A Vivência do Mito por meio da Contação de Histórias

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ISBN 978-85-8015-079-7
Cadernos PDE
II
Versão Online
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE
NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
Ficha para identificação da Produção Didático-pedagógica – Turma 2014
Título: A Vivência do Mito por meio da Contação de Histórias
Autor (a): Janete de Lima Barbosa
Disciplina/Área:
História
Escola de Implementação do Escola Estadual Jesus Divino Operário
Projeto e sua localização:
Município da escola:
Ponta Grossa
Núcleo Regional de Educação:
Ponta Grossa
Professor Orientador:
Prof. Dr. Luis Fernando Cerri
Instituição de Ensino Superior:
Universidade Estadual de Ponta Grossa
Relação Interdisciplinar:
Artes, Língua Portuguesa
Resumo:
O processo de transição dos alunos, dos anos
iniciais para os anos finais do ensino
Fundamental, está sendo alvo de atenção por
parte de educadores que procuram identificar e
analisar as dificuldades manifestadas no
decorrer do processo ensino aprendizagem, na
tentativa de oferecer algumas soluções. Sabese que, muitos desses alunos, ao ingressarem
no 6º ano, enfrentam problemas de adaptação
frente às grandes mudanças percebidas nessa
nova fase de estudos, resultando assim em
reprovação e na elevação dos níveis de
distorção idade série. A presente produção
didático-pedagógica tem o objetivo de propor
atividades utilizando a mitologia, como forma
de introduzir outras temáticas sobre a história
da civilização grega, na tentativa de oferecer
alternativas na disciplina de História, enquanto
detentora
de
pressupostos
teóricometodológicos próprios, visando contribuir para
diminuição dos problemas relatados. A
metodologia utilizada está fundamentada na
contação de histórias de alguns personagens
míticos da história grega, previamente
selecionados e cuja narrativa escrita já está
apresentada nesta proposta.
Palavras-chave:
Mitologia. contação de histórias. gregos
Formato do Material Didático:
Caderno pedagógico
Público:
Alunos de 6º ano
APRESENTAÇÃO
Esta produção didático-pedagógica tem a finalidade de desenvolver o material
didático referente ao tema mitologia grega, para ser trabalhado com alunos de 6º
ano da Escola Estadual Jesus Divino Operário. As atividades serão apresentadas
sob a forma de caderno pedagógico contendo questões e informações sobre a
história dos gregos da antiguidade articuladas com a narrativa sobre alguns
personagens míticos gregos, percebidos enquanto criação do imaginário desse povo
como forma de explicar a realidade que os cercava.
Alunos de 6º ano, público a quem este material se destina, estão sendo alvo
de atenção por parte de educadores que procuram identificar e analisar as
dificuldades manifestadas por eles na passagem dos anos iniciais para os anos
finais do Ensino Fundamental, na tentativa de oferecer soluções. Sabe-se que
muitos desses alunos enfrentam problemas de adaptação frente às grandes
mudanças percebidas nessa nova fase de estudos, que resultam em reprovação e
na elevação dos níveis de distorção idade série. Diante dessa realidade, este
trabalho pretende promover a reflexão entre os professores da rede pública de
ensino e proporcionar alternativas da disciplina de História enquanto detentora de
pressupostos teórico-metodológicos próprios visando oferecer sua contribuição para
diminuir os problemas relatados.
O encaminhamento metodológico dar-se-á por meio da contação de histórias,
tendo por objetivo trabalhar com os aspectos lúdicos e estéticos da aprendizagem
histórica na busca por uma aproximação afetiva entre professor e aluno e por
despertar maior interesse pela disciplina. Outro aspecto importante que essa forma
de apresentar o conteúdo histórico pode proporcionar é a maior compreensão, por
parte dos alunos de 6º ano, de um recorte histórico distante tanto temporalmente
quanto espacialmente do período da antiguidade grega, uma vez que os temas
trabalhados nos anos iniciais do Ensino Fundamental, até então, estavam
relacionados somente à história local e regional.
Busca-se perceber, com esta produção didático-pedagógica, as possibilidades
da narrativa mítica, utilizada enquanto estratégia pedagógica, para auxiliar na
construção do conhecimento histórico do aluno de 6º ano da Escola Estadual Jesus
Divino Operário sobre a antiguidade grega. O tema da pesquisa, “A vivência do mito
por meio da contação de histórias” pretende, portanto, verificar o quanto essa
abordagem facilitará a compreensão dos elementos culturais do povo grego da
antiguidade por parte dos alunos, e se esse aprendizado se reflete no que seria o
objetivo principal do ensino de História: a busca pelo conhecimento histórico
significativo, que contribuirá positivamente no processo de formação contínua da
consciência histórica dos alunos.
As narrativas sobre alguns personagens da mitologia grega foram elaboradas
numa linguagem apropriada ao público a que se destina esta proposta, os alunos de
6º ano. A opção por essa forma de apresentação dos mitos foi feita visando
responder a uma dificuldade percebida, enquanto professora, relacionada à
escassez de textos sobre esse tema adequado à idade desses alunos. As narrativas
mitológicas foram fundamentadas na obra do professor e estudioso da cultura grega,
Junito de Souza Brandão, apresentada em três volumes intitulados “Mitologia
grega”.
Este caderno pedagógico está dividido em três unidades marcadas por
encaminhamentos metodológicos diferentes detalhados logo após o final da terceira
unidade. A proposta de atividades tem início, na Unidade I, com o professor atuando
enquanto contador de histórias para, na Unidade II, os alunos serem convidados a
exercitarem as suas habilidades de contadores de histórias. Na Unidade III, os
alunos irão refletir sobre algumas semelhanças e diferenças entre os heróis gregos e
os super-heróis conhecidos por eles.
UNIDADE I – O imaginário e a história do povo grego da antiguidade
AULA 1
A primeira aula de implementação do Projeto de Intervenção Pedagógica
será iniciada com a aplicação de um pequeno questionário intitulado
“Investigação das ideias históricas prévias dos alunos”, cujo modelo
pode ser visualizado no final desta produção como Apêndice 1.
MITO: VERDADE OU MENTIRA?
Olá pessoal! Nós vamos começar agora um passeio pelo mundo imaginário
do povo grego da antiguidade. Quando eu digo antiguidade, é porque essa
civilização teve início numa época muito antiga, por volta de 2000 a.C.. Tudo
aconteceu quando os gregos ainda nem tinham desenvolvido a escrita e as histórias
eram passadas oralmente de uma geração para outra. Bem, o povo grego criou
histórias para explicar como tudo começou, ou seja, como sugiram os deuses - nos
quais eles acreditavam – o planeta Terra, o sol, os seres humanos, etc.
A essas histórias nós chamamos de mitos. Mito é, portanto, a forma com que
um determinado povo tenta explicar a origem de tudo o que o cerca, ou seja, do
mundo e das coisas que existem nele. É fruto da imaginação desse povo, mas
mesmo não tendo explicação científica, não se constitui numa invenção mentirosa,
pois o povo que criou determinado mito tem a intenção de explicar a realidade e não
de enganar as pessoas. O estudo dos mitos é denominado de mitologia. Estudar a
mitologia é muito importante para nós sabermos como determinadas sociedades
pensavam naquela época. É claro, que não podemos confundir histórias mitológicas,
que são resultado do imaginário de um povo, com a História que é uma ciência que
investiga vestígios do passado e nos conta como as ações humanas aconteceram.
Atenção! Isso é muito importante, não vamos nos confundir.
Muito bem, mas será que somente as pessoas da antiguidade criavam mitos
para explicar o mundo que os rodeava? Não, nós também temos mitos que
preservamos, bem como nossos heróis e super-heróis os quais admiramos.
Agora vamos pensar um pouco!
a- Você já havia ouvido falar dos gregos antigos? Relate que você sabe sobre eles:
______________________________________________________________
b- É correto afirmarmos que os mitos são histórias mentirosas? Explique:
______________________________________________________________
c- Relacione quais os mitos que você conhece ou já ouviu falar:
______________________________________________________________
AULAS 2 e 3
COMO TUDO COMEÇOU...
Para explicar a origem do Universo e dos deuses, entre outras coisas, os gregos contavam a
seguinte história:
No início de tudo só existia um grande vazio negro chamado Caos. Uma força
misteriosa surgiu e criou a mãe-Terra chamada Gaia e o céu, cujo nome era Urano. Depois de
algum tempo juntinhos Terra e céu acabaram se apaixonando e Urano lançou água sobre ela
dando origem aos lagos e oceanos e às primeiras raças mais antigas. Esses seres eram muito
estranhos! Nasceram gigantes de 100 braços e 50 cabeças e os ciclopes, gigantes de um olho
só, que ficaram famosos por serem excelentes metalúrgicos. Os ciclopes sabiam trabalhar
muito bem com os metais. Gaia e Urano não pararam por aí, a raça mais importante ainda
estava por nascer. Gaia deu à luz aos titãs, gigantes que formaram famílias com as titânidas
e tiveram filhos.
Com o passar do tempo, os titãs começaram a temer a força da raça de gigantes e
tramaram contra eles, acabando por prendê-los no reino dos mortos localizado no mundo
subterrâneo. Um dos titãs vai se destacar e tornar-se o líder dessa raça: Crono. Esse titã
acabou tomando o poder do pai, Urano e passou a governar sobre todos.
Gaia e Urano, que tinham o poder de predizer o futuro, alertaram Crono de que ele
seria destronado por um de seus filhos. Ele percebeu que precisava fazer alguma coisa para
impedir tal tragédia. Crono era casado com Réia e, assim que os filhos nasciam ele os engolia
para impedir que um deles crescesse e o destruísse no futuro. Depois de cinco filhos engolidos
pelo marido, Réia, que já estava grávida novamente, resolveu se esconder para salvar o filho
que carregava na barriga. Inicialmente fugiu para a ilha de Creta e de lá foi se esconder no
monte Dicta. Quando o bebê nasceu, Crono descobriu e foi em busca dele. Encontrou Réia com o
bebê no colo envolto em cueiros e exigiu que ela lhe entregasse a criança. Imediatamente ela
obedeceu e Crono engoliu o pequeno embrulho, saindo satisfeito por ter resolvido mais um
problema. O que Crono não sabia era que Réia havia escondido o pequeno Zeus e que ele havia
engolido uma pedra envolta em panos.
Muito tempo se passou, Zeus cresceu sob os cuidados de uma cabra-ninfa que então
lhe contou sobre sua verdadeira identidade. Zeus ficou sabendo sobre seus irmãos e resolveu se
vingar do pai. Foi aí que ele descobriu, pela titânida Metis, que ainda poderia salvar a vida
dos irmãos. Ela lhe deu uma poção que faria Crono vomitar os seus irmãos. Zeus se disfarçou
de vendedor de bebidas e ofereceu a Crono um líquido que ele intitulava ser a bebida especial
dos deuses e assim ele a experimentou. Imediatamente, Crono passou mal e começou a vomitar
um a um todos os filhos: Poseidon, Hades, Hera, Héstia e Demeter.
Zeus, com a ajuda dos irmãos, libertou os ciclopes do mundo subterrâneo e declarou
guerra ao pai. Foram batalhas demoradas, pois as forças eram iguais; de um lado Zeus, seus
irmãos e os gigantes ciclopes e de outro Crono e os outros titãs. Os rumos da guerra começaram
a mudar quando os ciclopes resolveram usar o talento de fabricar armas. Eles criaram
algumas armas mágicas: um relâmpago para Zeus, um tridente para Poseidon e um elmo da
invisibilidade para Hades. Com isso, os deuses venceram a guerra e aprisionaram os titãs no
Tártaro, uma das regiões onde moram os mortos e que está cheia de monstros vigiados pelos
gigantes de 100 braços.
Após a vitória sobre os titãs, o Universo foi dividido em três domínios: o Olimpo para
Zeus, o mar para Poseidon e o mundo subterrâneo, também denominado de inferno, para
Hades.
Muito bem, até agora já vimos como o universo foi criado, presenciamos uma briga
monumental pelo poder entre os deuses, gigantes e titãs, que estremeceu o mundo. Só falta
colocar os seres humanos dentro dessa confusão toda. Como será que os gregos explicaram o
surgimento das pessoas?
Uma das versões do mito que descreve como surgiu a humanidade, conta que Zeus já
havia criado todos os animais e que não sobrara mais nada da matéria que ele usara, mas
ainda faltavam os seres humanos. Prometeu, um titã primo de Zeus, resolveu o problema,
pegou barro e criou as pessoas. Conta o mito que Prometeu gostava muito dos humanos, e por
isso, acabou enganando Zeus, por duas vezes, para ajudá-los. A primeira vez durante a
oferta de um sacrifício para agradar Zeus. Os humanos iam oferecer a parte de um boi em
sacrifício ao deus e Prometeu dividiu-o em duas grandes porções: na primeira estava toda a
carne e as entranhas cobertas pelo couro do animal, na segunda estavam todos os ossos
cobertos com a gordura branca. Zeus deveria escolher uma porção e a outra seria dos homens.
O deus todo poderoso acabou escolhendo a porção dos ossos e gordura. Quando Zeus
percebeu-se enganado, ficou furioso e vingou-se dos humanos tomando o fogo deles. Nossa,
era muito difícil viver sem o fogo! Prometeu ficou penalizado com a situação, roubou o fogo
de Zeus, escondeu-o em suas narinas e entregou-o aos humanos. Definitivamente, tanto
Prometeu quanto os humanos arranjaram um inimigo poderoso. Zeus se vingou dos dois.
