Biologia - Ponto dos Concursos

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Biologia – CBM-DF
Aula 00 - Aula Demonstrativa
Prof. Cândida
Aula 00
Biologia
Ecologia; Relações tróficas entre os seres vivos
Professora: Cândida Ivi
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Aula
Conteúdo Programático
Data
- Ecologia
00
00/00
- Relações tróficas entre os seres vivos
- Biomas
- Ciclos biogeoquímicos
01
09/03
- Conservação e preservação da natureza, ação
antrópica, poluição, biocidas, ecossistemas e espécies
ameaçadas de extinção (principalmente no Brasil)
- Saúde, higiene e saneamento básico
- Princípios básicos de saúde
02
Doenças
adquiridas
transmissíveis:
(transmissão
e
profilaxia)
—
AIDS,
poliomielite, raiva e sarampo
viroses,
dengue,
16/03
- infecções bacterianas (transmissão e profilaxia) —
tuberculose, sífilis, meningite meningocócica, cólera,
tétano e leptospirose
- protozoonoses (transmissão e profilaxia) — amebíase,
malária e doença de Chagas
03
23/03
- verminoses (ciclo de vida e profilaxia) — ascaridíase,
teníase, cisticercose, esquistossomose e ancilostomose
Defesas do organismo:
04
- imunidade passiva
30/03
- imunidade ativa
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Conteúdo
Histórico ................................................................................................................................................ 5
Áreas de estudo ................................................................................................................................. 6
Glossário ecológico ........................................................................................................................... 8
Ecologia Humana ............................................................................................................................... 9
Biosfera ............................................................................................................................................... 10
Componentes básicos de um ecossistema.................................................................................... 11
Relações tróficas entre os seres vivos .................................................................................... 15
Relações harmônicas intra-específicas ................................................................................... 15
Relações harmônicas interespecíficas ..................................................................................... 17
Relações desarmônicas interespecíficas ................................................................................. 21
Populações ......................................................................................................................................... 26
Exercícios............................................................................................................................................ 27
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Queridos concursandos, sejam todos bem vindos ao nosso curso de Biologia
para o concurso do CBM-DF.
Meu nome é Cândida Ivi, sou servidora pública a 11 anos, já fui servidora
do Ministério do Meio Ambiente e atualmente sou servidora da Secretaria de
Educação do DF. Cursei Biologia na Universidade de Brasília e tenho Mestrado em
Educação pela Framingham State University.
Como vocês sabem, o edital deve sair em breve, mas por isso mesmo
devemos começar a estudar já. Este curso será baseado no edital do último
concurso do CBM-DF. Abordaremos tanto a teoria como exercícios, pois acredito
que desta forma a fixação do conteúdo é mais eficaz. Buscarei mostrar como ele
já foi cobrado em provas anteriores através de muitas questões de concursos.
Logo abaixo estão enumerados os tópicos que serão abordados em cada aula.
00
Ecologia; Relações tróficas entre os seres vivos.
01
Biomas; Ciclos biogeoquímicos; Conservação e preservação da natureza,
ação antrópica, poluição, biocidas, ecossistemas e espécies ameaçadas de
extinção (principalmente no Brasil).
02
Saúde, higiene e saneamento básico; Princípios básicos de saúde; doenças
adquiridas transmissíveis: viroses, (transmissão e profilaxia) — AIDS, dengue,
poliomielite, raiva e sarampo; infecções bacterianas (transmissão e profilaxia) —
tuberculose, sífilis, meningite meningocócica, cólera, tétano e leptospirose.
03
Protozoonoses (transmissão e profilaxia) — amebíase, malária e doença de
Chagas; verminoses (ciclo de vida e profilaxia) — ascaridíase, teníase,
cisticercose, esquistossomose e ancilostomose.
04
Defesas do organismo: imunidade passiva; imunidade ativa.
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00 – aula demonstrativa - Ecologia; Relações tróficas entre os seres vivos
Histórico
A ecologia não tem um início muito bem delineado. Encontra seus primeiros
antecedentes na história natural dos gregos, particularmente em um discípulo de
Aristóteles, Teofrasto, que foi o primeiro a descrever as relações dos organismos
entre si e com o meio. As bases posteriores para a ecologia moderna foram
lançadas nos primeiros trabalhos dos fisiologistas sobre plantas e animais. O
aumento do interesse pela dinâmica das populações recebeu impulso especial no
início do século XIX e depois que Thomas Malthus chamou atenção para o conflito
entre as populações em expansão e a capacidade da Terra de fornecer alimento.
Raymond Pearl (1920), A. J. Lotka (1925), e Vito Volterra (1926) desenvolveram
as bases matemáticas para o estudo das populações, o que levou a experiências
sobre a interação de predadores e presas, as relações competitivas entre espécies
e o controle populacional. O estudo da influência da Ecologia foi incentivado pelo
reconhecimento, em 1920, da territorialidade dos pássaros.
No início e em meados do século XX, dois grupos de botânicos, um na Europa e
outro nos Estados Unidos, estudaram comunidades vegetais de dois diferentes
pontos de vista. Os botânicos europeus se preocuparam em estudar a
composição, a estrutura e a distribuição das comunidades vegetais, enquanto os
americanos estudaram o desenvolvimento dessas comunidades, ou sua sucessão.
As ecologias animal e vegetal se desenvolveram separadamente até que os
biólogos americanos deram ênfase à inter-relação de comunidades vegetais e
animais como um todo biótico. Alguns ecologistas se detiveram na dinâmica das
comunidades e populações, enquanto outros se preocuparam com as reservas de
energia. Em 1920, o biólogo alemão August Thienemann introduziu o conceito de
níveis tróficos, ou de alimentação, pelos quais a energia dos alimentos é
transferida, por uma série de organismos, das plantas verdes (produtoras) aos
vários níveis de animais (consumidores). Em 1927, C. S. Elton, ecologista inglês
especializado em animais, avançou nessa abordagem com o conceito de nichos
ecológicos e pirâmides de números. Dois biólogos americanos, E. Birge e C.
Juday, na década de 1930, ao medir a reserva energética de lagos,
desenvolveram a idéia da produção primária, isto é, a proporção na qual a energia
é gerada, ou fixada, pela fotossíntese.
A ecologia moderna atingiu a maioridade em 1942 com o desenvolvimento, pelo
americano R. L. Lindeman, do conceito trófico-dinâmico de ecologia, que detalha
o fluxo da energia através do ecossistema. Esses estudos quantitativos foram
aprofundados pelos americanos Eugene e Howard Odum.
Até o fim do século XX, faltava à ecologia uma base conceitual. A ecologia
moderna, porém, passou a se concentrar no conceito de ecossistema, uma
unidade funcional composta de organismos integrados, e em todos os aspectos
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do meio ambiente em qualquer área específica. Envolve tanto os componentes
sem vida (abióticos) quanto os vivos (bióticos) através dos quais ocorrem o ciclo
dos nutrientes e os fluxos de energia. Para realizá-los, os ecossistemas precisam
conter algumas inter-relações estruturadas entre solo, água e nutrientes, de um
lado, e entre produtores, consumidores e decompositores, de outro.
