A IMPORTÂNCIA DAS INFORMAÇÕES NA CONTABILIDADE

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A IMPORTÂNCIA DAS INFORMAÇÕES NA CONTABILIDADE GERENCIAL
Gardel Dias da Assunção1
RESUMO
Hodiernamente, existe uma enorme preocupação dos governantes e gestores com a situação
econômica, financeira e social das entidades empresariais, até mesmo pelas necessidades dos
usuários da informação contábil. Na área da contabilidade gerencial, a mesma apresenta itens
relevantes, priorizando a forma de entendimento dentro de um conjunto de dados contábeis,
como o mesmo deve ser considerado como peça gerencial da empresa, para a produção de
informações e auxílio dos gestores. Por conseguinte, o trabalho apresenta os elementos que
embasam os resultados, ou seja, os relatórios emitidos pelo trabalho da auditoria interna e
auditores independentes, como forma confiável de demonstração do comportamento da
entidade e da segurança das informações para com os usuários.
PALAVRAS CHAVE: Informações Contábeis. Tomada de decisão. Gestão
ABSTRACT
Currently, there is a major concern of leaders and manager with the economic, social and
financial business entities, even the needs of users of accounting information. In the area of
management accounting, it presents relevant items, prioritizing the form of understanding
within a set of accounting data and how it should be considered as a part of the management
company for the production of information and assistance from managers. Therefore, it
presents the elements that underlie the results, ire, the reports issued by the work of internal
audit ad independent auditors, and the reliable way to demonstrate the behavior of the entity
the security of information to users.
KEYWORDS: Accounting information. Decision making. Management
1
. Graduado em Ciências Contábeis pela Faculdade Ateneu – FATE. E-mail: [email protected].
2
SUMÁRIO:
contabilidade
1
Introdução;
gerencial
nas
2
O
papel
da
organizações;
2.1
Evolução na contabilidade gerencial; 3 Consistência
das informações; 4 Demonstrações financeiras como
elementos de informações; 5 Os aspectos da gestão
empresarial;
6
AS
ORGANIZAÇÕES
E
A
AUDITORIA; 6.1 Tipos de auditoria; 6.2 Auditoria
externa
–
Independente;
6.3
Relatórios;
7
Considerações finais; 8 Referências Bibliográficas
1 INTRODUÇÃO
A contabilidade gerencial nos últimos anos vem obtendo um grande destaque, isso
devido à importante atuação do uso correto e adequado das informações contábeis destinado a
auxiliar o processo de tomada de decisões. Essas informações contábeis quando estruturadas
de forma adequada irá permitir uma gestão eficaz para a administração econômica e
financeira da empresa. A necessidade de se ter acesso a informações contábeis em curto
espaço de tempo possibilita ao gestor administrar seu negócio de maneira eficiente
(PADOVEZE, 2007), as informações reunidas na contabilidade é sem dúvida uma fonte de
dados sobre a situação da empresa, essas informações contábeis servem para nortear a
administração nos negócios da empresa.
Conforme Padoveze (2007), a contabilidade gerencial assumiu importante papel
administrativo e de gestão, proporcionando dados coesos e relevantes para a tomada de
decisão nas empresas. A contabilidade é subsidiada por informações oriundas de outros
setores da empresa, por meio das quais são formulados os relatórios contábeis, essas
informações são garantidas pelos relatórios de auditores independentes, proporcionando
confiabilidade à companhia e aos usuários.
Sobre a metodologia, o presente trabalho baseia-se em pesquisa bibliográfica,
analisando as hipóteses na literatura, livros, internet, o qual, segundo os ensinamentos de
Vergara (2004, p.48), “[...] é o estudo sistematizado desenvolvido com base em material
publicado em livros, revistas, jornais, redes eletrônicas, isto é, material acessível ao público
em geral.” Quanto à natureza, a pesquisa é descritiva, que segundo Richardson (2007, p. 147):
“[..] são realizadas com o propósito de fazer afirmações para descrever aspectos de uma
população ou analisar a distribuição de determinadas características ou atributos.”