Prometeu foi acorrentado numa coluna que ficava no alto de uma montanha, e como
castigo, durante o dia inteiro uma águia vinha bicar o seu fígado, que à noite se regenerava
para, no outro dia, repetir o suplício todo de novo!
Quanto aos homens, Zeus caprichou na cilada! Pediu ao seu filho ferreiro, Hefesto, que
criasse a mais linda das mulheres e, assim ele o fez. Pegou argila e modelou uma bela jovem e
contou com a ajuda de alguns deuses e deusas para dar atributos que a tornavam muito
sedutora. O deus Hermes, mensageiro de Zeus chamou-a de Pandora e levou-a para ser esposa
de Epimeteu. Enquanto isso, os seres humanos viviam tranquilamente na Terra, sem maiores
problemas.
Pandora trouxe consigo uma caixa, entregue por Hermes, com a recomendação de que
ela jamais poderia abri-la, pois esta seria dada como presente ao seu marido. A moça não
resistiu à curiosidade e acabou abrindo o pequeno objeto, e imediatamente saíram voando de
dentro dela as doenças, o ódio, a inveja, a miséria, etc. Enfim, muitas calamidades e desgraças!
Pandora, assustada, mais que depressa fechou a caixinha e conseguiu impedir somente a
esperança de sair de dentro dela. Foi aí que teve início à degradação dos seres humanos e Zeus
sentiu-se vingado!
Vamos pensar um pouco...
Acabamos de conhecer o mito que os gregos criaram para explicar a
criação. Nós já sabemos que esse mito é fruto do imaginário grego e que
ele está relacionado à religiosidade desse povo. Muito bem, e nós? Como
é que nós explicamos a origem do universo, dos seres humanos, enfim,
de tudo o que nos cerca?
Vamos assistir a dois vídeos que irão nos ajudar a refletir sobre essa pergunta.
Evolução - http://www.youtube.com/watch?v=6HnkeFuqf6Y - 10 min e 24 s.
A criação - http://www.youtube.com/watch?v=FKd1KBp-MNk - 20 min e 12 s.
(Será proporcionado um momento para reflexão sobre esse tema, resgatando
informações já estudadas, pelos alunos, no início do ano letivo sobre criacionismo e
evolucionismo).
AULA 4
QUEM GOVERNA O MUNDO?
Zeus é o deus mais poderoso entre os deuses. Filho de Crono e Réia, é o deus do céu e do
trovão. Sua arma, o relâmpago que foi fabricado pelos ciclopes, era muito certeira e destrutiva.
Por qualquer aborrecimento, Zeus desferia um golpe certeiro do relâmpago, aterrorizando quem
quer que fosse. Zeus era um grande conquistador de mulheres, casou-se algumas vezes e sua
principal esposa foi Hera, a deusa protetora das esposas e do amor legítimo. Conta a mitologia
que Hera era muito ciumenta, porém isso não impediu o poderoso marido de namorar outras
mulheres e ter filhos com elas. Ele tinha uma habilidade muito grande em se disfarçar pra não ser
reconhecido por sua esposa e até mesmo por suas namoradas.
Zeus habitava o monte Olimpo juntamente com os outros onze deuses: Afrodite, Apolo,
Ares, Ártemis, Atena, Demeter, Hefesto, Hera, Hermes, Héstia e Poseidon. Apesar de tantos
deuses reunidos, quem reinava sobre tudo e todos era Zeus, o rei dos deuses. Os gregos acreditavam
que houve uma época, bem no princípio, que os seres humanos conviviam com os deuses e eram
governados por eles.
Vamos pensar um pouco...
a- O texto nos conta que os gregos acreditavam existirem vários outros deuses
habitando o monte Olimpo juntamente com Zeus. Os povos que cultuam vários
deuses são denominados de: ________________________________
b- O texto que retrata o mito de Zeus, nos conta que ele governava sobre todos os
outros deuses além dos seres humanos. Como é chamada a forma de governo cujo
governante é um rei? _____________________________
c- Os gregos costumavam se reunir a cada quatro anos, na cidade grega de
Olímpia, para disputarem jogos em homenagem a Zeus. Você sabe que jogos eram
esses? ____________________________________________________
Que tal conhecer mais sobre os jogos olímpicos gregos? Assista aos vídeos
sobre esse assunto nos endereços abaixo:
Os jogos olímpicos antigos - http://www.youtube.com/watch?v=W2mvbZTQ-20 –
duração 2 min e 26 s.
Pateta – O campeão olímpico- http://www.youtube.com/watch?v=3gN09jgHEFo –
duração 6 min e 37 s.
Atenção pessoal! Já falamos bastante sobre o imaginário do povo grego
descrevendo a formas com que eles explicavam a origem do universo, dos
deuses e dos seres humanos, mas afinal, quem eram os gregos? De onde
vieram? Onde viviam? Como eram governados?
AULAS 5 e 6
QUAL A LOCALIZAÇÃO DA GRÉCIA ANTIGA?
Primeiramente é necessário sabermos que os gregos do passado tinham uma
ideia de Grécia diferente da que temos hoje. Para eles, todo lugar onde tinham
gregos, ali estava a Grécia. O fato é que eles se fixaram em três regiões, a saber: na
Grécia Continental, situada ao sul da Península Balcânica; na Grécia insular,
formada pelas ilhas dos mares Egeu e Jônio; na Grécia asiática, situada na Ásia
Menor.
Observe o mapa abaixo e identifique:
a- Os mares que banham o território grego.
b- A localização da Grécia continental, da Grécia insular e da Grécia asiática.
c- A maior ilha grega.
Fonte: ALBUQUERQUE, Manoel Maurício de, et alii. Atlas Histórico escolar. 7. ed. Rio de
Janeiro, MEC/Fename, 1986. p. 76
Olhando o mapa da Grécia antiga, observamos que o território grego era
banhado pelo mar por todos os lados e, com isso, podemos imaginar que o
mar estava muito presente na vida dos gregos.
Pesquise em outras fontes e responda:
- Quais as atividades econômicas praticadas pelos gregos antigos que estavam
relacionados com a extensa costa marítima existente em seu território?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________
Ainda falando da importância dos mares para os gregos, leia o mito abaixo:
EU TENHO O PODER SOBRE OS MARES!!!
Poseidon sempre foi muito respeitado e temido pelos gregos antigos, pois ele era o
deus dos mares e a maior parte desse povo vivia em aldeias próximas ao litoral ou em
ilhas. Portanto, as pessoas sempre procuravam agradá-lo por meio de oferendas
principalmente quando iam viajar pelo mar. Eles acreditavam que Poseidon era muito
nervoso, e que nos seus momentos de raiva provocava tempestades, terremotos, agitação
do mar e enchentes nos rios.
Vamos pensar um pouco...
Existe alguma relação entre a situação geográfica dos gregos na antiguidade com o
mito de Poseidon? Justifique sua resposta.
___________________________________________________________________
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AULA 7
QUEM ERAM OS GREGOS?
Segundo o historiador Brandão (1986, p. 43-95), a região na qual se originou
a Grécia já estava ocupada por alguns grupos humanos desde o ano de 4500 a.C..
Por volta do ano de 1950 vieram os Jônios - primeiros habitantes que iriam originar o
povo grego. Esse povo invadiu a região de forma violenta e dominou a população
que ali vivia.
Quando os Jônios chegaram, encontraram uma civilização bastante
desenvolvida na ilha de Creta que também foi dominada pelos invasores. A
civilização cretense continuou a se desenvolver e tornou-se uma potência
monárquica, sob a liderança da cidade de Cnossos que era governada por uma
dinastia de reis chamados de Minos. É no palácio de Cnossos que existia o famoso
labirinto no qual, segundo a mitologia, ficava o minotauro, mas isso nós vamos ver
depois!
Depois dos Jônios, chegaram os Aqueus que, entre as regiões ocupadas,
também estava a famosa ilha de Creta. A ocupação da ilha de Creta deu origem a
uma nova civilização chamada de micênica, destacando a hegemonia da cidade de
Micenas. Foi durante o domínio desse povo que ocorreu a guerra entre gregos e
troianos, narrados de forma mítica, que iremos ver adiante.
As últimas invasões foram promovidas pelos povos Dórios. Esse povo
possuía uma forte tradição guerreira e chegou desestruturando a forma de vida
estabelecida pelos Aqueus. Brandão afirma que: “as invasões dóricas foram um
desastre. Nos inícios do século XII a.C. a civilização micênica foi varrida do solo
helênico. Micenas, Tirinto, Tebas, Pilos foram destruídas e incendiadas”.
(Este texto está fundamentado em Brandão, 1986. Passin)
1-Assinale a alternativa correta referente ao texto acima:
a- É correto afirmarmos que a civilização grega da antiguidade foi formada por
três povos: dórios, aqueus e jônios.
b- A civilização grega antiga foi resultado da mistura culturas dos povos que já
existiam na região, dos dórios, dos jônios e dos aqueus.
c- A civilização grega antiga foi resultado de um grupo de cultura superior, os
dórios, que dominou os outros povos ali existentes.
2-Você consegue perceber alguma semelhança entre a formação da civilização
grega com a formação do povo brasileiro? Justifique.
AULA 8
AMOR DE MÃE - O MAIOR AMOR DO MUNDO
Deméter, a deusa da fertilidade, da terra e dos cereais, tinha uma filha muito
amada chamada Perséfone. As duas viviam sempre juntas, a filha ajudava a mãe a
fazer brotar as plantas e a amadurecer as lavouras. Certo dia, Hades, deus do mundo
subterrâneo, observou Perséfone e ficou perdidamente apaixonado por ela. Ele sabia que
não iria conseguir convencer a mãe da moça, Deméter, a deixá-lo se casar com Perséfone.
Foi então que decidiu raptá-la e levá-la para a morada dos Mortos.
Deméter ficou desesperada, largou tudo para trás e seguiu em busca da filha. As
lavouras definharam, morreram e o solo ficou estéril. Fez-se um longo inverno devido à
profunda tristeza da deusa. Zeus percebeu que deveria fazer alguma coisa porque a vida
na Terra poderia acabar. Convenceu Hades a deixar a esposa Perséfone viver metade do
ano, primavera e verão, na Terra com a mãe, e o restante, outono e inverno, no mundo
subterrâneo. Com esse mito, os gregos explicam a existência das estações do ano, ou seja,
quando Perséfone está com a mãe, os tempos são de alegria e a terra floresce na
primavera e no verão e quando ela desce ao mundo dos mortos, faz-se inverno.
a- De acordo com o mito qual era a importância da deusa Demeter?
__________________________________________________________
b- Qual fenômeno da natureza é explicado por meio desse mito?
__________________________________________________________
c- O texto relata uma atividade econômica importante para a sobrevivência
dos gregos, qual é ela?
__________________________________________________________
d- Vamos pesquisar em outras fontes e descobrir outras atividades
econômicas praticadas pelos gregos antigos:
AULA 9
QUEM É A FILHA PREFERIDA DE ZEUS?
Atena é a deusa da guerra e da sabedoria, protetora da polis de Atenas e também
padroeira dos ofícios como olaria e tecelagem. Ela era uma deusa muito querida pelos
gregos, pois eles acreditavam que ela estava sempre presente nas situações difíceis. É
importante destacar que Atena inspirava os guerreiros a elaborarem estratégias
inteligentes durante os combates, diferentemente de Ares que também era o deus da guerra,
mas dos embates sanguinolentos.
O seu nascimento aconteceu de uma forma muito diferente! Os gregos contam que
ela nasceu da cabeça de Zeus. Isso mesmo! Certo dia, Zeus sentiu uma terrível dor de
cabeça, pediu ajuda pro seu filho Hefesto, que era ferreiro. Hefesto abriu a cabeça de
Zeus e retirou de lá Atena. Como isso poderia acontecer? A história é bem longa...
Zeus era casado com Metis que ficou grávida. Foi aí que Urano e Gaia advertiram
Zeus de que ele teria uma filha e depois um filho de Metis. Esse segundo filho iria
destronar o deus dos deuses. Zeus não pensou duas vezes! Transformou Metis em uma
mosca e engoliu a pobre coitada. Aí o resto da história você já sabe, a dor de cabeça de
Zeus, etc, etc.
Segundo a mitologia grega, Atena e Poseidon, deus dos mares, acabaram se
desentendendo porque os dois queriam ser a divindade principal da cidade-Estado de
Atenas. Eles resolveram solucionar o problema de forma inteligente, isto é, sem brigas.
Fizeram uma competição para ver quem daria o melhor presente para a polis. Muito bem,
Poseidon subiu até a acrópole e, ao chegar lá, levantou o seu tridente batendo-o com força
no chão. Imediatamente brotou uma linda fonte que jorrava água salgada. Ele olhou
satisfeito para Atena desafiando-a a fazer algo melhor que isto. Atena, então, fez brotar
um pé de oliveira. Zeus convocou os demais deuses para julgar os concorrentes. A fonte era
lindíssima, porém a água era salgada, sem muita serventia para o povo. Entretanto, a
oliveira produzia azeitonas, fruto delicioso que dava para fazer azeite de oliva que o povo
poderia usar para cozinhar e iluminar. Os deuses não tiveram dúvidas, Atena foi a
vencedora! A deusa tornou-se a protetora de Atenas.
Para entendermos melhor esse mito, precisamos saber o significado de
algumas palavras contidas no texto. Para isso, releia o texto, destaque as
palavras desconhecidas e procure-as no dicionário. Então, mãos à obra!