Os ecossistemas funcionam graças à manutenção do fluxo de energia e do ciclo
de materiais, desdobrado numa série de processos e relações energéticas,
chamada cadeia alimentar, que agrupa os membros de uma comunidade natural.
Existem cadeias alimentares em todos os habitats, por menores que sejam esses
conjuntos específicos de condições físicas que cercam um grupo de espécies. As
cadeias alimentares costumam ser complexas, e várias cadeias se entrecruzam
de diversas maneiras, formando uma teia alimentar que reproduz o equilíbrio
natural entre plantas, herbívoros e carnívoros. Os ecossistemas tendem à
maturidade, ou estabilidade, e ao atingi-la passam de um estado menos
complexo para um mais complexo. Essa mudança direcional é chamada sucessão.
Sempre que um ecossistema é utilizado, e que a exploração se mantém, sua
maturidade é adiada. A principal unidade funcional de um ecossistema é sua
população. Ela ocupa um certo nicho funcional, relacionado a seu papel no fluxo
de energia e ciclo de nutrientes. Tanto o meio ambiente quanto a quantidade de
energia fixada em qualquer ecossistema são limitados. Quando uma população
atinge os limites impostos pelo ecossistema, seus números precisam estabilizarse e, caso isso não ocorra, devem declinar em conseqüência de doença, fome,
competição, baixa reprodução e outras reações comportamentais e psicológicas.
Mudanças e flutuações no meio ambiente representam uma pressão seletiva
sobre a população, que deve se ajustar. O ecossistema tem aspectos históricos:
o presente está relacionado com o passado, e o futuro com o presente. Assim, o
ecossistema é o conceito que unifica a ecologia vegetal e animal, a dinâmica, o
comportamento e a evolução das populações.
Áreas de estudo
A ecologia é uma ciência multidisciplinar, que envolve biologia vegetal e animal,
taxonomia, fisiologia, genética, comportamento, meteorologia, pedologia,
geologia, sociologia, antropologia, física, química, matemática e eletrônica.
Quase sempre se torna difícil delinear a fronteira entre a ecologia e qualquer
dessas ciências, pois todas têm influência sobre ela. A ecologia se desenvolveu
ao longo de duas vertentes: o estudo das plantas e o estudo dos animais. A
ecologia vegetal aborda as relações das plantas entre si e com seu meio
ambiente. A abordagem é altamente descritiva da composição vegetal e florística
de uma área e normalmente ignora a influência dos animais sobre as plantas. A
ecologia animal envolve o estudo da dinâmica, distribuição e comportamento das
populações, e das inter-relações de animais com seu meio ambiente. Como os
animais dependem das plantas para sua alimentação e abrigo, a ecologia animal
não pode ser totalmente compreendida sem um conhecimento considerável de
ecologia vegetal. Isso é verdade especialmente nas áreas aplicadas da ecologia,
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como manejo da vida selvagem. A ecologia vegetal e a animal podem ser vistas
como o estudo das inter-relações de um organismo individual com seu ambiente
(autoecologia), ou como o estudo de comunidades de organismos (sinecologia).
A auto-ecologia, ou estudo clássico da ecologia, é experimental e indutiva. Por
estar normalmente interessada no relacionamento de um organismo com uma ou
mais variáveis, é facilmente quantificável e útil nas pesquisas de campo e de
laboratório. Algumas de suas técnicas são tomadas de empréstimo da química,
da física e da fisiologia. A auto-ecologia contribuiu com pelo menos dois
importantes conceitos: a constância da interação entre um organismo e seu
ambiente, e a adaptabilidade genética de populações às condições ambientais do
local onde vivem. A sinecologia é filosófica e dedutiva. Largamente descritiva,
não é facilmente quantificável e contém uma terminologia muito vasta. Apenas
recentemente, com o advento da era eletrônica e atômica, a sinecologia
desenvolveu os instrumentos para estudar sistemas complexos e dar início a sua
fase experimental. Os conceitos importantes desenvolvidos pela sinecologia são
aqueles ligados ao ciclo de nutrientes, reservas energéticas, e desenvolvimento
dos ecossistemas. A sinecologia tem ligações estreitas com a pedologia, a
geologia, a meteorologia e a antropologia cultural. A sinecologia pode ser
subdividida de acordo com os tipos de ambiente, como terrestre ou aquático. A
ecologia terrestre, que contém subdivisões para o estudo de florestas e desertos,
por exemplo, abrange aspectos dos ecossistemas terrestres como microclimas,
química dos solos, fauna dos solos, ciclos hidrológicos, ecogenética e
produtividade.
Os ecossistemas terrestres são mais influenciados por organismos e sujeitos a
flutuações ambientais muito mais amplas do que os ecossistemas aquáticos.
Esses últimos são mais afetados pelas condições da água e possuem resistência
a variáveis ambientais como temperatura. Por ser o ambiente físico tão
importante no controle dos ecossistemas aquáticos, dá-se muita atenção às
características físicas do ecossistema como as correntes e a composição química
da água. Por convenção, a ecologia aquática, denominada limnologia, limita se à
ecologia de cursos d'água, que estuda a vida em águas correntes, e à ecologia
dos lagos, que se detém sobre a vida em águas relativamente estáveis. A vida
em mar aberto e estuários é objeto da ecologia marinha. Outras abordagens
ecológicas se concentram em áreas especializadas. O estudo da distribuição
geográfica das plantas e animais denomina-se geografia ecológica animal e
vegetal. Crescimento populacional, mortalidade, natalidade, competição e
relação predador-presa são abordados na ecologia populacional. O estudo da
genética e a ecologia das raças locais e espécies distintas é a ecologia genética.
As reações comportamentais dos animais a seu ambiente, e as interações sociais
que afetam a dinâmica das populações são estudadas pela ecologia
comportamental. As investigações de interações entre o meio ambiente físico e o
organismo se incluem na ecoclimatologia e na ecologia fisiológica.
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A parte da ecologia que analisa e estuda a estrutura e a função dos ecossistemas
pelo uso da matemática aplicada, modelos matemáticos e análise de sistemas é
a ecologia dos sistemas. A análise de dados e resultados, feita pela ecologia dos
sistemas, incentivou o rápido desenvolvimento da ecologia aplicada, que se ocupa
da aplicação de princípios ecológicos ao manejo dos recursos naturais, produção
agrícola, e problemas de poluição ambiental.
Glossário ecológico
ESPÉCIE - é o conjunto de indivíduos semelhantes (estruturalmente,
funcionalmente e bioquimicamente) que se reproduzem naturalmente,
originando descendentes férteis. Ex.: Homo sapiens
POPULAÇÃO - é o conjunto de indivíduos de mesma espécie que vivem numa
mesma área e num determinado período. Ex.: população de ratos em um bueiro,
em um determinado dia; população de bactérias causando amigdalite por 10 dias,
10 mil pessoas vivendo numa cidade em 1996, etc.