3
2 O PAPEL DA CONTABILIDADE GERENCIAL NAS ORGANIZAÇÕES
Sem a contabilidade gerencial as organizações e demais entidades teriam
pouquíssimas chances na busca de seus objetivos e não almejariam resultados satisfatórios
com tanto êxito. O papel da contabilidade na sua função gerencial é adequar de forma clara e
resumida, sobre a forma de mensuração e índices, os eventos e seus valores, validar fatos
ocorridos e proporcionar uma perspectiva de melhoria econômica e agregação de valores para
acionistas e demais interessados.
O objetivo da contabilidade gerencial é, pois, proporcionar facilidades no
planejamento, controle e avaliação de desempenho, auxiliando os gestores na tomada de
decisões e proporcionando criação de valor aos sócios, Padoveze na sua obra sobre a
contabilidade gerencial afirma:
A função-objetivo da Contabilidade Gerencial de criação de valor para os
acionistas é um conceito objetivo, pois pode ser mensurado
economicamente. A criação de Valor para o acionista centra-se na geração
do lucro empresarial. (PADOVEZE, 2009, p.33).
O profissional da contabilidade gerencial atua de forma diferenciada em relação
às atividades normais dos contadores, estuda a contabilidade como um conjunto de
informações de custos, financeiro e gerencial dentro da corporação com o intuito de atender as
necessidades da organização, esse profissional é conhecido como Controller da empresa com
função de assessorar os departamentos e prestar informações sintetizadas aos administradores.
Os âmbitos quantitativos e qualitativos se convergem quando da analise
econômica da organização, a confiabilidade das informações contábil sendo elemento
primordial dentro da contabilidade gerencial, bem como no processo decisório de negócios da
entidade, esta voltada em também proporcionar a criação de valor que é na verdade a geração
de riqueza, os estudos sobre criação de valor é objeto de analise da Economia, contudo tem
relação extrema nas situações da contabilidade e no processo de decisão da empresa.
A criação de valor é reconhecida pelo aumento da riqueza e relaciona-se
diretamente com a satisfação que o cliente possui referindo-se ao produto ou serviços
ofertados pela empresa, são conseqüências do empenho da organização na produção, evolução
e formulação de suas informações no processo de qualquer decisão que deva ocorrer sempre
vislumbrando a lucratividade e o bem estar de seus clientes, o intuito maior nessas decisões é
a satisfação do cliente e o aumento da riqueza da empresa.
Quando na organização é abordado sobre decisão ou aumento de riqueza, implica
4
apontarmos o quesito confiabilidade, toda e qualquer decisão necessita de subsídios de
informações que é resultante de todo o trabalho da empresa, seja em qualquer área de atuação,
existindo a informação confiável, clara objetiva, dessa forma existem recursos gerenciais para
as modificações e/ou decisões diversas que devem ocorrer na empresa.
2.1 EVOLUÇÃO NA CONTABILIDADE GERENCIAL
No ambiente contábil/gerencial das sociedades empresárias ocorreram desde a
metade do século algumas mudanças necessárias para que atualmente pudéssemos encontrar
no ramo gerencial, um sistema preciso, coeso e de suma importância para as empresas.
Segundo o professor, existe um campo gerencial da empresa que é abarcado pela
contabilidade gerencial desde 1950, relatando esses estágios na revista eletrônica2 da
Universidade de São Paulo (USP):
a) O primeiro estágio foi o ocorrido em 1950 onde o foco era a determinação dos
custos e o controle interno sendo executados pelas ferramentas de orçamento e pela
contabilidade de custos da empresa;
b) de 1965 ate 1985, ou seja, durante 20 anos o foco mudou para o fornecimento das
informações para o controle interno, bem como para o planejamento empresarial, a tecnologia
utilizada foi a analise das decisões e contabilidade por responsabilidade;
c) no terceiro estágio que teve inicio em 1985 percebe-se que o foco principal e a
redução no desperdício de recursos no processo de negociação das empresas, deste período à
diante diversas empresas surgiram sempre apontando diferenciais em áreas diversas com
intuito de acumular maiores clientes, nesse estagio foi bastante utilizado as formas de
administrar estrategicamente os custos;
d) o estágio quatro que teve iniciou em 1995, à atenção mudou para a geração de
valor ou criação de valor por meio da melhor utilização dos recursos, utilizando estatísticas de
satisfação de clientes, valor para os acionistas e na inovação da organização.
