referência e contra-referência em genética no sus

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REFERÊNCIA E CONTRA-REFERÊNCIA EM GENÉTICA NO SUS USANDO AS FENDAS ORAIS COMO
MODELO
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Autores
Instituição
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1
Ana Karolina Maia de Andrade , Amanda Gabriela Rosendo de Barros , Gabriella da Silva Monteiro ,
1
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Genival Viana de Oliveira Júnior , Gisele de Melo Brito , Luna Lira Bergamini , Vera Lúcia Gil-da-Silva2
1
Lopes , Isabella Lopes Monlleó
1
2
UFAL - Universidade Federal de Alagoas (Av Lourival Melo Mota, S/N - Maceió - AL), UNICAMP Universidade Estadual de Campinas (Rua Tessália Vieira de Camargo, 126 - Cidade Universitária Campinas, SP)
Resumo
OBJETIVOS
Descrever uma proposta de referência e contra-referência em genética no SUS usando as fendas orais como
modelo.
MÉTODOS
1ª fase: articulação entre 05 maternidades, serviços de atenção primária e Serviço de Genética Clínica do Hospital
Universitário da UFAL (SGC-HUPAA/UFAL) mediada pela Secretaria de Estado da Saúde de Alagoas e Secretarias
Municipais de Saúde dos município-alvo: Maceió, Arapiraca (referência Agreste) e Santana do Ipanema (referência
Sertão). 2ª fase: capacitação de profissionais. 3ª fase: divulgação e implantação da estratégia de referência e contrareferência.
RESULTADOS
A estratégia foi desenhada posicionando o SGC-HUPAA/UFAL como porta de entrada para a atenção especializada.
A referência foi realizada por telefone ou email, especificamente criados para este fim, sendo admitidos pacientes
sem avaliação genética prévia, independente da idade e do tratamento. Neste desenho o SGC-HUPAA/UFAL se
compromete com inserção do paciente na Base Brasileira de Anomalias Craniofaciais, investigação diagnóstica,
mapeamento de necessidades de saúde, referência a outros serviços especializados e contra-referência. O município
se compromete com a garantia de transporte e viabilização dos procedimentos. A estratégia foi pactuada in loco
envolvendo profissionais e gestores com a seguinte distribuição: Maceió: 29, Santana do Ipanema: 18 e Arapiraca:
12 participantes. O curso de Atualização e formação de multiplicadores em cuidados de saúde e alimentação da
criança com fenda oral e respectivo manual foram usados para capacitar 43 profissionais indicados pelos municípios.
Entre outubro de 2014 e abril de 2015 foram atendidos 27 pacientes, sendo 17 referenciados por telefone/email e 10
oriundos de demanda espontânea. Nos 5 anos anteriores à implantação desta estratégia, a demanda espontânea
somou 58 pacientes, assim distribuídos: 7 em 2010, 4 em 2011, 10 em 2012, 16 em 2013 e 11 até setembro de 2014.
A idade na consulta inicial variou de 0 a 11 anos no grupo referenciado e de 0 a 37 anos no grupo de demanda
espontânea. As médias de idade na consulta inicial foram 1,70 (±3,3) e 4,03 (±9,0), respectivamente, sem diferenças
estatísticas entre os grupos (p<0,02).
CONCLUSÃO
A estratégia descrita promoveu aumento marcante no número de pacientes atendidos, revelando-se como uma
maneira eficiente para melhorar o acesso dos pacientes ao atendimento em genética no SUS. O aumento
significativo de casos não-sindrômicos no grupo referenciado sugere mudança de atitude dos profissionais que não
costumavam encaminhar esses pacientes para avaliação e aconselhamento genético.
Palavras-chaves: fendas orais, referência e contra-referência, genética, SUS
Agência de Fomento: FAPEAL (6003000707/2013)
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