Genética de Populações

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Genética de Populações
Profa Angelica B. W. Boldt
Genética de populações
Estrutura genética de uma população
Créditos dos slides: MSc. Jiulliano de Sousa Costa e Prof. Dr. Eric Santos Araújo MCAS
Genética de populações
Estrutura genética de uma população
Grupo de indivíduos de
uma mesma espécie
que podem entrecruzar.
Créditos dos slides: MSc. Jiulliano de Sousa Costa e Prof. Dr. Eric Santos Araújo MCAS
Genética de populações
Estrutura genética de uma população
• Alelos
• Genótipos
Grupo de indivíduos de
uma mesma espécie
que podem entrecruzar.
Padrão das variações genéticas nas populações
Mudanças na estrutura gênica através do tempo
Créditos dos slides: MSc. Jiulliano de Sousa Costa e Prof. Dr. Eric Santos Araújo MCAS
Estrutura genética
• Freqüências genotípicas
• Freqüências alélicas
BB = branca
BV = rosa
VV = vermelha
Créditos dos slides: MSc. Jiulliano de Sousa Costa e Prof. Dr. Eric Santos Araújo MCAS
Estrutura genética
• Freqüências genotípicas
• Freqüências alélicas
200 = branca
500 = rosa
Freqüências
genotípicas
200/1000 = 0.2 rr
500/1000 = 0.5 Rr
300 = vermelha
Total = 1000 flores
300/1000 = 0.3 RR
Estrutura genética
• Freqüências genotípicas
• Freqüências alélicas
200 rr = 400 r
500 Rr = 500 R
500 r
300 RR = 600 R
Total = 2000 alelos
Freqüências
alélicas
900/2000 = 0.45 r
1100/2000 = 0.55 R
Para uma população
com genótipos:
Calcular:
Freqüência genotípica:
100 GG
160 Gg
Freqüência fenotípica
140 gg
Freqüência alélica
Créditos dos slides: MSc. Jiulliano de Sousa Costa e Prof. Dr. Eric Santos Araújo MCAS
Para uma população
com genótipos:
Calcular:
Freqüência genotípica:
100 GG
160 Gg
260
100/400 = 0.25 GG
0.65
160/400 = 0.40 Gg
140/400 = 0.35 gg
Freqüência fenotípica
260/400 = 0.65 verde
140/400 = 0.35 amarelo
140 gg
Freqüência alélica
360/800 = 0.45 G
440/800 = 0.55 g
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A genética de populações estuda a origem da variação,
a transmissão das variantes dos genitores para a prole
na geração seguinte, e as mudanças temporais que
ocorrem em uma população devido a forças evolutivas
sistemáticas e aleatórias.
RESPONDA:
- Porque alelos da hemofilia são raros em todas as populações humanas
enquanto o alelo que causa anemia falciforme é tão comum em algumas
populações africanas?
- Que mudanças esperar na freqüência de anemia falciforme em uma
população que recebe migrantes africanos?
- Que mudanças ocorrem em populações de insetos sujeitas à inseticida
geração após geração?
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O que é
Genética de
populações?
Como a estrutura
genética muda?
Porquê a variação
genética é importante?
Freqüência genotípica
Freqüência alélica
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Variação genética no espaço e tempo
Freqüência dos alelos Mdh-1 em colônias de caramujos
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Variação genética no espaço e tempo
Mudanças na freqüência do alelo F no locus Lap em
populações de ratos da pradaria em 20 gerações
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Variação genética no espaço e tempo
Por que a variação genética é importante?
Potencial para mudanças na estrutura genética
• Adaptação às mudanças ambientais
• Conservação ambiental
• Divergências entre populações
• Biodiversidade
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Porquê a variação genética é importante?
variação
Aquecimento
global
Sobrevivência
EXTINÇÃO!!
não variação
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Porquê a variação genética é importante?
variação
não variação
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Porquê a variação genética é importante?
divergência
variação
não variação
NÃO DIVERGÊNCIA!!