Sugestões de palavras:
a- cidade-Estado
b- polis
c- acrópole
AULA 10
O GUERREIRO DA MORTE
Ares, filho de Hera e Zeus, considerado o deus da guerra sanguinária, era o
protetor da cidade-Estado de Esparta. Segundo a mitologia grega, nas guerras em que
Ares estava presente, aconteciam as mortes mais cruéis. O grito de guerra desse deus,
durante as batalhas, atemorizava os adversários fazendo-os fugirem assustados.
Usava capacete, couraça, lança, escudo e tinha como transporte uma carroça puxada
por quatro cavalos que soltavam fogo pelas narinas. Apesar de todo esse aparato de
guerra, ele não era invencível, pois por várias vezes, a deusa Atena acabou por derrotálo. Aparentemente, os gregos desaprovavam a violência sem medida atribuída a Ares,
pois ele era pouco cultuado, com exceção da polis de Esparta que se identificava com os
atributos desse deus. Esparta era uma cidade que preparava seus cidadãos para serem
guerreiros.
Nos dois mitos apresentados acima são citadas duas cidades muito
importantes na Grécia antiga. Nós vamos perceber, ao conhecermos
melhor cada uma delas, que elas são diferentes uma da outra. Quer
conferir?
Segundo o historiador Funari (2002, p. 25), a partir do século VIII a.C., o
mundo grego era representado por uma porção de cidades. “Do século VIII a.C.ao VI
a.C., o processo de formação desse mundo de cidades se completa, passando de
uma sociedade camponesa e guerreira, para uma civilização centrada nas cidades
(poleis).” Os gregos partiram para a formação de outras cidades em regiões
próximas ao Mediterrâneo, despertando rivalidades, no comércio, com os grandes
mercadores: os fenícios.
As cidades gregas da antiguidade mais conhecidas são Esparta e Atenas,
com características bem diferentes, tanto na forma de governar, quanto em outros
aspectos culturais. “A primeira, uma cidade militar e aristocrática. A segunda, um
exemplo da democracia grega.”
Vamos pensar um pouco...
- A cidade- Estado de Atenas era democrática, o que isso significa?
_______________________________________________________________
- Existe diferença entre a forma de governo democrática de Atenas e a forma de
governo aristocrática de Esparta? Explique:
_______________________________________________________________
AULAS 11, 12, 13 e 14
Pessoal, hoje e nas próximas aulas, nós conheceremos um pouco mais
sobre as polis de Esparta e de Atenas. Começaremos assistindo ao vídeo
“Grandes civilizações – Grécia Antiga”
- http://www.youtube.com/watch?v=Y1xL9V7oJPc – parte 1 – 20 min e 17 s.
ESPARTA
A cidade de Esparta estava situada na península do Peloponeso, numa região
cercada por altas montanhas. As terras eram férteis, ideais para o cultivo de cereais,
oliveiras e vinhas e também possuía boas pastagens para criação de animais.
Esparta foi fundada pelos Dórios, povo invasor que chegou e dominou os
habitantes dessa região, obrigando-os a trabalharem como servos nas terras que
antes eram suas. Enquanto o povo dominado chamado hilotas trabalhava para os
invasores, estes se dedicavam à guerra e à administração da cidade.
O governo de Esparta era composto por um pequeno número de dirigentes
que representavam as famílias mais ricas da cidade. Esse pequeno grupo de
poderosos aristocratas compunham a Gerúsia, cujos membros eram: dois reis e
mais 28 anciãos (os senadores e os gerontes) escolhidos entre os nobres com mais
de 60 anos de idade. Existiam ainda os éforos, uma espécie de prefeitos, em
número de cinco componentes, que governavam por um ano. É importante
considerarmos que as decisões da assembleia atendiam aos interesses de um
pequeno grupo de cidadãos mais ricos.
Todos os homens da classe dominante de Esparta, os esparciatas, eram
guerreiros. Desde pequenos os meninos eram educados e preparados para a
guerra. Já as mulheres, eram educadas, desde meninas, para serem boas donas de
casa e mães de filhos saudáveis.
“Conforme o costume espartano, o pai levava o recém-nascido para ser
avaliado pelos anciãos. Se a criança fosse considerada forte e saudável, ao pai
era permitido que a criasse, caso contrário, o bebê era jogado de um
despenhadeiro. Aos sete anos, todos os garotos deixavam suas mães e eram
reunidos e divididos em unidades, ou ‘tropas’. Passavam então a viver em
conjunto, nas mesmas condições. O mais veloz e mais valente nos exercícios
militares tornava-se o comandante da unidade e os outros deviam obedecê-lo,
assim como aceitar as punições que ele estabelecesse. Os rapazes aprendiam
a ler e escrever apenas o necessário aos objetivos de se tornarem soldados
disciplinados e cidadãos submissos, concentrando-se no aprendizado militar.
Conforme cresciam, suas provações aumentavam: eram obrigados a andar
descalços e nus, de modo que adquiriam uma pele grossa, só se banhavam
com água fria e dormiam em camas de junco, feitas por eles mesmos. Aos
vinte anos de idade, o homem espartano adquiria uns poucos direitos
políticos; aos trinta, casava-se, adquiria mais alguns outros e uma certa
independência. Entretanto, apenas aos sessenta estaria liberado de suas
obrigações para com o Estado e seu esquema de mobilização militar
constante”.
(texto adaptado da obra de Funari, 2002, p.28-32).
ATENAS
A cidade de Atenas, localizada na Ática, possuía um solo pouco fértil
resultando numa produção insuficiente para o abastecimento do povo. Embora a
produção de trigo e de cevada fosse pequena, os atenienses se destacaram no
cultivo de oliveiras e de uvas, possibilitando a produção de azeite e de vinho de boa
qualidade. O comércio marítimo, favorecido por sua localização próxima ao mar, era
uma atividade econômica muito importante.
Durante muito tempo os atenienses tinham uma forma de governo
aristocrático, baseado no domínio de um pequeno grupo – os eupátridas. Os pobres,
em geral, passavam por dificuldades e, muitas vezes, eram escravizados por não
poderem pagar suas dívidas.
Com o passar do tempo, conforme Atenas crescia e enriquecia, certos grupos
liderados pelos comerciantes começaram a pressionar os aristocratas exigindo
direitos políticos. As mudanças foram aparecendo, um legislador chamado Dracon
tornou as leis conhecidas de todos quando as escreveu. Depois veio Solon que
cancelou algumas dívidas dos cidadãos pobres e acabou com a escravidão por
dívidas. Porém, o regime aristocrático não mudou repentinamente, foram muitos
anos de pequenas conquistas para se chegar à democracia ateniense. Um dos
fatores que contribuiu para acelerar essa trajetória rumo à democracia em Atenas foi
a guerra dos gregos contra os persas.
Quando os gregos venceram os persas, a cidade de Atenas, que liderou essa
guerra, tornou-se a cidade mais importante da região. “Restaurou suas fortificações,
ergueu construções admiráveis, tornou-se um império e evoluiu em direção à
democracia.” (Funari, 2002, p.27). Nessa época, o governante Péricles vai
consolidar a democracia tornando os cargos políticos acessíveis a todos os
cidadãos, ricos ou pobres. “Democracia, em grego, quer dizer ‘poder do povo’, à
diferença de ‘poder de um’, a monarquia, ou o ‘poder de poucos’, a oligarquia ou
aristocracia.”(p.36)
A democracia ateniense era direta, pois todos os cidadãos podiam participar
das decisões políticas apresentadas em assembleias. Na atualidade predomina a
democracia indireta na qual o leitor escolhe uma pessoa para representá-lo no
governo. A democracia ateniense representou um grande avanço para a época, mas
era limitada, pois nem todas as pessoas que viviam na cidade eram consideradas
cidadãs. Em Atenas, cidadãos eram os homens adultos, filhos de pai e mãe
atenienses, ficando de fora os estrangeiros, as mulheres e os escravos. Aliás, as
mulheres tinham uma participação muito pequena na vida social, pois viviam
praticamente isoladas.
“As meninas também pouco contato tinham com os meninos depois da
primeira infância, como mandava a "boa educação". Elas tinham brinquedos
que se referiam à vida que teriam como adultas, basicamente como mães e
donas de casa, dedicadas à costura da lã, ao cuidado dos filhos e ao comando
dos escravos domésticos. Os meninos brincavam de lutas, já antecipando sua
entrada no exército. Quando chegavam à adolescência, as meninas
participavam de cerimônias que as preparavam para o casamento; as garotas
de famílias com mais recursos podiam aprender também a tocar e dançar. Na
época áurea de Atenas, por exemplo, o ensino era obrigatório para os rapazes
futuros cidadãos. Os meninos começavam aprendendo boas maneiras com os
pedagogos (professores escolhidos pelo pai) e depois a ler, escrever, contar e
cantar acompanhados da lira além de praticar esportes. Dos 14 aos 18 anos,
sua educação baseava-se principalmente nos exercícios físicos, já que dos 18
aos vinte anos os jovens deviam prestar um tipo de serviço militar. O principal
objetivo educacional ateniense era formar cidadãos capazes de defender a
cidade e/ou cuidar dos assuntos públicos. Preparava também os indivíduos
para participar de competições atléticas e musicais e para falar em público
expondo ideias com clareza. No tempo da democracia ateniense, não eram só
os aristocratas que tinham acesso à educação, bem como ao usufruto da
cultura (teatro, artes, música, espetáculos, festas e cultos públicos, debates
acalorados) e do poder político, pois os homens do povo, cidadãos mais
pobres e sem ‘berço de ouro’, que viviam de seu trabalho, também adquiriram
o direito a tudo isso”.
(texto adaptado da obra de Funari, 2002, p. 32-42).
Vocês perceberam o quanto as duas polis gregas eram diferentes? Relacione
algumas dessas diferenças no quadro abaixo:
ESPARTA
ATENAS
Atividades econômicas
Forma de governo
Educação das crianças
Explique a diferença entre a democracia direta de Atenas e a democracia indireta
que temos hoje no Brasil.
_______________________________________________________________
AULA 15
O QUE ACONTECEU COM ESSA GRANDIOSA CIVILIZAÇÃO?
Pessoal, o século V a.C. foi considerado o “século de ouro” da civilização
grega devido às grandes realizações. Então a pergunta é: o que aconteceu
com essa civilização?
Pesquise, em outras fontes, sobre os três temas sugeridos abaixo tentando
responder aos seguintes questionamentos: O que foi; quando aconteceu; por
que aconteceu. Em seguida, socialize com os colegas a síntese do trabalho.
- Guerra greco-pérsica
- Guerra do Peloponeso
- Domínio Macedônico
AULAS 16, 17 e 18
A BELA E A FERA
Afrodite, a deusa do amor, nasceu da espuma do mar e era famosa por sua
magnífica beleza. Muitos homens e deuses achavam impossível resistir aos seus
encantos e acabavam se apaixonando pela deusa. Ela teve muitos namorados, porém,
casou-se com Hefesto, o deus ferreiro que controlava os vulcões, filho de Zeus. Conta o
mito que Hefesto era muito feio, e por conta disso, Zeus resolveu recompensá-lo dando
Afrodite, a deusa mais bela, como sua esposa. Inclusive, os outros deuses riam dele,
pelas costas, por causa do seu andar desajeitado. Mas será que Hefesto era tão feio
assim? Nem tanto! O problema é que o povo grego valorizava muito a perfeição física
e o pobre Hefesto, segundo o mito, tinha um pequeno problema na perna que o fazia
mancar. Essa deformidade foi fruto de uma discussão entre ele e Zeus, que enfurecido,
empurrou Hefesto, este se desequilibrou e caiu do alto do monte olimpo, lugar onde
moravam os deuses.
O texto abaixo “Em busca do corpo perfeito”, é um recorte da matéria exibida na
revista Nova Escola. Leia-a e, em seguida, responda as questões levantadas:
“Na Grécia Antiga, os homens - só eles tinham esse direito - malhavam por um
físico ideal de inspiração divina. Atleta, ginástica, estádio, pentatlo - ligadas ao
esporte, todas essas palavras são de origem grega. Na Grécia Antiga, berço da
civilização ocidental, surgiu a ideia do corpo perfeito conquistado por meio da
atividade física. Os homens helênicos não se envergonhavam de exibir-se
despidos em jogos e danças. Mais do que isso, gostavam de se admirar. Eles
perceberam que a nudez, além de bela, melhorava o desempenho do atleta,
sobretudo nas competições periodicamente disputadas na península grega, os
Jogos Olímpicos”.
(http://revistaescola.abril.com.br/formacao/busca-corpo-perfeito-424326.shtml
Acesso em 14/10/2014.
a- Após a leitura do trecho do texto “Em busca do corpo perfeito” você
conseguiu perceber qual era a justificativa dos gregos para o deus Hefesto
ser alvo de preconceito entre os deuses?
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b- É possível afirmarmos que, em nossa sociedade atual, essa ideia
preconceituosa foi superada? Explique.
_____________________________________________________________
Falando em beleza, a arte grega da antiguidade serve de inspiração para
artistas até os dias de hoje. Eles criaram esculturas lindíssimas,
gostavam de pintar cenas do cotidiano em vasos, criaram dois gêneros
de teatro: a comédia e a tragédia e construíram obras arquitetônicas
que são visitadas e admiradas por pessoas do mundo todo.
