1. DAS ESTRELAS AO ÁTOMO 1.1 A arquitectura do Universo 1.1.4. Organização do Universo 1.1.5. Reacções nucleares e a sua aplicação DAS ESTRELAS AO ÁTOMO 1.1.4. Organização do Universo • PARTE 1 – COMO ESTÁ ORGANIZADO O UNIVERSO? 1 - Prevejam uma resposta para a questão colocada. 2 - Visualizem um excerto de um documentário intitulado “Dentro do Universo com Stephen Hawking”, narrado pelo próprio Hawking e que está relacionado com a organização do universo. 3 - Comparem a vossa resposta à questão 1 com o que observaram no documentário. 4 - Discutam em turma as respostas às questões anteriores. DAS ESTRELAS AO ÁTOMO 1.1.4. Organização do Universo • Sistemas planetários – formado por uma ou mais estrelas e pelos corpos celestes ligados a ela pela gravidade. DAS ESTRELAS AO ÁTOMO 1.1.4. Organização do Universo • Aglomerados de estrelas – conjunto esférico de estrelas que orbitam nas galáxias como um satélite. DAS ESTRELAS AO ÁTOMO 1.1.4. Organização do Universo • Galáxias – sistema gravitacional composto por estrelas, remanescentes estelares, poeiras gasosas, matéria negra e outros corpos celestes. DAS ESTRELAS AO ÁTOMO 1.1.4. Organização do Universo • Buracos negros – corpo celeste de enorme densidade, cuja tracção gravitacional não permite que nada escape. É o resultado da contracção gravitacional que acompanha a morte de uma estrela com mais de 25 vezes o tamanho do Sol. DAS ESTRELAS AO ÁTOMO 1.1.4. Organização do Universo • Nebulosas – nuvens de poeira cósmica (ou interestelar), hidrogénio, hélio e outros gases ionizados. É aqui onde se costumam formar novas estrelas; DAS ESTRELAS AO ÁTOMO 1.1.5. Reacções nucleares e sua aplicação • PARTE 2 – COMO SE FORMARAM OS ELEMENTOS QUÍMICOS? 1 - Prevejam uma resposta para a questão colocada. 2 - Visualizem outro excerto do mesmo documentário e expliquem como se formaram os elementos químicos que lá são referidos. 3 - Confrontem o que observaram no documentário com a vossa resposta à questão 5. 4 - Discutam em turma as respostas às questões anteriores. DAS ESTRELAS AO ÁTOMO 1.1.5. Reacções nucleares e sua aplicação • De acordo com a teoria do Big Bang, o Universo surgiu de um estado de grande compressão e de temperaturas e densidade muito elevadas; • Quando ocorreu, o Universo entrou em expansão. À medida que a expansão prosseguiu, a temperatura foi diminuindo; • A energia pura arrefeceu e criou matéria, na forma de partículas subatómicas – como electrões e quarks (10-5 segundos após o Big Bang e a 1013 K). • Com o contínuo arrefecimento, formaram-se protões e neutrões que se ligaram entre si para formar os primeiros núcleos de átomos (3 minutos após o Big Bang e a 108 K); DAS ESTRELAS AO ÁTOMO 1.1.5. Reacções nucleares e sua aplicação • A temperatura ainda era demasiado elevada, pelo que existiam electrões livres que tornavam a mistura gasosa demasiado opaca (plasma); • Cerca de 300,000 anos após o Big Bang, o arrefecimento já era suficiente (3000 K) para possibilitar a formação de átomos. • Deixaram de existir electrões livres, que se ligaram aos núcleos, formando os primeiros átomos – hidrogénio e deutério; • A radiação deixou de ser absorvida pelas partículas existentes, começando a propagar-se no Universo. DAS ESTRELAS AO ÁTOMO 1.1.5. Reacções nucleares e sua aplicação • Os átomos formados aglutinaram-se em nuvens de gás; • Por acção da gravidade, verificou-se a contracção de nuvens de gás, o que originou “grumos” de matéria; • À medida que a matéria se comprimia por acção da gravidade, a temperatura aumentava. Quando esta atingiu cerca de 10 a 15 milhões K, iniciaram-se as REACÇÕES NUCLEARES DE FUSÃO do hidrogénio - nasceram as primeiras estrelas; DAS ESTRELAS AO ÁTOMO 1.1.5. Reacções nucleares e sua aplicação • REACÇÕES NUCLEARES • Nas reacções químicas, os núcleos dos átomos não são alterados, os elementos químicos mantêm-se, havendo apenas uma alteração das unidades estruturais. São os electrões que participam nas reacções; • Nas reacções nucleares, os núcleos dos átomos são alterados, havendo transformação de uns elementos noutros diferentes. São os protões e neutrões participam nas reacções (os átomos encontram-se ionizados); • Nas reacções nucleares, a energia posta