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Como a estrutura genética muda?
Mudanças nas freqüências alélicas e/ou
freqüências genotípicas através do tempo
• mutação
• migração
• seleção natural
• deriva genética
• cruzamento preferencial
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Como a estrutura genética muda?
• mutação
• migração
• seleção natural
Mudanças no DNA
• Cria novos alelos
• Fonte final de toda
variação genética
• deriva genética
• cruzamento preferencial
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Como a estrutura genética muda?
• mutação
• migração
• seleção natural
• deriva genética
Movimento de indivíduos
entre populações
• Introduz novos alelos
“Fluxo gênico”
• Cruzamento preferencial
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Como a estrutura genética muda?
• mutação
• migração
Certos genótipos deixam
mais descendentes
• seleção natural
• deriva genética
• Diferenças na sobrevivência
ou reprodução
diferenças no “fitness”
• Leva à adaptação
• Cruzamento preferencial
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Seleção Natural
Resistência à sabão bactericida
1ª geração: 1,00 não resistente
0,00 resistente
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Seleção Natural
Resistência à sabão bactericida
1ª geração: 1,00 não resistente
0,00 resistente
Créditos dos slides: MSc. Jiulliano de Sousa Costa e Prof. Dr. Eric Santos Araújo MCAS
Seleção Natural
Resistência à sabão bactericida
1ª geração: 1,00 não resistente
0,00 resistente
2ª geração: 0,96 não resistente
0,04 resistente
mutação!
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Seleção Natural
Resistência à sabão bactericida
1ª geração: 1,00 não resistente
0,00 resistente
2ª geração: 0,96 não resistente
0,04 resistente
3ª geração: 0,76 não resistente
0,24 resistente
Créditos dos slides: MSc. Jiulliano de Sousa Costa e Prof. Dr. Eric Santos Araújo MCAS
Seleção Natural
Resistência à sabão bactericida
1ª geração: 1,00 não resistente
0,00 resistente
2ª geração: 0,96 não resistente
0,04 resistente
3ª geração: 0,76 não resistente
0,24 resistente
4ª geração: 0,12 não resistente
0,88 resistente
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Seleção Natural pode causar
divergência em populações
divergência
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Seleção sobre os alelos
da anemia falciforme
aa – ß hemoglobina anormal
Anemia falciforme
Baixo
fitness
AA – ß hemoglobina normal
Vulnerável à malária
Médio
fitness
Aa – Ambas ß hemoglobinas
resistente à malária
Alto
fitness
A seleção favorece os heterozigotos (Aa)
Ambos alelos são mantidos na população (a em baixa freqüência)
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Como a estrutura genética muda?
• mutação
• migração
• seleção natural
• deriva genética
Mudança genética
simplesmente ao acaso
• Erros de amostragem
• Sub-representação
• Populações pequenas
• Cruzamento preferencial
Créditos dos slides: MSc. Jiulliano de Sousa Costa e Prof. Dr. Eric Santos Araújo MCAS
Deriva Genética
Antes:
8 RR
8 rr
0.50 R
0.50 r
Depois:
2 RR
6 rr
0.25 R
0.75 r
Créditos dos slides: MSc. Jiulliano de Sousa Costa e Prof. Dr. Eric Santos Araújo MCAS
Como a estrutura genética muda?
• mutação
• migração
• seleção natural
Causa mudanças nas
freqüências alélicas
• deriva genética
• Cruzamento preferencial
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Como a estrutura genética muda?