3 CONSISTÊNCIA DAS INFORMAÇÕES
O método das partidas dobradas permite evidenciar as varias integrações dessas
transações e sua real integridade. A sistematização das operações permitiu entrelaçar e torna
sistêmico todas às atividades da corporação, com isso, avaliando assim o sistema de
informação contábil, criam-se uma série de modelos nesta sistematização, sendo consolidado
2
. Revista Eletrônica da USP – Cadernos de Estudos, São Paulo, nº. 21, Maio a Agosto de 1999, p. 02. Clóvis
Luís Padoveze.
5
e reconhecido hoje nos diversos nichos de mercado.
Na emissão de relatórios é possível identificar a situação patrimonial e sua
evolução, informações extremamente relevantes referente à contenção de grandes gastos, no
caso de empresas principalmente industriais e de grande porte produtivo e é na área industrial
que se vislumbra com maior ênfase o Sistema de Custeio3, exemplo de sistema gerador de
informações.
O método de custeio é uma forma onde identificamos o custo unitário de um
produto ou serviço ou de todos os produtos e serviços de uma empresa. Os métodos básicos e
mais estudados são os Custeios por absorção, o mais utilizado por decorrência da exigência
fiscal, o Custeio direto/variável (não é aceito pela auditoria externa de quem tem capital
aberto nem pela legislação do Imposto de Renda), e outro mais moderno que é o Custeio ABC
onde é possível determinar quais são os produtos subcusteados e quais os supercusteados e
permite também um melhoramento contínuo das tarefas e redução dos custos.
4 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS COMO ELEMENTOS DE INFORMAÇÕES
No balanço patrimonial (BP) encontramos uma espécie de fotografia da empresa
num determinado momento, seus elementos são as contas, onde a nomenclatura dessas contas
varia de acordo com o tipo de atividade da empresa, os bens e direitos são considerados
elementos positivos ou ativos, no caso das obrigações, os negativos ou passivos. No ativo
encontramos onde foram aplicados os recursos da empresa: caixa (dinheiro), estoques,
créditos, bens de uso e etc., no passivo as contas são dispostas pelo grau decrescente de
exigibilidade, circulante, não circulante, resultado de exercício e patrimônio líquido, ou seja,
indica a origem dos recursos.
O Demonstrativo de Resultado do Exercício (DRE) assinala todas as receitas e
despesas ocorridas no período, o resultando sendo positivo é lucro, ao contrario, temos um
prejuízo. Tal demonstrativo nos permite visualizar as contas de resultados, seus valores e
proporções que possibilitou o resultado final de um exercício social, desta forma os itens das
contas analisadas podem receber maior ou menor atenção de acordo com o resultado obtido e
mais, de acordo com a perspectiva de melhoria de resultado que a empresa almeja.
Em compor informações seguras na contabilidade gerencial, não se deve limitar
apenas ao balanço e ao DRE, existem outras demonstrações a serem consideradas como
3
. Sistema de Custeio - É o processo de identificar o custo unitário de um produto, partindo dos custos diretos e
indiretos. Contabilidade Gerencial – um enfoque em sistema de informação contábil, 2007, p. 331. Clóvis Luís
Padoveze.
6
importante meio na tomada de decisão, como por exemplo: Demonstração de Fluxo de Caixa
(DFC), exigido por força da legislação - Lei 11.638 de 28/12/2007, “O relatório de fluxo de
caixa deve ser segmentado em três grandes áreas: Atividades Operacionais; Atividades de
Investimentos e Atividade de Financiamento” (PADOVEZE. 2007, p. 80).