COMUNIDADE OU BIOCENOSE - é o conjunto de populações de diversas espécies
que habita uma mesma região num determinado período. Ex.: seres de uma
floresta, de um rio, de um lago de um brejo, dos campos, dos oceanos, etc.
ECOSSISTEMA OU SISTEMA ECOLÓGICO - é o conjunto formado pelo meio
ambiente físico ou seja, o BIÓTOPO (formado por fatores abióticos - sem vida como: solo, água, ar) mais a comunidade (formada por componentes bióticos seres vivos) que com o meio se relaciona.
HABITAT - é o lugar específico onde uma espécie pode ser encontrada, isto é, o
seu "ENDEREÇO" dentro do ecossistema. Exemplo: Uma planta pode ser o habitat
de um inseto, o leão pode ser encontrado nas savanas africanas, etc.
NICHO ECOLÓGICO - é o papel que o organismo desempenha no ecossistema,
isto é, a "PROFISSÃO" do organismo no ecossistema. O nicho informa às custas
de que se alimenta, a quem serve de alimento, como se reproduz, etc. Exemplo:
a fêmea do Anopheles (transmite malária) é um inseto hematófago (se alimenta
de sangue), o leão atua como predador devorando grandes herbívoros, como
zebras e antílopes.
ECÓTONO - é a região de transição entre duas comunidades ou entre dois
ecossistemas. Na área de transição (ecótono) vamos encontrar grande número
de espécies e, por conseguinte, grande número de nichos ecológicos.
BIOTÓPO - Área física na qual os biótipos adaptados a ela e as condições
ambientais se apresentam praticamente uniformes. BIOSFERA - Toda vida, seja
ela animal ou vegetal, ocorre numa faixa denominada biosfera, que inclui a
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superfície da Terra, os rios, os lagos, mares e oceanos e parte da atmosfera. E a
vida é só possível nessa faixa porque aí se encontram os gases necessários para
as espécies terrestre e aquáticas: oxigênio e nitrogênio.
Distinguimos em ecologia três grandes subdivisões: a auto-ecologia, a dinâmica
das populações e a sinecologia. Estas distinções são um pouco arbitrárias, mas
têm a vantagem de ser cômodas para uma exposição introdutória.
A auto-ecologia (Schroter, 1896) estuda as relações de uma única espécie com
seu meio. Define essencialmente os limites de tolerância e as preferências das
espécies em face dos diversos fatores ecológicos e examina a ação do meio sobre
a morfologia, a fisiologia e o comportamento. Desprezam-se as interações dessa
espécie com as outras, mas freqüentemente ganha-se na precisão das
informações.
Assim
definida,
a
auto-ecologia
tem
evidentemente
correlacionamentos com a fisiologia e a morfologia. Mas tem também seus
próprios problemas. Por exemplo, a determinação das preferências térmicas de
uma espécie permitirá explicar (ao menos em parte) sua localização nos diversos
meios, sua repartição geográfica, abundância e atividade.
A dinâmica das populações (ou Demòkologie dos autores alemães, Schwertfeger,
1963) descreve as variações da abundância das diversas espécies e procura as
causas dessas variações.
A sinecologia (Schroter, 1902) analisa as relações entre os indivíduos
pertencentes às diversas espécies de um grupo e seu meio. O termo biocenótica
(Gams, 1918) é praticamente um sinônimo.
Outras subdivisões da ecologia levam em consideração a natureza do meio e
correspondem aos três grandes conjuntos da biosfera: a ecologia marítima, a
ecologia terrestre e a ecologia límnica. A natureza dos organismos e os métodos
de estudo são geralmente muito diferentes nesses três meios, embora em muitos
casos os princípios gerais sejam os mesmos. É preciso abandonar a divisão antiga
entre ecologia animal e ecologia vegetal, que separava arbitrariamente
organismos que guardam entre si estreitas inter-relações. Se um pesquisador se
limita ao estudo dos vegetais ou ao dos animais é unicamente por motivo da
impossibilidade material que uma só pessoa tem de abordar os dois campos.
Ecologia Humana
Este ramo da ecologia estuda as relações existentes entre os indivíduos e entre
as diferentes comunidades da espécie humana, bem como as suas interações
com o ambiente em que vivem, a nível fisiográfico, ecológico e social. Descreve
a forma como o homem se adapta ao ambiente nos diferentes locais do planeta,
como obtém alimento, abrigo e água. Tende a encarar o ser humano do ponto de
vista biológico e ecológico, uma espécie animal adaptada para viver nos mais
diversos ambientes. A ecologia urbana estuda detalhes da vida humana nas
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cidades, do ponto de vista ambiental, sua relação com os recursos naturais, o ar,
a água, a fauna e flora, bem como as relações entre indivíduos. Problemas sociais
como o êxodo rural, o crescimento descontrolado das cidades, infraestrutura
urbana, bem como características das populações (taxa de crescimento,
densidade, índices de nascimento e mortalidade e idade média) são abordados
nesta especialidade. Doenças, epidemias, problemas de saúde pública e de
qualidade ambiental também pertencem ao campo da ecologia humana. A
ecologia humana tem o desafio, de auxiliar no reconhecimento das causas dos
desequilíbrios ambientais existentes na sociedade humana e propor soluções
alternativas ou minimizadoras. Este ramo da ecologia, associado à
conscientização e educação ambiental, pode transformar as grandes cidades em
locais mais habitáveis e saudáveis, onde o uso dos recursos naturais é racional e
otimizado. Para isso, a ecologia humana e urbana precisa estar integrada ao
desenvolvimento de ciência e tecnologia, bem como vinculada a programas
prioritários dos governos.
Biosfera
A biosfera refere-se a região do planeta ocupada pelos seres vivos. É possível
encontrar vida em todas as regiões do planeta, por mais quente ou frio que elas
sejam. O conceito de biosfera foi criado por analogia a outros conceitos
empregados para designar parte de nosso planeta. De modo qual, podemos dizer
que os limites da biosfera se estendem desde as altas montanhas até as
profundezas das fossas abissais marinhas. O aparecimento da espécie humana
na Terra dada uns 100 mil anos, e a grande expansão das populações humanas
aconteceu durante o último milênio. A presença tem interferido profundamente
no mundo natural. É necessário preservar as harmonias da biosfera, se nós não
nos concientizarmos que as espécies de seres vivos, inclusive a humana mantém
várias inter-relações e que a influência no mundo pode criar vários desequilíbrios.
Podemos dividir o mundo vivo em estratos para um melhor entendimento da
gradação da complexidade e por isto existem níveis de organização segundo os
quais podemos entender o mundo vivo. Partindo do mais simples aos mais
complexos teremos:
Ecossistemas - Conjunto formado por uma biocenose ou comunidade biótica e
fatores abióticos que interatuam, originando uma troca de matéria entre as
partes vivas e não vivas. Em termos funcionais, é a unidade básica da Ecologia,
incluindo comunidades bióticas e meio abiótico influenciando-se mutuamente, de
modo a atingir um equilíbrio. O termo "ecossistema" é, pois, mais geral do que
"biocenose", referindo a interação dos fatores que atuam sobre esta e de que ela
depende.