• mutação
• migração
• seleção natural
• deriva genética
• Cruzamento
Cruzamento combina os
alelos dentro do genótipo
Cruzamento não
aleatório
Combinações alélicas
preferencial não aleatórias
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Variação fenotípica
Contínua
Descontínua
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Equilíbrio de Hardy e Weinberg
• As freqüências alélicas não se alterarão e as
proporções genotípicas atingirão um equilíbrio
estável se:
– a população é infinitamente grande
– existe o mesmo número de homens e mulheres
– todos os casais são igualmente férteis e geram o mesmo
número de filhos
– não há cruzamento preferencial („panmixia“)
– não há sobreposição de gerações
– não há fluxo gênico (migração)
– os genes não sofrem mutação (recorrente)
– nenhum genótipo está sob pressão seletiva
Equilíbrio de Hardy-Weinberg
Fórmula H&W: p2 + 2pq + q2 = 1
(binômio de Newton)
Verificando o equilíbrio de H&W
• Com base no fenótipo:
• A calvície é uma característica recessiva codificada por "b". Sua ausência é
determinada por "B". Em um certo levantamento, 360 de 1000 homens
apresentaram calvície, 640 não.
• 1) Quais são as freqüências fenotípicas?
Calvície (bb): 360/1000 = 0.36
Sem (B_): 640/1000 = 0.64
• 2) Qual a freqüência dos alelos "B" e "b”?
b2 = 0.36
b = 0.6
B = 1-b = 1 - 0.6 = 0.4
• 3) Quais são as freqüências genotípicas esperadas seg. H&W?
B2 = freq. BB = (0.4)2 = 0.16
2Bb = freq. Bb = 2 x 0.4 x 0.6 = 0.48
b2 = freq. bb = (0.6)2 = 0.36
• 4) Esta população está em equilíbrio de H&W?
Sim!
Verificando o equilíbrio de H&W
• Com base no genótipo/ fenótipo codominante:
• A distribuição fenotípica para o grupo sangüíneo MN em uma ilha com 1000
indivíduos foi a seguinte:
MM MN NN
200 200 600
• 1) Quais são as freqüências fenotípicas/genotípicas nessa população?
MM = 200/1000 = 0.20
MN = 200/1000 = 0.20
NN = 600/1000 = 0.60
•
M = 200 + 200 + 200 = 600 = 0.30
2 x 1000
2000
2) Quais são as freqüências alélicas?
N = 200 + 600 + 600 = 1400 = 0.70
2 x 1000
2000
• 3) Quais são as freqüências genotípicas esperadas nessa população?
MM = (0.3)2 = 0.09
MN = 2 x 0.3 x 0.7 = 0.42
NN = (0.7)2 = 0.49
4) Esta população está em equilíbrio de H&W?
Não!
Teste do χ2 - teste de hipóteses
Ho: A população em questão encontra-se em equilíbrio de Hardy-Weinberg para
o gene do grupo sanguíneo MN.
Genótipos observado
esperado
Desvio
(d = obs - esp)
d2
d2
esp
MM
200
-2,87
8,2369
0,046
MN
200
3,74
13,9876
0,132
NN
600
-0,87
0,7569
0,048
Total
1000
0
χ2 = 0,226
Sempre utilizar valores absolutos e não porcentagens!
Se não, o tamanho amostral é arbitrariamente aumentado ou diminuído para
100 indivíduos.
Teste do χ2 - teste de hipóteses
Ho: A população em questão encontra-se em equilíbrio de Hardy-Weinberg para
o gene do grupo sanguíneo MN.
Genótipos observado
esperado
Desvio
(d = obs - esp)
d2
d2
esp
MM
200
90
-2,87
8,2369
0,046
MN
200
420
3,74
13,9876
0,132
NN
600
490
-0,87
0,7569
0,048
Total
1000
1000
0
χ2 = 0,226
Sempre utilizar valores absolutos e não porcentagens!
Se não, o tamanho amostral é arbitrariamente aumentado ou diminuído para
100 indivíduos.
Teste do χ2 - teste de hipóteses
Ho: A população em questão encontra-se em equilíbrio de Hardy-Weinberg para
o gene do grupo sanguíneo MN.
Genótipos observado
esperado
Desvio
(d = obs - esp)
d2
d2
esp
MM
200
90
-2,87
110
8,2369
0,046
MN
200
420
3,74
-220
13,9876
0,132
NN
600
490
-0,87
110
0,7569
0,048
Total
1000
1000
0
χ2 = 0,226
Sempre utilizar valores absolutos e não porcentagens!