A contabilidade gerencial tem ganhado cada vez mais importância nas grandes
organizações e esta relação tem reflexos nas pequenas empresas que já vislumbram
importância do gerenciamento, pois essa relação entre contabilidade e organização existe a
bem da própria organização, algumas das características principais da área gerencial da
contabilidade:
- informações para usuários;
- ausências de relatórios padronizados, podendo varias em conformidade com o tipo
de decisão;
- utilização em massa de dados quantitativos;
- facilidade na transmissão de informações para gestores e sócios para facilitar a
decisão.
O processo decisório de uma organização empresarial consiste na escolha de
alternativas com o fim de solucionar questões ou problemas nas decisões, fundamentando-se
nos esforços de explicar os porquês e como serão executadas essas decisões. A contabilidade
financeira, mesmo dando maior foco ao usuário externo assumiu papel importante nessas
decisões e, ligado com a contabilidade gerencial, faz surgir um sistema contábil completo
(PADOVEZE, 2006).
5 OS ASPECTOS DA GESTÃO EMPRESARIAL
Em analisar o sistema de informação de gestão das empresas, conforme Padoveze
(2006) existem alguns aspectos que a gestão deve considerar:
a) a forma operacional que se refere ao cumprimento de prazos e os elementos
qualidade/quantidade;
b) o aspecto econômico que se relaciona aos recursos consumidos e os produtos e
serviços gerados, podendo estes ser associados a valores econômicos;
c) o aspecto financeiro que se referem aos prazos de pagamento e recebimento.
Com base nesses aspectos figura-se a relação da contabilidade ao ambiente da
organização, cabendo a contabilidade o papel de mensurar tanto os fluxos operacionais com
os financeiros, bem assim o impactos patrimoniais desses fluxos evidenciados partes distintas
dentro da empresa como, por exemplo, o fluxo econômico que é evidenciado pela
7
demonstração de resultados do período, o fluxo financeiro que é evidenciado pela
demonstração do fluxo de caixa e o fluxo patrimonial que é evidenciado pelo balanço
patrimonial.
6 AS ORGANIZAÇÕES E A AUDITORIA
Com a expansão das organizações e empresas das mais variadas áreas de atuação,
a utilização de recursos é ampla, as ferramentas são diversas para cada área de atuação, as
empresas aprimoram seus controles, com isso tornam-se cada vez mais competitivas. Existe
ainda a necessidade de cumprir aspectos legais, bem como de proteger o patrimônio da
organização, todos sabem que a demanda em grande escala de informações setoriais
juntamente com a possibilidade de compilar essas informações fez com que as organizações
tivessem ferramentas de controles, bem como recursos necessários para a execução desses
controles, além de cumprir a legislação imposta, a empresa se organiza e se situa para possível
modificação ou decisão empresarial (PADOVEZE, 2006).
A problemática do controle das informações é a exposição dos dados das
organizações e muitas vezes o desconhecimento dos gestores da necessidade do auxilio de
uma auditoria, o que atualmente esta se modificando com a existência de estudos acadêmicos
e com trabalhos de orientação sobre as tarefas de auditoria executadas dentro de empresas do
setor industrial e de serviços e dos mais diversos nichos de mercado.
Conforme Crepaldi (2010) são duas as modalidades de auditoria, a INTERNA que
é uma atividade de avaliação dentro da empresa e a EXTERNA, executada por profissionais
independentes, cada uma com sua forma de execução e com sua diferente atuação nas
organizações, são regidas por órgãos competentes, como é o caso do Conselho Federal de
Contabilidade – CFC, da Comissão de Valores Mobiliários – CVM e pelo Instituo Brasileiro
de Auditores Independentes – IBRACON, reconhecidos nacional e mundialmente, o mesmo
Silvio Aparecido Crepaldi sugere algumas diferenças:
Elementos
Sujeito
Auditoria Externa
Profissional independente
Ação e Objetivo
Exame
das
demonstrações
financeiras
Opinar sobre as demonstrações
financeiras
Parecer – Relatório
Finalidade
Relatório principal
Grau de independência
Interessados no trabalho
Responsabilidade
Mais amplo
A empresa e o p Opinar sobre os
demonstrativos públicos gerais
Profissional, civil e criminal.