Vamos pesquisar em outras fontes sobre a arte grega e trabalhar duas
atividades:
a- Desenho e pintura de vasos
b- Confecção de máscaras como aquelas utilizadas no teatro grego
AULAS 19 e 20
CUIDADO, NÃO REPITA ESTE NOME!
Hades vive no mundo subterrâneo, numa região chamada Érebo, e só saiu de lá,
segundo a mitologia, duas vezes. Uma delas foi para raptar Perséfone, pois ele queria se
casar com ela, e de antemão sabia que Demeter, a mãe da jovem, não permitiria. O outro
motivo que fez com que Hades se ausentasse do mundo subterrâneo foi quando lutou contra o
herói Hércules para impedir que este levasse o seu cão Cérbero. Conta-se que o herói grego
desferiu uma flechada no ombro direito do deus dos infernos e este, sentindo muita dor,
precisou ir até o Olimpo para o deus curandeiro aliviar seu sofrimento. Hades era pouco
cultuado pelos gregos, que evitavam até de proferir o seu nome, pois o consideravam cruel e
implacável. Ele possuía um capacete, presente dos ciclopes, que o tornava invisível.
Os gregos acreditavam que o inferno de Hades localizava-se no interior da
terra e possuía uma entrada que ficava no sul do Peloponeso. Porém o acesso das
almas a esse lugar não era fácil, pois ele era rodeado por quatro rios. Por causa
dessa crença, os gregos costumavam colocar uma moeda na boca do morto, pois
ele iria precisar dela para pagar o barqueiro chamado Caronte, que fazia a travessia
da alma até o mundo subterrâneo. O Hades era dividido em três compartimentos: o
Érebo, o Tártaro e os Campos Elísios. Era para um desses lugares que a alma, após
ser julgada era encaminhada.
Segundo a historiadora Florenzano (1996, p.63), os gregos tinham uma
grande preocupação com o destino do indivíduo após a morte, e em virtude disto,
eles seguiam um ritual bastante demorado tanto na preparação do corpo para ser
sepultado ou cremado, quanto no sepultamento ou na cremação. Depois vinha o
próximo passo, segundo a crença, quando as divindades do além vinham para guiar
o morto até o mundo subterrâneo, o Hades. “Acreditavam os gregos que o morto era
conduzido por Caronte, o barqueiro infernal, até o Hades” e que, antes disso, o deus
Hermes - “o condutor de almas” - guiava a alma até o barqueiro. A pior coisa que
poderia acontecer ao morto era ficar vagando sem rumo.
Após a leitura do texto acima que nos conta um pouco sobre a religiosidade do
povo grego, vamos recordar a forma com que os povos mesopotâmicos
concebiam a sua religião e tentar estabelecer:
a- Uma semelhança: __________________________________________
b- Uma diferença: ____________________________________________
Vamos pensar um pouco...
Nós observamos que a forma de cada povo expressar a sua religiosidade,
possui semelhanças e diferenças entre eles. Alguns eram politeístas,
outros monoteístas, existiram aqueles que acreditavam na vida após a
morte e outros que pensavam que tudo se acabava com a morte.
Escreva um pequeno texto sobre a religião grega.
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UNIDADE II – Atividades de contação de histórias
AULAS 21, 22, 23, 24, 25 e 26
Olá Pessoal! Vocês já conheceram o mito da criação, e junto com ele,
alguns deuses da mitologia grega foram apresentados. Vocês devem ter
observado a forma com que as histórias míticas foram narradas pelo(a)
professor(a). Pois é, contar histórias é muito legal e vocês não vão querer
ficar de fora, não é mesmo? Então, agora é com vocês!
As narrativas mitológicas a seguir são sobre alguns dos heróis gregos. A
proposta de trabalho é a seguinte: dividiremos a turma de 6º ano em sete grupos,
sendo que cada um irá apresentar, sob a forma de contação de histórias, um dos
heróis e sua história relatadas abaixo.
OS HEROIS GREGOS
Os gregos, além de cultuar os deuses e contar histórias míticas de suas
vidas, também tinham muitas narrativas, fruto do imaginário desse povo, sobre
heróis. Mas quem eram os heróis? Será que eles tinham alguma coisa que os
assemelhavam com os super-heróis que nós conhecemos hoje por meio das
histórias em quadrinhos, do cinema e da televisão?
Segundo a mitologia, existiram vários heróis gregos que se destacavam pela
força física, inteligência e, às vezes, por algum atributo herdado ou presenteado
pelos deuses. Os gregos acreditavam que a maioria dos heróis eram filhos de
deuses com mortais, ou seja, com pessoas comuns da Grécia. Deuses e deusas se
apaixonavam por uma pessoa qualquer, namoravam e acabavam tendo filhos: os
heróis.
UM HERÓI CHAMADO ORFEU
Conta o mito que Orfeu era filho do deus Apolo e que sua mãe era uma musa. Ele se
destacava pela sua coragem e porque era um excelente poeta e músico. Aliás, foi seu pai, o
deus da música, que lhe deu uma lira de presente. Quando ele tocava a sua lira, o mundo
ficava tão encantado com o som que os rios mudavam de curso e as árvores se arrancavam do
solo para se aproximar e ouvir melhor a melodia. Dizem que até os mais ferozes animais se
acalmavam ao som de seu instrumento.
Orfeu casou-se com uma ninfa chamada Eurídice. Eles viviam muito felizes juntos, até
que aconteceu uma tragédia. Sua esposa foi picada por uma cobra e morreu. Ele ficou
desesperado e resolveu descer até a Morada dos Mortos para resgatá-la. Essa missão era
muito perigosa porque nenhum mortal podia retornar dessa região. Chegando lá, Orfeu foi
falar com Hades, o deus responsável pelo mundo subterrâneo, para pedir que sua amada
retornasse com ele ao mundo dos vivos. Hades, que já sabia de sua intenção, não quis nem
ouvir o seu argumento, negou na hora. Não, não e não! Orfeu, que era determinado, não
desistiu. Esperou pelo momento certo e, quando Hades e sua esposa Perséfone se reuniram
para o jantar, Orfeu apareceu com sua lira e começou a tocar uma linda melodia que falava
de seu amor perdido. A música conseguiu amolecer o coração de Hades e, este acabou por
consentir o retorno de Orfeu e sua amada para o mundo dos vivos. Porém, impôs uma
condição: durante o retorno, Orfeu iria um pouco à frente de sua esposa e estava proibido de
olhar para trás. O músico tocava sua lira na escuridão do reino dos mortos para guiar
Eurídice em direção à luz da Terra. Depois de algum tempo, Orfeu começou a pensar na
possibilidade de Hades tê-lo enganado e não tivesse permitido que sua amada o seguisse. Sem
conseguir se controlar, deu uma rápida olhada para trás. Imediatamente, Hades agarrou no
braço de Eurídice e a arrastou de volta para a Morada dos Mortos. Orfeu teve que retornar à
Terra, sozinho. Ficou muito triste vagando pelos lugares sem rumo, lamentando a perda de
sua amada e levando às lágrimas todas as pessoas que ouviam a sua melodia.
TESEU E O MINOTAURO
O minotauro era um monstro terrível! Possuía um corpo, metade homem e
metade touro e tinha o hábito de devorar as pessoas. O rei Minos, para se livrar da
presença do monstro, mandou construir um enorme labirinto e o prendeu lá. Porém,
ele exigia que, anualmente, fossem mandados 14 jovens, sete moças e sete rapazes, ao
labirinto para serem oferecidos a ele. Nessa época, o rei Minos, da ilha de Creta,
travou uma guerra contra o rei Egeu de Atenas para vingar a morte de seu filho. O rei
Minos e seus guerreiros dominaram o povo de Atenas e, como tributo, exigiu que
fossem mandados 14 jovens atenienses, todo ano, para serem dados em sacrifício ao
minotauro.
Teseu, filho do rei de Atenas, resolveu por um fim a tanto sofrimento e
ofereceu-se como um dos jovens a ser sacrificado ao minotauro em Creta. Ele
pretendia entrar no labirinto e matar a fera.
Quando os atenienses chegaram em Creta, a filha de Minos, Ariadne, foi
assistir ao desembarque dos jovens e ficou encantada com a beleza de Teseu. Ficou
mais apaixonada ainda quando percebeu a sua coragem ao tomar conhecimento da
intenção de Teseu em matar o minotauro e sacrificar a sua vida, pois todos sabiam
que era impossível sair do labirinto. Ariadne resolveu ajudar Teseu oferecendo um
novelo de lã para ele encontrar o caminho de volta no labirinto. Teseu foi lançado ao
labirinto e, imediatamente, ele prendeu o fio de Ariadne numa pedra próximo à
entrada e seguiu em busca do minotauro. Depois de algum tempo ele encontrou o
monstro e, com muita destreza, o matou com um golpe de sua espada de ouro.
Colocou o corpo da criatura monstruosa nas costas e retornou pelo caminho indicado
pelo fio de lã. Seus companheiros atenienses ficaram exultantes, vibraram muito e,
depois seguiram todos para o barco, inclusive Teseu e Ariadne, para retornarem ao
lar ateniense.
PERSEU E A MEDUSA
Conta o mito que Acrísio, rei de Argos, teve uma filha chamada Dânae e, como ele
queria muito ter um filho homem, foi consultar o Oráculo. Os gregos gostavam muito de
saber o futuro e, para isso, recorriam aos oráculos que eram locais sagrados onde eles iam
perguntar sobre o que estaria para acontecer. O rei teve a maior decepção quando o Oráculo
lhe disse que ele não teria um filho homem e, pior, a sua filha Dânae lhe daria um neto que
iria matá-lo. Muito assustado, Acrísio mandou construir uma câmara subterrânea feita de
bronze e prendeu a filha lá dentro. Zeus, que estava enamorado de Dânae, transformou-se
em chuva de ouro e entrou por uma fresta da prisão. Dânae acabou ficando grávida de Zeus.
O bebê nasceu e a mãe lhe deu o nome de Perseu. O menino foi mantido escondido por um
tempo, porém o avô Acrisio acabou descobrindo a existência do neto e, imediatamente, tomou
uma decisão: mandou construir uma espécie de cofre de madeira, encerrou a filha e o neto
dentro dele e lançou a arca ao mar. A arca flutuou por vários dias indo parar em uma ilha
chamada Sérifo. Foi quando um pescador, que passava pela praia, avistou o caixote de
madeira, arrastou-o para a areia e abriu. Que surpresa! Tinha uma mulher e um lindo
bebezinho lá dentro. Levou-os para sua humilde casa e foi lá que o nosso herói cresceu forte,
corajoso e bonito.
O rei dessa ilha, chamado Polidectes, conheceu Dânae e resolveu que queria namorála, embora nem ela e nem Perseu aceitassem a ideia. Como Perseu sempre estava ao lado da
mãe, dificultando as investidas de Polidectes, este bolou um plano para se livrar do filho de
Dânae. Ofereceu um jantar para todos os seus amigos e convidou Perseu. Durante a festa, o
rei perguntou o que cada um dos convidados iria dar de presente para ele. Muitos dos
amigos de Polidectes prometeram os mais belos cavalos. Perseu, sem pensar, disse ao rei que
o melhor presente para ele era a cabeça da medusa. Foi a oportunidade esperada: o rei pediu
que ele fosse buscar a cabeça da medusa. Perseu parecia estar encrencado! Ele não sabia
nem por onde começar a procurar a tal Medusa. E pior, se ele a encontrasse, o que iria fazer
para conseguir cortar a sua cabeça sem ser transformado em estátua de pedra? Afinal todo
mundo sabia que quem fitasse os olhos de uma das górgonas, que eram três, era transformado
em estátua de pedra! Foi aí que os deuses vieram socorrer o nosso herói. Ele conseguiu alguns
objetos emprestados, pertencentes a eles, que iriam ajudá-lo: as sandálias aladas de Hermes, o
capacete da invisibilidade de Hades, o escudo de bronze de Atena e a espada de diamante de
Hefesto. Com esses instrumentos, Perseu conseguiu voar até a morada da Medusa usando as
sandálias, entrar sem ser visto com a ajuda do capacete e, usando o escudo como espelho, evitar
o olhar direto do monstro para, finalmente, cortar a cabeça. O herói guardou a cabeça em uma
bolsa e fugiu rapidamente do lugar.
Quando Perseu retornava para casa, montado no cavalo alado Pégaso, avistou uma
linda jovem acorrentada nos rochedos à beira mar. Ficou muito intrigado e resolver verificar o
que estava acontecendo. Foi aí que ele ficou sabendo de toda a história: existia um monstro
marinho que devastava toda a região e que exigira como recompensa para ir embora, a vida da
filha do rei chamada Andrômeda. Perseu não pensou duas vezes, arrebatou Andrômeda das
correntes e enfrentou o monstro! Sabe como ele dominou esse ser tão monstruoso? Simples,
quando ele emergiu do mar com toda a sua fúria, Perseu retirou a cabeça da medusa da sacola
e mostrou-a para a criatura horripilante. O monstro marinho virou estátua de pedra no mesmo
instante e o reino ficou livre da maldição.
Perseu resolveu levar Andrômeda com ele e retornou para junto de sua mãe. Chegando
lá, descobriu que Dânae estava escondida para fugir do rei Polidectes que não a deixava em
paz. Furioso, Perseu novamente usou os serviços da Medusa. Mais uma estátua de pedra e
desta vez foi o rei malvado Polidectes. Perseu resolveu sossegar, entregou os objetos
emprestados dos deuses e deu a cabeça da medusa para a deusa Atena.