Se não, o tamanho amostral é arbitrariamente aumentado ou diminuído para
100 indivíduos.
Teste do χ2 - teste de hipóteses
Ho: A população em questão encontra-se em equilíbrio de Hardy-Weinberg para
o gene do grupo sanguíneo MN.
Genótipos observado
esperado
Desvio
(d = obs - esp)
d2
d2
esp
MM
200
90
-2,87
110
8,2369
12100
0,046
MN
200
420
3,74
-220
13,9876
48400
0,132
NN
600
490
-0,87
110
0,7569
12100
0,048
Total
1000
1000
0
χ2 = 0,226
Sempre utilizar valores absolutos e não porcentagens!
Se não, o tamanho amostral é arbitrariamente aumentado ou diminuído para
100 indivíduos.
Teste do χ2 - teste de hipóteses
Ho: A população em questão encontra-se em equilíbrio de Hardy-Weinberg para
o gene do grupo sanguíneo MN.
Genótipos observado
esperado
Desvio
(d = obs - esp)
d2
d2
esp
MM
200
90
-2,87
110
8,2369
12100
0,046
134,44
MN
200
420
3,74
-220
13,9876
48400
0,132
115,24
NN
600
490
-0,87
110
0,7569
12100
0,048
24,69
Total
1000
1000
0
χ2 = 0,226
274,4
GL= número de classes observadas – número de informações
necessárias para calcular as esperadas = 3-2 =1
Teste do χ2
Ho: rejeitada
PROBABILIDADE
GL
0,95
0,90
0,75
0,50
0,25
0,10
0,05
0,01
1
0,004
0,016
0,102
0,455
1,32
2,71
3,84
6,64
2
0,103
0,211
0,575
1,386
2,77
4,61
5,99
9,21
3
0,352
0,584
1,021
2,366
4,11
6,25
7,81
11,34
4
0,711
1,064
1,92
3,357
5,39
7,78
9,49
13,38
5
1,145
1,610
2,67
4,351
6,63
9,24
11,07
15,08
Χ2calc = 274,4
Χ20,05 = 3,84
Χ2calc > Χ20,05
Rejeita-se H0
Exercícios
Praticar: questões 1-3
Variantes da fórmula:
polialelismo autossômico
– p2 + r2 + q2 + 2pq + 2qr + 2pr = 1
– Ex.: em cavalos, os alelos do gene A (A > a > at) controlam a
distribuição de pêlos pretos em animais com o alelo B.
Animais A- têm os pêlos pretos restritos à cauda, crina e
membros, são os baios. Animais a- são inteiramente pretos e
os atat são pretos com uma descoloração amarelada no
focinho e nos flancos, são os marrom-focas. Em uma
população de 196 cavalos, observou-se que
– 34 eram baios;
– 144, pretos; e
– 18, marrom-focas.
– Quais as freqüências dos alelos A (p), a (q) e at (r) nessa
população?
Variantes da fórmula:
polialelismo autossômico
Alelo da pelagem marrom-foca
•Freq. atat = r2 = 18/196 = 0,092.
•Freq. at = r = 0,30
Alelo da pelagem preta
•Freq. a_ = q2 + 2qr = 144/196 = 0,735
•Ora, se q2 + 2qr + r2 = 0,735 + 0,092 = 0,827 = (q + r)2
•Freq. a = sendo q + r = 0,909;
•q = 0,909 – 0,30 = 0,609
Alelo da pelagem baio
•Freq. A = sendo p + q + r = 1;
•p = 1 – 0,61 – 0,30 = 0,09
Equilíbrio de Hardy- Weinberg para
genes ligados ao sexo (XY)
• ♀ = XAXA ; XAXa ; XaXa
• ♀ = p2 ; 2pq ; q2
• ♂ = XAY ; Xa Y
• ♂= p ; q
Equilíbrio de Hardy- Weinberg para
genes ligados ao sexo (XY)
• p = 2 x♀ AA + ♀ Aa + ♂ A
2x♀+♂
• q = 2 x♀ aa + ♀ Aa + ♂ a
2x♀+♂
Exercício...
