GRIPE – PERGUNTAS E RESPOSTAS Este é um tema que ainda hoje merece muita atenção. Assim, com o objetivo de divulgar informações repassadas pelo Ministério da Saúde, organizamos este texto em forma de perguntas e respostas para conhecimento de todos. Gripe e Resfriado são a mesma coisa? Não. Muitos confundem as doenças que são mais prevalentes no período de inverno. O que é gripe ou Influenza Sazonal? A Influenza, também conhecida como Gripe, é uma infecção viral do sistema respiratório cujas principais complicações são as pneumonias, responsáveis por um grande número de internações hospitalares no país. Qual o microrganismo envolvido? É o vírus Influenza. Existem três tipos de vírus influenza: A, B e C. Os vírus influenza A e B são responsáveis por epidemias sazonais, sendo o vírus influenza A responsável pelas grandes pandemias. O que é H1N1? É um dos subtipos de vírus influenza A. Quais os sintomas? A Gripe, ou Influenza sazonal, inicia-se em geral com febre alta, seguida de dor muscular, dor de garganta, dor de cabeça, coriza e tosse seca. A febre é o sintoma mais importante e dura em torno de três dias. Os sintomas respiratórios, como tosse, tornam-se mais evidentes com a progressão da doença e mantêm-se em geral de três a cinco dias após o desaparecimento da febre. Alguns casos apresentam complicações graves, como pneumonia, necessitando de internação hospitalar. Devido aos sintomas em comum, pode ser confundida com outras viroses respiratórias causadoras de resfriado. Como se transmite? A Influenza pode ser transmitida de forma direta por meio das secreções das vias respiratórias de uma pessoa contaminada ao espirrar, ao tossir ou ao falar. Pode, também, ser transmitida por meio indireto pelas mãos, que após contato com superfícies recentemente contaminadas por secreções respiratórias de um indivíduo infectado, podem carrear o vírus diretamente para a boca, nariz e olhos. Não há diferença de transmissão entre os tipos de influenza sazonal. Por quanto tempo os vírus influenza podem permanecer em uma superfície? Sabemos que alguns vírus ou bactérias vivem entre duas a oito horas em superfícies. Lavar as mãos com frequência ajuda a reduzir as chances de se contaminar a partir dessas superfícies. Como tratar? O tratamento dos sintomas da influenza sem complicações deve ser realizado com medicação sintomática, hidratação, antitérmico, alimentação leve e repouso. Atualmente, o medicamento antiviral fosfato de oseltamivir é indicado para o tratamento. Os medicamentos devem ser prescritos pelos profissionais médicos, tanto aos pacientes que apresentem condições e fatores de risco a complicações por influenza (gripe), bem como aos casos em que a doença já se agravou. Em caso de complicações, o tratamento será específico. É fundamental procurar atendimento nas unidades de saúde, para que haja identificação precoce de risco de agravamento da doença. O que é resfriado? O resfriado também é uma doença respiratória frequentemente confundida com a gripe, mas é causado por vírus diferentes. Os vírus mais comuns associados ao resfriado são os rinovírus, os vírus parainfluenza e o vírus sincicial respiratório (RSV), que geralmente acometem as crianças. Os sintomas do resfriado, apesar de parecidos com os da gripe, são mais brandos e duram menos tempo, entre dois e quatro dias. Os sintomas incluem tosse, congestão nasal, coriza, dor no corpo e dor de garganta leve. A ocorrência de febre é menos comum e, quando presente, é em temperaturas baixas. Quem deve tomar vacina para gripe? A vacinação mostra-se como uma das medidas mais efetivas para a prevenção de influenza grave e de suas complicações. Importante ressaltar que no período do inverno, circulam vários outros vírus respiratórios que causam inclusive do resfriado nos quais a vacina não protege. Portanto, na estratégia de vacinação na rede pública de saúde, a vacinação é indicada para os indivíduos dos grupos de maior risco para desenvolver complicações definido pelo Ministério da Saúde, a saber: Indivíduos com 60 anos ou mais de idade; Crianças maiores de 6 meses e menores de 5 anos de idade; Gestantes e puérperas (até 2 semanas após o parto); Profissionais de saúde; Povos indígenas aldeados; Pessoas portadoras de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais; População privada de liberdade e funcionários do sistema prisional. Qual o critério para a escolha dos grupos que serão vacinados? Os grupos prioritários são escolhidos levando em conta as pessoas com mais chances de desenvolver complicações a partir da gripe. Os critérios são construídos a partir da investigação do perfil dos casos graves e dos casos de morte por gripe. Por que a campanha de vacinação é realizada anualmente e, geralmente, nos meses de abril e maio? A influenza ocorre durante todo o ano, mas é mais frequente no outono e no inverno, quando as temperaturas caem, principalmente no Sul e Sudeste do Brasil. A vacina é capaz de promover imunidade durante o período de maior circulação dos vírus influenza reduzindo o agravamento da doença. Por esse motivo, a vacinação é anual e busca proteger a população alvo da campanha contra as cepas que mais circularam no hemisfério sul, no ano anterior. Qual a diferença da gripe comum para a "gripe A"? O que popularmente ficou conhecida como "gripe A" é, na verdade, a gripe causada pelo subtipo de vírus influenza A (H1N1). Em 2009, o mundo enfrentou uma pandemia desta gripe, com grande repercussão na saúde das pessoas e sobrecarga da rede de serviços de saúde. Em 10 de agosto de 2010, a Organização Mundial de Saúde (OMS) decretou o fim da pandemia e início da fase pós-pandêmica, indicando que o vírus H1N1 se manteria em circulação, apresentando comportamento de vírus sazonal. A ocorrência de casos confirmados da doença é, portanto, esperada e o monitoramento destes casos confirma a indicação da OMS: a circulação do vírus da Influenza A H1N1 não se caracteriza como uma situação atípica no cenário deste inverno, sendo mais um agente, entre vários, que causam doenças respiratórias agudas. Como se prevenir da Gripe (Influenza)? As medidas de prevenção tem o maior impacto para evitar a transmissão da influenza e outras doenças respiratórias são: Lavar mãos com água e sabão frequentemente, principalmente antes de consumir algum alimento; No caso de não haver disponibilidade de água e sabão, usar álcool gel; Utilizar lenço descartável para higiene nasal e descartar o lenço no lixo após uso; Cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir (usar a dobra do cotovelo); Evitar tocar olhos, nariz e boca; Lavar as mãos após tossir e espirrar; Não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas; Manter os ambientes bem ventilados; Evitar aglomerações e ambientes fechados (manter os ambientes ventilados); Limpar e revisar os aparelhos de ar condicionado do tipo individual (gabinete). Recomenda-se que estes equipamentos sejam utilizados em conjunto com um sistema de ventilação/exaustão complementar ou com janelas parcialmente abetas, a fim de efetuar a renovação do ar. O primeiro e mais importante passo para evitar a gripe é a prevenção, além das medidas acima mencionadas, ressaltamos que uma dieta saudável ajuda o organismo a se defender das infecções que são tão comuns nesta época do ano. No entanto, se os sintomas aparecerem, procure atendimento médico. A importância de buscar o serviço de saúde está na indicação precoce do tratamento que proporciona tanto a redução da duração dos sintomas quanto na ocorrência de complicações da infecção pelos vírus da influenza. Portanto, faça também a sua parte! Bibliografia BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde.Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. Protocolo de Tratamento de Influenza: 2015 Maj. PM Méd. Alexandra Ramos dos Santos