Perseu estava decidido a voltar para Argos, sua terra natal, porém ficou sabendo de
toda a história de seu avô e sobre a profecia de que ele iria matar Acrísio. Decidiu então, ir para
outra região, longe do avô. Chegando ao local que decidira viver, soube que estava sendo
realizado um torneio de lançamento de discos. Perseu, mais que depressa, se inscreveu na
competição, pois era seu esporte favorito. Porém, o primeiro disco lançado por ele desviou-se da
rota e atingiu um homem, matando-o. E a profecia se cumpriu, adivinhem quem era o homem
morto acidentalmente por Perseu?
BELEROFONTE: O HERÓI QUE TENTOU VISITAR OS DEUSES
De acordo com a mitologia grega, Belerofonte é filho de Poseidon, deus dos mares. Sua
história começa de uma forma muito triste, pois o herói acabou provocando acidentalmente a
morte do irmão e, por isso, resolveu sair de sua terra natal e ir para a região de Tirinto. Lá ele
conhece o rei e a rainha do lugar e torna-se amigo da realeza. Tudo estava muito tranquilo até a
rainha apaixonar-se por ele e tentar seduzi-lo. Como Belerofonte resistiu às investidas da
rainha, ela ficou furiosa e mentiu ao marido que estava sendo desrespeitada pelo hóspede.
Preto, o rei, ficou muito bravo e, enviou Belerofonte para o reino do sogro com uma carta para
ser entregue a ele. Nessa carta dizia o seguinte: “morte ao portador da correspondência”. Como
o rei não queria sujar suas mãos de sangue, resolveu dar uma missão para Belerofonte que,
certamente o levaria à morte: matar Quimera. Quimera era um monstro terrível, com cabeça de
leão, corpo de cabra, e cauda de serpente que devorava os rebanhos da região. Belerofonte,
mesmo sendo muito corajoso, ficou nervoso, pois ele sabia que a empreitada seria muito difícil.
Foi aí que os deuses vieram ao encontro do herói para ajudá-lo. A deusa Atena lhe deu o cavalo
alado Pégaso para auxiliá-lo na empreitada. Com o cavalo alado foi fácil, o herói atacou a
fera de cima com sua espada e a matou, libertando o povo da região da presença ameaçadora
desse bicho. O nosso herói continuou cumprindo outras missões como dominar gigantes que
ameaçavam o reino, repelir um grupo de guerreiras amazonas. O rei que tinha sido incumbido de
matar Belerofonte, acabou gostando dele, desistiu de matá-lo e ainda deu sua filha para casarse com o herói.
Belerofonte começou a se achar o máximo com seu cavalo alado e resolveu usá-lo para
voar até o monte Olimpo e visitar os deuses. Pois é, os gregos acreditavam que o monte Olimpo
era a morada dos deuses. Não foi uma boa ideia, pois os deuses ficaram bravos com ele. Zeus
ficou tão irado que mandou uma mosca picar Pégaso. O cavalo alado se contorceu de dor,
empinou-se sobre as patas traseiras e Belerofonte despencou no chão. Foi a morte do herói.
Quem mandou querer subir no Olimpo sem ser chamado pelos deuses!
HÉRCULES E OS DOZE TRABALHOS
Agora vamos conhecer um pouco mais sobre o maior dos heróis gregos, Hércules. Conta
o mito que ele era filho do deus mais importante grego, Zeus e Alcmena, uma mortal. Hércules
já demonstrava sua força desde muito pequeno. Imaginem só qual foi a primeira façanha do
herói! Pois é, com oito meses de idade ele acordou com serpentes em seu berço. Imediatamente
agarrou as duas, uma em cada mão e as estrangulou.
Segundo os relatos mitológicos, o herói teve uma educação bem parecida com aquela que
os filhos dos gregos recebiam, ou seja, quando criança aprendeu algumas coisas com os mais
velhos como conduzir bigas e usar o arco e flecha e, também teve um professor de música, de
letras e de outras matérias. Parece que Hércules era um pouco indisciplinado e isto deixava os
professores e seus pais aborrecidos. Devido à sua falta de disciplina, acabou sendo mandado
ao campo para cuidar dos rebanhos.
O tempo foi passando e o herói ia crescendo cada vez mais. Conta o mito que, aos 18
anos ele já possuía 3 metros de altura. E não era só tamanho, também demonstrava coragem e
força como deve ter um grande herói. Foi nessa época que Hércules começou a ficar famoso ao
caçar e matar um leão que aterrorizava os rebanhos da região.
Hercules vai se tornar o maior herói da mitologia grega por causa das tarefas que o rei
Eristeu exigiu dele. Ao todo serão doze, denominado “Doze Trabalhos” executados pelo herói.
Eram tarefas muito difíceis e, como o herói não possuía armas para realizá-las, os deuses
trataram de ajudá-lo. Ele ganhou uma espada de Hermes, um arco e flecha de Apolo, uma
couraça de bronze de Hefesto, uma túnica de Atena e cavalos de Poseidon. Além dessas armas,
Hercules ainda fez uma clava, com a qual venceu muitos inimigos, tão pesada que somente ele
conseguia erguê-la. Muito bem, o nosso herói está pronto, que venham os trabalhos!
No primeiro trabalho Hércules foi atrás de um leão monstruoso na cidade de Nemeia
que possuía a pele indestrutível. O bicho se escondia no bosque, dentro de uma caverna com
duas saídas e, saía à noite para devorar o que encontrasse pela frente incluindo pessoas e
animais.
O herói se aproximou do monstro e desferiu várias flechadas, porém elas não furavam a pele
tão grossa. Foi aí que Hércules teve outra ideia: fechou uma das entradas da caverna para o
leão não fugir e agarrou-o pelo pescoço, foi apertando, apertando e, acabou matando o animal
por estrangulamento. Estava cumprida a primeira missão. Agora só faltam onze!!!
Conta a mitologia que existia uma hidra vivendo num pântano na região de Lerna que
destruía tudo o que tivesse pela frente com seu hálito mortífero. Era uma serpente enorme de
muitas cabeças. Portanto, mais uma tarefa bastante difícil para o herói, principalmente porque
à medida que uma cabeça do monstro era cortada, nasciam duas no lugar. Felizmente Hércules
pôde contar com a ajuda preciosa de seu sobrinho. Iolau pôs fogo numa floresta próxima e, à
medida que Hércules cortava a cabeça da hidra, ele cauterizava as feridas com um tição aceso.
Vencido o monstro, o nosso herói enterrou-o e colocou uma enorme pedra sobre ele. Hércules
aproveitou e embebeu suas flechas no sangue da serpente que era um poderoso veneno.
Existia um javali enorme que vivia numa montanha escura. O rei pediu que Hércules
trouxesse o animal vivo para ele. Pois bem, o herói aproximou-se da caverna em que ele estava
escondido e se assustou com o tamanho da fera. E agora, o que fazer? Hércules começou a
gritar em plenos pulmões assustando o animal que saiu em disparada em direção a uma
caverna coberta de neve. O javali foi cansando cada vez mais na tentativa de fugir que acabou
sendo conduzido facilmente até o rei. Conta o mito que o rei era muito medroso e, quando viu o
enorme javali na sua frente, escondeu-se dentro de um vaso de bronze.
A próxima missão também exigiu fôlego do nosso herói. Ele precisava capturar uma
corça, sem machucá-la, pois ela era um animal protegido pela deusa Artemis. Segundo o mito,
a corça possuía chifres de ouro, pés de bronze, era pesada como um touro e corria tão rápido
que era impossível alcançá-la. Impossível? Para o nosso herói não existia nada impossível!
Hércules ficou correndo atrás da corça por um ano, até que ela se cansou e foi capturada.
A próxima aventura heroica de nosso personagem foi livrar os gregos de aves gigantes,
cujas penas serviam de dardos para atacar quem quer que as ameaçassem. Essas aves
comiam toda a plantação da região e ainda eram antropófagas. Sabe o que isso quer dizer?
Pois é, devoravam pessoas também! Hércules tentou de toda maneira afugentá-las do interior
da floresta espessa e escura, mas não conseguiu. A deusa Atena resolveu ajudá-lo, pediu a
Hefesto, o deus ferreiro, que fabricasse umas castanholas de bronze. Elas produziam um som
ensurdecedor e fez com que as aves gigantes levantassem voo. Foi então que Hércules,
aproveitando que elas estavam no ar, desferiu flechadas envenenadas com o sangue da hidra,
matando-as.
O rei Eristeu, aquele que exigiu que Hércules executasse os Doze Trabalhos, decidiu
dar uma tarefa humilhante para o herói. Determinou que ele limpasse uns estábulos,
localizados na região do Peloponeso. O detalhe que dificultava a tarefa era que fazia trinta
anos que eles não passavam por uma limpeza. Tinha muito estrume acumulado e a tarefa
deveria ser executada em apenas um dia. Hércules circulou pela região, pensou um pouco e
começou o trabalho: desviou o curso dos dois rios que passavam mais próximo para dentro do
estábulo e a limpeza foi rápida e eficiente.
Existia em Creta um touro enorme que soltava fogo pelas narinas pertencente ao rei
Minos. O animal aterrorizava toda a região porque não tinha controle e devastava tudo o que
encontrava pela frente. Na verdade, esse touro foi um presente de Poseidon para o rei. Conta a
mitologia que o rei ganhou esse presente com a condição de que o sacrificasse em homenagem
ao deus do mar. Porém, Minos gostou tanto do animal que se recusou a fazê-lo e ofereceu em
sacrifício outro touro, na tentativa de enganar Poseidon. Foi aí que o deus dos mares, como
castigo, enlouqueceu o animal para que ele causasse destruição. Essa tarefa foi fácil!
Hércules segurou-o pelos chifres, conseguiu dominá-lo e, montado no animal, percorreu o
longo trajeto de volta para casa.
O rei da Trácia chamado Diomedes tinha quatro éguas que eram alimentadas com a
carne dos navegantes estrangeiros que, por causa das constantes tempestades que ocorriam na
região, eram obrigados a aportar ali. A tarefa de Hércules seria trazer os animais para
Eristeu. Diomedes não consentiu que Hércules levasse as éguas e ainda desafiou o herói para
uma luta. Hércules, com toda a sua força, venceu fácil o embate e cumpriu mais uma missão
conduzindo os animais para Micenas. Segundo a mitologia grega, existia um país fabuloso
no qual viviam mulheres guerreiras chamadas amazonas. A rainha desse país, Hipólita,
possuía um cinturão doado pelo deus Ares, que era muito cobiçado. A filha de Euristeu
pediu a Hércules que trouxesse esse cinto para ela. O herói viajou por muitos dias até
chegar ao reino. A empreitada foi fácil, a rainha acabou por consentir em se desfazer do
cinturão e entregá-lo à Hércules, em troca da liberdade de sua irmã que havia sido tomada
como refém.
O pior estava por vir, pois a próxima tarefa imposta por Euristeu era de dar
arrepios até nos deuses e muito mais em um simples mortal: Hércules deveria descer ao
mundo dos mortos e trazer de lá o cão de estimação do deus Hades. Cerbero não era um cão
comum, ele possuía três cabeças, pescoço de serpente, cauda de dragão e sua função era
guardar a entrada do mundo subterrâneo para que ninguém entrasse ou saísse sem
permissão. E olha que era um serviço cansativo, pois tinha muita alma querendo fugir do
mundo dos mortos. Esse trabalho de Hércules não seria nada fácil. Ele teve que contar,
mais uma vez, com a ajuda dos deuses. Primeiro Zeus precisou autorizar a sua entrada no
mundo de Hades; segundo Atena, que ilumina as trevas, e Hermes que não permite que as
pessoas errem o caminho, precisaram guiar o herói até o destino. Chegando lá, Hades ficou
enfurecido e não quis permitir que Hércules levasse seu cão. Foi aí que o próprio deus do
mundo subterrâneo foi ferido por uma flecha envenenada lançada por Hércules.
Agonizando de dor, Hades, que não acreditava que Hércules conseguisse sequer se
aproximar de Cerbero, consentiu que ele levasse o cão para Micenas, com a condição de que
a captura ocorresse sem ferimentos. Hércules assim o fez: vestiu a couraça e cobriu os
ombros com a pele indestrutível do leão que carregava consigo, agarrou o animal, quase o
sufocando, até que ele se aquietou. Depois disso, deixou o inferno de Hades e dirigiu-se
rapidamente para Micenas. Chegando lá, novamente o rei Eristeu refugiou-se em seu
esconderijo, o vaso de bronze, temendo o cão Cerbero. Diante de tanto pavor, Hércules
acabou devolvendo o animal para Hades.