• Uma característica é determinada por dois alelos co-dominantes A e a
ligados ao cromossomo X. Em uma amostra populacional, supostamente
em Equilíbrio de Hardy-Weinberg foram analisados 190 indivíduos. Calcule
as frequências alélicas...
• ♀ = XAXA = 36 ; XAXa = 48; XaXa = 16
• ♂ = XAY = 54 ; Xa Y = 36
x♀ AA
Aa =+ 0,6
♂A
pp==22x36
+ 48+ +♀54
2 x +♀90
+♂
2 x 100
x♀ aa
+♀
Aa +=♂0,4
a
qq==22x16
+ 48
+ 36
2 x+♀90
+♂
2 x 100
Note que...
p = 2 x36 + 48 + 54 = 0,6
2 x 100 + 90
q = 2 x16 + 48 + 36 = 0,4
2 x 100 + 90
♂ = XAY = 54 ; Xa Y = 36
p = 54 = 0,6
90
q = 36 = 0,4
90
Equilíbrio de Hardy- Weinberg para
genes ligados ao sexo (XY)
• Para uma população em equilíbrio de HardyWeinberg, as frequências dos alelos p e q são iguais
às frequências destes alelos nos machos!
Genes ligados ao cromossomo X
• Em espécies heterogaméticas em equilíbrio de H&W,
machos apresentarão as freqüências genotípicas
iguais às alélicas, já que só têm um cromossomo X
• Ex.: em uma população de 1000 cães da raça Cocker
Spaniel, 500 eram do sexo masculino e, desses, 20
eram hemofílicos. Quais as frequências do alelo para
hemofilia e do alelo normal nessa população?
XhY: p = 20/500 = 0.04
sendo p + q = 1, q = 1 – 0.04 = 0.96
Exercício...
• Em uma população a frequência de homens daltônicos é de
12%. Sabendo que esta característica é determinado por um
gene ligado ao cromossomo X e recessiva, calcule as
frequências alélicas e genotípicas para homens e mulheres
considerando que esta população está em Equilíbrio de
Hardy-Weinberg.
♀ = XDXD = 0,7744 ; XDXd = 0,2112; XdXd = 0,0144
♂ = XDY = 0,88 ; Xd Y = 0,12
Exercício...
• Em uma população, a frequência de homens daltônicos é de
12%. Sabendo que esta característica é recessiva e
determinada por um gene ligado ao cromossomo X e que esta
população está em Equilíbrio de Hardy-Weinberg (mesmo
número de homens e mulheres), quantos devem ser
daltônicos no total de 20.000 indivíduos?
♀ = XdXd = 0,0144
♂ = Xd Y = 0,12
Daltônicos: (0,0144 + 0,12) x 20.000 = 2688,
Sendo 1200 homens (0,12 x 10.000) e 144
mulheres (0,0144 x 10.000).
Fatores que alteram as frequências
genotípicas,
sem alterar as frequências alélicas!
• Cruzamentos preferenciais
– fuga da panmixia
– A endogamia aumenta a taxa de homozigose
(inclusive de genes letais).
– A exogamia favorece a heterozigose.
Sewall Wright (1889-1998)
Biólogo norte-americano, propôs
uma alteração na fórmula de
equilíbrio de Hardy-Weinberg,
considerando os efeitos da
endogamia.
EQUILÍBRIO DE WRIGHT
 Efeitos da endogamia
Gerações de autofecundação
 Autofecundação: diminui a heterozigose em 50% a cada geração
AAbbCCdd
aaBBccDD
Autofecundação
Geração P
Aa
100%
Aa
Geração F1
AA
aa
50%
Aa
aa
aa
25%
Aa
Aa
Geração F2
AA AA
Aa
Geração F3
AA AA
AA
Aa
aa
aa
aa
12,5%
Aa
AA AA
AA
AA Aa aa
aa
aa
aa
6,25%
Aa
Geração F4
Coeficiente de Endogamia de uma População
• Fração de decréscimo na frequência de heterozigotos
que resulta em um aumento das frequências dos
homozigotos.