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Componentes básicos de um ecossistema
Os organismos vivos e o seu ambiente inerte (abiótico) estão inseparavelmente
ligados e interagem entre si. Qualquer unidade que inclua a totalidade dos
organismos (isto é, a "comunidade") de uma área determinada interagindo com
o ambiente físico por forma a que uma corrente de energia conduza a uma
estrutura trófica, a uma diversidade biótica e a ciclos de materiais (isto é, troca
de materiais entre as partes vivas e não vivas) claramente definidos dentro do
sistema é um sistema ecológico ou ecossistema. Do ponto de vista trófico (de
trophe = alimento), um ecossistema tem dois componentes (que como regra
costumam estar separados no espaço e no tempo), um componente autotrófico
(autotrófico = que se alimenta a si mesmo), no qual predomina a fixação da
energia da luz, a utilização de substâncias inorgânicas simples e a elaboração de
substâncias complexas, e um componente heterotrófico (heterotrófico = que é
alimentado por outro), no qual predominam o uso, a nova preparação e a
decomposição de materiais complexos.
Os ecossistemas são formados pela união de dois fatores:
•
Fatores abióticos - o conjunto de todos os fatores físicos que podem incidir
sobre as comunidades de uma certa região.
•
Fatores bióticos - conjunto de todos seres vivos e que interagem uma certa
região e que poderão ser chamados de biocenose, comunidade ou de biota
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Exemplo: chamava-se de micro flora, flora autóctone ou ainda fora normal
todo o conjunto de bactérias e seres, os corpos que viviam no interior do
corpo humano ou sobre a pele. Hoje o termo melhor usado em consonância
com os termos ecológicos seria microbiota normal.
É muito variável a dimensão de um ecossistema. Tanto é um ecossistema uma
floresta de coníferas, como um tronco de árvore apodrecido em que sobrevivem
diversas populações de seres minúsculos. Assim como é possível associar todos
os ecossistemas existentes num só, muito maior, que é a ecosfera, é igualmente
possível delimitar em cada um, outros menores, por vezes ocupando áreas tão
reduzidas que recebem o nome de microecossistemas.
Segundo a sua situação geográfica, os principais ecossistemas são classificados
em terrestres e aquáticos. Em qualquer dos casos, são quatro os seus
constituintes básicos:
•
substâncias abióticas - compostos básicos do meio ambiente;
•
produtores - seres autotróficos, na maior parte dos casos plantas verdes,
capazes de fabricar a sua própria substância a partir de substâncias
inorgânicas simples;
•
consumidores - organismos heterotróficos, quase sempre animais, que se
alimentam de outros seres ou de partículas de matéria orgânica;
•
decompositores - seres heterotróficos, na sua maioria bactérias e fungos
que, decompondo as complexas substâncias dos organismos mortos,
ingerem partes destes materiais libertando, em contrapartida, substâncias
simples que, lançadas no ambiente. Podem ser assimiladas pelos
produtores.
Há grande diversidade de ecossistemas: Ecossistemas naturais - bosques,
florestas, desertos, prados, rios, oceanos, etc. Ecossistemas artificiais construídos pelo Homem: açudes, aquários, plantações, etc. No entanto, na
passagem, por exemplo, de uma floresta para uma pradaria, as árvores não
desaparecem bruscamente; há quase sempre uma zona de transição, onde as
árvores vão sendo cada vez menos abundantes. Sendo assim, é possível, por
falta de limites bem definidos e fronteiras intransponíveis, considerar todos os
ecossistemas do nosso planeta fazendo parte de um enorme ecossistema
chamado ecosfera. Deste gigantesco ecossistema fazem parte todos os seres
vivos que, no seu conjunto, constituem a biosfera e a zona superficial da Terra
que eles habitam e que representa o seu biótopo, ou seja, BIOSFERA + ZONA
SUPERFICIAL DA TERRA = ECOSFERA, mas assim como é possível associar todos
os ecossistemas num só de enormes dimensões - a ecosfera - também é possível
delimitar, nas várias zonas climáticas, ecossistemas característicos conhecidos
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por biomas, caracterizados por meio do fator Latitude. Por sua vez, em cada
bioma, é possível delimitar outros ecossistemas menores.
Principais BIOMAS:
•
Tundra - Característica das regiões de clima frio. Predominam musgos,
líquenes, gramíneas e algumas árvores anãs.
•
Taiga - Clima frio, mas menos frio que o da tundra. Há mais água no estado
líquido. Árvores com copas em forma de cone e com folhagem persistente.
Deste modo, há melhor aproveitamento da fraca energia luminosa: os
ramos superiores não fazem sombra sobre os inferiores e a fotossíntese
realiza-se todo o ano (folhagem persistente).
•
Deserto - Clima seco e grandes amplitudes térmicas diurnas: Vegetação
pouco desenvolvida e pouco variada. Animais capazes de suportar estas
condições adversas.
•
Floresta temperada - Floresta de
característica das zonas temporadas.
•
Savana - Pradaria característica das regiões tropicais, com algumas arvores
espalhadas. Locais de pastagem para muitos herbívoros (equivalente a
cerrados).
•
Floresta equatorial - Floresta luxuriante, com variadíssimas espécies de
arvores de grande porte. Alguns ocupam áreas tão reduzidas que merecem
o nome de microecossistemas. Numa floresta, por exemplo, as clareiras e
as zonas densas, a face voltada a norte ou a sul de um tronco de árvore,
etc., apresentam comunidades bióticas distintas. Constituem pequenos
ecossistemas no grande ecossistema que é a floresta - são os
microecossistemas.
árvores
de
folhagem
caduca,
Existem elementos componentes do ambiente físico e químico que agem sobre
quase todos os aspectos da vida dos diferentes organismos, constituindo os
fatores abióticos. Estes influenciam o crescimento, atividade e as características
que os seres apresentam, assim como a sua distribuição por diferentes locais.
Estes fatores variam de valor de local para local, determinando uma grande
diversidade de ambientes. Os diferentes fatores abióticos podem agrupar-se em
dois tipos principais - os fatores climáticos, como a luz, a temperatura e a
umidade, que caracterizam o clima de uma região - e os fatores edáficos, dos
quais se destacam a composição química e a estrutura do solo.
A luz é uma manifestação de energia, cuja principal fonte é o Sol. É indispensável
ao desenvolvimento das plantas. De fato, os vegetais produzem a matéria de que
o seu organismo é formado através de um processo - a fotossíntese - realizado
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a partir da captação da energia luminosa. Praticamente todos os animais
necessitam de luz para sobreviver. São exceção algumas espécies que vivem em
cavernas - espécies cavernícolos - e as espécies que vivem no meio aquático a
grande profundidade - espécies abissais. Certos animais como, por exemplo, as
borboletas necessitam de elevada intensidade luminosa, pelo que são designadas
por espécies lucífilas. Por oposição, seres como o caracol e a minhoca não
necessitam de muita luz, evitando a, pelo que são denominadas espécies
lucífugas. A luz influencia o comportamento e a distribuição dos seres vivos e,
também, as suas características morfológicas.