em jogo é muitos milhões de vezes superior (1011 J) à que é posta em jogo nas reacções químicas. DAS ESTRELAS AO ÁTOMO 1.1.5. Reacções nucleares e sua aplicação • REACÇÕES NUCLEARES • A escrita das equações correspondentes às reacções nucleares deve mostrar: • Conservação no número de nucleões – a soma dos números de massa deve ser igual nos dois membros da equação; • Conservação da carga total – a soma das cargas deve ser igual nos dois membros da equação; DAS ESTRELAS AO ÁTOMO 1.1.5. Reacções nucleares e sua aplicação • Reacções nucleares de fusão • Consistem na junção de dois núcleos pequenos com obtenção de um núcleo maior, de menor massa que o conjunto dos núcleos iniciais. Ocorre libertação de radiação gama (energia), positrões e neutrinos (resultantes da conversão de um protão em neutrão); DAS ESTRELAS AO ÁTOMO 1.1.5. Reacções nucleares e sua aplicação • As quantidades colossais de energia libertadas na reacção de fusão do hidrogénio propagam-se até à zona exterior – a estrela começa a brilhar; • A quantidade de energia libertada originam forças de pressão que tendem a expandir a matéria estelar, contrariamente à força da gravidade, que tende a comprimi-la. A estrela mantém-se neste equilíbrio durante a maior parte da vida (milhões de anos); • Quando todo o hidrogénio se transforma em hélio, as forças que contrariam a gravidade deixam de existir. O coração da estrela contrai-se. Esta contracção aquece o núcleo da estrela, cuja temperatura aumenta de tal modo que é suficiente para permitir novas reacções nucleares – o hélio transforma-se em carbono e oxigénio; DAS ESTRELAS AO ÁTOMO 1.1.5. Reacções nucleares e sua aplicação • • • Para estrelas com cerca de 8 vezes mais massa que o Sol, quando todo o hélio se consome no núcleo da estrela, este contrai-se de novo e reaquece. A energia então libertada é suficiente para que o carbono e o oxigénio iniciam reacções de fusão nuclear – o carbono produz néon e magnésio, o oxigénio produz silício e enxofre. DAS ESTRELAS AO ÁTOMO 1.1.5. Reacções nucleares e sua aplicação • O núcleo da estrela volta a contrair-se quando se esgotam os elementos referidos. O silício e o enxofre produzem ferro. • Neste estado, a estrutura da estrela assemelha-se a uma cebola – um núcleo de ferro, rodeado por sucessivas camadas de silício e enxofre, depois de néon e magnésio, em seguida de carbono e oxigénio, depois hélio e a mais externa, de hidrogénio. • Como a reacção de fusão do ferro não liberta energia e com o sucessivo término das reacções nucleares, a temperatura da estrela diminui . O núcleo da estrela é comprimido pela gravidade, pois as forças de pressão que expandiam a matéria estelar diminuem. DAS ESTRELAS AO ÁTOMO 1.1.5. Reacções nucleares e sua aplicação • O núcleo da estrela colapsa, libertando gigantescas quantidades de energia que atingem as camadas exteriores, aquecendo-as e empurrando-as pelo espaço numa explosão – supernova. • O material estelar é lançado no Universo, espalhando nele elementos que irão integrar as novas estrelas e os planetas. • No espaço, devido às elevadas temperaturas, produzem-se outros elementos mais pesados, do ferro ao urânio. • O que resta da estrela pode tornar-se num pulsar (cadáver estelar muito denso constituído por neutrões) ou num buraco negro, consoante a sua massa é 25 vezes superior ao Sol ou não. DAS ESTRELAS AO ÁTOMO 1.1.5. Reacções nucleares e sua aplicação DAS ESTRELAS AO ÁTOMO 1.1.5. Reacções nucleares e sua aplicação DAS ESTRELAS AO ÁTOMO 1.1.5. Reacções nucleares e sua aplicação • Reacções nucleares de fissão • Reacções em que se bombardeiam núcleos de átomos grandes e instáveis com neutrões, dando origem a dois núcleos mais pequenos e mais estáveis, com uma apreciável diminuição de massa e libertação de uma grande quantidade de energia; DAS ESTRELAS AO ÁTOMO 1.1.5. Reacções nucleares e sua aplicação • As reacções nucleares de fissão são usadas em • Arqueologia – datação radioactiva; • Centrais nucleares – aproveitamento da energia libertada na reacção para produzir energia eléctrica; • Medicina – detector de imagens, tomografias e radiofármacos, terapia do cancro; • Aplicações espaciais – calibração de detectores, perigos da radiação;