Finalmente, o último dos trabalhos de Hércules! E talvez por isso, este tenha sido o
mais difícil. Hércules deveria trazer para Eristeu as maçãs de ouro, pertencentes à deusa
Hera, que ficavam numa árvore em um jardim extremamente vigiado. Conta a mitologia que
Hera, quando se casou com Zeus, ganhou essas maçãs de Gaia. Como era um presente muito
valioso, Hera escolheu um lugar especial para guardá-las. Esse lugar era vigiado dia e
noite por um dragão imortal de cem cabeças e por três ninfas. O primeiro e grande problema
de Hércules foi descobrir o caminho a seguir em busca do jardim onde ficavam as preciosas
maçãs. Seguiu perguntando aqui e ali, passou por grandes dificuldades tendo que lutar
contra os filhos de Ares, contra o próprio deus da guerra, contra gigantes, pigmeus, etc, etc,
Quase no fim da jornada, o herói encontrou Prometeu acorrentado em uma rocha. Isso
mesmo! Prometeu é aquele Titã que foi castigado por Zeus por ter roubado o fogo e entregue
para os humanos. Hércules libertou o Titã e, em troca recebeu um conselho: quando
chegasse até o jardim das maçãs de ouro, deveria pedir ao gigante Atlas que as colhesse
para ele. Agradecido, o herói seguiu viagem. Chegando ao jardim, seguiu o conselho de
Prometeu: pediu ao Atlas que colhesse as maçãs, enquanto o substituía na função de
segurar a abóbada terrestre nas costas. Parecia tudo muito fácil, mas não é que Atlas
gostou da missão, trouxe as maçãs e disse à Hércules que ele mesmo as entregaria ao rei
Eristeu. Hércules foi rápido e muito esperto. Fingiu concordar e pediu que Atlas o
substituísse só um minutinho segurando a Terra, que ele precisava por uma almofada nos
ombros para continuar amparando a abóboda terrestre. Foi aí que o herói pegou as maçãs e
retornou com elas para Micenas. Eristeu ficou sem saber o que fazer com as preciosidades,
devolveu-as para o herói que as entregou à deusa Atena e esta as colocou de volta no jardim
das Hespérides.
A ILÍADA: UMA GUERRA QUE ENVOLVEU HERÓIS
A história da Ilíada foi escrita em forma de poema pelo grego Homero. Ela retrata a
guerra de dez anos entre gregos e troianos. Segundo a mitologia grega tudo começou por causa de
uma briga entre as deusas Atena, Hera e Afrodite causada pela deusa da discórdia que ofereceu
uma maçã de ouro para ser dada a mais bela das três. Como nenhum deus do Olimpo ousou
fazer a escolha entre elas, Zeus, para acabar com a confusão, indicou o príncipe de Tróia, Páris
para ser o juiz. Páris vivia no campo cuidando dos rebanhos quando recebeu a visita do deus
Hermes acompanhado das três deusas. Ele foi informado que teria de escolher qual delas era a
mais bonita e oferecer a maçã de ouro. Páris estava numa enrascada, não sabia o que fazer! As
deusas, percebendo a sua insegurança, começaram a fazer promessas: Hera prometeu dar-lhe
muito poder; Atena disse que lhe daria sabedoria e vitória em todos os combates; Afrodite
prometeu o amor da mulher mais bela do mundo, Helena. Páris, sem titubear, deu a maçã de
ouro para Afrodite.
A deusa Afrodite tratou de cumprir o acordo, mandou Páris atrás de sua amada. Só
tinha um probleminha, Helena era casada com o rei de Esparta, Menelau. Isso não desanimou o
príncipe de Tróia, pois ele foi até Esparta, aproveitou-se da ausência de Menelau e raptou
Helena. Quando o rei de Esparta retornou para casa e descobriu o que havia sucedido, ficou
furioso, foi queixar-se para seu irmão Agamenon que convocou, imediatamente, todos os reis
gregos para uma reunião. Ficou decidido que era guerra contra Tróia!
Conta a mitologia que havia heróis e grandes guerreiros dos dois lados e que também os
deuses olimpianos se dividiram na luta e na torcida. Os gregos possuíam Aquiles, Agamenon,
Ulisses, Ajax e outros; enquanto que os troianos contavam com o encantador de cavalos Heitor.
A Guerra teve início com a chegada de inúmeros barcos gregos na região de Tróia. As
batalhas se desenrolavam de igual pra igual, pois as forças eram semelhantes. Os rumos da
guerra começaram a mudar quando o herói Aquiles se desentendeu com Agamenon e foi
humilhado por ele. Com isso, Aquiles acabou se retirando do conflito e a sua ausência foi tão
grande que os gregos começaram a perder uma batalha atrás da outra. Diante disto,
Agamenon, aconselhado pelos outros líderes gregos pediu desculpas e deu até presentes para
Aquiles, mas não adiantou, o herói continuou fora da guerra.
Como os gregos continuavam sendo derrotados, o melhor amigo de Aquiles, Pátroclo,
pediu permissão ao herói para liderar a tropa usando sua armadura como disfarce.
Inicialmente, os troianos ficaram aterrorizados, pois acharam que Aquiles havia retornado à
guerra. Porém, essa impressão durou pouco porque Pátroclo foi morto por Heitor. Aquiles ficou
desolado quando soube da morte do seu grande amigo e decidiu retornar ao combate para vingar
a vida de Pátroclo. Ele entrou em confronto com Heitor e acabou matando o adversário.
Os gregos recobraram ânimo, inspirados por Ulisses que parecia indestrutível. E
realmente Ulisses era quase indestrutível se não fosse pelo seu calcanhar direito! Conta o mito
que, quando o nosso herói nasceu, a sua mãe, para torná-lo invulnerável, mergulhou-o no rio
Estige. Foi um banho rápido com a mãe segurando-o pelo calcanhar direito. Portanto, a única
região do corpo de Ulisses que não molhou com as águas do rio, foi o calcanhar. Infelizmente
Páris, ótimo arqueiro, descobriu o segredo e lançou uma flecha envenenada certeira no calcanhar
do herói. Aquiles caiu agonizando e morreu.
Como a guerra se arrastava por dez anos e os gregos já estavam cansados e com
saudades de casa, Ulisses teve uma grande ideia, inspirada pelos deuses, para tentar por fim às
batalhas: Mandou construir um enorme cavalo de madeira que foi deixado na frente da cidade
de Tróia e, depois, fingiram estarem indo embora. Os troianos, quando perceberam a retirada dos
gregos, abriram os portões da muralha que cercava a cidade e recolheram o grande cavalo de
madeira como símbolo da vitória. E a festança rolou solta até o anoitecer! Quando todos, já
cansados, estavam dormindo, vários soldados gregos saíram da barriga oca do animal de
madeira, abriram os portões da cidade e o restante dos soldados gregos já estavam preparados
para invadir Tróia.
A ODISSEIA: O DIFÍCIL RETORNO DE UM HERÓI AO LAR
A Odisseia narra o retorno do herói Ulisses para sua casa na ilha de Ítaca depois da
guerra de Tróia. Essa história foi escrita por um poeta grego chamado Homero em forma de
versos. O retorno de Ulisses, também chamado de Odisseu, não foi fácil, pois ele e seus
companheiros enfrentaram muitas dificuldades e somente o herói retornou para sua cidade
natal, depois de mais de 10 anos perdido no mar e em terras distantes.
Depois que deixaram Tróia, Ulisses e seus companheiros passaram pela primeira
grande dificuldade quando chegaram numa terra em que viviam os ciclopes, gigantes de um
olho só. Um dos gigantes, chamado Polifemo, filho de Poseidon, prendeu Ulisses e os
companheiros na caverna em que ele vivia juntamente com suas ovelhas e devorou seis deles.
Ulisses tentou conversar com o ciclope, dizendo que seu nome era Ninguém e ofereceu vinho ao
gigante para embebedá-lo. Quando Polifemo estava embriagado, Ulisses cegou o seu único olho
com uma estaca. O gigante gritou por socorro, porém os outros ciclopes, seus colegas, não o
acudiram porque acharam que ele estava ficando maluco, uma vez que ele gritava a seguinte
frase: “Ninguém está me matando”! E assim os gregos conseguiram escapar da gruta, sem
serem percebidos pelo gigante, amarrados na barriga das ovelhas. Porém, muitos perigos
estavam por vir, pois Ulisses não sabia que o gigante que acabara de cegar era filho de
Poseidon. O deus dos mares enviou terríveis tempestades para castigar os viajantes.
Sem rumo, Ulisses parou numa ilha e acabou ganhando do deus dos ventos Éolo um
saco contendo todos os ventos que o levaria de volta para casa. Quando o herói se descuidou, os
seus homens, curiosos, abriram o saco e foi aquela ventania! As embarcações foram parar
muito longe do destino pretendido; primeiro numa ilha pertencente aos gigantes lestrigões, que
destruíram vários navios e, depois, numa ilha habitada por uma feiticeira chamada Circe. Essa
mulher transformou os homens de Ulisses em porcos, sendo que Ulisses se livrou do feitiço
porque o deus Hermes deu a ele uma porção que o tornava imune. No final, a feiticeira acabou
desfazendo o feitiço e ainda aconselhou Odisseu a visitar a morada dos mortos para saber o
que fazer para retornar ao lar.
O herói conseguiu fazer um fosso que dava acesso à morada dos mortos e conversar
com Tirésias o adivinho, com sua mãe e até com o espírito de Aquiles. Ficou sabendo que
precisava retornar logo, pois seu reino estava ameaçado por invasores. E realmente isso era
verdade, pois sua esposa Penélope e seu filho Telêmaco estavam sendo pressionados para
que escolhessem um dos muitos pretendentes a casamento com a rainha para tornar-se o novo
rei de Ítaca. Definitivamente, o rei precisava retornar o mais depressa possível para salvar o
seu lar!
A viagem prosseguiu e as aventuras perigosas também. Passaram pelas sereias que
encantavam os marinheiros fazendo-os mergulharem no mar e morrerem afogados. Porém,
Ulisses, conhecedor do encantamento, ordenou que seus homens vedassem os ouvidos. Depois,
conheceram Cila, um monstro de seis cabeças que devorava as pessoas. Foi aí que Odisseu
perdeu mais seis de seus homens engolidos pela fera. Aportaram na ilha do deus Hélio e
Ulisses já sabia que não poderiam tocar nas enormes e apetitosas vacas gordas pertencentes
à divindade, pois fora avisado por Tirésias. Mesmo depois de tantas advertências, os
marinheiros não resistiram e fizeram um churrasco com alguns dos animais. Hélio ficou
furioso e pediu a Zeus para fulminar as embarcações. Destruição total, só restou um único
sobrevivente, Ulisses, que chegou sozinho na ilha da ninfa Calípso. A ninfa gostou tanto dele
que deu um jeito de não deixá-lo sair dali. Depois de sete anos com Ulisses vivendo
enfeitiçado pela ninfa, o deus Hermes vai até ela e exige que e o deixe partir. Isto aconteceu
porque os deuses se reuniram, escondidos de Poseidon e, decidiram que era hora de Ulisses
retornar para casa.
Ulisses fez uma jangada e seguiu, rumo à sua casa, porém Poseidon, que ainda
estava muito zangado com ele, mandou outra tempestade para destruir a embarcação. Desta
vez, quase que nosso herói não sobrevive. Ele acordou numa praia, despertado pelos risos das
moças que brincavam na areia. Ulisses se apresentou para as meninas que o conduziram até
o rei da ilha. O rei ofereceu um banquete para o herói e o encorajou a contar toda a sua
história. Comovido com o relato das dificuldades que vitimaram Ulisses, o rei providenciou
seu retorno para Ítaca.
Quando Ulisses aportou na ilha, foi aconselhado pela deusa Atena a vestir um
disfarce de mendigo para sondar o que tinha acontecido por lá na sua ausência. Foi aí que ele
percebeu que seu filho e sua esposa estavam com sérios problemas: sua casa tinha sido
invadida por um monte de pretendentes que abusavam da hospitalidade oferecida e ainda
exigiam que Penélope escolhesse um deles para ser o rei de Ítaca. No dia da escolha do
futuro rei, Penélope se apresentou e disse que o escolhido seria aquele que conseguisse por a
corda no poderoso arco de Ulisses. Os pretendentes tentaram um a um e ninguém conseguiu;
aí foi a vez de Ulisses que, facilmente, executou a tarefa, tão conhecida dele. Penélope o
reconheceu imediatamente e correu até ele com um abraço saudoso. Telêmaco, que já sabia do
disfarce, ajudou seu pai a castigar os pretendentes mal educados. Conta a História que
Ulisses ficou tão acostumado com as aventuras longe de casa que logo começou planejar
nova jornada à procura de outras aventuras.
Quanta imaginação dos gregos hein? Como é que eles conseguiram pensar
em mitos com tantos detalhes! Pois é, pessoal, esses mitos não servem só
para nos distrair ou para elogiarmos a imaginação dos povos que os
criaram. Você sabia que as narrativas mitológicas são fontes históricas que
os historiadores utilizam para investigar o passado dos gregos? Dentro de
cada mito é possível retirarmos informações valiosas sobre a história desse
povo. Muito bem, então vamos “brincar” de historiadores.
A proposta é a seguinte: vamos reler o mito que vocês apresentaram sob a forma de
contação de histórias e, como verdadeiros historiadores, identificar as informações
históricas contidas nele. Em seguida, vamos escrever um pequeno texto sobre o que
você conseguiu perceber.
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UNIDADE III – Os heróis gregos e os nossos super-heróis
AULAS 27, 28, 29, 30, 31 e 32
OS ARGONAUTAS, A LIGA DA JUSTIÇA, OS VINGADORES: O QUE ELES TÊM
EM COMUM?
OS ARGONAUTAS – narrativa mítica contada pelo professor (a)
Segundo a mitologia grega, Jasão era filho de um rei que acabou perdendo o trono
para seu meio-irmão que era muito malvado. A mãe de Jasão, temendo pela vida do filho que
era ainda muito pequeno, pediu que o centauro Quirão tomasse conta dele.