Os animais apresentam fototatismo, ou seja, sensibilidade em relação à luz, pelo
que se orientam para ela ou se afastam dela. Tal como os animais, as plantas
também se orientam em relação à luz, ou seja, apresentam fototropismo. Os
animais e as plantas apresentam fotoperiodismo, isto é, capacidade de reagir à
duração da luminosidade diária a que estão submetidos - fotoperíodo. Muitas
plantas com flor reagem de diferentes modos ao fotoperíodo, tendo, por isso,
diferentes épocas de floração. Também os animais reagem de diversos modos ao
fotoperíodo, pelo que apresentam o seu período de atividade em diferentes
momentos do dia. Temperatura Cada espécie só consegue sobreviver entre certos
limites de temperatura, o que confere a este factor uma grande importância.
Cada ser sobrevive entre certos limites de temperatura - amplitude térmica de
existência -, não existindo acima de um determinado valor - temperatura máxima
- nem abaixo de outro - temperatura mínima. Cada espécie possui uma
temperatura ótima para a realização das suas atividades vitais. Alguns seres têm
grande amplitude térmica de existência - seres euritérmicos - enquanto outros
só sobrevivem entre limites estreitos de temperatura - seres estenotérmicos.
Alguns animais, nas épocas do ano em que as temperaturas se afastam do valor
ótimo para o desenvolvimento das suas atividades, adquirem comportamentos
que lhes permitem sobreviver: animais que não têm facilidade em realizar
grandes deslocações como, por exemplo, lagartixas, reduzem as suas atividades
vitais para valores mínimos, ficando num estado de vida latente; animais que se
podem deslocar com facilidade como, por exemplo, as andorinhas, migram, ou
seja, partem em determinada época do ano para outras regiões com
temperaturas favoráveis.
Ao longo do ano, certas plantas sofrem alterações no seu aspecto, provocados
pelas variações de temperatura. Os animais também apresentam características
próprias de adaptação aos diferentes valores de temperatura. Por exemplo, os
que vivem em regiões muito frias apresentam, geralmente, pelagem longa e uma
camada de gordura sob a pele.
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Relações tróficas entre os seres vivos
Nas comunidades bióticas encontram-se várias formas de interações entre os
seres vivos que as formam. Essas interações se diferenciam pelos tipos de
dependência que os organismos vivos mantêm entre si. Algumas dessas
interações; se caracterizam pelo benefício mútuo de ambos os seres vivos, ou de
apenas um deles, sem o prejuízo do outro. Essas relações são denominadas
harmônicas ou positivas. Outras formas de interações; caracterizadas pelo
prejuízo de um de seus participantes em benefício do outro. Esses tipos de
relações recebem o nome de desarmônicas ou negativas. Tanto as relações
harmônicas como as desarmônicas podem ocorrer entre indivíduos da mesma
espécie e indivíduos de espécies diferentes. Quando as interações ocorrem entre
organismos da mesma espécie, são denominadas relações intra-específicas ou
homotípicas. Quando as relações acontecem entre organismos de espécies
diferentes, recebem o nome de interespecíficas ou heterotípicas.
Abaixo, temos uma figura com o resumo das relações ecológicas.
Relações harmônicas intra-específicas
Colônias - colônias são associações harmônicas entre indivíduos de uma mesma
espécie, anatomicamente ligados, que em geral perderam a capacidade de viver
isoladamente. A separação de um indivíduo da colônia determina a sua morte.
Quando as colônias são constituídas por organismos que apresentam a mesma
forma, não ocorre divisão de trabalho. Todos os indivíduos são iguais e executam
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todas as funções vitais. Essas colônias são denominadas homomorfas ou
isomorfas. Como exemplo, podem ser citadas as colônias de corais
(celenterados), de crustáceos do gênero Balanus (as cracas), de certos
protozoários, bactérias, etc. Quando as colônias são formadas por indivíduos com
formas e funções distintas, ocorre urna divisão de trabalho. Essas colônias são
denominadas heteromorfas. Um ótimo exemplo é o celenterado da espécie
Phisalia caravela popularmente conhecida por "caravelas". Elas formam colônias
com indivíduos especializados na proteção e defesa (os dactilozóides), na
reprodução (os gonozóides), na natação (os nectozóides), na flutuação (os
pneumozóides), e na alimentação (os gastrozóides).
Sociedades - as sociedades são associações entre indivíduos da mesma espécie,
organizados de um modo cooperativo e não ligados anatomicamente. Os
indivíduos componentes de uma sociedade se mantêm unidos graças aos
estímulos recíprocos. Ex: alcatéia, cardume, manada de búfalos, homem,
térmitas (cupins), formigas, abelhas. Abelhas: A sociedade formada pelas
abelhas melíferas (Apis mellifera) comporta três castas distintas: as operárias, a
rainha e os machos ou zangões. Uma colméia de abelhas melíferas pode conter
de 30 mil a 40 mil operárias. São elas as grandes reponsáveis por todo o trabalho
executado na colméia. As operárias transportam o mel e o pólen das celas de
armazenamento para a rainha, zangões e larvas, alimentando-os. Produzem a
cera para ampliar a colméia, limpam-na dos detritos e de companheiras mortas
e doentes. Procuram, no exterior da colméia, o néctar e o pólen. Além disso,
guardam e protegem a colméia. As operárias vivem, em média, seis semanas.
São todas fêmeas estéreis. A rainha apresenta a mesma constituição genética
que as operárias. A diferenciação entre elas se faz pelo, tipo de alimento recebido
na fase de larva. Enquanto as larvas das futuras operárias recebem apenas mel
e pólen, as larvas que se desenvolverão em rainhas são também alimentadas
com secreções glandulares de operárias adultas. Essas secreções recebem o
nome de geléia real. Cada colméia de abelhas melíferas só tem uma rainha
adulta. Esta controla as operárias graças a secreção de uma substância
denominada feromônio. Essa substância se espalha por toda a colméia, passando
de boca em boca. O feromônio inibe o desenvolvimento do ovário das operárias,
impossibilitando-as de se tornarem rainhas. Quando a rainha adulta abandona a
sua colméia para construir uma nova, ela é seguida por cerca de metade das
operárias. Inicialmente, esse novo grupo permanece enxameado durante alguns
dias, em torno da rainha, num local ainda não definitivo. A seguir, o enxame se
fixa em um abrigo apropriado. Uma nova colméia surgirá graças à produção de
cera pelas operárias. Na colméia antiga, aparece uma nova rainha e as que
estavam em desenvolvimento são destruídas. Essa nova rainha, ao sair para o
"vôo nupcial", libera o feromônio, que estimula os zangões a segui-la. Durante o
vôo nupcial, a rainha é fecundada. Dependendo da espécie de abelha, a rainha
poderá ser fecundada por apenas um zangão ou por vários. A rainha, uma fez
fecundada, volta à colméia, onde, após algum tempo, reiniciará a postura de
ovos. Esta se prolongará por 5 a 7 anos. Os ovos fecundados originarão rainhas
e operárias e os não fecundados, os zangões. Enquanto as rainhas e operárias
são diplóides; ou 2n pois resultam de óvulos fecundados, os zangões são
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haplóides ou n. Os zangões são alimentados da mesma forma que as operárias.
