de imagem e no excerto de Jean Baptiste Debret (1768-1848), analise as proposições abaixo: I. As imagens reproduzem o cotidiano do ambiente de trabalho e da rua, vivenciado pelas negras livres na primeira metade do século XIX, nas cidades. II. O excerto e as imagens indicam a significativa participação dos negros na economia do Brasil dos oitocentos, seja na condição de escravos ou na de libertos. III. Nas imagens, a observação sensível do vestuário e dos calçados supõe que também entre a população negra havia relações sociais hierárquicas. Assinale a alternativa correta. a) Somente as afirmativas I e III são verdadeiras. b) Somente a afirmativa II é verdadeira. c) Somente a afirmativa III é verdadeira. d) Somente as afirmativas I e II são verdadeiras. e) Todas as afirmativas são verdadeiras. 13. (Ufrgs 2012) A respeito da Revolta dos Malês, ocorrida na cidade de Salvador em 1835, é correto afirmar que ela foi um movimento liderado por a) escravos oriundos da África Oriental, inspirados na independência do Haiti. b) escravos e libertos de origem africana, que professavam a religião muçulmana. c) escravos nascidos no Brasil e grupos excluídos do processo político-partidário. d) escravos e índios aldeados no Recôncavo, que protestavam contra a exploração. e) populares que se inspiraram na Revolta dos Alfaiates. 14. (Ufmg 2013) Leia o trecho: O sete de abril de 1831, mais do que o sete de setembro de 1822, representou a verdadeira independência nacional, o início do governo do país por si mesmo, a Coroa agora representada Página 5 de 10 CADERNO 2 CAP. 2 – AS REGÊNCIAS apenas pela figura quase simbólica de uma criança de cinco anos. O governo do país por si mesmo [...] revelou-se difícil e conturbado. Rebeliões e revoltas pipocaram por todo o país, algumas lideradas por grupos de elite, outras pela população tanto urbana como rural, outras ainda por escravos. CARVALHO, J. Murilo et al. Documentação política, 1808-1840. Brasiliana da Biblioteca Nacional. Rio de Janeiro: Fundação Biblioteca Nacional/Nova Fronteira, 2011, s/p. a) EXPLIQUE o sentido da frase considerando o seu contexto histórico: “a Coroa agora representada apenas pela figura quase simbólica de uma criança de cinco anos”. b) APRESENTE dois fatores que contribuíram para as conturbações políticas e sociais que levaram às rebeliões e às revoltas do período. 15. (Ufu 2012) A fatalidade das revoluções é que sem os exaltados não é possível fazê-las e com eles é impossível governar. Cada revolução subentende uma luta posterior e aliança de um dos aliados, quase sempre os exaltados, com os vencidos. A irritação dos exaltados [trouxe] a agitação federalista extrema, o perigo separatista, que durante a Regência [ameaçou] o país de norte a sul, a anarquização das províncias. [...] durante este prazo, que é o da madureza de uma geração, se o governo do país tivesse funcionado de modo satisfatório – bastava não produzir abalos insuportáveis –, a desnecessidade do elemento dinástico teria ficado amplamente demonstrada. NABUCO, Joaquim. Um Estadista do Império: Nabuco de Araújo, sua vida, suas opiniões, sua época. 2ed. São Paulo: Editora Nacional, Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1936, p.21. Na obra Um Estadista do Império, escrita entre os anos de 1893 e 1894, Joaquim Nabuco faz uma análise da história do Brasil Imperial. O trecho acima remete ao período regencial (18311840) do país. Com base no texto e em seus conhecimentos, faça o que se pede. a) Explique como Joaquim Nabuco interpretou o período regencial no Brasil. b) O período da Regência é citado por diversos autores, incluindo Nabuco, como o de uma experiência republicana federalista. Aponte duas razões pelas quais a Regência no Brasil ganhou essa interpretação. Página 6 de 10 CADERNO 2 CAP. 2 – AS REGÊNCIAS Gabarito: Resposta da questão 1: [E] O período regencial é normalmente entendido como “de crise”, perceptível pelas grandes rebeliões que ocorreram nas diversas regiões do Brasil, levadas a cabos pelas camadas excluídas do poder, agravadas pela exclusão econômica e social em alguns casos. Apesar de sabermos que o tráfico não permanecerá por muito tempo, ele ainda existiu por quase 20 anos após a abdicação de D. Pedro I. A Lei de 1831 do ministro Feijó não foi cumprida, dada à tendência da elite tradicional em manter o braço escravo na lavoura (situação que se modificou em grande parte fruto das pressões inglesas). Resposta da questão 2: [E] O fim da Revolução Farroupilha foi baseado, todo ele praticamente, em diálogos entre os líderes revolucionários e