O nosso herói ficou bastante tempo sob os cuidados do centauro até que, com 20 anos
de idade, Jasão resolveu retornar à sua cidade natal. O rei viu Jasão chegando e recordou-se
de uma profecia que havia ouvido de um oráculo que dizia que ele deveria “desconfiar de um
homem que tivesse apenas uma sandália”. Pois é, Jasão chegou vestido de uma maneira muito
estranha para os costumes da região: usava uma pele de pantera nas costas, segurava uma
lança em cada mão e calçava apenas uma sandália no pé direito.
O rei que, como já sabemos, tomara o trono do pai de Jasão, ficou intrigado e resolveu
se livrar logo do sobrinho, dando-lhe uma tarefa impossível de ser cumprida. Chamou Jasão
para perto e lhe disse que o trono seria seu se provasse que era corajoso e esperto o suficiente
para ser um rei. Foi então que o tio malvado lhe deu uma missão impossível de ser executada:
Jasão deveria trazer o velocino de ouro.
Jasão não se deu por vencido, espalhou a notícia pela região de que estava
empreendendo uma longa viagem e convidou vários heróis e príncipes valentes para seguirem
com ele. Conseguiu reunir mais de 50 heróis e entre eles tinham alguns famosos como
Hércules, Orfeu, Peleu e Polideceus. Esse grupo de heróis ficou conhecido como os Argonautas
porque eles viajaram por muito tempo no navio Argos, liderados por Jasão, na busca pelo
velocino de ouro.
Nessa viagem, enfrentaram vários perigos e obstáculos, como por exemplo: grandes
tempestades, povos hostis, batalhas sangrentas, etc. Uma das maiores dificuldades vividas
pelos argonautas foi quando precisaram passar, com o navio Argos, por uma região entre
paredões de rochedos que se moviam e esmagavam qualquer coisa que estivesse no meio.
Bem, era preciso pensar numa saída para o problema. Os argonautas aportaram numa
região chamada Trácia e, conheceram Fineu, que deu algumas dicas de como ultrapassar os
rochedos. Segundo Fineu, era preciso soltar uma pomba entre os rochedos, se ela conseguisse
cruzar sem ser esmagada, seria a permissão para que o Argos passasse. Nossos Heróis
assim o fizeram. Soltaram uma pombinha que voou e, aparentemente tudo ia bem, até que os
rochedos começaram a se fechar cortando as penas maiores da pomba. Os argonautas
ficaram a postos esperando o rochedo se abrir e então remaram com todas as forças entre os
paredões. Foi um sufoco! Felizmente, os argonautas conseguiram atravessar bem na hora
em que as rochas se chocaram. O Argos sofreu poucas avarias e depois disso, nunca mais as
rochas se movimentaram. As embarcações puderam passar livremente pela região.
Depois de muitas aventuras perigosas, os argonautas chegaram ao destino em busca
do velocino de ouro. Como essa tarefa era para Jasão, ele foi falar com o rei que não quis
facilitar a vida do herói. O rei disse a Jasão que ele só levaria o velocino de ouro para casa
se cumprisse um desafio considerado impossível: domar dois touros que expeliam fogo
pelas narinas; amarrá-los num arado; arar a terra; semear dentes de dragão que o rei
ganhara da deusa Atena; dominar os gigantes que nasceriam dessa semeadura e matar o
dragão que guardava o velocino, no bosque do deus Ares.
Jasão ficou desanimado, pois realmente era uma missão impossível. Porém, o que
ele não sabia era que poderia contar com uma aliada poderosa – Medéia – uma feiticeira,
filha do rei, que estava apaixonada pelo herói e resolveu ajudá-lo. Medeia passou um
perfume em Jasão que tornou o seu corpo invulnerável ao fogo expelido pelos touros e
ainda sugeriu que ele jogasse uma pedra no meio dos gigantes, que começaram a brigar
entre si acreditando que haviam sido agredidos por um dos seus.
Com isso, Jasão cumpriu parte da tarefa, mas ainda faltava dominar o dragão
que cuidava do velocino. Para isso contou com a ajuda da música encantadora de Orfeu
que fez o dragão adormecer. Jasão roubou o velocino de ouro e, acompanhado de Medeia,
fugiram para o navio.
O retorno dos heróis também não foi fácil, mas o fato é que, depois de muitas
peripécias, Jasão voltou e tornou-se o rei de Iolco.
OS VINGADORES – filme exibido numa seção de cinema
Sinopse – O filme “Os vingadores” retrata a reunião e a ação de vários super-heróis
para combater um inimigo inesperado que surge ameaçando a segurança do
mundo. Nick Fury (Samuel L. Jackson), diretor da agência internacional de paz
conhecido como SHIELD, será o responsável pelo recrutamento da equipe que terá
a missão de livrar o mundo de uma possível destruição: Homem de Ferro (Robert
Downey Jr.), Capitão América (Chris Evans), Thor (Chris Hemsworth), Hulk (Mark
Ruffalo), Gavião Arqueiro (Jeremy Renner) e Viúva Negra (Scarlett Johansson). O
filme foi baseado na popular série de revistas em quadrinhos da Marvel "The
Avengers”, publicada pela primeira vez em 1963.
A LIGA DA JUSTIÇA – Leitura de história em quadrinhos
Você percebeu que, em alguns aspectos, somos muito parecidos com os
povos lá da antiguidade? Pois é, assim como eles, nós criamos mitos
para explicar o que não entendemos e também temos os nossos superheróis para nos livrarem dos perigos imaginários mais difíceis.
Para finalizarmos esta atividade escreva uma breve narrativa sob o tema: “Os heróis
do passado grego e os nossos super-heróis, o que eles têm de semelhanças e de
diferenças?”.
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A última aula de implementação do Projeto de Intervenção pedagógica
será
realizada
com
a
aplicação
de
um
questionário
intitulado
“Investigação das possíveis apreensões conceituais feitas pelos alunos
após a aplicação da Produção didático-pedagógica” que pode ser
encontrado no final desta produção como Apêndice 2.
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
Esta produção didático-pedagógica tem como principal objetivo desenvolver
sugestões de atividades utilizando a contação de histórias míticas como um meio de
ensinar e aprender a história da antiguidade grega. O que se pretende perceber é o
quanto essa metodologia pode facilitar o ensino e aprendizagem da disciplina de
História para alunos de 6º ano.
A contação de histórias é bastante utilizada, principalmente nas séries iniciais
do Ensino Fundamental, como uma estratégia importante no processo do ensino e
da aprendizagem. Por isso, procurou-se, por meio desta produção dar continuidade
a uma prática que demonstra ter o potencial de aproximar afetivamente os alunos do
professor e despertar o gosto do alunado por uma determinada disciplina, como uma
forma de amenizar as dificuldades encontradas nessa fase de transição entre os
anos iniciais e finais do Ensino Fundamental.
Existem vários autores que tratam das técnicas que devem ser utilizadas para
se aprimorar a habilidade de contar histórias. Dentre eles deu-se destaque, neste
trabalho, a Machado (2004) por considerar a proximidade de concepção da autora
sobre a narrativa de tradição oral e a proposta desta Produção didático-pedagógica.
A referida autora inicia sua obra relatando sobre a importância dessa atividade para
o desenvolvimento do ser humano. Segundo ela, as questões da pós-modernidade
chegam até nós, pessoas comuns, mostrando nossa impotência com relação a elas.
Sentimos medo de quase tudo e já não sabemos nosso lugar no mundo. É no meio
desse caos de início de milênio que a imaginação criadora pode surgir “como
possibilidade humana de conceber o desenho de um mundo melhor” (p.15). O
exercício da imaginação, promovido pelo ato de contar e ouvir histórias,
desempenha um papel relevante no processo de construção do conhecimento. Além
disso, “contar histórias constitui-se numa experiência de relacionamento humano de
qualidade única, insubstituível” (p.33).
A autora utiliza várias metáforas para descrever os passos a serem seguidos
durante a escolha e o preparo de uma narrativa oral. O narrador deve “conversar”
com a história para tentar responder a duas perguntas: “O que você tem para mim”,
que seriam as informações contidas na narrativa e, “O que eu tenho para você”,
referindo-se ao repertório de habilidades pessoais do contador de histórias.
Portanto, para se contar uma história, o narrador deve encarar a atividade sob essas
duas perspectivas.
“O que você tem para mim” – características do conto
- seleção do conto (no caso desta proposta, o mito) para ser definida a sequência
narrativa sob a forma de um esquema.
- observar as qualidades de cada parte da história para se perceber os seus
elementos constitutivos.
- estudar os personagens.
“O que eu tenho para você” – o papel do narrador
Machado (2004), afirma que não existe uma receita pronta para ensinar uma pessoa
a ser boa contadora de histórias, aliás, isso não se ensina, mas, segundo ela, se
aprende. Antes de saber como contar, é preciso que a pessoa tenha claro para si o
“por que” contar. “A intenção é o que move e dá sentido à experiência de contar
histórias” (p.70). O contador de histórias deve exercitar habilidades de observador,
do uso da imaginação, da curiosidade, do senso de humor, bem como deve
conhecer as possibilidades expressivas dos gestos corporais, do olhar e da voz.
Para, então, escolher a técnica que utilizará, ou seja, o modo de contar a história,
levando em conta sua intenção.
O processo de aprendizagem do contador de história necessita de preparo e
segue por três etapas:
1- Preparação geral – o contador de história deve estabelecer a sua intenção, ou
seja, o objetivo que se pretende atingir para, a partir daí, escolher a narrativa
a ser apresentada.
2- Preparação para contar a história escolhida – formulação da sequência
narrativa, estudo dos personagens, escolha da técnica a ser utilizada (leitura
ou contação da história) e recursos cênicos.
3- Preparação na hora de contar – escolha de um espaço neutro para evitar
interferência de imagens ou sons alheios à apresentação; montagem dos
recursos cênicos (opcional, depende da intenção do narrador).
Finalmente, a autora coloca que não seria adequado redigir um manual a ser
seguido para a arte de contar histórias e reitera a importância dos contadores de
histórias:
“Mais do que nunca, precisamos, no mundo de hoje, descobrir aquilo que é
essencialmente importante. Bons contadores de histórias têm uma função
inigualável nessa tarefa, parte da aventura eternamente humana de buscar e
distinguir qualidades, tais como se manifestam em tudo que existe.”
(MACHADO, 2004. P. 205)
Considerando a extensão desta Produção didático-pedagógica, optou-se por
detalhar o encaminhamento das atividades propostas da forma que se apresenta
abaixo:
Aula 1
Objetivos
- Investigar a ideias históricas prévias dos alunos sobre a temática a ser trabalhada
nesta proposta.
- Compreender as narrativas míticas como a forma com que um determinado povo
tenta explicar a origem de certas coisas ou fenômenos.
Nesta primeira aula será apresentado o projeto “A experiência do mito por
meio da contação de histórias”. Como primeira atividade, os alunos responderão a
um pequeno questionário com o objetivo de investigar o conhecimento prévio deles
sobre o tema a ser trabalhado na proposta. Esse questionário encontra-se no final
desta produção nominado como “Apêndice 1 - Investigação das ideias históricas
prévias dos alunos”. Em seguida os alunos irão fazer a leitura do texto,
acompanhada de comentários do professor reforçando o conceito de mito enquanto
verdade, como uma tentativa das pessoas, e isso envolve povos de todas as
épocas, de explicar certos acontecimentos ou a existência de determinadas coisas.
A aula será finalizada com a aplicação de uma atividade para reafirmar o conceito
sobre mitos.
Aulas 2 e 3
Objetivos
- Identificar a forma com que os gregos explicavam a origem do Universo, dos
deuses e dos homens.
- Compreender que a nossa civilização ocidental também tem explicações diferentes
para a origem do mundo.
Nessas aulas têm início a prática da contação de história feita pelo professor
narrando a forma como os gregos concebiam o princípio de tudo. A proposta para
esta atividade é a utilização de imagens para serem exibidas aos alunos, na medida
em que a narrativa oral se desenvolve. Podem ser utilizadas imagens virtuais e
exibidas na TV Pen-drive, ou sob a forma de desenhos. Sugere-se também a
confecção de uma caixa – a Caixa da Pandora – para encenar as desgraças se
espalhando pela humanidade.
Num segundo momento, serão exibidos os vídeos que tratam dos temas:
criacionismo e evolucionismo. A aula será finalizada com a participação dos alunos
colocando suas reflexões sobre as diferentes formas de explicar a origem de tudo
que nos cerca.
Aula 4
Objetivos
- Compreender os gregos como um povo politeísta.
- Perceber que os jogos olímpicos se originaram na Grécia e que estes eram
realizados para homenagear Zeus, o principal deus grego.
A narrativa mítica sobre Zeus será contada pelo professor que, ao terminá-la,
irá montar uma árvore genealógica, com o auxílio dos alunos, representando o
panteão de deuses gregos. Em seguida, os alunos serão levados a responderem
questões rápidas sobre o texto. A aula será concluída com a exibição de um vídeo
que traz informações sobre as olimpíadas gregas.
Aulas 5 e 6
Objetivos
- Identificar a localização da Grécia na antiguidade.
- Analisar a diferença de território entre a Grécia do passado e a do presente.
- Compreender a importância do mar na vida dos gregos antigos.
