Como vimos anteriormente, os sockets, o CORBA e o Java RMI tiveram um sucesso considerável, mas apresentam limitações quando usados em ambientes Web. Por exemplo, tendem a criar sistemas distribuídos fortemente acoplados e usam protocolos e formatos proprietários. Com o crescimento da Internet, os investigadores começaram a procurar uma tecnologia substituta que se ajustasse às características da Web. Neste capítulo, veremos que a solução encontrada foram os Web Services. Estes representam serviços independentes de um sistema distribuído, que possuem uma interface genérica e que podem ser acedidos a partir de qualquer plataforma e linguagem que implemente os protocolos normalizados associados a esta tecnologia. Os serviços são descritos, incluindo a estrutura da interface, os requisitos do negócio, os processos, os termos e as condições de uso. Clientes ou consumidores lêem essas descrições e entendem as funcionalidades e capacidades dos serviços. O movimento dos Web Services tem dado ênfase em promover a colaboração B2B recorrendo a processos de negócios integrados. Empresas, como a Oracle, a SAP e a PeopleSoft, já fornecem ferramentas incorporadas nos seus produtos que suportam serviços. 8.1 Introdução Como vimos ao longo deste livro, a projecção de aplicações distribuídas foi introduzida nos anos 80. A investigação nesta área levou ao desenvolvimento de arquitecturas de objectos distribuídos nos anos 90. As plataformas de middleware distribuídas propostas, tais como o RPC, o CORBA, o DCOM e o Java RMI têm todas limitações em ambientes Web. Embora estas soluções forneçam infra-estruturas essenciais para o desenvolvimento de aplicações distribuídas, as suas características não se adequam aos requisitos actuais por não utilizarem tecnologias abertas e amplamente divulgadas na Internet. Por exemplo, o CORBA utiliza o protocolo IIOP, o que impede a comunicação entre empresas protegidas por firewalls (caso não tenham sido programadas para receber tráfego IIOP). O Java RMI está limitado à linguagem Java, enquanto que o DCOM usa protocolos proprietários. © FCA - Editora de Informática