o Barão de Caxias, representante do governo. Através das negociações, os revolucionários concordaram em se render a partir da taxação do charque internacional, da incorporação de seus líderes ao Exército imperial e da liberação dos escravos envolvidos nos conflitos. Resposta da questão 3: [C] A alternativa [C] é a única correta. O texto faz menção ao Período Regencial que ocorreu entre 1831 até 1840, um hiato entre o I Reinado (1822-1831) e o II Reinado (1840-1889). Trata-se de um momento muito difícil para o Brasil, pois D. Pedro I abdicou ao trono e a elite agrária brasileira começou a ocupar o poder formando o Estado Nacional brasileiro, no entanto havia conflito pelo poder entre as elites. O povo tentou participar da vida pública e foi duramente reprimido pela truculência das elites. As forças populares não reivindicavam o reforço das antigas realidades sociais e, muito menos, a centralização do poder. Vale ressaltar que neste cenário estava em vigor à constituição de 1824 que estabeleceu o voto censitário e, assim, não permitia a cidadania aos mais humildes. Resposta da questão 4: [D] O período regencial foi marcado pela agitação política causada, principalmente, pela oposição entre os partidos Liberal Moderado e Liberal Exaltado. Essa agitação, somada a outros fatores, contribuiu para a eclosão de uma série de revoltas país afora, como a Balaiada, a Sabinada e a Farroupilha. Resposta da questão 5: [E] Código do Processo Criminal concedeu grande autonomia aos poderes locais, uma vez que descentralizava a justiça colocando-a nas mãos dos juízes de paz, eleitos pela aristocracia rural dominante. O Ato Adicional significou maior descentralização do poder e, para alguns, permitiu uma “experiência republicana” na medida em que definiu um governante eleito para um mandato de quatro anos e deu autonomia ás províncias com a criação das Assembleias Provinciais. Resposta da questão 6: [A] Somente a alternativa [A] está correta. A famosa frase “Nada mais liberal que um conservador na oposição, nada mais conservador que um liberal no governo” remete ao Período Regencial Página 7 de 10 CADERNO 2 CAP. 2 – AS REGÊNCIAS ocorrido no Brasil entre 1831-1840. Liberais e conservadores eram farinha do mesmo saco, não defendiam transformações estruturais na sociedade brasileira, defendiam basicamente os mesmos ideais. Os partidos Liberal e Conservador eram compostos basicamente pela elite agrária que defendia o “Status quo”. Vale dizer que a diferença básica entre os dois partidos era que o Liberal defendia o federalismo, isto é, mais autonomia para as províncias enquanto o Conservador defendia maior centralização do poder. Resposta da questão 7: [A] A Sabinada foi um movimento revolucionário promovido pelas camadas médias urbanas de Salvador contra a concentração de poder nas mãos da aristocracia rural da província. Defendendo a monarquia, o movimento separou a província do império, na espera da maioridade de Pedro de Alcântara. Resposta da questão 8: [A] A Revolução Farroupilha iniciou-se durante o período regencial e se estendeu até o Segundo Reinado, liderada pela elite gaúcha, formada principalmente por estancieiros criadores de gado e produtores de charque. É considerado um movimento republicano e separatista, apesar de que, no texto, ainda no primeiro momento da Revolução, os representantes dos rebeldes façam reivindicações, exigindo direitos e maior autonomia, e não a separação. Resposta da questão 9: [D] Questão de memorização. A única rebelião que ocorreu no Rio Grande do Sul e que foi liderada pelas elites, foi a Farroupilha, ou Guerra dos Farrapos. Movimento contra as taxas que encareciam a carne e que ganhou caráter separatista. Resposta da questão 10: [D] O período regencial brasileiro foi marcado por uma efervescência política sem igual. Liberais moderados, liberais exaltados, “chimangos”, “caramurus”, enfim, o período foi marcado por uma infinidade de projetos políticos. Resposta da questão 11: [A] [A] Correta. A crise regencial só foi resolvida após a Campanha da Maioridade, na qual o príncipe herdeiro, Pedro de Alcântara, teve a autorização para assumir o trono, mesmo não tendo a maioridade legal. [B] Incorreta. A posse de Pedro de Alcântara, ou Dom Pedro II, pôs fim às crises do período regencial e à ideia de regência. [C] Incorreta. A formação do partido Republicano ocorre em meados do século XIX e sua consolidação, no final do século, não havendo aspirações republicanas formais no início do Segundo Império. [D] Incorreta. A fundação das agremiações abolicionistas se deu em