Auditoria Interna
Auditor interno (funcionário da
empresa)
Exames dos controles operacionais
Promover melhorias nos controles
operacionais
Recomendações de controle interno
e eficiência administrativa
Menos amplo
A empresa
Trabalhista
8
Numero de áreas cobertas
Pelo exame durante um período
Intensidade dos trabalhos em
cada área
Continuidade do trabalho
Maior
Menor
Menor
Maior
Periódico
Contínuo
Fonte: CREPALDI, Silvio Aparecido. 2010, p. 37-38. Auditoria Contábil: teoria e prática.
Em falar sobre a finalidade do auditor interno e sua importancia, Attie ressalta:
Com finalidade de emitir opinião técnica e clara sobre algum dado, a
auditoria interna segue trajeto seguro no processo de execução dessas
tarefas, baseado em afirmações o auditor se utiliza de conhecimentos e
experiências para averiguar melhor as informações, suas origens e natureza,
„A execução do trabalho exige do auditor a elaboração de um planejamento
de auditoria eficiente, com tatos detalhes e informações quanto seja
possível‟. (ATTIE. 2009, p. 147).
Toda a auditoria interna e seus procedimentos são reconhecidos por normas
regimentadas pelo Conselho Federal de Contabilidade – CFC, na sua resolução Nº. 986 de
2003 aprovando a NBC T 12, referente à auditoria interna, os gestores por sua vez são
responsáveis por estabelecer o sistema de controle interno e o consentimento das atividades
de controle interno e as possíveis modificações, caso haja necessidade.
6.1 TIPOS DE AUDITORIA
Segundo Crepaldi (2010), existem alguns tipos de auditoria que recebem maior ou
menor relevância, dependendo do fluxo de atividades e por importância na sua execução,
partindo disto, temos:
a) contábil/financeira – o foco esta nas demonstrações financeiras, ou seja, esta
voltada para a contabilidade geral, examina e avalia as partes de um demonstrativo e seus
procedimentos e registros de acordo com legislação vigente e em conformidade com os
Princípios de Contabilidade (PC);
a) operacional ou de gestão – procura verificar se a organização ou departamento
submetido ao exame e avaliação opera de forma eficiente, o auditor avalia as operações
conforme os objetivos definidos no plano estratégico da empresa;
b) sistemas – examina e avalia os processos de desenvolvimento, testa os aplicativos
do sistema da empresa, cabendo informar à administração sobre as adequações, eficiência e
segurança da organização e seus controle. É uma área de grande importância para auditoria,
seja na extração de informação, seja na estrutura das próprias tarefas de auditoria,
9
transmitindo assim segurança dos dados existentes e auxiliando os gestores nas decisões;
c) qualidade – muito em voga atualmente pelo fato de não somente observar a
percepção do cliente/usuário como também pela priorização de resultado, o objetivo e lançar
os melhores produtos ou serviços e com alto padrão, porém, e de suma atenção perceber a
disponibilidade do cliente pelo custo existente no produto ou serviço por conseqüência da
melhoria de qualidade.
6.2 AUDITORIA EXTERNA - INDEPENDENTE
A auditoria externa surgiu como parte da evolução do capitalismo, consiste em
examinar as demonstrações contábeis que passaram a ter grande relevância nos negócios das
organizações, os investidores passaram a exigir que as demonstrações fossem examinadas por
profissionais independentes da empresa e com competência para emitir opiniões sobre as
informações examinadas.
A atividade do auditor externo é exercida por contadores independentes, ou seja,
empresas particulares de Auditoria com profissionais habilitados para exercer tal atividade e
com vinculo junto ao Instituto Brasileiro de Auditores Independentes – IBRACON,
regulamentada pela Comissão de Valores Imobiliários (CVM).
De acordo com Silvio aparecido Crepaldi (2010), a auditoria é uma técnica
contábil utilizada na avaliação das informações, complemento indispensável para a
contabilidade e com os seguintes objetivos:
a) comprovar com exatidão os registros contábeis;
b) propor soluções no aperfeiçoamento do controle interno e do sistema contábil;
c) verificar a correta apresentação e divulgação das demonstrações;
d) emitir relatórios sobre as demonstrações contábeis, ou seja, formulação da opinião
a respeito das demonstrações.