Delas diferem por serem haplóides ou n. Os zangões originam-se de óvulos não
fecundados, portanto, partenogeneticamente. São importantes no vôo nupcial,
pois fertilizam a rainha nessa ocasião. Essa é a única atividade realizada pelos
zangões; terminado o vôo nupcial, voltam também à colméia. Como são
incapazes; de se alimentar sozinhos, são mortos a picadas pelas operárias ou
expulsos da colméia, morrendo conseqüentemente, de inanição.
Abelhas
Relações harmônicas interespecíficas
Mutualismo - é a associação entre indivíduos de espécies diferentes na qual
ambos se beneficiam. Esse tipo de associação é tão íntima, que a sobrevivência
dos seres que a formam torna-se impossível, quando são separados. Alguns
autores usam o termo simbiose para caracterizar o que definimos como
mutualismo. Como a tendência atual é considerar simbiose uma associação entra
indivíduos de espécies diferentes, não importando o tipo de relação entre eles,
devemos usar o termo mutualismo para caracterizar a simbiose entre indivíduos
de espécies diferentes, em que ambos se beneficiam. Como exemplos de
mutualismo vamos analisar, entre outros, os líquens, a bacteriorriza, a micorriza,
e as associações entre cupins e protozoários e entre herbívoros com bactérias e
protozoários.
•
Líquens - são constituídos pela associação mutualística entre algas e
fungos. A alga realiza a fotossíntese e cede ao fungo parte da matéria
orgânica sintetizada. O fungo, além de proteger a alga, cede-lhe umidade
e sais minerais que absorve. Esse tipo de relação é benéfico para ambos.
Permite a sobrevivência do líquen em lugares onde, isoladamente, a alga e
o fungo não teriam chance. Os líquens podem ser encontrados em troncos
de árvores, nas rochas nuas, nos desertos e no Ártico.
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Líquens
•
Bacteriorriza - é o nome que se dá à associação formada pelas bactérias do
gênero Rhizobium com as células das raízes de leguminosas, onde se
originam as nodosidades. O esquema que segue mostra uma leguminosa,
evidenciando em suas raízes as nodosidades; provocadas pelas bactérias
do gênero Rhizobium. Como veremos no ciclo do nitrogênio, as bactérias
do gênero Rhizoblum fixam o nitrogênio atmosférico. Transformam esse
nitrogênio em compostos nitrogenados, que cedem às plantas leguminosas.
Estas usam o nitrogênio desses compostos na síntese de seus aminoácidos
e proteínas. Em troca, as leguminosas cedem, às bactérias, substâncias
orgânicas que sintetizam. Raiz de leguminosa, com nódulos portadores de
bactérias do gênero Rhizobium.
•
Micorriza - é um tipo de associação mutualística que ocorre entre fungos e
as raízes de certas orquídeas e da maioria das árvores florestais. O fungo,
ao decompor as substâncias orgânicas, fornece às plantas o nitrogênio e
outros nutrientes minerais na forma assimilável. As plantas, em troca,
cedem ao fungo compostos orgânicos por elas sintetizados.
•
Cupins ou térmitas e protozoários - os cupins ou térmitas utilizam em sua
alimentação produtos ricos em celulose, como a madeira, o papel e certos
tecidos. Contudo são incapazes de digerir a celulose, por não fabricarem a
enzima celulase. Por isso, abrigam em seu intestino um protozoário
flagelado denominado Tryconinpha. A celulose, uma vez digerida, serve de
alimento para ambos. Os cupins fornecem ao protozoário abrigo e nutrição
e, em troca, recebem os produtos da degradação da celulose.
•
Ruminantes e microrganismos - os animais ruminantes, do mesmo modo
que os cupins, não fabricam a enzima celulase. Como os alimentos que
ingerem são ricos em celulose, também abrigam em seu estômago grande
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número de protozoários e bactérias capazes de fabricar a enzima celulase.
A celulose serve de alimento para os herbívoros, as bactérias e os
protozoários. A partir daí estabelece-se uma relação mutualística, em que
as bactérias e os protozoários fornecem aos herbívoros produtos da
digestão da celulose. Os herbívoros, por sua vez, fornecem abrigo e
nutrição a esses microrganismos. Protocooperação - protocooperação ou
simplesmente cooperação é a associação entre indivíduos de espécies
diferentes em que ambos se beneficiam, mas cuja coexistência não é
obrigatória. Como exemplos de protocooperação vamos destacar as
associações entre o paguro-eremita e as anêmonas-do-mar, o pássaro anu
e certos mamíferos, o pássaro-palito e os crocodilos e a polinização feita
por animais.
•
O paguro-eremita e as anêmonas-do-mar - o paguro-eremita, também
conhecido com bernardo-eremita, é um crustáceo marinho que apresenta
abdômen mole e desprotegido. Vive normalmente no interior de uma
concha vazia de molusco, como a do caramujo, por exemplo. Presas a essa
concha, podem ser encontradas as anêmonasdo-mar ou actínias,
celenterados popularmente conhecidos por flores-das-pedras. As
anêmonas, graças aos seus tentáculos que elaboram substâncias
urticantes, afugentam os possíveis predadores do paguro. Este, ao se
locomover, transporta a concha com anêmonas, aumentando muito a área
de sua alimentação. Trata-se de um caso de protocooperação, porque tanto
o paguro como a anêmona podem viver isoladamente. Como conceituamos,
a coexistência de ambos não é obrigatória.
•
O pássaro anu e certos mamíferos - os pássaros conhecidos por anus
alimentam-se de carrapatos e outros parasitas encontrados no pelo de
certos mamíferos, como o gado, o búfalo, o rinoceronte, etc. Os anus, ao
retirarem os parasitas (carrapatos) da pele desses mamíferos, estão se
alimentando e, ao mesmo tempo, livram os mamíferos desses indesejáveis
parasitas. Como no exemplo anterior, a coexistência de ambos não é
obrigatória, daí falarmos em protocooperação.
•
O pássaro-palito e o crocodilo - os crocodilos que vivem do rio Nilo, ao
dormirem, podem deixar a boca aberta. 0 pássaro-palito aproveita essa
oportunidade para se alimentar dos parasitas (sanguessugas) e restos de
alimentos encontrados entre os dentes e na boca do crocodilo. Dessa
forma, o pássaro-palito livra o crocodilo dos parasitas indesejáveis e, ao
mesmo tempo, alimenta-se. Polinização por animais - pode-se também
considerar protocooperação, pois ao se alimentar de vegetais, os pássaros
ou insetos podem promover a disseminação de sementes ou pólen.