meados do século XIX, sobretudo após as limitações do tráfico negreiro pelos ingleses. [E] Incorreta. D. Pedro I permaneceu em Portugal, sendo declarado Rei sob o Título de Dom Pedro IV. Resposta da questão 12: [E] As imagens mostram diferentes situações que envolvem a presença de africanos no Brasil no início do século XIX. Em comparação com o excerto, apontam para diferenciações entre os Página 8 de 10 CADERNO 2 CAP. 2 – AS REGÊNCIAS africanos e seus descendentes libertos, de acordo com o vestuário que cada um utiliza. Também é perceptível a importância dos africanos na economia do país. Resposta da questão 13: [B] A Revolta dos Malês ocorreu em Salvador e foi um movimento que reuniu escravos e libertos insatisfeitos com a escravidão e com a imposição religiosa. Os líderes do movimento eram libertos muçulmanos e suas principais reclamações eram contra a escravidão, a imposição do catolicismo e o preconceito contra os negros. Resposta da questão 14: a) Com a renúncia de D. Pedro I e o início do período regencial, o Brasil experimentava pela primeira vez, o que para muitos historiadores representou uma “experiência republicana”, tendo em vista que não havia um imperador, e os regentes ocupavam o cargo temporariamente. O herdeiro legítimo do imperador abdicante era seu filho que, em 1831, tinha apenas 5 anos de idade e só assumiria o trono, segundo a Constituição de 1824, ao atingir a maioridade, quando completasse 18 anos. b) Pode-se citar o descontentamento com o poder central, representado pelos regentes, e o desejo de autonomia das províncias, a crise econômica que se estendia desde as Guerras Napoleônicas, a miséria geral das camadas populares e a falta de condições do Estado Brasileiro intervir militarmente em todo o território nacional para conter as revoltas nas províncias. Resposta da questão 15: a) O estudante deverá identificar no texto de Joaquim Nabuco uma crítica ao período regencial no Brasil, caracterizado como uma época de “agitação federalista extrema”, de “anarquização das províncias”, trazendo uma ameaça de fragmentação política do Brasil. Fato esse que, segundo os grupos mais conservadores, associavam ao Ato Adicional de 1834 que concedia autonomia para as províncias. b) O estudante deverá argumentar que o período regencial foi chamado de “uma experiência republicana federalista”, a partir da ocorrência da ausência de um rei soberano no comando da Nação, ficando o governo sob responsabilidade dos regentes, que teria enfraquecido o poder centralizado no país. A criação das Guardas Nacionais, que atuavam principalmente nos municípios, paróquias e curatos, servindo de instrumento político armado para as elites locais, também deve ser mencionada, assim como a criação do Ato Adicional de 1834, visto comumente como o grande marco das medidas descentralizadoras do período regencial. Além disso, o Ato, ao transformar a Regência Trina em Regência Una, instituiu a eleição do regente pelo corpo dos eleitores e não mais pela Assembleia Geral. Deve, também, mencionar a criação dos Códigos Criminal (1830) e de Processo Criminal (1832), que determinavam a escolha de júris populares escolhidos localmente, bem como deixavam aos poderes locais a escolha dos membros do judiciário. Página 9 de 10 CADERNO 2 CAP. 2 – AS REGÊNCIAS Competência de área 1 – Compreender os elementos culturais que constituem as identidades. H1 – Interpretar historicamente e/ou geograficamente fontes documentais acerca de aspectos da cultura. H2 – Analisar a produção da memória pelas sociedades humanas. H4 – Comparar pontos de vista expressos em diferentes fontes sobre determinado aspecto da cultura. Competência de área 2 – Compreender as transformações dos espaços geográficos como produto das relações socioeconômicas e culturais de poder. H6 – Interpretar diferentes representações gráficas e cartográficas dos espaços geográficos. Competência de área 3 – Compreender a produção e o papel histórico das instituições sociais, políticas e econômicas, associando-as aos diferentes grupos, conflitos e movimentos sociais. H11 – Identificar registros de práticas de grupos sociais no tempo e no espaço. H12 – Analisar o papel da justiça como instituição na organização das sociedades. H14 – Comparar diferentes pontos de vista, presentes em textos analíticos e interpretativos, sobre situação ou fatos de natureza histórico-geográfica acerca das instituições sociais, políticas e econômicas. H15 – Avaliar criticamente conflitos culturais, sociais, políticos, econômicos ou ambientais ao longo da história. Página 10 de 10