As aulas terão início com a leitura da localização geográfica da Grécia antiga
para, em seguida partir-se para a análise do mapa. O Professor deverá explorar
essa fonte levando os alunos a observarem todas as informações possíveis para
que respondam as questões sobre o mapa. Para segunda aula, pretende-se utilizar
o livro didático como fonte de pesquisa sobre as atividades econômicas praticadas
pelos gregos que estavam relacionadas à extensa costa marítima. No caso de o
manual didático adotado pela escola não conter essas informações, o professor trará
outros livros para sala de aula. As atividades serão encerradas com a leitura do mito
sobre o deus grego dos mares e com a resposta da questão levantada sobre a
possível relação entre o mito de Poseidon e a presença constante do mar na vida da
maioria dos gregos.
Aula 7
Objetivo
- Compreender que a grande civilização grega do passado é resultado da
miscigenação de vários povos que ocuparam a região.
Nesta aula será feito a leitura do texto “Quem eram os gregos?” para posterior
comentário do professor como forma de chamar a atenção para detalhes sobre o
que foi lido. Em seguida os alunos procederão à resolução das atividades.
Aula 8
Objetivo
- Analisar a relação dos povos da antiguidade com a natureza.
O mito de Deméter é muito instigante e, por isso, tona-se uma boa história
para ser contada performaticamente utilizando bonecos. Nessa narrativa mítica deve
ser explorada a explicação dos gregos para alguns elementos da natureza como as
estações do ano, bem como a dependência dos povos da antiguidade dos
fenômenos da natureza. Após a narrativa mítica apresentada, os alunos resolverão
as questões solicitadas.
Aula 9
Objetivo
- Compreender que a Grécia antiga era constituída por cidades-Estados
independentes entre si.
A narrativa mítica que relata o nascimento da deusa Atena e a disputa com
Poseidon pelo padroado da cidade de Atenas será apresentada aos alunos como
um texto a ser lido de forma silenciosa. Depois da primeira leitura, eles serão
orientados a fazerem um levantamento das palavras desconhecidas por meio de
uma segunda leitura. Feito isto, será trabalhado com dicionário para os alunos
buscarem o significado das palavras elencadas. O professor deve destacar as
palavras sugeridas na atividade, pois elas envolvem conceitos essenciais para a
compreensão da história da Grécia antiga.
Aula 10
Objetivo
- Analisar a diferença na forma de governo existente entre as polis de Esparta e de
Atenas.
A aula será iniciada com o mito de Ares o deus grego da guerra. Por
considerar que muitos alunos sentem bastante curiosidade por esse tema, é
interessante iniciá-la com uma imagem de Ares para seguir a contação do mito. O
texto que trata brevemente da formação da polis grega deve ser lido e comentado
pelo professor, destacando que “a formação anterior (à polis), uma sociedade
camponesa e guerreira”, foi denominada genos. Os alunos serão orientados a
responderem as questões levantadas.
Aulas 11, 12, 13 e 14
Objetivo
- Compreender que as polis gregas apresentavam diferenças culturais, políticas e
econômicas entre si que as definiam como cidade-Estado.
Inicia-se a aula com a exibição do vídeo pertencente à série “Grandes
Civilizações” que fala sobre as polis de Esparta e Atenas. Esse vídeo é interessante
e apresenta o tema com uma linguagem apropriada à idade dos alunos de 6º ano. O
professor deve, ao final do filme, explorar a primeira impressão dos alunos com
relação às diferenças entre as polis mostradas no vídeo para, em seguida
apresentar, de forma esquemática, a primeira parte do texto sobre a cidade-Estado
de Esparta. Num segundo momento, os alunos serão convidados a fazerem a leitura
da outra parte do texto sobre Esparta que relata a educação dos meninos. O
professor deve promover uma reflexão sobre a diferença na forma da educação
oferecida aos meninos e às meninas. Na terceira aula, o tema será a polis de
Atenas. O professor deverá apresentar a primeira parte do texto de forma
esquemática e os alunos lerão a parte em que fala educação dos meninos e
meninas para, novamente, serem instigados pelo educador a refletirem sobre o
tema. Esse assunto se encerra com a realização das atividades sugeridas.
Aula 15
Objetivos
- Analisar a relação existente entre a guerra greco-pérsica, o fortalecimento da polis
de Atenas e a Guerra do Peloponeso.
- Compreender os fatores que levarão ao enfraquecimento das polis gregas,
resultando no domínio macedônico.
Os alunos serão reunidos em grupos, receberão material sobre o tema a ser
pesquisado e deverão fazer uma síntese do assunto respondendo três questões
básicas: O que foi; quando aconteceu; por que aconteceu. Em seguida socializarão
o que foi sintetizado para os outros colegas.
Aulas 16, 17 e 18
Objetivos
- Refletir sobre a universalização de determinados valores que levam à
discriminação daqueles que não se enquadram nos modelos pré-determinados.
- Caracterizar a arte grega reconhecendo-a como inspiradora de artistas em todos
os tempos dentro da cultura ocidental.
A narrativa mítica sobre Afrodite e Hefesto será contada pelo professor
utilizando imagens. Os alunos serão deverão refletir sobre a discriminação que o
deus mitológico sofria e relacionar esse fato às situações discriminatórias que
existem dentro da escola. Concluir a primeira aula com a realização das atividades.
A segunda aula desse bloco será sobre a pintura grega em vasos. O professor
deverá caracterizá-la e, em seguida os alunos irão trabalhar essa arte utilizando
desenhos. O próximo passo será uma atividade prática sobre o teatro grego que se
iniciará com o professor apresentando as características dessa arte. Os alunos
confeccionarão máscaras, uma das peculiaridades do teatro na Grécia antiga.
Aulas 19 e 20
Objetivos
- Compreender a religião da antiguidade grega como uma prática politeísta.
- Refletir sobre as diferenças entre as práticas religiosas da antiguidade.
A aula terá início com a narrativa mítica sobre o deus grego Hades, feita pelo
professor. Em seguida, os alunos farão a leitura do texto que relata algumas crenças
dos gregos sobre a vida após a morte e responderão às questões colocadas. Esse
tema será finalizado com a construção de um breve texto pelos alunos abordando a
religião grega.
Aulas 21, 22, 23, 24, 25 e 26
Objetivos
- Identificar a diferença entre os heróis e os deuses gregos.
- Compreender as etapas a serem seguidas no preparo da apresentação do mito por
meio da contação de histórias.
- Analisar os mitos enquanto fonte histórica identificando as informações históricas
contidas neles.
- Reforçar o sentimento de cooperação entre os colegas.
- Despertar o gosto pela disciplina de História.
Para iniciar esta atividade será feito uma breve leitura do texto que relata a
origem mitológica dos heróis gregos. Em seguida o professor deverá orientar os
alunos sobre os passos da atividade:
- Formação dos grupos
- Definição do tema para cada equipe
- Leitura individual do mito selecionado
- Definição do material que será produzido pelas equipes para auxiliar na contação
da história
- Confecção do material
- Ensaio geral
- Apresentação
Esta atividade será finalizada com os alunos tentando analisar a narrativa
mítica enquanto fonte histórica para levantarem informações que nos ajudariam a
conhecer certos aspectos da cultura grega.
Aulas 27, 28, 29, 30, 31 e 32
Objetivos
- Compreender que todos os povos, em todos os tempos, criaram e criam seus
mitos.
- Relacionar os heróis gregos da antiguidade com os super-heróis da atualidade
identificando semelhanças.
As ações pensadas para se trabalhar esse tema começam com o professor
apresentando a saga dos argonautas (reunião de heróis gregos, liderados por
Jasão, que sairão em busca da pele de carneiro com lã de ouro – velocino de ouro),
para promover uma conversa entre os alunos sobre a reunião de super-heróis que
eles conhecem. Em seguida será exibido o filme “Os vingadores”, numa seção de
cinema, seguido da leitura de uma série das histórias em quadrinhos (pode ser na
versão on line, facilmente encontrada em vários sites) sobre os super-heróis
reunidos na “Liga da Justiça”. Depois dessas três atividades, os alunos serão
orientados a elaborar um texto relatando suas impressões referentes à reunião de
heróis do passado e dos super-heróis do presente destacando as semelhanças e as
diferenças percebidas.
O projeto de implementação irá se encerrar com a aplicação de um
questionário para os alunos com o objetivo de sondar possíveis apreensões
conceituais sobre o tema trabalhado. Esse questionário encontra-se no final desta
proposta e está nominado como “Apêndice 2 - Investigação das possíveis
apreensões conceituais feitas pelos alunos após a aplicação da Produção
didático-pedagógica”.
Para finalizar, é necessário explicitar a concepção de avaliação que norteia as
ações pedagógicas detalhadas nesta produção. Segundo as DCEs (2008), a
avaliação deve estar a serviço da aprendizagem de todos os alunos não podendo,
portanto, ter um caráter meramente classificatório. O principal objetivo da avaliação
é levar o aluno e o professor a perceberem o que não foi devidamente apreendido
para direcionar novas abordagens do conteúdo. Os critérios avaliativos devem ser
estabelecidos de forma democrática entre professor e alunos para que estes sintamse participantes desse processo. Nessa perspectiva, o presente trabalho será
desenvolvido utilizando vários instrumentos avaliativos para privilegiar as formas de
avaliação diagnóstica e formativa propostas por Luckesi (2002). Será observado a
participação e o envolvimento dos alunos nas atividades elencadas na produção,
bem como possíveis mudanças conceituais e atitudinais.
REFERÊNCIAS
BRANDÃO, J. S. Mitologia grega. Petrópolis: Vozes. v. I.1986.
BRANDÃO, J. S. Mitologia grega. Petrópolis: Vozes. v. II. 1987.
BRANDÃO, J. S. Mitologia grega. Petrópolis: Vozes. v. III. 1987.
ELIADE, M. Mito e realidade. São Paulo: Perspectiva.1972.
FLORENZANO, M. B. B. Nascer, viver e morrer na Grécia antiga. São Paulo:
Atual. 1996.
FUNARI, P. P. Grécia e Roma. São Paulo: Contexto. 2002.
FONSECA, A.B.S. “Era uma Vez...” A prática docente revisitada pela contação
de histórias. 2004. 201 f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade de
Uberaba, Uberaba. Disponível em: http://www.uniube.br/biblioteca/novo/base /teses /
BU000051532.pdf. Acesso em: 15 de jun.2014.
LUCKESI, C.C. Avaliação da aprendizagem escolar. 14 ed. São Paulo: Cortez,
2002.
MACHADO, Regina. Acordais: fundamentos teóricos-poéticos da arte de contar
histórias. São Paulo: DCL. 2004.
NOVA ESCOLA: em busca do corpo perfeito. São Paulo: Abril, ago. 2004.
Mensal. Disponível em: <http://revistaescola.abril.com.br/formacao/busca-corpoperfeito-424326.shtml>. Acesso em: 07 nov. 2014.
OS VINGADORES. Direção de Joss Whedon. Produção de Kevin Feige. 2012. 1 dvd
(142 min.), son., P&B. Dublado.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação
Básica: História. Curitiba: SEED. 2008.
TV ESCOLA. Série Grandes Civilizações. Disponível em: <http://www.youtube.com/
watch?v=tsKVzXJleKE>. Acesso em: 07 nov. 2014.
WILKINSON, P. Mitos & lendas. Tradução de Angela Maria Moreira Dias; Jeferson
Luiz Camargo; Simone Campos. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2010.
APÊNDICE 1 - Investigação das ideias históricas prévias dos alunos
1-Qual é a matéria escolar preferida por você?
_________________________________________________________
2-Qual é a matéria escolar que você menos gosta?
_________________________________________________________
3-Você sabe o que é mitologia? ( ) sim ( ) não
Explique: _________________________________________________
4-Você conhece algum mito grego? ( ) sim ( ) não
Qual? ____________________________________________________
5-Escreva algo que você sabe sobre os gregos da antiguidade.
_________________________________________________________
APÊNDICE 2 - Investigação das possíveis apreensões conceituais feitas pelos
alunos após a aplicação da Produção didático-pedagógica:
1-Qual é a matéria escolar preferida por você?
____________________________________________________________
2-Qual é a matéria escolar que você menos gosta?
____________________________________________________________
3- Você sabe o que é mitologia? ( ) sim ( ) não
Explique:_____________________________________________________
4-Você conhece algum mito grego? ( ) sim ( ) não
Qual? _______________________________________________________
5-Escreva algo que você sabe sobre os gregos da antiguidade.
____________________________________________________________
6-Leia atentamente as questões abaixo e escreva, ao lado de cada uma, a que tipo
de acontecimento pertence. Se, ACONTECIMENTO HISTÓRICO (AH) ou
ACONTECIMENTO MITOLÓGICO (AM).
a- A civilização grega foi formada por vários povos que chegaram na região:
eólios, jônios e dórios ________________________
b- Hades, o deus do submundo, tinha um cão chamado Cérbero.
_________________
c- Zeus habitava o monte Olimpo juntamente com outros deuses.
______________________
d- A Grécia era formada por Cidades-Estado, isto é, eram independentes entre
si. ____________________
e- O deus ferreiro Hefesto era casado com a deusa do amor Afrodite
_______________________
f- A polis de Atenas tinha uma forma de governo baseada na democracia
_________________
g- Os meninos espartanos eram criados para serem guerreiros
______________
h- Atena e Posseidon fizeram uma disputa para decidir quem seria a divindade
protetora da polis de Atenas ________________
i- Prometeu roubou o fogo de Zeus e entregou aos humanos ___________
j- Os gregos eram politeístas, pois cultuavam vários deuses ___________
7-Complete as frases:
a- Eu gosto das aulas de história quando: _______________________
b- Eu não gosto das aulas de história quando: ____________________
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