Comensalismo - é a associação entre indivíduos de espécies diferentes na qual
um deles aproveita os restos alimentares do outro sem prejudicá-lo. O animal
que aproveita os restos alimentares é denominado comensal. Exemplo de
comensalismo muito citado é o que ocorre entre a rêmora e o tubarão. A rêmora
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ou peixe-piolho é um peixe ósseo que apresenta a nadadeira dorsal transformada
em ventosa, com a qual se fixa ao corpo do tubarão. A rêmora além de ser
transportada pelo tubarão, aproveita os restos de sua alimentação. O tubarão
não é prejudicado, pois o peso da rêmora é insignificante. Os alimentos ingeridos
pela rêmora correspondem aos desprezados pelo tubarão. Como exemplo
também, as hienas se aproveitando de restos deixados pelo leão, ou Entamoeba
coli se aproveitando de restos alimentares em nosso intestino e, até mesmo, a
ave-palito comendo restos alimentares na boca do crocodilo.
Tubarão e Rêmoras
Inquilinismo - é a associação entre indivíduos de espécies diferentes em que um
deles procura abrigo ou suporte no corpo do outro, sem prejudicá-lo. O
inquilinismo é uma forma de associação muito parecida com o comensalismo.
Desta difere por não haver cessão de alimentos ao inquilino. Como exemplos de
inquilinismo vamos destacar as associações do peixe-agulha com a holotúria e
das orquídeas e bromélias com troncos de árvores.
• O Peixe-agulha e a Holotúria - o peixe-agulha (Fierasfer) possui um corpo
fino e alongado. Ele penetra no corpo da holotúria, conhecida popularmente
como pepino-do-mar, para se abrigar. Do corpo da holotúria, o peixeagulha só sai para procurar alimento, voltando logo em seguida. O peixe
agulha apenas encontra abrigo no corpo da holotúria, não a prejudicando
em qualquer sentido.
• Orquídeas e bromélias que vivem sobre troncos - a associação entre as
orquídeas e as bromélias com troncos de árvores recebe o nome de
epifitismo. Por isso, orquídeas e bromélias são denominadas epífitas. Essas
plantas conseguem, vivendo sobre os troncos de árvores, o suprimento
ideal de luz par realizarem a fotossíntese. Uma observação muito
importante, aqui, é não confundir as orquídeas e bromélias com plantas
parasitas. As epífitas são plantas que apenas procuram abrigo, proteção e
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luz ideal ao crescer sobre outras plantas, mas sem prejudicá-las. As
parasitas, como veremos, prejudicam a hospedeira.
Orquídeas e bromélias
Foresia - é a associação entre indivíduos de espécies diferentes em que um se
utiliza do outro para transporte, sem prejudicá-lo. Como exemplo temos a rêmora
ou peixe-piolho no tubarão ou, até mesmo, o transporte de sementes por
pássaros e insetos.
Relações desarmônicas interespecíficas
Predatismo - é a interação desarmônica na qual um indivíduo (predador) ataca,
mata e devora outro (presa) de espécie diferente. A morte da presa pode ocorrer
antes ou durante a sua ingestão. Os predadores, evidentemente, não são
benéficos aos indivíduos que matam. Todavia, podem sê-lo à população de
presas. Isso porque os predadores eliminam os indivíduos menos adaptados,
podendo, influir no controle da população de presas. Tanto os predadores como
as presas mostram uma série de adaptações que permitem executar mais
eficazmente as suas atividades. Assim, os dentes afiados dos tubarões, os
caninos desenvolvidos dos animais carnívoros, as garras de águia, a postura e o
primeiro par de patas do louva-a-deus, o veneno das cobras, as telas de aranha
são exemplos de algumas adaptações apresentadas pelos predadores. Por outro
lado, as presas favorecidas pela seleção natural também evidenciam um grande
número de adaptações que as auxiliam a evitar seus predadores. A produção de
substâncias de mau cheiro ou de mau gosto, as cores de animais que se
confundem com o meio ambiente, os espinhos dos ouriços, as corridas dos
cavalos, veados e zebras são exemplos de processos utilizados pelas presas para
ludibriar seus predadores. Entre as adaptações apresentadas por predadores e
presas merecem destaque a camuflagem e o mimetismo.
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Predatismo
- Camuflagem: Ocorre quando uma espécie possui a mesma cor (homocromia)
ou a mesma forma (homotipia) do meio ambiente. Exemplos:
• aves e insetos de cor verde
• inseto bicho-pau
• urso polar (branco como neve)
• leão no capim seco
• mariposas iguais a folhas
- Mimetismo: Ocorre quando uma espécie possui o aspecto de outra. Exemplos:
• cobra-coral falsa (não venenosa) imitando a cobra-coral verdadeira
(venenosa);
• borboleta vice-rei, que é pequena e comestível por pássaros, imitando a
borboleta monarca que é maior e de sabor repugnante aos pássaros.
• mariposas imitando vespas;
• moscas inócuas imitando abelhas;
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• borboleta-coruja com asas abertas lembram a cabeça de coruja. Observe
um gráfico mostrando o número de predadores (lince) e de presas (lebres)
em função do tempo.
Parasitismo - é a associação desarmônica entre indivíduos de espécies diferentes
na qual um vive à custa do outro, prejudicando-o. O indivíduo que prejudica é
denominado parasita ou bionte. O prejudicado recebe o nome de hospedeiro ou
biosado. Os parasitas podem ou não determinar a morte do hospedeiro. No
entanto, os parasitas são responsáveis por muitos tipos de doenças ou
parasitoses ainda hoje incuráveis. O parasitismo ocorre tanto no reino animal
como no vegetal.
Parasitismo
Antibiose ou Amensalismo - é a interação desarmônica onde uma espécie produz
e libera substâncias que dificultam o crescimento ou a reprodução de outras
podendo até mesmo matá- las. Como exemplos temos:
• certas algas planctônicas dinoflageladas (do tipo Pirrófitas), quando em
superpopulação (ambiente favorável) liberam substâncias tóxicas na água
causando o fenômeno da maré vermelha onde ocorre a morte de vários
seres aquáticos intoxicados por tais substâncias;
• raízes de algumas plantas que liberam substâncias tóxicas, que inibem o
crescimento de outras plantas. • - folhas que caem no solo (ex.: pinheiros)
liberam substâncias que inibem a germinação de sementes.
• fungos do gênero Penicillium produzem penicilina, antibiótico que mata
bactérias.