Genótipos
AA
Aa
aa
Freq. Genotípicas (F  0)
p2
2pq
q2
+
pqF
2pqF
+
pqF
Em resumo
Genótipo
Frequência
H-W, F=0
Frequência com
F0
AA
p2
p2 + pqF
Aa
2pq
2pq - 2pqF = 2pq(1-F)
aa
q2
q2 + pqF
f(A) = (p2 + pqF )+ 1/2(2pq - 2pqF) = p
Exercício...
• O tipo sanguíneo MN é determinado por dois alelos co-dominantes LM e
LN. A frequência de LM em esquimós de uma pequena ilha do Ártico é de
0,80. Sabendo que o coeficiente de endogamia para essa população é de
0,05 (F=0,05), quais as frequências esperadas dos tipos sanguíneos M, MN
e N na ilha?
Exercício...
• O tipo sanguíneo MN é determinado por dois alelos co-dominantes LM e
LN. A frequência de LM em esquimós de uma pequena ilha do Ártico é de
0,80. Se o coeficiente de endogamia para essa população for de 0,05
(F=0,05), quais as frequências esperadas dos tipos sanguíneos M, MN e N
na ilha?
MM = p2 + pqF
MM = (0,8)2 + 0,8x0,2x0,05
MM = 0,64 + 0,008
MM = 0,648
Exercício...
• O tipo sanguíneo MN é determinado por dois alelos co-dominantes LM e
LN. A frequência de LM em esquimós de uma pequena ilha do Ártico é de
0,80. Se o coeficiente de endogamia para essa população for de 0,05
(F=0,05), quais as frequências esperadas dos tipos sanguíneos M, MN e N
na ilha?
MM = 0,648
MN = 0,304
NN = 0,048
Exercício...
• O tipo sanguíneo MN é determinado por dois alelos co-dominantes LM e
LN. A frequência de LM em esquimós de uma pequena ilha do Ártico é de
0,80. Se o coeficiente de endogamia para essa população for de 0,05
(F=0,05), quais as frequências esperadas dos tipos sanguíneos M, MN e N
na ilha?
MM = 0,648
MN = 0,304
NN = 0,048
• Compare estas frequências com as esperadas considerando
Equilíbrio de Hardy – Weinberg.
Exercício...
• O tipo sanguíneo MN é determinado por dois alelos co-dominantes LM e
LN. A frequência de LM em esquimós de uma pequena ilha do Ártico é de
0,80. Se o coeficiente de endogamia para essa população for de 0,05
(F=0,05), quais as frequências esperadas dos tipos sanguíneos M, MN e N
na ilha?
MM = 0,648
MN = 0,304
NN = 0,048
• Compare estas frequências com as esperadas considerando
Equilíbrio de Hardy – Weinberg.
MM = 0,64
MN = 0,32
NN = 0,04
Exercício
• O alelo A é dominante sobre a e codifica para
tonalidade aguti de pelagem, enquanto aa é
branco. Em uma certa população, encontrouse 24 indivíduos brancos e 110 aguti, dos
quais 68 têm genótipo AA. A distribuição
alélica deste gene, nesta população, está em
equilíbrio de Hardy e Weinberg? Teste.
Teste do χ2 - teste de hipóteses
Ho: A população em questão encontra-se em equilíbrio de Hardy-Weinberg para
o gene A.
Genótipos observado
esperado
Desvio
(d = obs - esp)
d2
d2
esp
AA
68
-2,87
8,2369
0,046
Aa
42
3,74
13,9876
0,132
aa
24
-0,87
0,7569
0,048
Total
134
0
χ2 = 0,226
Sempre utilizar valores absolutos e não porcentagens!