As Normas de Auditoria Independente das Demonstrações Contábeis, comumente
tratada de NBC - T 11 conceitua e estabelecem as normas de auditoria independente das
demonstrações financeiras e toda a estrutura para execução, verificação e avaliação dos
auditores no exercício de suas atividades. A pessoa do auditor deve possuir qualificação
satisfatória no exercício de sua função e ter ciência dos corretos procedimento sem se deixar
levar pela influência de outros. O trabalho do auditor ganha mais relevância com a Lei 11.638
de 2007, as empresas com receita bruta superior a R$ 300 milhões e com ativo total em R$
240 milhões estão agora obrigadas a ter suas demonstrações financeiras auditadas.
10
(CREPALDI. 2010, p. 86). Agora, mais que nunca a auditoria se torna peça essencial para
disponibilizar a informação com confiança e respaldo para os gestores, acionista, governo e
demais interessados.
6.3 RELATÓRIOS
O auditor ao desenvolver, analisar e finalizar seu trabalho no tocante às atividades
e registros de uma organização devendo emitir um relatório podendo ser bem direto em um,
ou um outro contendo as analises dos trabalhos, podendo não ter a opinião final de suas
tarefas, CREPALDI discorre sobre esses tipos de relatórios:
O relatório em forma longa normalmente inclui detalhes de itens das
demonstrações, dados estatísticos, comentários explicativos e, as vezes, uma
descrição da extensão do exame do auditor. Pode coexistir com o relatório
em forma breve. Nesse caso, o relatório me forma breve não pode omitir
informações consideradas relevantes contidas no relatório em forma longa.
(CREPALDI, 2010, p. 269)
O relatório do auditor externo possibilita aos usuários das informações contábeis
da empresa a ter maior segurança para as decisões e proporcionar assim uma melhoria na
relação da empresa com governos, sócios e demais interessados.
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com o advento da globalização após década de 50, a industrialização se
intensificou e a produção de bens e serviços evolui grandiosamente, com isso foi necessário à
existência e formas de melhor administrar essas informações nas organizações. As
informações contábeis e sua segurança na tomada de decisão proporcionam melhorias à
gestão das organizações e amplia os dados as negociações. Portanto, as informações contábeis
são confiáveis pelo fato da nossa contabilidade atual valer-se de modo eficaz e coerente na
elaboração dessas informações, a partir do momento que são auditadas e ratificadas por
profissionais independentes autorizados essas informações servem igualmente para subsidiar
a Contabilidade Gerencial no seu importante papel de auxilio na gestão de uma organização.
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8. REFERENCIAS BIBLIOGRAFIAS
ATTIE, William. Auditoria Interna. 2 ed. São Paulo: Atlas, 2009.
CREPALDI, Silvio Aparecido. Auditoria Contábil: teoria e prática. 6 ed. São Paulo: Atlas,
2010.
PADOVEZE, Clóvis Luís. Introdução a contabilidade com abordagem para não
contadores. 1 ed. São Paulo: Cengage Learning, 2006.
PADOVEZE, Clóvis Luís. Contabilidade gerencial – um enfoque em sistema de informação
contábil. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2007.
PADOVEZE, Clóvis Luís. O Papel da contabilidade gerencial no processo empresarial de
criação de valor. Revista Eletrônica Cadernos de estudos, São Paulo, nº 21, p.02, Maio a
Agosto de 1999. Disponível em : <http://www.eac.fea.usp.br/cadernos/completos/cad21.
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RICHARDSON, Roberto Jarry; colaboradores PERES, José Augusto de Souza et all.
Pesquisa social: métodos e técnicas. 3ª ed. São Paulo, Atlas, 2007.
VERGARA, Sylvia Constant. Projetos e relatórios de pesquisa em administração. 5ª ed.
São Paulo: Atlas, 2004.
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