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Antibiose ou Amensalismo
Esclavagismo ou Escravismo - é a interação desarmônica na qual uma espécie
captura e faz uso do trabalho, das atividades e até dos alimentos de outra
espécie. Certas formigas amazonas e formigas foscas, são exemplos. Um
exemplo é a relação entre formigas e os pulgões (Afídeos). Os pulgões são
parasitas de certos vegetais. Alimentam-se da seiva elaborada que retiram dos
vasos liberianos de plantas como a roseira, a orquídea, etc. A seiva elabora é rica
em açúcares e pobre em aminoácidos. Por absorverem muito açúcar, os pulgões
eliminam o seu excesso pelo ânus. Esse açúcar eliminado é aproveitado pelas
formigas, que chegam a acariciar com suas antenas o abdômen dos pulgões,
fazendo-os eliminar mais açúcar. As formigas transportam os pulgões para os
seus formigueiros e os colocam sobre raízes delicadas, para que delas retirem a
seiva elaborada. Muitas vezes as formigas cuidam da prole dos pulgões para que
no futuro, escravizando-os, obtenham açúcar. Alguns autores consideram esse
tipo de interação como uma forma de protocooperação, particularmente
denominada sinfilia.
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Esclavagismo ou Escravismo
Competição - a competição compreende a interação ecológica em que indivíduos
da mesma espécie ou indivíduos de espécies diferentes disputam alguma coisa,
como por exemplo, alimento, território, luminosidade etc. Logo, a competição
pode ser intra-específica (quando estabelecida dentro da própria espécie) ou inter
específica (entre espécies diferentes). Em ambos os casos, esse tipo de interação
favorece um processo seletivo que culmina, geralmente, com a preservação das
formas de vida mais bem adaptadas ao meio ambiente e com a extinção dos
indivíduos com baixo poder adaptativo. Assim, a competição constitui um fator
regulador da densidade populacional, contribuindo para evitar a superpopuIação
das espécies. Competir significa concorrer pela obtenção de um mesmo recurso
do ambiente (luz, abrigo, alimento, água, território, etc). As relações de
competição entre indivíduos de espécies diferentes verificam-se, essencialmente,
quando têm preferências alimentares idênticas.
Competição
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Populações
A população de um ecossistema pode crescer infinitamente em teoria, mas existe
uma curva real de crescimento de uma população que é determinada pelo
aumento dos indivíduos, modificada pela chamada resistência do ambiente. Esta
resistência é composta por todos os fatores abióticos que podem influenciar no
crescimento da população. O gráfico abaixo representa a curva normal de
crescimento de uma população com a linha mais espessa representando o
crescimento potencial e a linha sinuosa o equilíbrio atingido pela população que
é chamado equilíbrio dinâmico.
Este equilíbrio tem flutuações. Este número de indivíduos relativamente
constante será o número de indivíduos máximo ou capacidade limite deste
ambiente em relação a essa população. Variações da população dentro do
ecossistema O número de indivíduos de um ecossistema pode variar modificando
o tamanho das populações que o compõe.
Os principais fatores que promovem modificações em uma população são:
• emigração
• imigração
• natalidade
• mortalidade
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Esses fatores podem modificar a chamada densidade populacional que pode ser
descrita pela fórmula: D = n. de indivíduos/área
População é um grupo de organismos da mesma espécie ocupantes de uma
determinada área em um determinado tempo. Uma comunidade consiste no
conjunto de todas as populações de uma certa área. A posição, ou função, de
uma população dentro de uma comunidade é chamada seu nicho ecológico. A
hipótese da exclusão competitiva prevê que somente uma espécie possa ocupar
o mesmo nicho ecológico em um dado momento e que, quando duas espécies
competem pelo mesmo nicho, uma é eliminada. O tamanho de qualquer
população é determinado pelas taxas de natalidade e de mortalidade.
Exercícios
1. (COPEVE-UFAL/2011 – Biólogo) Entende-se por Nicho Ecológico:
a) a função do organismo no ecossistema.
b) o local em que o organismo vive no ecossistema.
c) a forma que o organismo se alimenta.
d) a forma que o organismo se reproduz.
e) o local em que o organismo se reproduz.
2.
(FUNCAB/2010) Os animais não vivem isolados, pelo contrário,
mantêm relações entre si de forma permanente. Relacionam-se com
outros membros da sua espécie ou com indivíduos de outras espécies a
fim de obter alimento ou de defender-se de ataques. Um exemplo de
relação ecológica entre os animais é o caso do peixe rêmora e do tubarão,
na qual o peixe rêmora fica próximo ao tubarão e se aproveita dos seus
restos alimentares para obter alimentação.
A relação ecológica descrita acima é do tipo:
a) harmônica, comensalismo.
b) harmônica, sociedade.
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c) desarmônica, parasitismo.
d) desarmônica, predatismo.
e) harmônica, colônia.
3.
(ACAPLAM/2010) A Ecologia é o estudo das interações dos seres
vivos entre si e com o meio ambiente, a respeito do estudo marque a
alternativa errada:
a) Nicho ecológico é o modo de vida de cada espécie no seu habitat.
b) Bioma é a região de transição entre duas comunidades ou entre dois
ecossistemas.
c) Biosfera é o conjunto de todos os ecossistemas da Terra.
d) Diversidade genética é a diversidade dos genes em uma espécie.
e) NDA
4.
(FUNCAB/2012) As espécies não vivem em isolamento, a todo o
momento ocorrem associações com outras espécies. Entre as relações
ecológicas que a biota exerce está a simbiose, que é uma associação
física estreita entre diferentes espécies, mas com sugestão de
mutualismo, ou seja, com benefícios entre os organismos. Pode-se
considerar como um exemplo de simbiose:
a) mamíferos que dispersam sementes ao se alimentar de frutos de vegetais.
b) plantas que oferecem néctar das flores para atrair insetos e assim polinizar.
c) peixes “limpadores” de outros organismos aquáticos.
d) a tênia no intestino de um ser humano.
e) rizóbios que vivem e fixam nitrogênio nos nódulos das raízes da maioria das
leguminosas.
5.
(FUNCAB/2012) O fenômeno da competição interespecífica é
fundamental para a biota do planeta, afetando, não somente a
distribuição ou o sucesso das espécies, mas também seu processo
evolutivo. Um importante ponto de observação para avaliar os efeitos da
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competição interespecífica é a definição dos nichos de cada espécie.
Podemos entender como nicho fundamental de uma espécie:
a) combinações de condições e recursos que lhe permitem existir, crescer e
reproduzir na presença de outras espécies, que podem prejudicar sua existência.
b) combinações de condições e recursos que lhe permitem existir, crescer e
reproduzir, quando considerada isoladamente de qualquer outra espécie que
possa prejudicar sua existência.
c) o espaço físico e os fatores abióticos que criam um ecossistema, determinando
assim a distribuição das populações.
d) combinações de condições e recursos que lhe permitem existir, crescer e
reproduzir, quando considerada isoladamente de qualquer outra espécie que
possa prejudicar sua existência ou na presença de outras espécies, que podem
prejudicar sua existência.
e) o espaço físico e os fatores bióticos que criam um ecossistema, determinando
assim a distribuição das populações.
6.
(FUNRIO/2014) Dentre as interações interespecíficas conhecidas,
assinale aquela que representa o fenômeno das marés vermelhas.
a) Comensalismo
b) Amensalismo
c) Parasitismo
d) Mutualismo
e) Competição
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2
a
3
b
4
e
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