Se não, o tamanho amostral é arbitrariamente aumentado ou diminuído para
100 indivíduos.
Teste do χ2 - teste de hipóteses
Ho: A população em questão encontra-se em equilíbrio de Hardy-Weinberg para
o gene A.
Genótipos observado
esperado
Desvio
(d = obs - esp)
d2
esp
AA
68
59,1
-2,87
8,9
8,2369
0,046
Aa
42
59,8
-17,8
3,74
13,9876
0,132
aa
24
15,1
8,9
-0,87
0,7569
0,048
Total
134
134
0
χ2 = 0,226
Teste do χ2 - teste de hipóteses
Ho: A população em questão encontra-se em equilíbrio de Hardy-Weinberg para
o gene A.
Genótipos observado
esperado
Desvio
(d = obs - esp)
d2
esp
AA
68
59,1
-2,87
8,9
8,2369 1,34
0,046
Aa
42
59,8
-17,8
3,74
13,9876 5,298
0,132
aa
24
15,1
8,9
-0,87
0,7569 5,2457
0,048
Total
134
134
0
G.L.: 3 – 2 = 1
REJEITA H0
χ2 = 0,226
11,88
Calcular o Coeficiente de Endocruzamento (F)
Genótipos observado
esperado
Desvio
(d = obs - esp)
d2
esp
AA
68
59,1
-2,87
8,9
8,2369 1,34
0,046
Aa
42
59,8
-17,8
3,74
13,9876 5,298
0,132
aa
24
15,1
8,9
-0,87
0,7569 5,2457
0,048
Total
134
134
0
χ2 = 0,226
11,88
Calcular o Coeficiente de Endocruzamento (F)
• AA = 68/134 = 0,5075
• Aa = 42/134 = 0,3134
• aa = 24/134 = 0,1791
– A (p) = 2x68 + 42 = 0,664
2x134
– a (q) = 1 – 0,664 = 0,336
• Endogamia: AA = p2 + pqF
0,5075 = (0,664)2 + 0,664x0,336xF
F = 0,2985 ..... F ≈ 0,3
Verificar se as outras frequências genotípicas apresentam valor
observado aproximado, considerando F = 0,3...
Risco Relativo (RR)
• O quanto aumenta o risco de ocorrência de uma
doença (autossômica recessiva) para filhos de casais
consanguíneos.
• Será maior quanto mais raro o gene.
• RR = (q2 + Fpq)
q2
q2 = probabilidade de homozigose por alozigose
Fpq = probabilidade de homozigose por autozigose
Risco Relativo (RR)
F= 1/16 = 0,0625 – Filhos de primos em primeiro grau
RR = (q2 + Fpq)
q2
q = 0,01
q = 0,00001
Risco Relativo (RR)
F= 1/16 = 0,0625 – Filhos de primos em primeiro grau
RR = (q2 + Fpq)
q2
q = 0,01
RR = (0,012 + 0,0625x0,99x0,01)/ 0,012
RR = 7,187
q = 0,0001
RR = (0,00012 + 0,0625x0,9999x0,0001)/ 0,00012
RR = 625,9375
Populações
• As populações podem diferir
em suas frequências
alélicas!
• Porém a diversidade dentro
de cada população é muito
maior do que a diferença
entre elas!
F na população humana
• Diferenças genéticas entre os indivíduos explicam
até 95 - 97% da variação genética total, sendo
somente 5-3% atribuíveis a diferenças entre os
agrupamentos correspondentes a continentes.
• 17% das variantes com frequências entre 0,5-5%
foram observadas em um único grupo ancestral, e
53% das variantes raras com 0,5% de freq foram
observadas em uma única população pelo 1000
Genomes Project.
Referências Bibliográficas
• Hartl, D. L. et al. Princípios de Genética de
Populações. 4ª ed. Porto Alegre: Artmed,
2010.
• Ridley, M. Evolução. 3ª ed. Porto Alegre:
Artmed, 2006.
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